O avanço extremista alemão


Inédita vitória eleitoral de radicais de direita escancara crise da política tradicional

Por Notas & Informações

O chão tremeu no lado oriental da Alemanha. Pela primeira vez no pós-guerra, um partido da extrema direita emergiu nas urnas como força principal em um Estado. A Alternativa para a Alemanha (AfD) levou quase um terço dos votos na Turíngia e na Saxônia. Na primeira, foi o partido mais votado, seguido pela Democracia Cristã, de centro-direita; na segunda, foi o inverso. A esquerda radical também teve boa performance: a Aliança Sahra Wagenknecht (BSW), uma dissidência da Esquerda, herdeira do Partido Comunista, fundada há apenas nove meses, ficou em terceiro. Os três partidos que governam o país – social-democrata, liberal e verde – somaram nessas regiões, respectivamente, 10,6% e 13,6% dos votos. O premiê Olaf Scholz conclamou todos a manter a AfD fora do poder.

É o que deve acontecer. Os regimentos dos partidos tradicionais vetam coalizões com extremistas e ninguém à esquerda se aliará à AfD. Os democratas cristãos estão em posição de governar os dois Estados, mas através de coalizões confusas e instáveis, que exigirão compromissos excepcionais e indigestos com a Esquerda ou a BSW ou ambas, enquanto a AfD poderá bloquear mudanças nas constituições locais.

Além dessa foto do momento, o filme no lado oriental da Alemanha é de radicalização. Os votos nos extremos ultrapassaram 40%. Desde a reunificação em 1990, as desigualdades entre o Oeste e o Leste diminuíram, mas ainda são sensíveis. Por fatores socioculturais, no Leste as organizações da sociedade civil essenciais para a democracia representativa – partidos, sindicatos, associações – não se consolidaram. Nesse ambiente volátil, extremistas fabricam máquinas populistas abastecidas pelo rancor. Embora no plano ideológico a AfD e a BSW se abominem, em políticas cruciais são indistinguíveis: ambas se opõem ao apoio à Ucrânia; são eurocéticas, antissistema e antielites; exigem restrições draconianas à imigração; e têm modelos nacional-socialistas para o Estado.

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A contraparte da ascensão extremista é a desmoralização dos partidos tradicionais, sobretudo da centro-esquerda. A irritação com os custos das políticas migratórias e de transição energética está longe de estar restrita a franjas xenófobas e radicais.

Não se deve superestimar a ascensão do radicalismo, que tem pouca aderência no Oeste, e nas eleições para o Parlamento Europeu a AfD parou em 15% dos votos. Mas tampouco se deve subestimá-la, pois a AfD é o segundo partido mais popular, e nunca a dissensão entre o Oeste e o Leste e a polarização entre os extremos foram tão agudas.

Os democratas cristãos estão bem posicionados para voltar ao governo nacional em 2025. Mas eles e os outros partidos tradicionais têm um ano para afinar suas propostas à vontade popular, hoje mais conservadora, se quiserem neutralizar os extremos e constituir um governo estável. Hoje, a clivagem entre esquerda e direita é menos relevante para o futuro da democracia alemã do que aquela entre extremistas e moderados. A grande questão é se o lado oriental da Alemanha será moderado pelo lado ocidental ou se o lado oriental radicalizará o ocidental.

O chão tremeu no lado oriental da Alemanha. Pela primeira vez no pós-guerra, um partido da extrema direita emergiu nas urnas como força principal em um Estado. A Alternativa para a Alemanha (AfD) levou quase um terço dos votos na Turíngia e na Saxônia. Na primeira, foi o partido mais votado, seguido pela Democracia Cristã, de centro-direita; na segunda, foi o inverso. A esquerda radical também teve boa performance: a Aliança Sahra Wagenknecht (BSW), uma dissidência da Esquerda, herdeira do Partido Comunista, fundada há apenas nove meses, ficou em terceiro. Os três partidos que governam o país – social-democrata, liberal e verde – somaram nessas regiões, respectivamente, 10,6% e 13,6% dos votos. O premiê Olaf Scholz conclamou todos a manter a AfD fora do poder.

