Advogado e Jornalista

Opinião|O dever de tentar mudar o curso da História


Podemos mudar o curso da História. Talvez não de forma direta e linear. Certamente não de maneira imediata. Mas é possível

Por Nicolau da Rocha Cavalcanti

Não é raro constatar uma sensação de frustração com o rumo que o País ou a sociedade toma. Gostaríamos que as coisas fossem diferentes: menos violência, menos insegurança, menos desigualdade, melhores condições de vida para a população, menos corrupção, menos discórdia, maior compromisso com o interesse público e muitos outros bens.

As coisas, no entanto, parecem não andar de acordo com nossos desejos e vontades. Há uma grande distância entre o ser (a realidade) e o dever-ser (o que pensamos que deveria ser).

Em entrevista ao jornal The New York Times, o cientista político Robert Putnam comentou esse descompasso. Com diversos estudos sobre o papel da confiança e da cooperação na sociedade, ele tem se dedicado, ao longo de sua vida pública, a fortalecer o sentido de comunidade nos Estados Unidos. Publicado em 2000, seu livro Bowling Alone advertia para a redução das diversas formas de interação social, o que prejudica o engajamento cívico, condição para uma democracia saudável. Desde então, essa tendência se intensificou. Os americanos – e, de certa forma, o mundo inteiro – tornaram-se mais divididos, mais solitários, menos confiantes.

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“Tenho trabalhado durante a maior parte de minha vida adulta para tentar construir nos Estados Unidos uma comunidade melhor, mais produtiva, mais igualitária, mais conectada. Agora, aos 83 anos, olhando para trás, vejo que foi um fracasso completo. Devo ser otimista ou pessimista com relação ao futuro? Não sei se sou otimista ou pessimista. Sinceramente, olhando para as pesquisas de hoje, eu poderia ser bem pessimista. Mas tenho esperança, porque vejo como podemos mudar isso e estou fazendo o possível, inclusive neste momento, para tentar mudar o curso da História. Desculpe-me, isso pode soar arrogante – e peço desculpas por isso –, mas estou dizendo honestamente como me sinto. Não quero parecer cínico, mas o que fazer? Tentei fazer o meu melhor para esboçar um caminho a seguir, mas não fui suficientemente persuasivo.”

Penso que esse trecho da entrevista oferece luzes importantes para nossas batalhas, internas e externas, especialmente pelo contexto da conversa.

Robert Putnam compreende o problema. Ele não tem apenas uma ideia genérica, uma impressão a distância, sobre o estado atual de coisas que o faz lamentar. Conhece a questão e as causas da situação atual. Ou seja, não é uma reclamação fruto da incompreensão ou da mera ignorância.

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Um segundo aspecto: houve e continua havendo intenso trabalho. Robert Putnam não reclama da sociedade sentado comodamente em seu sofá. Sua frustração não é, como tantas vezes se observa, resultado da preguiça ou do comodismo, numa manobra para aliviar a consciência.

No entanto, mesmo assim, mesmo com conhecimento e com trabalho, não existe sucesso garantido. É realmente uma tarefa difícil, profundamente desafiadora!

Diante disso, é compreensível que surja o questionamento: por que não simplesmente ignorar todas essas dificuldades e aproveitar a vida? Se as coisas são tão difíceis, por que dedicar esforços a atividades que, muito provavelmente, serão frustrantes? Penso aqui na política, na transformação da educação, no combate à pobreza e às desigualdades, na melhoria das condições de vida da população mais vulnerável.

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Não seria mais inteligente, mais seguro, levar a vida sem grandes expectativas, só cuidando, por assim dizer, da própria vida, da própria família, do seu círculo social imediato?

Entendo que a fala de Robert Putnam – com uma humildade comovente, muito distante de um olhar autocentrado – oferece uma perspectiva interessante para todas essas questões. Sim, queremos os resultados, com todas as nossas forças. Mas o grande fruto da batalha pela transformação social não é o placar em si: o sucesso que eventualmente tenhamos obtido e que, por sinal, na imensa maioria das vezes, não depende apenas de nós. O maior resultado está justamente em tentar mudar, o que por si só produz mudanças em nós mesmos e em quem está ao nosso redor. É assim, cuidando do caminho – do processo – e das pessoas, que se constroem as novas possibilidades para a História.

