México dobra aposta no populismo


A violência cresce, a economia desperdiça potencial e as instituições estão sob pressão

Por Notas & Informações

Como esperado, Claudia Sheinbaum, a candidata do partido incumbente, o esquerdista Morena, surfou na popularidade do presidente Andrés Manuel López Obrador (AMLO) e venceu as eleições no México com uma confortável maioria de 59%. AMLO logrou a redução da pobreza através de transferências de renda e aumentos no salário mínimo. Mas, como toda popularidade conquistada através de políticas populistas, esta tem custos. E tudo indica que Sheinbaum os repassará à população.

Um dos desafios é a criminalidade. A política de segurança de AMLO foi mais de contemporização – para não dizer permissividade – do que de confronto. Em tese, sua proposta é desmilitarizar o país e atacar as raízes do crime impulsionando oportunidades educacionais e econômicas. Na prática, ele fortaleceu a ingerência das Forças Armadas na sociedade, ampliando de riscos de corrupção a abusos dos direitos humanos. Na vigência de sua política de “abraços, não balas”, como criticou cruamente a oposição, os homicídios, roubos e extorsões cresceram.

Nos últimos 15 anos, a economia cresceu em média 2% a 3% ao ano. Em 2023, o México ultrapassou a China como o maior parceiro comercial dos EUA. Mas, em grande parte, esse crescimento se deve a causas externas, e acontece apesar das políticas de AMLO, não por causa delas.

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A alavanca principal foi a política dos EUA de aproximação das cadeias de suprimento para se desvincular da China. Houve algum aumento e diversificação do investimento estrangeiro. Mas essas potencialidades estão sendo subaproveitadas por causa das políticas intervencionistas de AMLO.

A infraestrutura é pesadamente controlada pelo Estado. Os investimentos públicos são ineficientes. O setor de energia é especialmente precário. A dívida pública segue uma trajetória insustentável – o déficit chegou a 6% do PIB – e os gastos batem recordes. Tudo isso inibe os investidores internacionais. Assim, o desempenho econômico é razoável, mas poderia ser muito melhor com políticas favoráveis ao livre mercado.

O maior risco é para a jovem democracia pluripartidária. Durante sete décadas, até os anos 2000, o México foi governado por um partido único, o Partido Revolucionário Institucional. A tendência do Morena é reeditar esse monopólio, através de medidas como a concentração de poder no Executivo, alterações no sistema de representação parlamentar, eleições para a Suprema Corte, debilitação das agências reguladoras e assédio à imprensa. Nos seis anos de AMLO, as instituições aparentemente resistiram. Agora, a coalizão liderada pelo Morena terá mais seis anos para corroê-las, com uma maioria simples no Senado e uma maioria qualificada – apta a aprovar mudanças constitucionais – na Câmara.

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Se serve de advertência, em 2010 um demagogo altamente popular plantou no governo brasileiro uma “gerentona” que dobrou a aposta na hegemonia partidária e no nacional-desenvolvimentismo. O Brasil conhece os resultados: recessão, corrupção, polarização e degradação institucional. Tudo indica que, mais cedo do que tarde, o México os conhecerá também.

Como esperado, Claudia Sheinbaum, a candidata do partido incumbente, o esquerdista Morena, surfou na popularidade do presidente Andrés Manuel López Obrador (AMLO) e venceu as eleições no México com uma confortável maioria de 59%. AMLO logrou a redução da pobreza através de transferências de renda e aumentos no salário mínimo. Mas, como toda popularidade conquistada através de políticas populistas, esta tem custos. E tudo indica que Sheinbaum os repassará à população.

Um dos desafios é a criminalidade. A política de segurança de AMLO foi mais de contemporização – para não dizer permissividade – do que de confronto. Em tese, sua proposta é desmilitarizar o país e atacar as raízes do crime impulsionando oportunidades educacionais e econômicas. Na prática, ele fortaleceu a ingerência das Forças Armadas na sociedade, ampliando de riscos de corrupção a abusos dos direitos humanos. Na vigência de sua política de “abraços, não balas”, como criticou cruamente a oposição, os homicídios, roubos e extorsões cresceram.

