O fogo avança no Brasil


Área queimada quase dobra em relação a 2023 e escancara a incompetência para enfrentar incêndios

Por Notas & Informações

A área queimada no Brasil chegou a mais de 29 milhões de hectares se contabilizado o período de janeiro a novembro deste ano. É quase o dobro em relação ao mesmo período de 2023 e a maior extensão desde 2019, segundo o Monitor do Fogo, do projeto MapBiomas. Quase 60% da área queimada em 2024 fica na Amazônia, com a liderança indesejável do Estado do Pará – sede da COP-30, no ano que vem – e um patamar inédito de florestas alagáveis afetadas, acima inclusive das áreas de pastagem. No Cerrado, cresceu o volume de queimadas em vegetação nativa. O Pantanal não exibe cenário melhor.

Isso significa não só que o Brasil viu 14 milhões de hectares a mais (o equivalente ao Estado do Amapá) sofrerem o impacto de queimadas, na comparação com o ano passado, como também registrou duas situações igualmente complexas: tornou anual o que parecia ser um ápice sazonal e encerrou a tendência histórica que combinava o nível das queimadas com o ritmo de desmatamento. Até aqui havia um consenso de que a temporada de incêndios florestais se concentrava entre os meses de agosto e outubro, e que os incêndios em geral acompanhavam o ritmo de desmatamento. Os dados deste ano desmontam os dois consensos.

O aumento desproporcional da área queimada, sobretudo a área de floresta, serve de alerta para a necessidade de o País conciliar a redução do desmatamento com o controle do uso de fogo, como sublinhou a coordenadora do MapBiomas, Ane Alencar. Com um problema adicional: o governo do presidente Lula da Silva vem conseguindo reduzir o desmatamento com razoável sucesso nos últimos dois anos, sobretudo quando comparado ao legado de leniência com a destruição deixado pelo antecessor Jair Bolsonaro, mas se mostrou até aqui incapaz de conter o alastramento do fogo nos principais biomas. Dentro dos órgãos ambientais, incapacidade ou deficiência de estrutura; fora deles, letargia e negligência diante dos alertas emitidos.

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Fruto da ação humana, intencional ou não, ou das mudanças climáticas, o fato é que o fogo passou a se incorporar terrivelmente à paisagem brasileira. É um dano permanente para o solo, a qualidade dos ecossistemas, a saúde humana e os negócios do País. Não só afeta a vida nas florestas e nas cidades, como danifica plantações e pastagens, ampliando custos de produção, reduzindo a oferta de produtos agrícolas, comprometendo a segurança alimentar e aumentando os preços dos alimentos.

Só isso já seria suficiente para um grande esforço que una governos em todos os níveis e o setor privado para monitoramento contínuo das áreas de risco e resposta rápida a incêndios. O Brasil avançou nesse terreno, mas ainda derrapa nos resultados. Não dá para terceirizar ao bolsonarismo a culpa exclusiva pelo desmonte ambiental nem debitar tudo na conta apenas do crime organizado e das mudanças climáticas. São todos fatores a considerar, incluindo o fato de o Brasil ter enfrentado em 2024 a pior seca da história e o aumento drástico da temperatura. A mão humana, ao mesmo tempo que tem peso considerável no risco de queimadas, é também indispensável para enfrentar igualmente o desmatamento e o controle do fogo.

A área queimada no Brasil chegou a mais de 29 milhões de hectares se contabilizado o período de janeiro a novembro deste ano. É quase o dobro em relação ao mesmo período de 2023 e a maior extensão desde 2019, segundo o Monitor do Fogo, do projeto MapBiomas. Quase 60% da área queimada em 2024 fica na Amazônia, com a liderança indesejável do Estado do Pará – sede da COP-30, no ano que vem – e um patamar inédito de florestas alagáveis afetadas, acima inclusive das áreas de pastagem. No Cerrado, cresceu o volume de queimadas em vegetação nativa. O Pantanal não exibe cenário melhor.

Isso significa não só que o Brasil viu 14 milhões de hectares a mais (o equivalente ao Estado do Amapá) sofrerem o impacto de queimadas, na comparação com o ano passado, como também registrou duas situações igualmente complexas: tornou anual o que parecia ser um ápice sazonal e encerrou a tendência histórica que combinava o nível das queimadas com o ritmo de desmatamento. Até aqui havia um consenso de que a temporada de incêndios florestais se concentrava entre os meses de agosto e outubro, e que os incêndios em geral acompanhavam o ritmo de desmatamento. Os dados deste ano desmontam os dois consensos.

