Lula no ‘País das Brincadeiras’


Defensor do consumo público e privado para acelerar economia, Lula da Silva ignora alertas sobre aumento do endividamento do governo e das famílias e mantém a política de gastos

Por Notas & Informações

De tempos em tempos, determinados termos econômicos passam a compor o noticiário, caracterizando a natureza cíclica da atividade. O termo da vez é o “hiato positivo do produto” que, de forma resumida e metafórica, significa que o fotograma imediato de uma economia sobreaquecida não sustentará um filme de média ou longa-metragem. Neste caso, a tendência futura passa a ser infinitamente mais importante do que o quadro atual, e é por isso que as mais recentes projeções de indicadores como inflação e relação dívida/PIB são tão preocupantes.

Relatório do Banco Central (BC) projeta que até 2026 o IPCA continuará girando acima da meta de 3%. A expectativa é de 4,3% em 2024, 3,7% em 2025 e 3,3% no acumulado de 12 meses em 2026. Já o Tesouro Nacional trabalha com a possibilidade de a dívida pública bruta ficar acima de 81% do Produto Interno Bruto (PIB) a partir de 2026, como mostrou o Projeto de Lei Orçamentária (Ploa) de 2025. Neste ano, deve fechar pouco abaixo de 78%.

São perspectivas ruins calculadas por técnicos de um governo que, a despeito das consequências negativas que se avizinham, prefere insistir na ilusão de resultados de curto prazo baseados em uma perigosa opção por políticas expansionistas. É mais conveniente para Lula da Silva comemorar o aumento do emprego e renda e o aquecimento do comércio enquanto incentiva métodos nada ortodoxos para tentar elevar ainda mais o crédito e o consumo. Em outra frente, articula meios para bancar a política desenvolvimentista que caracteriza o lulopetismo.

continua após a publicidade

De fato, o aumento, há vários trimestres, da população ocupada puxou para baixo a taxa de desemprego, que no monitoramento de agosto ficou em 6,6%, um dos menores saldos da série histórica iniciada há 12 anos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de crescimento da ocupação no mercado de trabalho – formal e informal – já supera a de crescimento da população em idade ativa, ou seja, a oferta de trabalho está atendendo à demanda com certa folga.

Entre avanços e recuos mensais, as vendas no comércio varejista têm conseguido manter um saldo positivo. De janeiro a julho, acumula alta de 5,1% e, no acumulado de 12 meses até julho, de 3,7%, de acordo com o IBGE. Um crescimento marcado pela melhora do mercado de trabalho e, em grande parte, pelos programas de transferência de renda. E assim, embalada pelo consumo das famílias e do governo, a economia roda no tom e no ritmo ditados pelo instrumento errado, quando o ideal seria que a orquestra inteira estivesse sendo preparada para executar a mesma partitura.

Foi basicamente o aumento de gastos públicos e privados que levou a economia no segundo trimestre do ano a crescer acima das expectativas – 1,4%, de acordo com o PIB calculado pelo IBGE. E é também o fator de maior preocupação, pois presume elevação da inadimplência das famílias e o crescimento da dívida pública, que o governo Lula da Silva tenta frear artificialmente com malabarismos que excluem despesas públicas do cálculo do Orçamento.

continua após a publicidade

Como não há maneiras honestas de esconder por muito tempo os efeitos nefastos dessa política, a pressão inflacionária que vai sendo criada pelo governo tem de ser contida pelo Banco Central por meio dos juros. Para justificar o aperto monetário que voltou a adotar em setembro, com o aumento de 0,25 ponto porcentual da taxa Selic, os diretores do BC destacaram “resiliência na atividade, pressões no mercado de trabalho, hiato do produto positivo, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas”.

Mas isso não parece incomodar Lula da Silva. Ao contrário: sempre que pode, chama a gastança de “investimento” e vitupera contra os que lhe cobram mais prudência. Tivesse mais luzes, o presidente conheceria a história de Pinóquio, que se deixou levar ao “País das Brincadeiras” na expectativa de que, ali, ele pudesse fazer o que bem entendesse, sem qualquer responsabilidade. Passados cinco meses nessa “bela festança de brincar e se divertir o dia todo”, Pinóquio acordou certo dia com “um magnífico par de orelhas de burro”. No final da história, como todos sabem, o boneco aprende com seus erros e cria juízo. No caso de Lula, não há Grilo Falante que dê jeito.