“Tenho esperança, porque vejo como podemos mudar isso.” A nossa trajetória social não é um dado, é uma construção. Podemos mudar o curso da História. Talvez não de uma forma direta e linear. Certamente não de maneira imediata. Mas é possível.

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Na verdade, a batalha pela transformação social não é um dever imposto, sob pena de castigo, em caso de omissão. É uma enorme aventura que dá sentido e preenche, mesmo quando parece que as coisas não caminham como gostaríamos. E por quê? Porque não se trata de uma batalha egocêntrica, para nos sentirmos bem. A preocupação é com os outros, especialmente com os que virão depois de nós. É um olhar que abrange o curto, o médio e o longo prazos.

Sabemos como batalhar e batalharemos. Reuniremos e engajaremos mais pessoas. Entusiasmaremos as novas gerações. E seguiremos trilhando essa grande aventura da vida, da convivência, da solidariedade. Seja aos 23, aos 43 ou aos 83 anos.

*

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Não é raro constatar uma sensação de frustração com o rumo que o País ou a sociedade toma. Gostaríamos que as coisas fossem diferentes: menos violência, menos insegurança, menos desigualdade, melhores condições de vida para a população, menos corrupção, menos discórdia, maior compromisso com o interesse público e muitos outros bens.

As coisas, no entanto, parecem não andar de acordo com nossos desejos e vontades. Há uma grande distância entre o ser (a realidade) e o dever-ser (o que pensamos que deveria ser).

Em entrevista ao jornal The New York Times, o cientista político Robert Putnam comentou esse descompasso. Com diversos estudos sobre o papel da confiança e da cooperação na sociedade, ele tem se dedicado, ao longo de sua vida pública, a fortalecer o sentido de comunidade nos Estados Unidos. Publicado em 2000, seu livro Bowling Alone advertia para a redução das diversas formas de interação social, o que prejudica o engajamento cívico, condição para uma democracia saudável. Desde então, essa tendência se intensificou. Os americanos – e, de certa forma, o mundo inteiro – tornaram-se mais divididos, mais solitários, menos confiantes.

“Tenho trabalhado durante a maior parte de minha vida adulta para tentar construir nos Estados Unidos uma comunidade melhor, mais produtiva, mais igualitária, mais conectada. Agora, aos 83 anos, olhando para trás, vejo que foi um fracasso completo. Devo ser otimista ou pessimista com relação ao futuro? Não sei se sou otimista ou pessimista. Sinceramente, olhando para as pesquisas de hoje, eu poderia ser bem pessimista. Mas tenho esperança, porque vejo como podemos mudar isso e estou fazendo o possível, inclusive neste momento, para tentar mudar o curso da História. Desculpe-me, isso pode soar arrogante – e peço desculpas por isso –, mas estou dizendo honestamente como me sinto. Não quero parecer cínico, mas o que fazer? Tentei fazer o meu melhor para esboçar um caminho a seguir, mas não fui suficientemente persuasivo.”

Penso que esse trecho da entrevista oferece luzes importantes para nossas batalhas, internas e externas, especialmente pelo contexto da conversa.

Robert Putnam compreende o problema. Ele não tem apenas uma ideia genérica, uma impressão a distância, sobre o estado atual de coisas que o faz lamentar. Conhece a questão e as causas da situação atual. Ou seja, não é uma reclamação fruto da incompreensão ou da mera ignorância.

Um segundo aspecto: houve e continua havendo intenso trabalho. Robert Putnam não reclama da sociedade sentado comodamente em seu sofá. Sua frustração não é, como tantas vezes se observa, resultado da preguiça ou do comodismo, numa manobra para aliviar a consciência.

No entanto, mesmo assim, mesmo com conhecimento e com trabalho, não existe sucesso garantido. É realmente uma tarefa difícil, profundamente desafiadora!

