O eleitor


Ainda que haja pessimismo e ressentimento, nota-se também um claro anseio pelo resgate da boa política

Por Redação

A pesquisa CNI/Ibope Perspectivas para as eleições de 2018, da série Retratos da Sociedade Brasileira, mostra que o eleitor brasileiro pode ser, às vezes, complexo e contraditório, mas está longe de ser alienado ou indiferente aos problemas nacionais. Sabe o que quer e, principalmente, sabe o que não quer. Não deseja candidatos envolvidos em casos de corrupção e tampouco aventureiros em economia. As respostas revelam um eleitor mais escaldado, consciente do que significou na sua vida a crise econômica e social causada pelos anos de PT no governo federal.

Realizada em dezembro de 2017, a pesquisa revela, no entanto, expectativas contraditórias a respeito das próximas eleições. Por exemplo, 44% dos entrevistados dizem estar pessimistas em relação ao pleito presidencial. Como motivos para esse estado de ânimo, citam principalmente a corrupção, a falta de confiança nos governos e candidatos e a falta de opção entre os pré-candidatos. Apenas 20% afirmam estar otimistas. Tais porcentuais não chegam a ser propriamente uma novidade, mas confirmam o desânimo da população com a democracia, fruto em parte de uma campanha, difusa, mas nem por isso menos eficaz, de difamação da política e dos políticos em geral, que se observa no País nos últimos anos.

O eleitor mostra-se descrente com a campanha eleitoral e os partidos. Ainda que 84% dos entrevistados afirmem estudar as propostas, 75% dizem não acreditar nas promessas de campanha. Reconhecem a importância do voto consciente, mas sabem as limitações que o formato atual das eleições impõe a uma boa escolha.

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Metade da população (48%) não tem simpatia ou preferência por nenhum partido político. Olham o cenário político-partidário e veem apenas formas e cores indeterminadas, sem maiores consequências práticas. Apenas quatro partidos – PT, MDB, PSDB e PSOL – tiveram mais de um ponto porcentual no quesito preferência ou simpatia do eleitor. O País tem hoje 35 partidos políticos. Não é de estranhar que 72% dos entrevistados declarem votar no candidato de sua preferência, sem se preocupar com o seu partido.

Essa significativa indiferença em relação à legenda não se transforma em menosprezo ao candidato a presidente da República. Desimportante é o partido, não a escolha do candidato. As respostas sobre o perfil desejado de quem deve ocupar o Palácio do Planalto revelam que os entrevistados estão bem cientes da importância e da responsabilidade do cargo.

Na pesquisa, as três características mais mencionadas como muito importantes no candidato a presidente da República foram o conhecimento dos problemas do País (89%), a experiência em assuntos econômicos (77%) e uma boa formação educacional (74%). Entre outros pontos, 64% mencionaram a necessidade de o candidato ter uma boa relação com o Congresso.

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Para a maioria dos eleitores (62%) é muito importante que o candidato tenha uma trajetória política. E 72% afirmaram a importância de ter experiência no Executivo federal ou municipal. Ao mesmo tempo, o eleitor mostra-se dividido quando essa experiência é associada à política em geral. Metade dos eleitores prefere não votar em “político profissional”. Mais uma vez fica em evidência a percepção desajustada, na qual a vida política é, a priori, mal vista.

Esse traço se manifesta também na avaliação sobre as características pessoais desejadas para o candidato à Presidência. Segundo a pesquisa CBI/Ibope, as qualidades pessoais mais importantes para o eleitor são a honestidade na campanha (87%), o não envolvimento em casos de corrupção (84%), a capacidade de transmitir confiança (82%) e o pulso filme (78%). É a esperança de que, entre os candidatos, haja pessoas de bom caráter, confiáveis, leais – líderes, enfim.

Ainda que haja pessimismo e ressentimento, nota-se também um claro anseio pelo resgate da boa política. O eleitor não aceita, como posição definitiva, a condenação da política. Há, portanto, nas eleições de 2018 uma excelente oportunidade de alinhar a política com o interesse da população. É grande a responsabilidade do eleitor.