De tempos em tempos, determinados termos econômicos passam a compor o noticiário, caracterizando a natureza cíclica da atividade. O termo da vez é o “hiato positivo do produto” que, de forma resumida e metafórica, significa que o fotograma imediato de uma economia sobreaquecida não sustentará um filme de média ou longa-metragem. Neste caso, a tendência futura passa a ser infinitamente mais importante do que o quadro atual, e é por isso que as mais recentes projeções de indicadores como inflação e relação dívida/PIB são tão preocupantes.

Relatório do Banco Central (BC) projeta que até 2026 o IPCA continuará girando acima da meta de 3%. A expectativa é de 4,3% em 2024, 3,7% em 2025 e 3,3% no acumulado de 12 meses em 2026. Já o Tesouro Nacional trabalha com a possibilidade de a dívida pública bruta ficar acima de 81% do Produto Interno Bruto (PIB) a partir de 2026, como mostrou o Projeto de Lei Orçamentária (Ploa) de 2025. Neste ano, deve fechar pouco abaixo de 78%.

São perspectivas ruins calculadas por técnicos de um governo que, a despeito das consequências negativas que se avizinham, prefere insistir na ilusão de resultados de curto prazo baseados em uma perigosa opção por políticas expansionistas. É mais conveniente para Lula da Silva comemorar o aumento do emprego e renda e o aquecimento do comércio enquanto incentiva métodos nada ortodoxos para tentar elevar ainda mais o crédito e o consumo. Em outra frente, articula meios para bancar a política desenvolvimentista que caracteriza o lulopetismo.

De fato, o aumento, há vários trimestres, da população ocupada puxou para baixo a taxa de desemprego, que no monitoramento de agosto ficou em 6,6%, um dos menores saldos da série histórica iniciada há 12 anos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de crescimento da ocupação no mercado de trabalho – formal e informal – já supera a de crescimento da população em idade ativa, ou seja, a oferta de trabalho está atendendo à demanda com certa folga.

Entre avanços e recuos mensais, as vendas no comércio varejista têm conseguido manter um saldo positivo. De janeiro a julho, acumula alta de 5,1% e, no acumulado de 12 meses até julho, de 3,7%, de acordo com o IBGE. Um crescimento marcado pela melhora do mercado de trabalho e, em grande parte, pelos programas de transferência de renda. E assim, embalada pelo consumo das famílias e do governo, a economia roda no tom e no ritmo ditados pelo instrumento errado, quando o ideal seria que a orquestra inteira estivesse sendo preparada para executar a mesma partitura.

Foi basicamente o aumento de gastos públicos e privados que levou a economia no segundo trimestre do ano a crescer acima das expectativas – 1,4%, de acordo com o PIB calculado pelo IBGE. E é também o fator de maior preocupação, pois presume elevação da inadimplência das famílias e o crescimento da dívida pública, que o governo Lula da Silva tenta frear artificialmente com malabarismos que excluem despesas públicas do cálculo do Orçamento.

Como não há maneiras honestas de esconder por muito tempo os efeitos nefastos dessa política, a pressão inflacionária que vai sendo criada pelo governo tem de ser contida pelo Banco Central por meio dos juros. Para justificar o aperto monetário que voltou a adotar em setembro, com o aumento de 0,25 ponto porcentual da taxa Selic, os diretores do BC destacaram “resiliência na atividade, pressões no mercado de trabalho, hiato do produto positivo, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas”.

Mas isso não parece incomodar Lula da Silva. Ao contrário: sempre que pode, chama a gastança de “investimento” e vitupera contra os que lhe cobram mais prudência. Tivesse mais luzes, o presidente conheceria a história de Pinóquio, que se deixou levar ao “País das Brincadeiras” na expectativa de que, ali, ele pudesse fazer o que bem entendesse, sem qualquer responsabilidade. Passados cinco meses nessa “bela festança de brincar e se divertir o dia todo”, Pinóquio acordou certo dia com “um magnífico par de orelhas de burro”. No final da história, como todos sabem, o boneco aprende com seus erros e cria juízo. No caso de Lula, não há Grilo Falante que dê jeito.