Diante disso, é compreensível que surja o questionamento: por que não simplesmente ignorar todas essas dificuldades e aproveitar a vida? Se as coisas são tão difíceis, por que dedicar esforços a atividades que, muito provavelmente, serão frustrantes? Penso aqui na política, na transformação da educação, no combate à pobreza e às desigualdades, na melhoria das condições de vida da população mais vulnerável.

Não seria mais inteligente, mais seguro, levar a vida sem grandes expectativas, só cuidando, por assim dizer, da própria vida, da própria família, do seu círculo social imediato?

Entendo que a fala de Robert Putnam – com uma humildade comovente, muito distante de um olhar autocentrado – oferece uma perspectiva interessante para todas essas questões. Sim, queremos os resultados, com todas as nossas forças. Mas o grande fruto da batalha pela transformação social não é o placar em si: o sucesso que eventualmente tenhamos obtido e que, por sinal, na imensa maioria das vezes, não depende apenas de nós. O maior resultado está justamente em tentar mudar, o que por si só produz mudanças em nós mesmos e em quem está ao nosso redor. É assim, cuidando do caminho – do processo – e das pessoas, que se constroem as novas possibilidades para a História.

“Tenho esperança, porque vejo como podemos mudar isso.” A nossa trajetória social não é um dado, é uma construção. Podemos mudar o curso da História. Talvez não de uma forma direta e linear. Certamente não de maneira imediata. Mas é possível.

Na verdade, a batalha pela transformação social não é um dever imposto, sob pena de castigo, em caso de omissão. É uma enorme aventura que dá sentido e preenche, mesmo quando parece que as coisas não caminham como gostaríamos. E por quê? Porque não se trata de uma batalha egocêntrica, para nos sentirmos bem. A preocupação é com os outros, especialmente com os que virão depois de nós. É um olhar que abrange o curto, o médio e o longo prazos.

Sabemos como batalhar e batalharemos. Reuniremos e engajaremos mais pessoas. Entusiasmaremos as novas gerações. E seguiremos trilhando essa grande aventura da vida, da convivência, da solidariedade. Seja aos 23, aos 43 ou aos 83 anos.

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Não é raro constatar uma sensação de frustração com o rumo que o País ou a sociedade toma. Gostaríamos que as coisas fossem diferentes: menos violência, menos insegurança, menos desigualdade, melhores condições de vida para a população, menos corrupção, menos discórdia, maior compromisso com o interesse público e muitos outros bens.

As coisas, no entanto, parecem não andar de acordo com nossos desejos e vontades. Há uma grande distância entre o ser (a realidade) e o dever-ser (o que pensamos que deveria ser).

Em entrevista ao jornal The New York Times, o cientista político Robert Putnam comentou esse descompasso. Com diversos estudos sobre o papel da confiança e da cooperação na sociedade, ele tem se dedicado, ao longo de sua vida pública, a fortalecer o sentido de comunidade nos Estados Unidos. Publicado em 2000, seu livro Bowling Alone advertia para a redução das diversas formas de interação social, o que prejudica o engajamento cívico, condição para uma democracia saudável. Desde então, essa tendência se intensificou. Os americanos – e, de certa forma, o mundo inteiro – tornaram-se mais divididos, mais solitários, menos confiantes.

“Tenho trabalhado durante a maior parte de minha vida adulta para tentar construir nos Estados Unidos uma comunidade melhor, mais produtiva, mais igualitária, mais conectada. Agora, aos 83 anos, olhando para trás, vejo que foi um fracasso completo. Devo ser otimista ou pessimista com relação ao futuro? Não sei se sou otimista ou pessimista. Sinceramente, olhando para as pesquisas de hoje, eu poderia ser bem pessimista. Mas tenho esperança, porque vejo como podemos mudar isso e estou fazendo o possível, inclusive neste momento, para tentar mudar o curso da História. Desculpe-me, isso pode soar arrogante – e peço desculpas por isso –, mas estou dizendo honestamente como me sinto. Não quero parecer cínico, mas o que fazer? Tentei fazer o meu melhor para esboçar um caminho a seguir, mas não fui suficientemente persuasivo.”

