O lugar da direita civilizada


Direita liberal e democrática tem de se livrar do estorvo da extrema direita e se reorganizar para dar respostas aos anseios de milhões de brasileiros que se identificam com seus postulados

Por Notas & Informações

A composição do Congresso para a próxima legislatura não deixa margem para dúvidas: a maioria dos brasileiros se identifica com os valores e a agenda política defendidos pela direita, mesmo com a derrota eleitoral do agora ex-presidente Jair Bolsonaro.

Se Bolsonaro não se reelegeu, vários bolsonaristas conseguiram vaga no novo Congresso, e neste momento alguns deles disputam os espólios desse movimento extremista, visto que seu líder fugiu para os EUA e não sabe o que dizer. Nem todos, porém, compartilham do golpismo do ex-presidente, preferindo jogar o jogo da democracia. Não o fazem, é claro, por genuínas convicções democráticas, que nunca tiveram – se as tivessem, não teriam se juntado a Bolsonaro, nostálgico da ditadura militar e da tortura de opositores. Fazem-no porque, no espectro político do centro à direita, há um vácuo a ser preenchido.

Sejam quais forem as motivações dessa turma, é boa notícia que o extremismo bolsonarista esteja perdendo espaço na direita. A derrota de Bolsonaro é uma chance para que a direita democrática se higienize e abandone o jogo de soma zero que só ajuda os liberticidas. Se quer influenciar os rumos do País, a direita deve honrar as tradições conservadoras, isto é, deve respeitar a Constituição e as leis, dialogar com as forças políticas democráticas e rejeitar transformações radicais do Estado e da sociedade.

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Nada mais contrário aos ideais da direita democrática, portanto, do que Jair Bolsonaro. O ex-presidente ludibriou grande parcela da sociedade ao se apresentar como a encarnação dos valores de uma suposta direita “liberal e conservadora”, quando, na verdade, não foi mais do que o líder truculento de uma facção política reacionária.

A marcante presença de parlamentares de direita e centro-direita na próxima legislatura revela que essa força político-ideológica tem lugar de destaque na vida política do País e precisa, o quanto antes, romper qualquer associação, por mais tênue que seja, com o bolsonarismo.

Definitivamente, não é dessa “direita conservadora” embusteira que o País precisa, tampouco o movimento liderado por Bolsonaro, com suas táticas subversivas, representa os anseios da maioria dos brasileiros, como as urnas mostraram. A cada dia que passa, fica mais evidente que apenas os bolsonaristas radicais, ditos identitários, cerram fileiras ao lado do ex-presidente. Um a um, antigos apoiadores têm procurado se desassociar do golpismo acalentado por Bolsonaro.

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A aparente contradição entre a nova composição do Congresso, majoritariamente alinhada à direita, e a eleição do petista Lula da Silva para a Presidência não tem nada de paradoxal. As urnas revelaram que a maioria dos eleitores, em boa hora, optou por interromper o processo de fortalecimento da extrema direita bolsonarista, mas, ao mesmo tempo, não chancelou in totum a agenda esquerdista do PT.

Essa sabedoria dos eleitores legou ao País uma conformação de forças políticas com condições para fortalecer o sistema de freios e contrapesos nos próximos quatro anos e, consequentemente, revigorar a própria democracia. Se isso vai acontecer, o tempo dirá.

Entretanto, um passo fundamental para esse resultado auspicioso será o isolamento dos radicais e a valorização da direita democrática. É inquestionável que Bolsonaro tem capital político, ao menos por ora, para continuar liderando uma parcela da sociedade que não se sente representada pelas forças que triunfaram na última eleição. E, mesmo fora do cargo, o ex-presidente ainda é uma ameaça por sua capacidade de aglutinar radicais. Basta dizer que em seu pronunciamento de “despedida”, transmitido pelas redes sociais, Bolsonaro só faltou pedir desculpas aos apoiadores por não ter conseguido reunir forças políticas e materiais para dar um golpe de Estado.