De tempos em tempos, determinados termos econômicos passam a compor o noticiário, caracterizando a natureza cíclica da atividade. O termo da vez é o “hiato positivo do produto” que, de forma resumida e metafórica, significa que o fotograma imediato de uma economia sobreaquecida não sustentará um filme de média ou longa-metragem. Neste caso, a tendência futura passa a ser infinitamente mais importante do que o quadro atual, e é por isso que as mais recentes projeções de indicadores como inflação e relação dívida/PIB são tão preocupantes.

Relatório do Banco Central (BC) projeta que até 2026 o IPCA continuará girando acima da meta de 3%. A expectativa é de 4,3% em 2024, 3,7% em 2025 e 3,3% no acumulado de 12 meses em 2026. Já o Tesouro Nacional trabalha com a possibilidade de a dívida pública bruta ficar acima de 81% do Produto Interno Bruto (PIB) a partir de 2026, como mostrou o Projeto de Lei Orçamentária (Ploa) de 2025. Neste ano, deve fechar pouco abaixo de 78%.

São perspectivas ruins calculadas por técnicos de um governo que, a despeito das consequências negativas que se avizinham, prefere insistir na ilusão de resultados de curto prazo baseados em uma perigosa opção por políticas expansionistas. É mais conveniente para Lula da Silva comemorar o aumento do emprego e renda e o aquecimento do comércio enquanto incentiva métodos nada ortodoxos para tentar elevar ainda mais o crédito e o consumo. Em outra frente, articula meios para bancar a política desenvolvimentista que caracteriza o lulopetismo.

De fato, o aumento, há vários trimestres, da população ocupada puxou para baixo a taxa de desemprego, que no monitoramento de agosto ficou em 6,6%, um dos menores saldos da série histórica iniciada há 12 anos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de crescimento da ocupação no mercado de trabalho – formal e informal – já supera a de crescimento da população em idade ativa, ou seja, a oferta de trabalho está atendendo à demanda com certa folga.

Entre avanços e recuos mensais, as vendas no comércio varejista têm conseguido manter um saldo positivo. De janeiro a julho, acumula alta de 5,1% e, no acumulado de 12 meses até julho, de 3,7%, de acordo com o IBGE. Um crescimento marcado pela melhora do mercado de trabalho e, em grande parte, pelos programas de transferência de renda. E assim, embalada pelo consumo das famílias e do governo, a economia roda no tom e no ritmo ditados pelo instrumento errado, quando o ideal seria que a orquestra inteira estivesse sendo preparada para executar a mesma partitura.

Foi basicamente o aumento de gastos públicos e privados que levou a economia no segundo trimestre do ano a crescer acima das expectativas – 1,4%, de acordo com o PIB calculado pelo IBGE. E é também o fator de maior preocupação, pois presume elevação da inadimplência das famílias e o crescimento da dívida pública, que o governo Lula da Silva tenta frear artificialmente com malabarismos que excluem despesas públicas do cálculo do Orçamento.

Como não há maneiras honestas de esconder por muito tempo os efeitos nefastos dessa política, a pressão inflacionária que vai sendo criada pelo governo tem de ser contida pelo Banco Central por meio dos juros. Para justificar o aperto monetário que voltou a adotar em setembro, com o aumento de 0,25 ponto porcentual da taxa Selic, os diretores do BC destacaram “resiliência na atividade, pressões no mercado de trabalho, hiato do produto positivo, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas”.

Mas isso não parece incomodar Lula da Silva. Ao contrário: sempre que pode, chama a gastança de “investimento” e vitupera contra os que lhe cobram mais prudência. Tivesse mais luzes, o presidente conheceria a história de Pinóquio, que se deixou levar ao “País das Brincadeiras” na expectativa de que, ali, ele pudesse fazer o que bem entendesse, sem qualquer responsabilidade. Passados cinco meses nessa “bela festança de brincar e se divertir o dia todo”, Pinóquio acordou certo dia com “um magnífico par de orelhas de burro”. No final da história, como todos sabem, o boneco aprende com seus erros e cria juízo. No caso de Lula, não há Grilo Falante que dê jeito.

