O legado do Real para a democracia


Plano de estabilização monetária é filho do regime democrático, pois só uma sociedade livre, senhora do seu destino, é capaz de planejar e construir um futuro mais auspicioso para todos

Por Notas & Informações

O real, moeda mais longeva da história recente do País, completará 30 anos no próximo dia 1o de julho. O distanciamento histórico só enaltece a grandeza da concertação política entre os Poderes Executivo e Legislativo que viabilizou a aprovação do Plano Real. Seguramente, a estabilidade monetária foi a maior conquista coletiva da sociedade brasileira na Nova República – no mínimo, por ter restaurado sua capacidade de sonhar. Ademais, o feito se tornou uma das mais chamativas vitrines do bem que só o regime democrático é capaz de fazer à Nação.

“A democracia motivou toda a estabilização”, disse Pérsio Arida, um dos formuladores do Plano Real, durante um seminário realizado há poucos dias na Fundação Fernando Henrique Cardoso a propósito do aniversário do plano. De fato, estabilização permite planejamento. E só uma sociedade livre, senhora do seu destino, é capaz de planejar e construir um futuro mais auspicioso para todos.

Desde o advento do real, milhões de brasileiros nasceram e cresceram sem ter vivido um dia sequer as agruras de lidar com a hiperinflação, um desastre que consumia todas as energias do País. Para esses cidadãos mais jovens pode até soar estranho, talvez inconcebível, mas se tratava de um Brasil incapaz de olhar para quaisquer outros de seus muitos problemas, que dirá pensar e implementar políticas públicas mais perenes para solucioná-los, absolutamente perdido que estava por ter em circulação uma moeda que mal valia o papel em que era impressa.

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Como foi possível superar um desafio dessa magnitude? – muitos podem se perguntar, sobretudo olhando o passado em contraste com a claudicante relação entre o governo Lula da Silva e o Congresso, movida a orçamento secreto. Ora, o Congresso daqueles idos da década de 1990 não era essencialmente melhor ou pior do que o Congresso atual. Era um retrato tão fiel da sociedade como o é hoje. Os parlamentares tampouco eram mais ou menos desprendidos de interesses paroquiais. O que havia então e não há agora eram um governo digno do nome, com um plano claro para o País, e disposição para negociar em bases minimamente republicanas, vale dizer, em torno do melhor interesse público.

Um plano como o Real – pensado, implementado e comunicado da forma como tudo foi feito – decerto foi um “milagre”, “um acidente histórico”, “um ponto fora da curva” ou qualquer outra expressão similar que o leitor queira empregar no lugar. Dificilmente se repetirá, não apenas na área econômica, mas em qualquer outra esfera da administração pública. Em primeiro lugar, havia o quilate intelectual, a capacidade administrativa e o espírito público dos envolvidos – a começar, é claro, pelo presidente Fernando Henrique Cardoso.

Ademais, ao longo dessas três décadas, a política, desafortunadamente, deixou de ser tratada como o meio civilizado de negociação da miríade de interesses em jogo na sociedade para ser apresentada por trambiqueiros de todas as cepas como uma guerra de aniquilação. Isso dificulta, quando não interdita, a formação de consensos mínimos entre os cidadãos, como foi o Real, em que pesem suas diferenças políticas e ideológicas.

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A despeito das singularidades do Plano Real, uma coisa é certa: um dos maiores legados daquela união de esforços ímpar na história republicana, que haverá de ser lembrado junto com suas realizações técnicas, é o triunfo da democracia como esteio das grandes conquistas sociais, políticas e econômicas. Não foi por acaso que a superação de uma das mais terríveis mazelas nacionais ocorreu sob o regime democrático.

Não se pode condenar quem olhe para o passado e lamente que uma liderança como Lula da Silva – que, aliás, foi ferozmente contra o Plano Real – desperdice todo o seu capital político ao apostar numa agenda desagregadora, desconectada de seu tempo e irremediavelmente condenada ao fracasso, por já ter sido testada e reprovada.