Nos últimos 15 anos, a economia cresceu em média 2% a 3% ao ano. Em 2023, o México ultrapassou a China como o maior parceiro comercial dos EUA. Mas, em grande parte, esse crescimento se deve a causas externas, e acontece apesar das políticas de AMLO, não por causa delas.

A alavanca principal foi a política dos EUA de aproximação das cadeias de suprimento para se desvincular da China. Houve algum aumento e diversificação do investimento estrangeiro. Mas essas potencialidades estão sendo subaproveitadas por causa das políticas intervencionistas de AMLO.

A infraestrutura é pesadamente controlada pelo Estado. Os investimentos públicos são ineficientes. O setor de energia é especialmente precário. A dívida pública segue uma trajetória insustentável – o déficit chegou a 6% do PIB – e os gastos batem recordes. Tudo isso inibe os investidores internacionais. Assim, o desempenho econômico é razoável, mas poderia ser muito melhor com políticas favoráveis ao livre mercado.

O maior risco é para a jovem democracia pluripartidária. Durante sete décadas, até os anos 2000, o México foi governado por um partido único, o Partido Revolucionário Institucional. A tendência do Morena é reeditar esse monopólio, através de medidas como a concentração de poder no Executivo, alterações no sistema de representação parlamentar, eleições para a Suprema Corte, debilitação das agências reguladoras e assédio à imprensa. Nos seis anos de AMLO, as instituições aparentemente resistiram. Agora, a coalizão liderada pelo Morena terá mais seis anos para corroê-las, com uma maioria simples no Senado e uma maioria qualificada – apta a aprovar mudanças constitucionais – na Câmara.

Se serve de advertência, em 2010 um demagogo altamente popular plantou no governo brasileiro uma “gerentona” que dobrou a aposta na hegemonia partidária e no nacional-desenvolvimentismo. O Brasil conhece os resultados: recessão, corrupção, polarização e degradação institucional. Tudo indica que, mais cedo do que tarde, o México os conhecerá também.

Como esperado, Claudia Sheinbaum, a candidata do partido incumbente, o esquerdista Morena, surfou na popularidade do presidente Andrés Manuel López Obrador (AMLO) e venceu as eleições no México com uma confortável maioria de 59%. AMLO logrou a redução da pobreza através de transferências de renda e aumentos no salário mínimo. Mas, como toda popularidade conquistada através de políticas populistas, esta tem custos. E tudo indica que Sheinbaum os repassará à população.

Um dos desafios é a criminalidade. A política de segurança de AMLO foi mais de contemporização – para não dizer permissividade – do que de confronto. Em tese, sua proposta é desmilitarizar o país e atacar as raízes do crime impulsionando oportunidades educacionais e econômicas. Na prática, ele fortaleceu a ingerência das Forças Armadas na sociedade, ampliando de riscos de corrupção a abusos dos direitos humanos. Na vigência de sua política de “abraços, não balas”, como criticou cruamente a oposição, os homicídios, roubos e extorsões cresceram.

Nos últimos 15 anos, a economia cresceu em média 2% a 3% ao ano. Em 2023, o México ultrapassou a China como o maior parceiro comercial dos EUA. Mas, em grande parte, esse crescimento se deve a causas externas, e acontece apesar das políticas de AMLO, não por causa delas.

A alavanca principal foi a política dos EUA de aproximação das cadeias de suprimento para se desvincular da China. Houve algum aumento e diversificação do investimento estrangeiro. Mas essas potencialidades estão sendo subaproveitadas por causa das políticas intervencionistas de AMLO.

A infraestrutura é pesadamente controlada pelo Estado. Os investimentos públicos são ineficientes. O setor de energia é especialmente precário. A dívida pública segue uma trajetória insustentável – o déficit chegou a 6% do PIB – e os gastos batem recordes. Tudo isso inibe os investidores internacionais. Assim, o desempenho econômico é razoável, mas poderia ser muito melhor com políticas favoráveis ao livre mercado.

