Muito trabalho pela frente


Que fique claro: Nunes foi reeleito não porque paulistano aprove sua gestão, mas porque seu adversário era muito rejeitado. Se reconhecer isso, terá chance de fazer um governo melhor

Por Notas & Informações

A maioria dos paulistanos optou por conviver com os problemas conhecidos ao invés de dar uma guinada na administração da capital paulista. Ricardo Nunes (MDB) foi reeleito prefeito de São Paulo. Se deseja começar bem o planejamento de seu futuro mandato, Nunes deve receber esse voto de confiança com muita humildade. Está claro que o prefeito seguirá no cargo a partir de 1.º de janeiro de 2025 não pelo suposto sucesso de sua gestão, mas, como indicaram as pesquisas, pelo alto índice de rejeição ao nome de seu adversário na disputa, Guilherme Boulos (PSOL), e por falta de opção melhor no campo da centro-direita.

Qualquer eleição para cargo do Poder Executivo em que o incumbente é candidato à reeleição é um referendo sobre a sua administração. Nesse sentido, não se pode dizer que o governo de Nunes tenha sido aprovado pela maioria dos paulistanos. No primeiro turno, o prefeito recebeu apenas 29,48% dos votos válidos. Por estreita margem, ficou à frente de Boulos, que obteve 29,07%, e do terceiro colocado, Pablo Marçal (PRTB), com 28,14%. Ou seja, foram alguns milhares de votos que fizeram a diferença, o que é quase nada em um universo de 9,3 milhões de eleitores. Tendo recebido menos de um terço dos votos na primeira rodada de votação, é possível dizer que, para ser medíocre, a gestão de Nunes ainda precisa melhorar um bocado.

Mas o fato é que o prefeito foi legitimamente reeleito e esses números, agora, só têm uma serventia: relembrar a Nunes que ele deve governar no melhor interesse de todos os paulistanos. Trabalho não vai faltar. Malgrado sua pujança política e econômica, são muitas e renitentes as carências da cidade de São Paulo, particularmente nas áreas de saúde, educação, mobilidade e zeladoria urbana – sem esquecer, é claro, da tragédia social dos cerca de 80 mil cidadãos que vivem largados à própria sorte nas ruas da capital paulista, segundo levantamento do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua (OBPopRua), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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Qualquer paulistano que dependa do serviço municipal de saúde sabe a odisseia que é tentar agendar uma consulta médica ou exame simples, que dirá um procedimento mais complexo, como uma cirurgia. Qualquer mãe que precise matricular seu filho numa creche ou escola administradas pela Prefeitura sabe que dificilmente terá a sua demanda atendida a contento sem uma boa dose de paciência e perseverança.

A despeito de sua condição de cidade mais rica do País, dotada, portanto, de alta capacidade para investimentos, São Paulo até hoje não conseguiu reverter os prejuízos à aprendizagem de crianças e adolescentes que dependem da educação pública causados pela pandemia de covid-19. “Os municípios que foram determinados em recuperar o que foi perdido têm hoje resultados muito superiores a São Paulo”, disse ao Estadão a presidente do Todos Pela Educação, Priscila Cruz. Entre as 26 capitais, São Paulo ocupa um vergonhoso 14.º lugar no ranking de 2023 do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

O trânsito na metrópole, por sua vez, está cada vez mais caótico e mortal, na linha “salve-se quem puder”. Semáforos apagam aos primeiros pingos de chuva, como se fossem feitos de papel. A falta de fiscalização tornou as ciclovias, na prática, vias expressas para motociclistas arrogantes e irresponsáveis. Acidentes são frequentes, muitos fatais. Como sublinhamos há poucos dias, mortes evitáveis se acumulam nas ruas e avenidas da capital paulista. Apenas entre janeiro e setembro deste ano, 786 pessoas morreram em acidentes de trânsito na cidade de São Paulo.

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Ao longo da campanha, Nunes apresentou uma série de números para demonstrar suas supostas “entregas” para a cidade. Nenhum deles, porém, foi capaz de constituir uma marca de sua gestão. Basta dizer que muitos paulistanos, quando perguntados, não sabem sequer dizer o nome do atual prefeito. Cabe ao prefeito reeleito decidir se, enfim, realizará um governo digno do nome ou se seguirá como um ilustre desconhecido para parcela expressiva de seus governados.