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Obviamente, a extrema direita não desaparecerá com a derrota de Bolsonaro. Mas deve voltar a ser o que sempre foi: uma franja irrelevante da sociedade. Para que isso aconteça, a direita democrática precisa se reagrupar e oferecer respostas para os anseios de enorme parcela da sociedade que sabe muito bem que democracia, conservadorismo e desenvolvimento não são excludentes.

A composição do Congresso para a próxima legislatura não deixa margem para dúvidas: a maioria dos brasileiros se identifica com os valores e a agenda política defendidos pela direita, mesmo com a derrota eleitoral do agora ex-presidente Jair Bolsonaro.

Se Bolsonaro não se reelegeu, vários bolsonaristas conseguiram vaga no novo Congresso, e neste momento alguns deles disputam os espólios desse movimento extremista, visto que seu líder fugiu para os EUA e não sabe o que dizer. Nem todos, porém, compartilham do golpismo do ex-presidente, preferindo jogar o jogo da democracia. Não o fazem, é claro, por genuínas convicções democráticas, que nunca tiveram – se as tivessem, não teriam se juntado a Bolsonaro, nostálgico da ditadura militar e da tortura de opositores. Fazem-no porque, no espectro político do centro à direita, há um vácuo a ser preenchido.

Sejam quais forem as motivações dessa turma, é boa notícia que o extremismo bolsonarista esteja perdendo espaço na direita. A derrota de Bolsonaro é uma chance para que a direita democrática se higienize e abandone o jogo de soma zero que só ajuda os liberticidas. Se quer influenciar os rumos do País, a direita deve honrar as tradições conservadoras, isto é, deve respeitar a Constituição e as leis, dialogar com as forças políticas democráticas e rejeitar transformações radicais do Estado e da sociedade.

Nada mais contrário aos ideais da direita democrática, portanto, do que Jair Bolsonaro. O ex-presidente ludibriou grande parcela da sociedade ao se apresentar como a encarnação dos valores de uma suposta direita “liberal e conservadora”, quando, na verdade, não foi mais do que o líder truculento de uma facção política reacionária.

A marcante presença de parlamentares de direita e centro-direita na próxima legislatura revela que essa força político-ideológica tem lugar de destaque na vida política do País e precisa, o quanto antes, romper qualquer associação, por mais tênue que seja, com o bolsonarismo.

Definitivamente, não é dessa “direita conservadora” embusteira que o País precisa, tampouco o movimento liderado por Bolsonaro, com suas táticas subversivas, representa os anseios da maioria dos brasileiros, como as urnas mostraram. A cada dia que passa, fica mais evidente que apenas os bolsonaristas radicais, ditos identitários, cerram fileiras ao lado do ex-presidente. Um a um, antigos apoiadores têm procurado se desassociar do golpismo acalentado por Bolsonaro.

A aparente contradição entre a nova composição do Congresso, majoritariamente alinhada à direita, e a eleição do petista Lula da Silva para a Presidência não tem nada de paradoxal. As urnas revelaram que a maioria dos eleitores, em boa hora, optou por interromper o processo de fortalecimento da extrema direita bolsonarista, mas, ao mesmo tempo, não chancelou in totum a agenda esquerdista do PT.

Essa sabedoria dos eleitores legou ao País uma conformação de forças políticas com condições para fortalecer o sistema de freios e contrapesos nos próximos quatro anos e, consequentemente, revigorar a própria democracia. Se isso vai acontecer, o tempo dirá.

Entretanto, um passo fundamental para esse resultado auspicioso será o isolamento dos radicais e a valorização da direita democrática. É inquestionável que Bolsonaro tem capital político, ao menos por ora, para continuar liderando uma parcela da sociedade que não se sente representada pelas forças que triunfaram na última eleição. E, mesmo fora do cargo, o ex-presidente ainda é uma ameaça por sua capacidade de aglutinar radicais. Basta dizer que em seu pronunciamento de “despedida”, transmitido pelas redes sociais, Bolsonaro só faltou pedir desculpas aos apoiadores por não ter conseguido reunir forças políticas e materiais para dar um golpe de Estado.