O aumento desproporcional da área queimada, sobretudo a área de floresta, serve de alerta para a necessidade de o País conciliar a redução do desmatamento com o controle do uso de fogo, como sublinhou a coordenadora do MapBiomas, Ane Alencar. Com um problema adicional: o governo do presidente Lula da Silva vem conseguindo reduzir o desmatamento com razoável sucesso nos últimos dois anos, sobretudo quando comparado ao legado de leniência com a destruição deixado pelo antecessor Jair Bolsonaro, mas se mostrou até aqui incapaz de conter o alastramento do fogo nos principais biomas. Dentro dos órgãos ambientais, incapacidade ou deficiência de estrutura; fora deles, letargia e negligência diante dos alertas emitidos.

Fruto da ação humana, intencional ou não, ou das mudanças climáticas, o fato é que o fogo passou a se incorporar terrivelmente à paisagem brasileira. É um dano permanente para o solo, a qualidade dos ecossistemas, a saúde humana e os negócios do País. Não só afeta a vida nas florestas e nas cidades, como danifica plantações e pastagens, ampliando custos de produção, reduzindo a oferta de produtos agrícolas, comprometendo a segurança alimentar e aumentando os preços dos alimentos.

Só isso já seria suficiente para um grande esforço que una governos em todos os níveis e o setor privado para monitoramento contínuo das áreas de risco e resposta rápida a incêndios. O Brasil avançou nesse terreno, mas ainda derrapa nos resultados. Não dá para terceirizar ao bolsonarismo a culpa exclusiva pelo desmonte ambiental nem debitar tudo na conta apenas do crime organizado e das mudanças climáticas. São todos fatores a considerar, incluindo o fato de o Brasil ter enfrentado em 2024 a pior seca da história e o aumento drástico da temperatura. A mão humana, ao mesmo tempo que tem peso considerável no risco de queimadas, é também indispensável para enfrentar igualmente o desmatamento e o controle do fogo.

A área queimada no Brasil chegou a mais de 29 milhões de hectares se contabilizado o período de janeiro a novembro deste ano. É quase o dobro em relação ao mesmo período de 2023 e a maior extensão desde 2019, segundo o Monitor do Fogo, do projeto MapBiomas. Quase 60% da área queimada em 2024 fica na Amazônia, com a liderança indesejável do Estado do Pará – sede da COP-30, no ano que vem – e um patamar inédito de florestas alagáveis afetadas, acima inclusive das áreas de pastagem. No Cerrado, cresceu o volume de queimadas em vegetação nativa. O Pantanal não exibe cenário melhor.

Isso significa não só que o Brasil viu 14 milhões de hectares a mais (o equivalente ao Estado do Amapá) sofrerem o impacto de queimadas, na comparação com o ano passado, como também registrou duas situações igualmente complexas: tornou anual o que parecia ser um ápice sazonal e encerrou a tendência histórica que combinava o nível das queimadas com o ritmo de desmatamento. Até aqui havia um consenso de que a temporada de incêndios florestais se concentrava entre os meses de agosto e outubro, e que os incêndios em geral acompanhavam o ritmo de desmatamento. Os dados deste ano desmontam os dois consensos.

O aumento desproporcional da área queimada, sobretudo a área de floresta, serve de alerta para a necessidade de o País conciliar a redução do desmatamento com o controle do uso de fogo, como sublinhou a coordenadora do MapBiomas, Ane Alencar. Com um problema adicional: o governo do presidente Lula da Silva vem conseguindo reduzir o desmatamento com razoável sucesso nos últimos dois anos, sobretudo quando comparado ao legado de leniência com a destruição deixado pelo antecessor Jair Bolsonaro, mas se mostrou até aqui incapaz de conter o alastramento do fogo nos principais biomas. Dentro dos órgãos ambientais, incapacidade ou deficiência de estrutura; fora deles, letargia e negligência diante dos alertas emitidos.

Fruto da ação humana, intencional ou não, ou das mudanças climáticas, o fato é que o fogo passou a se incorporar terrivelmente à paisagem brasileira. É um dano permanente para o solo, a qualidade dos ecossistemas, a saúde humana e os negócios do País. Não só afeta a vida nas florestas e nas cidades, como danifica plantações e pastagens, ampliando custos de produção, reduzindo a oferta de produtos agrícolas, comprometendo a segurança alimentar e aumentando os preços dos alimentos.

Só isso já seria suficiente para um grande esforço que una governos em todos os níveis e o setor privado para monitoramento contínuo das áreas de risco e resposta rápida a incêndios. O Brasil avançou nesse terreno, mas ainda derrapa nos resultados. Não dá para terceirizar ao bolsonarismo a culpa exclusiva pelo desmonte ambiental nem debitar tudo na conta apenas do crime organizado e das mudanças climáticas. São todos fatores a considerar, incluindo o fato de o Brasil ter enfrentado em 2024 a pior seca da história e o aumento drástico da temperatura. A mão humana, ao mesmo tempo que tem peso considerável no risco de queimadas, é também indispensável para enfrentar igualmente o desmatamento e o controle do fogo.

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