É o que deve acontecer. Os regimentos dos partidos tradicionais vetam coalizões com extremistas e ninguém à esquerda se aliará à AfD. Os democratas cristãos estão em posição de governar os dois Estados, mas através de coalizões confusas e instáveis, que exigirão compromissos excepcionais e indigestos com a Esquerda ou a BSW ou ambas, enquanto a AfD poderá bloquear mudanças nas constituições locais.

Além dessa foto do momento, o filme no lado oriental da Alemanha é de radicalização. Os votos nos extremos ultrapassaram 40%. Desde a reunificação em 1990, as desigualdades entre o Oeste e o Leste diminuíram, mas ainda são sensíveis. Por fatores socioculturais, no Leste as organizações da sociedade civil essenciais para a democracia representativa – partidos, sindicatos, associações – não se consolidaram. Nesse ambiente volátil, extremistas fabricam máquinas populistas abastecidas pelo rancor. Embora no plano ideológico a AfD e a BSW se abominem, em políticas cruciais são indistinguíveis: ambas se opõem ao apoio à Ucrânia; são eurocéticas, antissistema e antielites; exigem restrições draconianas à imigração; e têm modelos nacional-socialistas para o Estado.

A contraparte da ascensão extremista é a desmoralização dos partidos tradicionais, sobretudo da centro-esquerda. A irritação com os custos das políticas migratórias e de transição energética está longe de estar restrita a franjas xenófobas e radicais.

Não se deve superestimar a ascensão do radicalismo, que tem pouca aderência no Oeste, e nas eleições para o Parlamento Europeu a AfD parou em 15% dos votos. Mas tampouco se deve subestimá-la, pois a AfD é o segundo partido mais popular, e nunca a dissensão entre o Oeste e o Leste e a polarização entre os extremos foram tão agudas.

Os democratas cristãos estão bem posicionados para voltar ao governo nacional em 2025. Mas eles e os outros partidos tradicionais têm um ano para afinar suas propostas à vontade popular, hoje mais conservadora, se quiserem neutralizar os extremos e constituir um governo estável. Hoje, a clivagem entre esquerda e direita é menos relevante para o futuro da democracia alemã do que aquela entre extremistas e moderados. A grande questão é se o lado oriental da Alemanha será moderado pelo lado ocidental ou se o lado oriental radicalizará o ocidental.

O chão tremeu no lado oriental da Alemanha. Pela primeira vez no pós-guerra, um partido da extrema direita emergiu nas urnas como força principal em um Estado. A Alternativa para a Alemanha (AfD) levou quase um terço dos votos na Turíngia e na Saxônia. Na primeira, foi o partido mais votado, seguido pela Democracia Cristã, de centro-direita; na segunda, foi o inverso. A esquerda radical também teve boa performance: a Aliança Sahra Wagenknecht (BSW), uma dissidência da Esquerda, herdeira do Partido Comunista, fundada há apenas nove meses, ficou em terceiro. Os três partidos que governam o país – social-democrata, liberal e verde – somaram nessas regiões, respectivamente, 10,6% e 13,6% dos votos. O premiê Olaf Scholz conclamou todos a manter a AfD fora do poder.

É o que deve acontecer. Os regimentos dos partidos tradicionais vetam coalizões com extremistas e ninguém à esquerda se aliará à AfD. Os democratas cristãos estão em posição de governar os dois Estados, mas através de coalizões confusas e instáveis, que exigirão compromissos excepcionais e indigestos com a Esquerda ou a BSW ou ambas, enquanto a AfD poderá bloquear mudanças nas constituições locais.