Resta torcer para que um novo alinhamento de planetas se forme, sabe-se lá quando, e o Brasil volte a ser governado por um estadista que, ao lado do Congresso, resgate na Nação a capacidade de dialogar e fazer nascer dias melhores.

O real, moeda mais longeva da história recente do País, completará 30 anos no próximo dia 1o de julho. O distanciamento histórico só enaltece a grandeza da concertação política entre os Poderes Executivo e Legislativo que viabilizou a aprovação do Plano Real. Seguramente, a estabilidade monetária foi a maior conquista coletiva da sociedade brasileira na Nova República – no mínimo, por ter restaurado sua capacidade de sonhar. Ademais, o feito se tornou uma das mais chamativas vitrines do bem que só o regime democrático é capaz de fazer à Nação.

“A democracia motivou toda a estabilização”, disse Pérsio Arida, um dos formuladores do Plano Real, durante um seminário realizado há poucos dias na Fundação Fernando Henrique Cardoso a propósito do aniversário do plano. De fato, estabilização permite planejamento. E só uma sociedade livre, senhora do seu destino, é capaz de planejar e construir um futuro mais auspicioso para todos.

Desde o advento do real, milhões de brasileiros nasceram e cresceram sem ter vivido um dia sequer as agruras de lidar com a hiperinflação, um desastre que consumia todas as energias do País. Para esses cidadãos mais jovens pode até soar estranho, talvez inconcebível, mas se tratava de um Brasil incapaz de olhar para quaisquer outros de seus muitos problemas, que dirá pensar e implementar políticas públicas mais perenes para solucioná-los, absolutamente perdido que estava por ter em circulação uma moeda que mal valia o papel em que era impressa.

Como foi possível superar um desafio dessa magnitude? – muitos podem se perguntar, sobretudo olhando o passado em contraste com a claudicante relação entre o governo Lula da Silva e o Congresso, movida a orçamento secreto. Ora, o Congresso daqueles idos da década de 1990 não era essencialmente melhor ou pior do que o Congresso atual. Era um retrato tão fiel da sociedade como o é hoje. Os parlamentares tampouco eram mais ou menos desprendidos de interesses paroquiais. O que havia então e não há agora eram um governo digno do nome, com um plano claro para o País, e disposição para negociar em bases minimamente republicanas, vale dizer, em torno do melhor interesse público.

Um plano como o Real – pensado, implementado e comunicado da forma como tudo foi feito – decerto foi um “milagre”, “um acidente histórico”, “um ponto fora da curva” ou qualquer outra expressão similar que o leitor queira empregar no lugar. Dificilmente se repetirá, não apenas na área econômica, mas em qualquer outra esfera da administração pública. Em primeiro lugar, havia o quilate intelectual, a capacidade administrativa e o espírito público dos envolvidos – a começar, é claro, pelo presidente Fernando Henrique Cardoso.

Ademais, ao longo dessas três décadas, a política, desafortunadamente, deixou de ser tratada como o meio civilizado de negociação da miríade de interesses em jogo na sociedade para ser apresentada por trambiqueiros de todas as cepas como uma guerra de aniquilação. Isso dificulta, quando não interdita, a formação de consensos mínimos entre os cidadãos, como foi o Real, em que pesem suas diferenças políticas e ideológicas.

A despeito das singularidades do Plano Real, uma coisa é certa: um dos maiores legados daquela união de esforços ímpar na história republicana, que haverá de ser lembrado junto com suas realizações técnicas, é o triunfo da democracia como esteio das grandes conquistas sociais, políticas e econômicas. Não foi por acaso que a superação de uma das mais terríveis mazelas nacionais ocorreu sob o regime democrático.

Não se pode condenar quem olhe para o passado e lamente que uma liderança como Lula da Silva – que, aliás, foi ferozmente contra o Plano Real – desperdice todo o seu capital político ao apostar numa agenda desagregadora, desconectada de seu tempo e irremediavelmente condenada ao fracasso, por já ter sido testada e reprovada.

Resta torcer para que um novo alinhamento de planetas se forme, sabe-se lá quando, e o Brasil volte a ser governado por um estadista que, ao lado do Congresso, resgate na Nação a capacidade de dialogar e fazer nascer dias melhores.