A maioria dos paulistanos optou por conviver com os problemas conhecidos ao invés de dar uma guinada na administração da capital paulista. Ricardo Nunes (MDB) foi reeleito prefeito de São Paulo. Se deseja começar bem o planejamento de seu futuro mandato, Nunes deve receber esse voto de confiança com muita humildade. Está claro que o prefeito seguirá no cargo a partir de 1.º de janeiro de 2025 não pelo suposto sucesso de sua gestão, mas, como indicaram as pesquisas, pelo alto índice de rejeição ao nome de seu adversário na disputa, Guilherme Boulos (PSOL), e por falta de opção melhor no campo da centro-direita.

Qualquer eleição para cargo do Poder Executivo em que o incumbente é candidato à reeleição é um referendo sobre a sua administração. Nesse sentido, não se pode dizer que o governo de Nunes tenha sido aprovado pela maioria dos paulistanos. No primeiro turno, o prefeito recebeu apenas 29,48% dos votos válidos. Por estreita margem, ficou à frente de Boulos, que obteve 29,07%, e do terceiro colocado, Pablo Marçal (PRTB), com 28,14%. Ou seja, foram alguns milhares de votos que fizeram a diferença, o que é quase nada em um universo de 9,3 milhões de eleitores. Tendo recebido menos de um terço dos votos na primeira rodada de votação, é possível dizer que, para ser medíocre, a gestão de Nunes ainda precisa melhorar um bocado.

Mas o fato é que o prefeito foi legitimamente reeleito e esses números, agora, só têm uma serventia: relembrar a Nunes que ele deve governar no melhor interesse de todos os paulistanos. Trabalho não vai faltar. Malgrado sua pujança política e econômica, são muitas e renitentes as carências da cidade de São Paulo, particularmente nas áreas de saúde, educação, mobilidade e zeladoria urbana – sem esquecer, é claro, da tragédia social dos cerca de 80 mil cidadãos que vivem largados à própria sorte nas ruas da capital paulista, segundo levantamento do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua (OBPopRua), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Qualquer paulistano que dependa do serviço municipal de saúde sabe a odisseia que é tentar agendar uma consulta médica ou exame simples, que dirá um procedimento mais complexo, como uma cirurgia. Qualquer mãe que precise matricular seu filho numa creche ou escola administradas pela Prefeitura sabe que dificilmente terá a sua demanda atendida a contento sem uma boa dose de paciência e perseverança.

A despeito de sua condição de cidade mais rica do País, dotada, portanto, de alta capacidade para investimentos, São Paulo até hoje não conseguiu reverter os prejuízos à aprendizagem de crianças e adolescentes que dependem da educação pública causados pela pandemia de covid-19. “Os municípios que foram determinados em recuperar o que foi perdido têm hoje resultados muito superiores a São Paulo”, disse ao Estadão a presidente do Todos Pela Educação, Priscila Cruz. Entre as 26 capitais, São Paulo ocupa um vergonhoso 14.º lugar no ranking de 2023 do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

O trânsito na metrópole, por sua vez, está cada vez mais caótico e mortal, na linha “salve-se quem puder”. Semáforos apagam aos primeiros pingos de chuva, como se fossem feitos de papel. A falta de fiscalização tornou as ciclovias, na prática, vias expressas para motociclistas arrogantes e irresponsáveis. Acidentes são frequentes, muitos fatais. Como sublinhamos há poucos dias, mortes evitáveis se acumulam nas ruas e avenidas da capital paulista. Apenas entre janeiro e setembro deste ano, 786 pessoas morreram em acidentes de trânsito na cidade de São Paulo.

Ao longo da campanha, Nunes apresentou uma série de números para demonstrar suas supostas “entregas” para a cidade. Nenhum deles, porém, foi capaz de constituir uma marca de sua gestão. Basta dizer que muitos paulistanos, quando perguntados, não sabem sequer dizer o nome do atual prefeito. Cabe ao prefeito reeleito decidir se, enfim, realizará um governo digno do nome ou se seguirá como um ilustre desconhecido para parcela expressiva de seus governados.

