O inferno mais frequente


Ondas de calor, como as da Grécia e dos EUA, vão se repetir em intervalos cada vez menores

Por Notas & Informações

Os incêndios provocados por ondas de calor na Grécia, nos Estados Unidos, na China e no México nas últimas semanas nada têm de raros nem de esporádicos. A excepcionalidade de tais fenômenos é ignorada apenas por negacionistas fanáticos da mudança climática. Recente estudo elaborado por oito cientistas do London Imperial College, porém, agrega uma constatação mais grave: essas ondas infernais, com mortalidade cada vez mais alta, tendem a se repetir em intervalos cada vez menores (entre dois anos e meio e cinco anos) nos verões do Hemisfério Norte.

O estudo, intitulado O calor extremo na América do Norte, Europa e China em julho de 2023 tornou-se muito mais provável pela mudança climática, baseia-se no princípio de que o aumento de 2° Celsius na temperatura média do planeta, em relação ao nível pré-industrial, é inevitável e se dará bem antes do fim deste século. O calor deste ano no sul da Europa já supera em 2,5° Celsius os anteriores. Na América do Norte, os termômetros marcam temperaturas 2°C mais altas e na China, 1°C acima.

O cenário deve se tornar gradualmente mais devastador para a vida. Os pesquisadores alertam especialmente para o fato de os efeitos das altas temperaturas e dos incêndios selvagens à saúde humana não terem sido mapeados totalmente ainda hoje. Sublinham que os governos terão de elaborar planos de ação para lidar com um contexto mais adverso à sobrevivência. Os atuais investimentos em casas mais bem refrigeradas e em postos urbanos para se refrescar são tímidos diante do que será necessário.

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O estudo deixa claro que nada disso ocorreria se não fosse a escalada exorbitante de emissões de gases do efeito estufa nos últimos dois séculos, alavancadas pela incontestável ação humana. Igualmente acentua que bloquear o quanto antes essas emissões é a única forma de evitar que tais fenômenos se tornem cada vez mais frequentes e dramáticos.

A ciência enfatiza estar cada vez mais próximo o ponto de inflexão, ou seja, o momento em que a diminuição e até a eliminação das emissões dos gases já não trarão os efeitos positivos esperados. A luz amarela está se avermelhando. No caso das correntes marítimas do Atlântico, tão afetadas quanto a atmosfera pelas emissões de gases do efeito estufa e tão importantes para o equilíbrio climático do planeta, o ponto de inflexão deve ocorrer antes da virada do próximo século, segundo o estudo Alerta sobre um colapso próximo da circulação do Atlântico Sul, publicado no último dia 25 pela Nature Communications. Seus autores, os cientistas e irmãos dinamarqueses Susanne e Peter Ditlevsen, da Universidade de Copenhague, preveem que esse colapso acontecerá entre 2025 – algo como “depois de amanhã” – e 2095.

A última vez que as correntes atlânticas estagnaram foi há 12.800 anos, com consequências ambientais devastadoras. Não há razão para imaginar efeitos diferentes desta vez. Tampouco para não investir no corte brusco das emissões. O Acordo de Paris, que fixou as obrigações voluntárias de cada país, já não se mostra suficiente. É preciso maior ambição.

Os incêndios provocados por ondas de calor na Grécia, nos Estados Unidos, na China e no México nas últimas semanas nada têm de raros nem de esporádicos. A excepcionalidade de tais fenômenos é ignorada apenas por negacionistas fanáticos da mudança climática. Recente estudo elaborado por oito cientistas do London Imperial College, porém, agrega uma constatação mais grave: essas ondas infernais, com mortalidade cada vez mais alta, tendem a se repetir em intervalos cada vez menores (entre dois anos e meio e cinco anos) nos verões do Hemisfério Norte.

O estudo, intitulado O calor extremo na América do Norte, Europa e China em julho de 2023 tornou-se muito mais provável pela mudança climática, baseia-se no princípio de que o aumento de 2° Celsius na temperatura média do planeta, em relação ao nível pré-industrial, é inevitável e se dará bem antes do fim deste século. O calor deste ano no sul da Europa já supera em 2,5° Celsius os anteriores. Na América do Norte, os termômetros marcam temperaturas 2°C mais altas e na China, 1°C acima.

O cenário deve se tornar gradualmente mais devastador para a vida. Os pesquisadores alertam especialmente para o fato de os efeitos das altas temperaturas e dos incêndios selvagens à saúde humana não terem sido mapeados totalmente ainda hoje. Sublinham que os governos terão de elaborar planos de ação para lidar com um contexto mais adverso à sobrevivência. Os atuais investimentos em casas mais bem refrigeradas e em postos urbanos para se refrescar são tímidos diante do que será necessário.