Penso que esse trecho da entrevista oferece luzes importantes para nossas batalhas, internas e externas, especialmente pelo contexto da conversa.

Robert Putnam compreende o problema. Ele não tem apenas uma ideia genérica, uma impressão a distância, sobre o estado atual de coisas que o faz lamentar. Conhece a questão e as causas da situação atual. Ou seja, não é uma reclamação fruto da incompreensão ou da mera ignorância.

Um segundo aspecto: houve e continua havendo intenso trabalho. Robert Putnam não reclama da sociedade sentado comodamente em seu sofá. Sua frustração não é, como tantas vezes se observa, resultado da preguiça ou do comodismo, numa manobra para aliviar a consciência.

No entanto, mesmo assim, mesmo com conhecimento e com trabalho, não existe sucesso garantido. É realmente uma tarefa difícil, profundamente desafiadora!

Diante disso, é compreensível que surja o questionamento: por que não simplesmente ignorar todas essas dificuldades e aproveitar a vida? Se as coisas são tão difíceis, por que dedicar esforços a atividades que, muito provavelmente, serão frustrantes? Penso aqui na política, na transformação da educação, no combate à pobreza e às desigualdades, na melhoria das condições de vida da população mais vulnerável.

Não seria mais inteligente, mais seguro, levar a vida sem grandes expectativas, só cuidando, por assim dizer, da própria vida, da própria família, do seu círculo social imediato?

Entendo que a fala de Robert Putnam – com uma humildade comovente, muito distante de um olhar autocentrado – oferece uma perspectiva interessante para todas essas questões. Sim, queremos os resultados, com todas as nossas forças. Mas o grande fruto da batalha pela transformação social não é o placar em si: o sucesso que eventualmente tenhamos obtido e que, por sinal, na imensa maioria das vezes, não depende apenas de nós. O maior resultado está justamente em tentar mudar, o que por si só produz mudanças em nós mesmos e em quem está ao nosso redor. É assim, cuidando do caminho – do processo – e das pessoas, que se constroem as novas possibilidades para a História.

“Tenho esperança, porque vejo como podemos mudar isso.” A nossa trajetória social não é um dado, é uma construção. Podemos mudar o curso da História. Talvez não de uma forma direta e linear. Certamente não de maneira imediata. Mas é possível.

Na verdade, a batalha pela transformação social não é um dever imposto, sob pena de castigo, em caso de omissão. É uma enorme aventura que dá sentido e preenche, mesmo quando parece que as coisas não caminham como gostaríamos. E por quê? Porque não se trata de uma batalha egocêntrica, para nos sentirmos bem. A preocupação é com os outros, especialmente com os que virão depois de nós. É um olhar que abrange o curto, o médio e o longo prazos.

Sabemos como batalhar e batalharemos. Reuniremos e engajaremos mais pessoas. Entusiasmaremos as novas gerações. E seguiremos trilhando essa grande aventura da vida, da convivência, da solidariedade. Seja aos 23, aos 43 ou aos 83 anos.

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Não é raro constatar uma sensação de frustração com o rumo que o País ou a sociedade toma. Gostaríamos que as coisas fossem diferentes: menos violência, menos insegurança, menos desigualdade, melhores condições de vida para a população, menos corrupção, menos discórdia, maior compromisso com o interesse público e muitos outros bens.

As coisas, no entanto, parecem não andar de acordo com nossos desejos e vontades. Há uma grande distância entre o ser (a realidade) e o dever-ser (o que pensamos que deveria ser).

Em entrevista ao jornal The New York Times, o cientista político Robert Putnam comentou esse descompasso. Com diversos estudos sobre o papel da confiança e da cooperação na sociedade, ele tem se dedicado, ao longo de sua vida pública, a fortalecer o sentido de comunidade nos Estados Unidos. Publicado em 2000, seu livro Bowling Alone advertia para a redução das diversas formas de interação social, o que prejudica o engajamento cívico, condição para uma democracia saudável. Desde então, essa tendência se intensificou. Os americanos – e, de certa forma, o mundo inteiro – tornaram-se mais divididos, mais solitários, menos confiantes.