A maioria dos paulistanos optou por conviver com os problemas conhecidos ao invés de dar uma guinada na administração da capital paulista. Ricardo Nunes (MDB) foi reeleito prefeito de São Paulo. Se deseja começar bem o planejamento de seu futuro mandato, Nunes deve receber esse voto de confiança com muita humildade. Está claro que o prefeito seguirá no cargo a partir de 1.º de janeiro de 2025 não pelo suposto sucesso de sua gestão, mas, como indicaram as pesquisas, pelo alto índice de rejeição ao nome de seu adversário na disputa, Guilherme Boulos (PSOL), e por falta de opção melhor no campo da centro-direita.

Qualquer eleição para cargo do Poder Executivo em que o incumbente é candidato à reeleição é um referendo sobre a sua administração. Nesse sentido, não se pode dizer que o governo de Nunes tenha sido aprovado pela maioria dos paulistanos. No primeiro turno, o prefeito recebeu apenas 29,48% dos votos válidos. Por estreita margem, ficou à frente de Boulos, que obteve 29,07%, e do terceiro colocado, Pablo Marçal (PRTB), com 28,14%. Ou seja, foram alguns milhares de votos que fizeram a diferença, o que é quase nada em um universo de 9,3 milhões de eleitores. Tendo recebido menos de um terço dos votos na primeira rodada de votação, é possível dizer que, para ser medíocre, a gestão de Nunes ainda precisa melhorar um bocado.

Mas o fato é que o prefeito foi legitimamente reeleito e esses números, agora, só têm uma serventia: relembrar a Nunes que ele deve governar no melhor interesse de todos os paulistanos. Trabalho não vai faltar. Malgrado sua pujança política e econômica, são muitas e renitentes as carências da cidade de São Paulo, particularmente nas áreas de saúde, educação, mobilidade e zeladoria urbana – sem esquecer, é claro, da tragédia social dos cerca de 80 mil cidadãos que vivem largados à própria sorte nas ruas da capital paulista, segundo levantamento do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua (OBPopRua), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Qualquer paulistano que dependa do serviço municipal de saúde sabe a odisseia que é tentar agendar uma consulta médica ou exame simples, que dirá um procedimento mais complexo, como uma cirurgia. Qualquer mãe que precise matricular seu filho numa creche ou escola administradas pela Prefeitura sabe que dificilmente terá a sua demanda atendida a contento sem uma boa dose de paciência e perseverança.

A despeito de sua condição de cidade mais rica do País, dotada, portanto, de alta capacidade para investimentos, São Paulo até hoje não conseguiu reverter os prejuízos à aprendizagem de crianças e adolescentes que dependem da educação pública causados pela pandemia de covid-19. “Os municípios que foram determinados em recuperar o que foi perdido têm hoje resultados muito superiores a São Paulo”, disse ao Estadão a presidente do Todos Pela Educação, Priscila Cruz. Entre as 26 capitais, São Paulo ocupa um vergonhoso 14.º lugar no ranking de 2023 do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

O trânsito na metrópole, por sua vez, está cada vez mais caótico e mortal, na linha “salve-se quem puder”. Semáforos apagam aos primeiros pingos de chuva, como se fossem feitos de papel. A falta de fiscalização tornou as ciclovias, na prática, vias expressas para motociclistas arrogantes e irresponsáveis. Acidentes são frequentes, muitos fatais. Como sublinhamos há poucos dias, mortes evitáveis se acumulam nas ruas e avenidas da capital paulista. Apenas entre janeiro e setembro deste ano, 786 pessoas morreram em acidentes de trânsito na cidade de São Paulo.

Ao longo da campanha, Nunes apresentou uma série de números para demonstrar suas supostas “entregas” para a cidade. Nenhum deles, porém, foi capaz de constituir uma marca de sua gestão. Basta dizer que muitos paulistanos, quando perguntados, não sabem sequer dizer o nome do atual prefeito. Cabe ao prefeito reeleito decidir se, enfim, realizará um governo digno do nome ou se seguirá como um ilustre desconhecido para parcela expressiva de seus governados.