O real, moeda mais longeva da história recente do País, completará 30 anos no próximo dia 1o de julho. O distanciamento histórico só enaltece a grandeza da concertação política entre os Poderes Executivo e Legislativo que viabilizou a aprovação do Plano Real. Seguramente, a estabilidade monetária foi a maior conquista coletiva da sociedade brasileira na Nova República – no mínimo, por ter restaurado sua capacidade de sonhar. Ademais, o feito se tornou uma das mais chamativas vitrines do bem que só o regime democrático é capaz de fazer à Nação.

“A democracia motivou toda a estabilização”, disse Pérsio Arida, um dos formuladores do Plano Real, durante um seminário realizado há poucos dias na Fundação Fernando Henrique Cardoso a propósito do aniversário do plano. De fato, estabilização permite planejamento. E só uma sociedade livre, senhora do seu destino, é capaz de planejar e construir um futuro mais auspicioso para todos.

Desde o advento do real, milhões de brasileiros nasceram e cresceram sem ter vivido um dia sequer as agruras de lidar com a hiperinflação, um desastre que consumia todas as energias do País. Para esses cidadãos mais jovens pode até soar estranho, talvez inconcebível, mas se tratava de um Brasil incapaz de olhar para quaisquer outros de seus muitos problemas, que dirá pensar e implementar políticas públicas mais perenes para solucioná-los, absolutamente perdido que estava por ter em circulação uma moeda que mal valia o papel em que era impressa.

Como foi possível superar um desafio dessa magnitude? – muitos podem se perguntar, sobretudo olhando o passado em contraste com a claudicante relação entre o governo Lula da Silva e o Congresso, movida a orçamento secreto. Ora, o Congresso daqueles idos da década de 1990 não era essencialmente melhor ou pior do que o Congresso atual. Era um retrato tão fiel da sociedade como o é hoje. Os parlamentares tampouco eram mais ou menos desprendidos de interesses paroquiais. O que havia então e não há agora eram um governo digno do nome, com um plano claro para o País, e disposição para negociar em bases minimamente republicanas, vale dizer, em torno do melhor interesse público.

Um plano como o Real – pensado, implementado e comunicado da forma como tudo foi feito – decerto foi um “milagre”, “um acidente histórico”, “um ponto fora da curva” ou qualquer outra expressão similar que o leitor queira empregar no lugar. Dificilmente se repetirá, não apenas na área econômica, mas em qualquer outra esfera da administração pública. Em primeiro lugar, havia o quilate intelectual, a capacidade administrativa e o espírito público dos envolvidos – a começar, é claro, pelo presidente Fernando Henrique Cardoso.

Ademais, ao longo dessas três décadas, a política, desafortunadamente, deixou de ser tratada como o meio civilizado de negociação da miríade de interesses em jogo na sociedade para ser apresentada por trambiqueiros de todas as cepas como uma guerra de aniquilação. Isso dificulta, quando não interdita, a formação de consensos mínimos entre os cidadãos, como foi o Real, em que pesem suas diferenças políticas e ideológicas.

A despeito das singularidades do Plano Real, uma coisa é certa: um dos maiores legados daquela união de esforços ímpar na história republicana, que haverá de ser lembrado junto com suas realizações técnicas, é o triunfo da democracia como esteio das grandes conquistas sociais, políticas e econômicas. Não foi por acaso que a superação de uma das mais terríveis mazelas nacionais ocorreu sob o regime democrático.

Não se pode condenar quem olhe para o passado e lamente que uma liderança como Lula da Silva – que, aliás, foi ferozmente contra o Plano Real – desperdice todo o seu capital político ao apostar numa agenda desagregadora, desconectada de seu tempo e irremediavelmente condenada ao fracasso, por já ter sido testada e reprovada.

Resta torcer para que um novo alinhamento de planetas se forme, sabe-se lá quando, e o Brasil volte a ser governado por um estadista que, ao lado do Congresso, resgate na Nação a capacidade de dialogar e fazer nascer dias melhores.