“Tenho trabalhado durante a maior parte de minha vida adulta para tentar construir nos Estados Unidos uma comunidade melhor, mais produtiva, mais igualitária, mais conectada. Agora, aos 83 anos, olhando para trás, vejo que foi um fracasso completo. Devo ser otimista ou pessimista com relação ao futuro? Não sei se sou otimista ou pessimista. Sinceramente, olhando para as pesquisas de hoje, eu poderia ser bem pessimista. Mas tenho esperança, porque vejo como podemos mudar isso e estou fazendo o possível, inclusive neste momento, para tentar mudar o curso da História. Desculpe-me, isso pode soar arrogante – e peço desculpas por isso –, mas estou dizendo honestamente como me sinto. Não quero parecer cínico, mas o que fazer? Tentei fazer o meu melhor para esboçar um caminho a seguir, mas não fui suficientemente persuasivo.”

Penso que esse trecho da entrevista oferece luzes importantes para nossas batalhas, internas e externas, especialmente pelo contexto da conversa.

Robert Putnam compreende o problema. Ele não tem apenas uma ideia genérica, uma impressão a distância, sobre o estado atual de coisas que o faz lamentar. Conhece a questão e as causas da situação atual. Ou seja, não é uma reclamação fruto da incompreensão ou da mera ignorância.

Um segundo aspecto: houve e continua havendo intenso trabalho. Robert Putnam não reclama da sociedade sentado comodamente em seu sofá. Sua frustração não é, como tantas vezes se observa, resultado da preguiça ou do comodismo, numa manobra para aliviar a consciência.

No entanto, mesmo assim, mesmo com conhecimento e com trabalho, não existe sucesso garantido. É realmente uma tarefa difícil, profundamente desafiadora!

Diante disso, é compreensível que surja o questionamento: por que não simplesmente ignorar todas essas dificuldades e aproveitar a vida? Se as coisas são tão difíceis, por que dedicar esforços a atividades que, muito provavelmente, serão frustrantes? Penso aqui na política, na transformação da educação, no combate à pobreza e às desigualdades, na melhoria das condições de vida da população mais vulnerável.

Não seria mais inteligente, mais seguro, levar a vida sem grandes expectativas, só cuidando, por assim dizer, da própria vida, da própria família, do seu círculo social imediato?

Entendo que a fala de Robert Putnam – com uma humildade comovente, muito distante de um olhar autocentrado – oferece uma perspectiva interessante para todas essas questões. Sim, queremos os resultados, com todas as nossas forças. Mas o grande fruto da batalha pela transformação social não é o placar em si: o sucesso que eventualmente tenhamos obtido e que, por sinal, na imensa maioria das vezes, não depende apenas de nós. O maior resultado está justamente em tentar mudar, o que por si só produz mudanças em nós mesmos e em quem está ao nosso redor. É assim, cuidando do caminho – do processo – e das pessoas, que se constroem as novas possibilidades para a História.

“Tenho esperança, porque vejo como podemos mudar isso.” A nossa trajetória social não é um dado, é uma construção. Podemos mudar o curso da História. Talvez não de uma forma direta e linear. Certamente não de maneira imediata. Mas é possível.

Na verdade, a batalha pela transformação social não é um dever imposto, sob pena de castigo, em caso de omissão. É uma enorme aventura que dá sentido e preenche, mesmo quando parece que as coisas não caminham como gostaríamos. E por quê? Porque não se trata de uma batalha egocêntrica, para nos sentirmos bem. A preocupação é com os outros, especialmente com os que virão depois de nós. É um olhar que abrange o curto, o médio e o longo prazos.

Sabemos como batalhar e batalharemos. Reuniremos e engajaremos mais pessoas. Entusiasmaremos as novas gerações. E seguiremos trilhando essa grande aventura da vida, da convivência, da solidariedade. Seja aos 23, aos 43 ou aos 83 anos.

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