De tempos em tempos, determinados termos econômicos passam a compor o noticiário, caracterizando a natureza cíclica da atividade. O termo da vez é o “hiato positivo do produto” que, de forma resumida e metafórica, significa que o fotograma imediato de uma economia sobreaquecida não sustentará um filme de média ou longa-metragem. Neste caso, a tendência futura passa a ser infinitamente mais importante do que o quadro atual, e é por isso que as mais recentes projeções de indicadores como inflação e relação dívida/PIB são tão preocupantes.

Relatório do Banco Central (BC) projeta que até 2026 o IPCA continuará girando acima da meta de 3%. A expectativa é de 4,3% em 2024, 3,7% em 2025 e 3,3% no acumulado de 12 meses em 2026. Já o Tesouro Nacional trabalha com a possibilidade de a dívida pública bruta ficar acima de 81% do Produto Interno Bruto (PIB) a partir de 2026, como mostrou o Projeto de Lei Orçamentária (Ploa) de 2025. Neste ano, deve fechar pouco abaixo de 78%.

São perspectivas ruins calculadas por técnicos de um governo que, a despeito das consequências negativas que se avizinham, prefere insistir na ilusão de resultados de curto prazo baseados em uma perigosa opção por políticas expansionistas. É mais conveniente para Lula da Silva comemorar o aumento do emprego e renda e o aquecimento do comércio enquanto incentiva métodos nada ortodoxos para tentar elevar ainda mais o crédito e o consumo. Em outra frente, articula meios para bancar a política desenvolvimentista que caracteriza o lulopetismo.

De fato, o aumento, há vários trimestres, da população ocupada puxou para baixo a taxa de desemprego, que no monitoramento de agosto ficou em 6,6%, um dos menores saldos da série histórica iniciada há 12 anos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de crescimento da ocupação no mercado de trabalho – formal e informal – já supera a de crescimento da população em idade ativa, ou seja, a oferta de trabalho está atendendo à demanda com certa folga.

Entre avanços e recuos mensais, as vendas no comércio varejista têm conseguido manter um saldo positivo. De janeiro a julho, acumula alta de 5,1% e, no acumulado de 12 meses até julho, de 3,7%, de acordo com o IBGE. Um crescimento marcado pela melhora do mercado de trabalho e, em grande parte, pelos programas de transferência de renda. E assim, embalada pelo consumo das famílias e do governo, a economia roda no tom e no ritmo ditados pelo instrumento errado, quando o ideal seria que a orquestra inteira estivesse sendo preparada para executar a mesma partitura.

Foi basicamente o aumento de gastos públicos e privados que levou a economia no segundo trimestre do ano a crescer acima das expectativas – 1,4%, de acordo com o PIB calculado pelo IBGE. E é também o fator de maior preocupação, pois presume elevação da inadimplência das famílias e o crescimento da dívida pública, que o governo Lula da Silva tenta frear artificialmente com malabarismos que excluem despesas públicas do cálculo do Orçamento.

Como não há maneiras honestas de esconder por muito tempo os efeitos nefastos dessa política, a pressão inflacionária que vai sendo criada pelo governo tem de ser contida pelo Banco Central por meio dos juros. Para justificar o aperto monetário que voltou a adotar em setembro, com o aumento de 0,25 ponto porcentual da taxa Selic, os diretores do BC destacaram “resiliência na atividade, pressões no mercado de trabalho, hiato do produto positivo, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas”.

Mas isso não parece incomodar Lula da Silva. Ao contrário: sempre que pode, chama a gastança de “investimento” e vitupera contra os que lhe cobram mais prudência. Tivesse mais luzes, o presidente conheceria a história de Pinóquio, que se deixou levar ao “País das Brincadeiras” na expectativa de que, ali, ele pudesse fazer o que bem entendesse, sem qualquer responsabilidade. Passados cinco meses nessa “bela festança de brincar e se divertir o dia todo”, Pinóquio acordou certo dia com “um magnífico par de orelhas de burro”. No final da história, como todos sabem, o boneco aprende com seus erros e cria juízo. No caso de Lula, não há Grilo Falante que dê jeito.