Obviamente, a extrema direita não desaparecerá com a derrota de Bolsonaro. Mas deve voltar a ser o que sempre foi: uma franja irrelevante da sociedade. Para que isso aconteça, a direita democrática precisa se reagrupar e oferecer respostas para os anseios de enorme parcela da sociedade que sabe muito bem que democracia, conservadorismo e desenvolvimento não são excludentes.

A composição do Congresso para a próxima legislatura não deixa margem para dúvidas: a maioria dos brasileiros se identifica com os valores e a agenda política defendidos pela direita, mesmo com a derrota eleitoral do agora ex-presidente Jair Bolsonaro.

Se Bolsonaro não se reelegeu, vários bolsonaristas conseguiram vaga no novo Congresso, e neste momento alguns deles disputam os espólios desse movimento extremista, visto que seu líder fugiu para os EUA e não sabe o que dizer. Nem todos, porém, compartilham do golpismo do ex-presidente, preferindo jogar o jogo da democracia. Não o fazem, é claro, por genuínas convicções democráticas, que nunca tiveram – se as tivessem, não teriam se juntado a Bolsonaro, nostálgico da ditadura militar e da tortura de opositores. Fazem-no porque, no espectro político do centro à direita, há um vácuo a ser preenchido.

Sejam quais forem as motivações dessa turma, é boa notícia que o extremismo bolsonarista esteja perdendo espaço na direita. A derrota de Bolsonaro é uma chance para que a direita democrática se higienize e abandone o jogo de soma zero que só ajuda os liberticidas. Se quer influenciar os rumos do País, a direita deve honrar as tradições conservadoras, isto é, deve respeitar a Constituição e as leis, dialogar com as forças políticas democráticas e rejeitar transformações radicais do Estado e da sociedade.

Nada mais contrário aos ideais da direita democrática, portanto, do que Jair Bolsonaro. O ex-presidente ludibriou grande parcela da sociedade ao se apresentar como a encarnação dos valores de uma suposta direita “liberal e conservadora”, quando, na verdade, não foi mais do que o líder truculento de uma facção política reacionária.

A marcante presença de parlamentares de direita e centro-direita na próxima legislatura revela que essa força político-ideológica tem lugar de destaque na vida política do País e precisa, o quanto antes, romper qualquer associação, por mais tênue que seja, com o bolsonarismo.

Definitivamente, não é dessa “direita conservadora” embusteira que o País precisa, tampouco o movimento liderado por Bolsonaro, com suas táticas subversivas, representa os anseios da maioria dos brasileiros, como as urnas mostraram. A cada dia que passa, fica mais evidente que apenas os bolsonaristas radicais, ditos identitários, cerram fileiras ao lado do ex-presidente. Um a um, antigos apoiadores têm procurado se desassociar do golpismo acalentado por Bolsonaro.

A aparente contradição entre a nova composição do Congresso, majoritariamente alinhada à direita, e a eleição do petista Lula da Silva para a Presidência não tem nada de paradoxal. As urnas revelaram que a maioria dos eleitores, em boa hora, optou por interromper o processo de fortalecimento da extrema direita bolsonarista, mas, ao mesmo tempo, não chancelou in totum a agenda esquerdista do PT.

Essa sabedoria dos eleitores legou ao País uma conformação de forças políticas com condições para fortalecer o sistema de freios e contrapesos nos próximos quatro anos e, consequentemente, revigorar a própria democracia. Se isso vai acontecer, o tempo dirá.