Além dessa foto do momento, o filme no lado oriental da Alemanha é de radicalização. Os votos nos extremos ultrapassaram 40%. Desde a reunificação em 1990, as desigualdades entre o Oeste e o Leste diminuíram, mas ainda são sensíveis. Por fatores socioculturais, no Leste as organizações da sociedade civil essenciais para a democracia representativa – partidos, sindicatos, associações – não se consolidaram. Nesse ambiente volátil, extremistas fabricam máquinas populistas abastecidas pelo rancor. Embora no plano ideológico a AfD e a BSW se abominem, em políticas cruciais são indistinguíveis: ambas se opõem ao apoio à Ucrânia; são eurocéticas, antissistema e antielites; exigem restrições draconianas à imigração; e têm modelos nacional-socialistas para o Estado.

A contraparte da ascensão extremista é a desmoralização dos partidos tradicionais, sobretudo da centro-esquerda. A irritação com os custos das políticas migratórias e de transição energética está longe de estar restrita a franjas xenófobas e radicais.

Não se deve superestimar a ascensão do radicalismo, que tem pouca aderência no Oeste, e nas eleições para o Parlamento Europeu a AfD parou em 15% dos votos. Mas tampouco se deve subestimá-la, pois a AfD é o segundo partido mais popular, e nunca a dissensão entre o Oeste e o Leste e a polarização entre os extremos foram tão agudas.

Os democratas cristãos estão bem posicionados para voltar ao governo nacional em 2025. Mas eles e os outros partidos tradicionais têm um ano para afinar suas propostas à vontade popular, hoje mais conservadora, se quiserem neutralizar os extremos e constituir um governo estável. Hoje, a clivagem entre esquerda e direita é menos relevante para o futuro da democracia alemã do que aquela entre extremistas e moderados. A grande questão é se o lado oriental da Alemanha será moderado pelo lado ocidental ou se o lado oriental radicalizará o ocidental.

O chão tremeu no lado oriental da Alemanha. Pela primeira vez no pós-guerra, um partido da extrema direita emergiu nas urnas como força principal em um Estado. A Alternativa para a Alemanha (AfD) levou quase um terço dos votos na Turíngia e na Saxônia. Na primeira, foi o partido mais votado, seguido pela Democracia Cristã, de centro-direita; na segunda, foi o inverso. A esquerda radical também teve boa performance: a Aliança Sahra Wagenknecht (BSW), uma dissidência da Esquerda, herdeira do Partido Comunista, fundada há apenas nove meses, ficou em terceiro. Os três partidos que governam o país – social-democrata, liberal e verde – somaram nessas regiões, respectivamente, 10,6% e 13,6% dos votos. O premiê Olaf Scholz conclamou todos a manter a AfD fora do poder.

É o que deve acontecer. Os regimentos dos partidos tradicionais vetam coalizões com extremistas e ninguém à esquerda se aliará à AfD. Os democratas cristãos estão em posição de governar os dois Estados, mas através de coalizões confusas e instáveis, que exigirão compromissos excepcionais e indigestos com a Esquerda ou a BSW ou ambas, enquanto a AfD poderá bloquear mudanças nas constituições locais.

Além dessa foto do momento, o filme no lado oriental da Alemanha é de radicalização. Os votos nos extremos ultrapassaram 40%. Desde a reunificação em 1990, as desigualdades entre o Oeste e o Leste diminuíram, mas ainda são sensíveis. Por fatores socioculturais, no Leste as organizações da sociedade civil essenciais para a democracia representativa – partidos, sindicatos, associações – não se consolidaram. Nesse ambiente volátil, extremistas fabricam máquinas populistas abastecidas pelo rancor. Embora no plano ideológico a AfD e a BSW se abominem, em políticas cruciais são indistinguíveis: ambas se opõem ao apoio à Ucrânia; são eurocéticas, antissistema e antielites; exigem restrições draconianas à imigração; e têm modelos nacional-socialistas para o Estado.

A contraparte da ascensão extremista é a desmoralização dos partidos tradicionais, sobretudo da centro-esquerda. A irritação com os custos das políticas migratórias e de transição energética está longe de estar restrita a franjas xenófobas e radicais.