A maioria dos paulistanos optou por conviver com os problemas conhecidos ao invés de dar uma guinada na administração da capital paulista. Ricardo Nunes (MDB) foi reeleito prefeito de São Paulo. Se deseja começar bem o planejamento de seu futuro mandato, Nunes deve receber esse voto de confiança com muita humildade. Está claro que o prefeito seguirá no cargo a partir de 1.º de janeiro de 2025 não pelo suposto sucesso de sua gestão, mas, como indicaram as pesquisas, pelo alto índice de rejeição ao nome de seu adversário na disputa, Guilherme Boulos (PSOL), e por falta de opção melhor no campo da centro-direita.

Qualquer eleição para cargo do Poder Executivo em que o incumbente é candidato à reeleição é um referendo sobre a sua administração. Nesse sentido, não se pode dizer que o governo de Nunes tenha sido aprovado pela maioria dos paulistanos. No primeiro turno, o prefeito recebeu apenas 29,48% dos votos válidos. Por estreita margem, ficou à frente de Boulos, que obteve 29,07%, e do terceiro colocado, Pablo Marçal (PRTB), com 28,14%. Ou seja, foram alguns milhares de votos que fizeram a diferença, o que é quase nada em um universo de 9,3 milhões de eleitores. Tendo recebido menos de um terço dos votos na primeira rodada de votação, é possível dizer que, para ser medíocre, a gestão de Nunes ainda precisa melhorar um bocado.

Mas o fato é que o prefeito foi legitimamente reeleito e esses números, agora, só têm uma serventia: relembrar a Nunes que ele deve governar no melhor interesse de todos os paulistanos. Trabalho não vai faltar. Malgrado sua pujança política e econômica, são muitas e renitentes as carências da cidade de São Paulo, particularmente nas áreas de saúde, educação, mobilidade e zeladoria urbana – sem esquecer, é claro, da tragédia social dos cerca de 80 mil cidadãos que vivem largados à própria sorte nas ruas da capital paulista, segundo levantamento do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua (OBPopRua), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Qualquer paulistano que dependa do serviço municipal de saúde sabe a odisseia que é tentar agendar uma consulta médica ou exame simples, que dirá um procedimento mais complexo, como uma cirurgia. Qualquer mãe que precise matricular seu filho numa creche ou escola administradas pela Prefeitura sabe que dificilmente terá a sua demanda atendida a contento sem uma boa dose de paciência e perseverança.

A despeito de sua condição de cidade mais rica do País, dotada, portanto, de alta capacidade para investimentos, São Paulo até hoje não conseguiu reverter os prejuízos à aprendizagem de crianças e adolescentes que dependem da educação pública causados pela pandemia de covid-19. “Os municípios que foram determinados em recuperar o que foi perdido têm hoje resultados muito superiores a São Paulo”, disse ao Estadão a presidente do Todos Pela Educação, Priscila Cruz. Entre as 26 capitais, São Paulo ocupa um vergonhoso 14.º lugar no ranking de 2023 do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

O trânsito na metrópole, por sua vez, está cada vez mais caótico e mortal, na linha “salve-se quem puder”. Semáforos apagam aos primeiros pingos de chuva, como se fossem feitos de papel. A falta de fiscalização tornou as ciclovias, na prática, vias expressas para motociclistas arrogantes e irresponsáveis. Acidentes são frequentes, muitos fatais. Como sublinhamos há poucos dias, mortes evitáveis se acumulam nas ruas e avenidas da capital paulista. Apenas entre janeiro e setembro deste ano, 786 pessoas morreram em acidentes de trânsito na cidade de São Paulo.

Ao longo da campanha, Nunes apresentou uma série de números para demonstrar suas supostas “entregas” para a cidade. Nenhum deles, porém, foi capaz de constituir uma marca de sua gestão. Basta dizer que muitos paulistanos, quando perguntados, não sabem sequer dizer o nome do atual prefeito. Cabe ao prefeito reeleito decidir se, enfim, realizará um governo digno do nome ou se seguirá como um ilustre desconhecido para parcela expressiva de seus governados.