O estudo deixa claro que nada disso ocorreria se não fosse a escalada exorbitante de emissões de gases do efeito estufa nos últimos dois séculos, alavancadas pela incontestável ação humana. Igualmente acentua que bloquear o quanto antes essas emissões é a única forma de evitar que tais fenômenos se tornem cada vez mais frequentes e dramáticos.

A ciência enfatiza estar cada vez mais próximo o ponto de inflexão, ou seja, o momento em que a diminuição e até a eliminação das emissões dos gases já não trarão os efeitos positivos esperados. A luz amarela está se avermelhando. No caso das correntes marítimas do Atlântico, tão afetadas quanto a atmosfera pelas emissões de gases do efeito estufa e tão importantes para o equilíbrio climático do planeta, o ponto de inflexão deve ocorrer antes da virada do próximo século, segundo o estudo Alerta sobre um colapso próximo da circulação do Atlântico Sul, publicado no último dia 25 pela Nature Communications. Seus autores, os cientistas e irmãos dinamarqueses Susanne e Peter Ditlevsen, da Universidade de Copenhague, preveem que esse colapso acontecerá entre 2025 – algo como “depois de amanhã” – e 2095.

A última vez que as correntes atlânticas estagnaram foi há 12.800 anos, com consequências ambientais devastadoras. Não há razão para imaginar efeitos diferentes desta vez. Tampouco para não investir no corte brusco das emissões. O Acordo de Paris, que fixou as obrigações voluntárias de cada país, já não se mostra suficiente. É preciso maior ambição.

Os incêndios provocados por ondas de calor na Grécia, nos Estados Unidos, na China e no México nas últimas semanas nada têm de raros nem de esporádicos. A excepcionalidade de tais fenômenos é ignorada apenas por negacionistas fanáticos da mudança climática. Recente estudo elaborado por oito cientistas do London Imperial College, porém, agrega uma constatação mais grave: essas ondas infernais, com mortalidade cada vez mais alta, tendem a se repetir em intervalos cada vez menores (entre dois anos e meio e cinco anos) nos verões do Hemisfério Norte.

O estudo, intitulado O calor extremo na América do Norte, Europa e China em julho de 2023 tornou-se muito mais provável pela mudança climática, baseia-se no princípio de que o aumento de 2° Celsius na temperatura média do planeta, em relação ao nível pré-industrial, é inevitável e se dará bem antes do fim deste século. O calor deste ano no sul da Europa já supera em 2,5° Celsius os anteriores. Na América do Norte, os termômetros marcam temperaturas 2°C mais altas e na China, 1°C acima.

O cenário deve se tornar gradualmente mais devastador para a vida. Os pesquisadores alertam especialmente para o fato de os efeitos das altas temperaturas e dos incêndios selvagens à saúde humana não terem sido mapeados totalmente ainda hoje. Sublinham que os governos terão de elaborar planos de ação para lidar com um contexto mais adverso à sobrevivência. Os atuais investimentos em casas mais bem refrigeradas e em postos urbanos para se refrescar são tímidos diante do que será necessário.

O estudo deixa claro que nada disso ocorreria se não fosse a escalada exorbitante de emissões de gases do efeito estufa nos últimos dois séculos, alavancadas pela incontestável ação humana. Igualmente acentua que bloquear o quanto antes essas emissões é a única forma de evitar que tais fenômenos se tornem cada vez mais frequentes e dramáticos.

A ciência enfatiza estar cada vez mais próximo o ponto de inflexão, ou seja, o momento em que a diminuição e até a eliminação das emissões dos gases já não trarão os efeitos positivos esperados. A luz amarela está se avermelhando. No caso das correntes marítimas do Atlântico, tão afetadas quanto a atmosfera pelas emissões de gases do efeito estufa e tão importantes para o equilíbrio climático do planeta, o ponto de inflexão deve ocorrer antes da virada do próximo século, segundo o estudo Alerta sobre um colapso próximo da circulação do Atlântico Sul, publicado no último dia 25 pela Nature Communications. Seus autores, os cientistas e irmãos dinamarqueses Susanne e Peter Ditlevsen, da Universidade de Copenhague, preveem que esse colapso acontecerá entre 2025 – algo como “depois de amanhã” – e 2095.

A última vez que as correntes atlânticas estagnaram foi há 12.800 anos, com consequências ambientais devastadoras. Não há razão para imaginar efeitos diferentes desta vez. Tampouco para não investir no corte brusco das emissões. O Acordo de Paris, que fixou as obrigações voluntárias de cada país, já não se mostra suficiente. É preciso maior ambição.

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