O maior risco é para a jovem democracia pluripartidária. Durante sete décadas, até os anos 2000, o México foi governado por um partido único, o Partido Revolucionário Institucional. A tendência do Morena é reeditar esse monopólio, através de medidas como a concentração de poder no Executivo, alterações no sistema de representação parlamentar, eleições para a Suprema Corte, debilitação das agências reguladoras e assédio à imprensa. Nos seis anos de AMLO, as instituições aparentemente resistiram. Agora, a coalizão liderada pelo Morena terá mais seis anos para corroê-las, com uma maioria simples no Senado e uma maioria qualificada – apta a aprovar mudanças constitucionais – na Câmara.

Se serve de advertência, em 2010 um demagogo altamente popular plantou no governo brasileiro uma “gerentona” que dobrou a aposta na hegemonia partidária e no nacional-desenvolvimentismo. O Brasil conhece os resultados: recessão, corrupção, polarização e degradação institucional. Tudo indica que, mais cedo do que tarde, o México os conhecerá também.

Como esperado, Claudia Sheinbaum, a candidata do partido incumbente, o esquerdista Morena, surfou na popularidade do presidente Andrés Manuel López Obrador (AMLO) e venceu as eleições no México com uma confortável maioria de 59%. AMLO logrou a redução da pobreza através de transferências de renda e aumentos no salário mínimo. Mas, como toda popularidade conquistada através de políticas populistas, esta tem custos. E tudo indica que Sheinbaum os repassará à população.

Um dos desafios é a criminalidade. A política de segurança de AMLO foi mais de contemporização – para não dizer permissividade – do que de confronto. Em tese, sua proposta é desmilitarizar o país e atacar as raízes do crime impulsionando oportunidades educacionais e econômicas. Na prática, ele fortaleceu a ingerência das Forças Armadas na sociedade, ampliando de riscos de corrupção a abusos dos direitos humanos. Na vigência de sua política de “abraços, não balas”, como criticou cruamente a oposição, os homicídios, roubos e extorsões cresceram.

Nos últimos 15 anos, a economia cresceu em média 2% a 3% ao ano. Em 2023, o México ultrapassou a China como o maior parceiro comercial dos EUA. Mas, em grande parte, esse crescimento se deve a causas externas, e acontece apesar das políticas de AMLO, não por causa delas.

A alavanca principal foi a política dos EUA de aproximação das cadeias de suprimento para se desvincular da China. Houve algum aumento e diversificação do investimento estrangeiro. Mas essas potencialidades estão sendo subaproveitadas por causa das políticas intervencionistas de AMLO.

A infraestrutura é pesadamente controlada pelo Estado. Os investimentos públicos são ineficientes. O setor de energia é especialmente precário. A dívida pública segue uma trajetória insustentável – o déficit chegou a 6% do PIB – e os gastos batem recordes. Tudo isso inibe os investidores internacionais. Assim, o desempenho econômico é razoável, mas poderia ser muito melhor com políticas favoráveis ao livre mercado.

O maior risco é para a jovem democracia pluripartidária. Durante sete décadas, até os anos 2000, o México foi governado por um partido único, o Partido Revolucionário Institucional. A tendência do Morena é reeditar esse monopólio, através de medidas como a concentração de poder no Executivo, alterações no sistema de representação parlamentar, eleições para a Suprema Corte, debilitação das agências reguladoras e assédio à imprensa. Nos seis anos de AMLO, as instituições aparentemente resistiram. Agora, a coalizão liderada pelo Morena terá mais seis anos para corroê-las, com uma maioria simples no Senado e uma maioria qualificada – apta a aprovar mudanças constitucionais – na Câmara.

Se serve de advertência, em 2010 um demagogo altamente popular plantou no governo brasileiro uma “gerentona” que dobrou a aposta na hegemonia partidária e no nacional-desenvolvimentismo. O Brasil conhece os resultados: recessão, corrupção, polarização e degradação institucional. Tudo indica que, mais cedo do que tarde, o México os conhecerá também.

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