A maioria dos paulistanos optou por conviver com os problemas conhecidos ao invés de dar uma guinada na administração da capital paulista. Ricardo Nunes (MDB) foi reeleito prefeito de São Paulo. Se deseja começar bem o planejamento de seu futuro mandato, Nunes deve receber esse voto de confiança com muita humildade. Está claro que o prefeito seguirá no cargo a partir de 1.º de janeiro de 2025 não pelo suposto sucesso de sua gestão, mas, como indicaram as pesquisas, pelo alto índice de rejeição ao nome de seu adversário na disputa, Guilherme Boulos (PSOL), e por falta de opção melhor no campo da centro-direita.

Qualquer eleição para cargo do Poder Executivo em que o incumbente é candidato à reeleição é um referendo sobre a sua administração. Nesse sentido, não se pode dizer que o governo de Nunes tenha sido aprovado pela maioria dos paulistanos. No primeiro turno, o prefeito recebeu apenas 29,48% dos votos válidos. Por estreita margem, ficou à frente de Boulos, que obteve 29,07%, e do terceiro colocado, Pablo Marçal (PRTB), com 28,14%. Ou seja, foram alguns milhares de votos que fizeram a diferença, o que é quase nada em um universo de 9,3 milhões de eleitores. Tendo recebido menos de um terço dos votos na primeira rodada de votação, é possível dizer que, para ser medíocre, a gestão de Nunes ainda precisa melhorar um bocado.

Mas o fato é que o prefeito foi legitimamente reeleito e esses números, agora, só têm uma serventia: relembrar a Nunes que ele deve governar no melhor interesse de todos os paulistanos. Trabalho não vai faltar. Malgrado sua pujança política e econômica, são muitas e renitentes as carências da cidade de São Paulo, particularmente nas áreas de saúde, educação, mobilidade e zeladoria urbana – sem esquecer, é claro, da tragédia social dos cerca de 80 mil cidadãos que vivem largados à própria sorte nas ruas da capital paulista, segundo levantamento do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua (OBPopRua), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Qualquer paulistano que dependa do serviço municipal de saúde sabe a odisseia que é tentar agendar uma consulta médica ou exame simples, que dirá um procedimento mais complexo, como uma cirurgia. Qualquer mãe que precise matricular seu filho numa creche ou escola administradas pela Prefeitura sabe que dificilmente terá a sua demanda atendida a contento sem uma boa dose de paciência e perseverança.

A despeito de sua condição de cidade mais rica do País, dotada, portanto, de alta capacidade para investimentos, São Paulo até hoje não conseguiu reverter os prejuízos à aprendizagem de crianças e adolescentes que dependem da educação pública causados pela pandemia de covid-19. “Os municípios que foram determinados em recuperar o que foi perdido têm hoje resultados muito superiores a São Paulo”, disse ao Estadão a presidente do Todos Pela Educação, Priscila Cruz. Entre as 26 capitais, São Paulo ocupa um vergonhoso 14.º lugar no ranking de 2023 do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

O trânsito na metrópole, por sua vez, está cada vez mais caótico e mortal, na linha “salve-se quem puder”. Semáforos apagam aos primeiros pingos de chuva, como se fossem feitos de papel. A falta de fiscalização tornou as ciclovias, na prática, vias expressas para motociclistas arrogantes e irresponsáveis. Acidentes são frequentes, muitos fatais. Como sublinhamos há poucos dias, mortes evitáveis se acumulam nas ruas e avenidas da capital paulista. Apenas entre janeiro e setembro deste ano, 786 pessoas morreram em acidentes de trânsito na cidade de São Paulo.

Ao longo da campanha, Nunes apresentou uma série de números para demonstrar suas supostas “entregas” para a cidade. Nenhum deles, porém, foi capaz de constituir uma marca de sua gestão. Basta dizer que muitos paulistanos, quando perguntados, não sabem sequer dizer o nome do atual prefeito. Cabe ao prefeito reeleito decidir se, enfim, realizará um governo digno do nome ou se seguirá como um ilustre desconhecido para parcela expressiva de seus governados.

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