De tempos em tempos, determinados termos econômicos passam a compor o noticiário, caracterizando a natureza cíclica da atividade. O termo da vez é o “hiato positivo do produto” que, de forma resumida e metafórica, significa que o fotograma imediato de uma economia sobreaquecida não sustentará um filme de média ou longa-metragem. Neste caso, a tendência futura passa a ser infinitamente mais importante do que o quadro atual, e é por isso que as mais recentes projeções de indicadores como inflação e relação dívida/PIB são tão preocupantes.

Relatório do Banco Central (BC) projeta que até 2026 o IPCA continuará girando acima da meta de 3%. A expectativa é de 4,3% em 2024, 3,7% em 2025 e 3,3% no acumulado de 12 meses em 2026. Já o Tesouro Nacional trabalha com a possibilidade de a dívida pública bruta ficar acima de 81% do Produto Interno Bruto (PIB) a partir de 2026, como mostrou o Projeto de Lei Orçamentária (Ploa) de 2025. Neste ano, deve fechar pouco abaixo de 78%.

São perspectivas ruins calculadas por técnicos de um governo que, a despeito das consequências negativas que se avizinham, prefere insistir na ilusão de resultados de curto prazo baseados em uma perigosa opção por políticas expansionistas. É mais conveniente para Lula da Silva comemorar o aumento do emprego e renda e o aquecimento do comércio enquanto incentiva métodos nada ortodoxos para tentar elevar ainda mais o crédito e o consumo. Em outra frente, articula meios para bancar a política desenvolvimentista que caracteriza o lulopetismo.

De fato, o aumento, há vários trimestres, da população ocupada puxou para baixo a taxa de desemprego, que no monitoramento de agosto ficou em 6,6%, um dos menores saldos da série histórica iniciada há 12 anos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de crescimento da ocupação no mercado de trabalho – formal e informal – já supera a de crescimento da população em idade ativa, ou seja, a oferta de trabalho está atendendo à demanda com certa folga.

Entre avanços e recuos mensais, as vendas no comércio varejista têm conseguido manter um saldo positivo. De janeiro a julho, acumula alta de 5,1% e, no acumulado de 12 meses até julho, de 3,7%, de acordo com o IBGE. Um crescimento marcado pela melhora do mercado de trabalho e, em grande parte, pelos programas de transferência de renda. E assim, embalada pelo consumo das famílias e do governo, a economia roda no tom e no ritmo ditados pelo instrumento errado, quando o ideal seria que a orquestra inteira estivesse sendo preparada para executar a mesma partitura.

Foi basicamente o aumento de gastos públicos e privados que levou a economia no segundo trimestre do ano a crescer acima das expectativas – 1,4%, de acordo com o PIB calculado pelo IBGE. E é também o fator de maior preocupação, pois presume elevação da inadimplência das famílias e o crescimento da dívida pública, que o governo Lula da Silva tenta frear artificialmente com malabarismos que excluem despesas públicas do cálculo do Orçamento.

Como não há maneiras honestas de esconder por muito tempo os efeitos nefastos dessa política, a pressão inflacionária que vai sendo criada pelo governo tem de ser contida pelo Banco Central por meio dos juros. Para justificar o aperto monetário que voltou a adotar em setembro, com o aumento de 0,25 ponto porcentual da taxa Selic, os diretores do BC destacaram “resiliência na atividade, pressões no mercado de trabalho, hiato do produto positivo, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas”.

Mas isso não parece incomodar Lula da Silva. Ao contrário: sempre que pode, chama a gastança de “investimento” e vitupera contra os que lhe cobram mais prudência. Tivesse mais luzes, o presidente conheceria a história de Pinóquio, que se deixou levar ao “País das Brincadeiras” na expectativa de que, ali, ele pudesse fazer o que bem entendesse, sem qualquer responsabilidade. Passados cinco meses nessa “bela festança de brincar e se divertir o dia todo”, Pinóquio acordou certo dia com “um magnífico par de orelhas de burro”. No final da história, como todos sabem, o boneco aprende com seus erros e cria juízo. No caso de Lula, não há Grilo Falante que dê jeito.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.