A pesquisa CNI/Ibope Perspectivas para as eleições de 2018, da série Retratos da Sociedade Brasileira, mostra que o eleitor brasileiro pode ser, às vezes, complexo e contraditório, mas está longe de ser alienado ou indiferente aos problemas nacionais. Sabe o que quer e, principalmente, sabe o que não quer. Não deseja candidatos envolvidos em casos de corrupção e tampouco aventureiros em economia. As respostas revelam um eleitor mais escaldado, consciente do que significou na sua vida a crise econômica e social causada pelos anos de PT no governo federal.

Realizada em dezembro de 2017, a pesquisa revela, no entanto, expectativas contraditórias a respeito das próximas eleições. Por exemplo, 44% dos entrevistados dizem estar pessimistas em relação ao pleito presidencial. Como motivos para esse estado de ânimo, citam principalmente a corrupção, a falta de confiança nos governos e candidatos e a falta de opção entre os pré-candidatos. Apenas 20% afirmam estar otimistas. Tais porcentuais não chegam a ser propriamente uma novidade, mas confirmam o desânimo da população com a democracia, fruto em parte de uma campanha, difusa, mas nem por isso menos eficaz, de difamação da política e dos políticos em geral, que se observa no País nos últimos anos.

O eleitor mostra-se descrente com a campanha eleitoral e os partidos. Ainda que 84% dos entrevistados afirmem estudar as propostas, 75% dizem não acreditar nas promessas de campanha. Reconhecem a importância do voto consciente, mas sabem as limitações que o formato atual das eleições impõe a uma boa escolha.

Metade da população (48%) não tem simpatia ou preferência por nenhum partido político. Olham o cenário político-partidário e veem apenas formas e cores indeterminadas, sem maiores consequências práticas. Apenas quatro partidos – PT, MDB, PSDB e PSOL – tiveram mais de um ponto porcentual no quesito preferência ou simpatia do eleitor. O País tem hoje 35 partidos políticos. Não é de estranhar que 72% dos entrevistados declarem votar no candidato de sua preferência, sem se preocupar com o seu partido.

Essa significativa indiferença em relação à legenda não se transforma em menosprezo ao candidato a presidente da República. Desimportante é o partido, não a escolha do candidato. As respostas sobre o perfil desejado de quem deve ocupar o Palácio do Planalto revelam que os entrevistados estão bem cientes da importância e da responsabilidade do cargo.

Na pesquisa, as três características mais mencionadas como muito importantes no candidato a presidente da República foram o conhecimento dos problemas do País (89%), a experiência em assuntos econômicos (77%) e uma boa formação educacional (74%). Entre outros pontos, 64% mencionaram a necessidade de o candidato ter uma boa relação com o Congresso.

Para a maioria dos eleitores (62%) é muito importante que o candidato tenha uma trajetória política. E 72% afirmaram a importância de ter experiência no Executivo federal ou municipal. Ao mesmo tempo, o eleitor mostra-se dividido quando essa experiência é associada à política em geral. Metade dos eleitores prefere não votar em “político profissional”. Mais uma vez fica em evidência a percepção desajustada, na qual a vida política é, a priori, mal vista.

Esse traço se manifesta também na avaliação sobre as características pessoais desejadas para o candidato à Presidência. Segundo a pesquisa CBI/Ibope, as qualidades pessoais mais importantes para o eleitor são a honestidade na campanha (87%), o não envolvimento em casos de corrupção (84%), a capacidade de transmitir confiança (82%) e o pulso filme (78%). É a esperança de que, entre os candidatos, haja pessoas de bom caráter, confiáveis, leais – líderes, enfim.

Ainda que haja pessimismo e ressentimento, nota-se também um claro anseio pelo resgate da boa política. O eleitor não aceita, como posição definitiva, a condenação da política. Há, portanto, nas eleições de 2018 uma excelente oportunidade de alinhar a política com o interesse da população. É grande a responsabilidade do eleitor.