O real, moeda mais longeva da história recente do País, completará 30 anos no próximo dia 1o de julho. O distanciamento histórico só enaltece a grandeza da concertação política entre os Poderes Executivo e Legislativo que viabilizou a aprovação do Plano Real. Seguramente, a estabilidade monetária foi a maior conquista coletiva da sociedade brasileira na Nova República – no mínimo, por ter restaurado sua capacidade de sonhar. Ademais, o feito se tornou uma das mais chamativas vitrines do bem que só o regime democrático é capaz de fazer à Nação.

“A democracia motivou toda a estabilização”, disse Pérsio Arida, um dos formuladores do Plano Real, durante um seminário realizado há poucos dias na Fundação Fernando Henrique Cardoso a propósito do aniversário do plano. De fato, estabilização permite planejamento. E só uma sociedade livre, senhora do seu destino, é capaz de planejar e construir um futuro mais auspicioso para todos.

Desde o advento do real, milhões de brasileiros nasceram e cresceram sem ter vivido um dia sequer as agruras de lidar com a hiperinflação, um desastre que consumia todas as energias do País. Para esses cidadãos mais jovens pode até soar estranho, talvez inconcebível, mas se tratava de um Brasil incapaz de olhar para quaisquer outros de seus muitos problemas, que dirá pensar e implementar políticas públicas mais perenes para solucioná-los, absolutamente perdido que estava por ter em circulação uma moeda que mal valia o papel em que era impressa.

Como foi possível superar um desafio dessa magnitude? – muitos podem se perguntar, sobretudo olhando o passado em contraste com a claudicante relação entre o governo Lula da Silva e o Congresso, movida a orçamento secreto. Ora, o Congresso daqueles idos da década de 1990 não era essencialmente melhor ou pior do que o Congresso atual. Era um retrato tão fiel da sociedade como o é hoje. Os parlamentares tampouco eram mais ou menos desprendidos de interesses paroquiais. O que havia então e não há agora eram um governo digno do nome, com um plano claro para o País, e disposição para negociar em bases minimamente republicanas, vale dizer, em torno do melhor interesse público.

Um plano como o Real – pensado, implementado e comunicado da forma como tudo foi feito – decerto foi um “milagre”, “um acidente histórico”, “um ponto fora da curva” ou qualquer outra expressão similar que o leitor queira empregar no lugar. Dificilmente se repetirá, não apenas na área econômica, mas em qualquer outra esfera da administração pública. Em primeiro lugar, havia o quilate intelectual, a capacidade administrativa e o espírito público dos envolvidos – a começar, é claro, pelo presidente Fernando Henrique Cardoso.

Ademais, ao longo dessas três décadas, a política, desafortunadamente, deixou de ser tratada como o meio civilizado de negociação da miríade de interesses em jogo na sociedade para ser apresentada por trambiqueiros de todas as cepas como uma guerra de aniquilação. Isso dificulta, quando não interdita, a formação de consensos mínimos entre os cidadãos, como foi o Real, em que pesem suas diferenças políticas e ideológicas.

A despeito das singularidades do Plano Real, uma coisa é certa: um dos maiores legados daquela união de esforços ímpar na história republicana, que haverá de ser lembrado junto com suas realizações técnicas, é o triunfo da democracia como esteio das grandes conquistas sociais, políticas e econômicas. Não foi por acaso que a superação de uma das mais terríveis mazelas nacionais ocorreu sob o regime democrático.

Não se pode condenar quem olhe para o passado e lamente que uma liderança como Lula da Silva – que, aliás, foi ferozmente contra o Plano Real – desperdice todo o seu capital político ao apostar numa agenda desagregadora, desconectada de seu tempo e irremediavelmente condenada ao fracasso, por já ter sido testada e reprovada.

Resta torcer para que um novo alinhamento de planetas se forme, sabe-se lá quando, e o Brasil volte a ser governado por um estadista que, ao lado do Congresso, resgate na Nação a capacidade de dialogar e fazer nascer dias melhores.

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