Não se deve superestimar a ascensão do radicalismo, que tem pouca aderência no Oeste, e nas eleições para o Parlamento Europeu a AfD parou em 15% dos votos. Mas tampouco se deve subestimá-la, pois a AfD é o segundo partido mais popular, e nunca a dissensão entre o Oeste e o Leste e a polarização entre os extremos foram tão agudas.

Os democratas cristãos estão bem posicionados para voltar ao governo nacional em 2025. Mas eles e os outros partidos tradicionais têm um ano para afinar suas propostas à vontade popular, hoje mais conservadora, se quiserem neutralizar os extremos e constituir um governo estável. Hoje, a clivagem entre esquerda e direita é menos relevante para o futuro da democracia alemã do que aquela entre extremistas e moderados. A grande questão é se o lado oriental da Alemanha será moderado pelo lado ocidental ou se o lado oriental radicalizará o ocidental.

O chão tremeu no lado oriental da Alemanha. Pela primeira vez no pós-guerra, um partido da extrema direita emergiu nas urnas como força principal em um Estado. A Alternativa para a Alemanha (AfD) levou quase um terço dos votos na Turíngia e na Saxônia. Na primeira, foi o partido mais votado, seguido pela Democracia Cristã, de centro-direita; na segunda, foi o inverso. A esquerda radical também teve boa performance: a Aliança Sahra Wagenknecht (BSW), uma dissidência da Esquerda, herdeira do Partido Comunista, fundada há apenas nove meses, ficou em terceiro. Os três partidos que governam o país – social-democrata, liberal e verde – somaram nessas regiões, respectivamente, 10,6% e 13,6% dos votos. O premiê Olaf Scholz conclamou todos a manter a AfD fora do poder.

É o que deve acontecer. Os regimentos dos partidos tradicionais vetam coalizões com extremistas e ninguém à esquerda se aliará à AfD. Os democratas cristãos estão em posição de governar os dois Estados, mas através de coalizões confusas e instáveis, que exigirão compromissos excepcionais e indigestos com a Esquerda ou a BSW ou ambas, enquanto a AfD poderá bloquear mudanças nas constituições locais.

Além dessa foto do momento, o filme no lado oriental da Alemanha é de radicalização. Os votos nos extremos ultrapassaram 40%. Desde a reunificação em 1990, as desigualdades entre o Oeste e o Leste diminuíram, mas ainda são sensíveis. Por fatores socioculturais, no Leste as organizações da sociedade civil essenciais para a democracia representativa – partidos, sindicatos, associações – não se consolidaram. Nesse ambiente volátil, extremistas fabricam máquinas populistas abastecidas pelo rancor. Embora no plano ideológico a AfD e a BSW se abominem, em políticas cruciais são indistinguíveis: ambas se opõem ao apoio à Ucrânia; são eurocéticas, antissistema e antielites; exigem restrições draconianas à imigração; e têm modelos nacional-socialistas para o Estado.

A contraparte da ascensão extremista é a desmoralização dos partidos tradicionais, sobretudo da centro-esquerda. A irritação com os custos das políticas migratórias e de transição energética está longe de estar restrita a franjas xenófobas e radicais.

Não se deve superestimar a ascensão do radicalismo, que tem pouca aderência no Oeste, e nas eleições para o Parlamento Europeu a AfD parou em 15% dos votos. Mas tampouco se deve subestimá-la, pois a AfD é o segundo partido mais popular, e nunca a dissensão entre o Oeste e o Leste e a polarização entre os extremos foram tão agudas.

Os democratas cristãos estão bem posicionados para voltar ao governo nacional em 2025. Mas eles e os outros partidos tradicionais têm um ano para afinar suas propostas à vontade popular, hoje mais conservadora, se quiserem neutralizar os extremos e constituir um governo estável. Hoje, a clivagem entre esquerda e direita é menos relevante para o futuro da democracia alemã do que aquela entre extremistas e moderados. A grande questão é se o lado oriental da Alemanha será moderado pelo lado ocidental ou se o lado oriental radicalizará o ocidental.

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