A pesquisa CNI/Ibope Perspectivas para as eleições de 2018, da série Retratos da Sociedade Brasileira, mostra que o eleitor brasileiro pode ser, às vezes, complexo e contraditório, mas está longe de ser alienado ou indiferente aos problemas nacionais. Sabe o que quer e, principalmente, sabe o que não quer. Não deseja candidatos envolvidos em casos de corrupção e tampouco aventureiros em economia. As respostas revelam um eleitor mais escaldado, consciente do que significou na sua vida a crise econômica e social causada pelos anos de PT no governo federal.

Realizada em dezembro de 2017, a pesquisa revela, no entanto, expectativas contraditórias a respeito das próximas eleições. Por exemplo, 44% dos entrevistados dizem estar pessimistas em relação ao pleito presidencial. Como motivos para esse estado de ânimo, citam principalmente a corrupção, a falta de confiança nos governos e candidatos e a falta de opção entre os pré-candidatos. Apenas 20% afirmam estar otimistas. Tais porcentuais não chegam a ser propriamente uma novidade, mas confirmam o desânimo da população com a democracia, fruto em parte de uma campanha, difusa, mas nem por isso menos eficaz, de difamação da política e dos políticos em geral, que se observa no País nos últimos anos.

O eleitor mostra-se descrente com a campanha eleitoral e os partidos. Ainda que 84% dos entrevistados afirmem estudar as propostas, 75% dizem não acreditar nas promessas de campanha. Reconhecem a importância do voto consciente, mas sabem as limitações que o formato atual das eleições impõe a uma boa escolha.

Metade da população (48%) não tem simpatia ou preferência por nenhum partido político. Olham o cenário político-partidário e veem apenas formas e cores indeterminadas, sem maiores consequências práticas. Apenas quatro partidos – PT, MDB, PSDB e PSOL – tiveram mais de um ponto porcentual no quesito preferência ou simpatia do eleitor. O País tem hoje 35 partidos políticos. Não é de estranhar que 72% dos entrevistados declarem votar no candidato de sua preferência, sem se preocupar com o seu partido.

Essa significativa indiferença em relação à legenda não se transforma em menosprezo ao candidato a presidente da República. Desimportante é o partido, não a escolha do candidato. As respostas sobre o perfil desejado de quem deve ocupar o Palácio do Planalto revelam que os entrevistados estão bem cientes da importância e da responsabilidade do cargo.

Na pesquisa, as três características mais mencionadas como muito importantes no candidato a presidente da República foram o conhecimento dos problemas do País (89%), a experiência em assuntos econômicos (77%) e uma boa formação educacional (74%). Entre outros pontos, 64% mencionaram a necessidade de o candidato ter uma boa relação com o Congresso.

Para a maioria dos eleitores (62%) é muito importante que o candidato tenha uma trajetória política. E 72% afirmaram a importância de ter experiência no Executivo federal ou municipal. Ao mesmo tempo, o eleitor mostra-se dividido quando essa experiência é associada à política em geral. Metade dos eleitores prefere não votar em “político profissional”. Mais uma vez fica em evidência a percepção desajustada, na qual a vida política é, a priori, mal vista.

Esse traço se manifesta também na avaliação sobre as características pessoais desejadas para o candidato à Presidência. Segundo a pesquisa CBI/Ibope, as qualidades pessoais mais importantes para o eleitor são a honestidade na campanha (87%), o não envolvimento em casos de corrupção (84%), a capacidade de transmitir confiança (82%) e o pulso filme (78%). É a esperança de que, entre os candidatos, haja pessoas de bom caráter, confiáveis, leais – líderes, enfim.

Ainda que haja pessimismo e ressentimento, nota-se também um claro anseio pelo resgate da boa política. O eleitor não aceita, como posição definitiva, a condenação da política. Há, portanto, nas eleições de 2018 uma excelente oportunidade de alinhar a política com o interesse da população. É grande a responsabilidade do eleitor.

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