Entretanto, um passo fundamental para esse resultado auspicioso será o isolamento dos radicais e a valorização da direita democrática. É inquestionável que Bolsonaro tem capital político, ao menos por ora, para continuar liderando uma parcela da sociedade que não se sente representada pelas forças que triunfaram na última eleição. E, mesmo fora do cargo, o ex-presidente ainda é uma ameaça por sua capacidade de aglutinar radicais. Basta dizer que em seu pronunciamento de “despedida”, transmitido pelas redes sociais, Bolsonaro só faltou pedir desculpas aos apoiadores por não ter conseguido reunir forças políticas e materiais para dar um golpe de Estado.

Obviamente, a extrema direita não desaparecerá com a derrota de Bolsonaro. Mas deve voltar a ser o que sempre foi: uma franja irrelevante da sociedade. Para que isso aconteça, a direita democrática precisa se reagrupar e oferecer respostas para os anseios de enorme parcela da sociedade que sabe muito bem que democracia, conservadorismo e desenvolvimento não são excludentes.

A composição do Congresso para a próxima legislatura não deixa margem para dúvidas: a maioria dos brasileiros se identifica com os valores e a agenda política defendidos pela direita, mesmo com a derrota eleitoral do agora ex-presidente Jair Bolsonaro.

Se Bolsonaro não se reelegeu, vários bolsonaristas conseguiram vaga no novo Congresso, e neste momento alguns deles disputam os espólios desse movimento extremista, visto que seu líder fugiu para os EUA e não sabe o que dizer. Nem todos, porém, compartilham do golpismo do ex-presidente, preferindo jogar o jogo da democracia. Não o fazem, é claro, por genuínas convicções democráticas, que nunca tiveram – se as tivessem, não teriam se juntado a Bolsonaro, nostálgico da ditadura militar e da tortura de opositores. Fazem-no porque, no espectro político do centro à direita, há um vácuo a ser preenchido.

Sejam quais forem as motivações dessa turma, é boa notícia que o extremismo bolsonarista esteja perdendo espaço na direita. A derrota de Bolsonaro é uma chance para que a direita democrática se higienize e abandone o jogo de soma zero que só ajuda os liberticidas. Se quer influenciar os rumos do País, a direita deve honrar as tradições conservadoras, isto é, deve respeitar a Constituição e as leis, dialogar com as forças políticas democráticas e rejeitar transformações radicais do Estado e da sociedade.

Nada mais contrário aos ideais da direita democrática, portanto, do que Jair Bolsonaro. O ex-presidente ludibriou grande parcela da sociedade ao se apresentar como a encarnação dos valores de uma suposta direita “liberal e conservadora”, quando, na verdade, não foi mais do que o líder truculento de uma facção política reacionária.

A marcante presença de parlamentares de direita e centro-direita na próxima legislatura revela que essa força político-ideológica tem lugar de destaque na vida política do País e precisa, o quanto antes, romper qualquer associação, por mais tênue que seja, com o bolsonarismo.

Definitivamente, não é dessa “direita conservadora” embusteira que o País precisa, tampouco o movimento liderado por Bolsonaro, com suas táticas subversivas, representa os anseios da maioria dos brasileiros, como as urnas mostraram. A cada dia que passa, fica mais evidente que apenas os bolsonaristas radicais, ditos identitários, cerram fileiras ao lado do ex-presidente. Um a um, antigos apoiadores têm procurado se desassociar do golpismo acalentado por Bolsonaro.

A aparente contradição entre a nova composição do Congresso, majoritariamente alinhada à direita, e a eleição do petista Lula da Silva para a Presidência não tem nada de paradoxal. As urnas revelaram que a maioria dos eleitores, em boa hora, optou por interromper o processo de fortalecimento da extrema direita bolsonarista, mas, ao mesmo tempo, não chancelou in totum a agenda esquerdista do PT.

Essa sabedoria dos eleitores legou ao País uma conformação de forças políticas com condições para fortalecer o sistema de freios e contrapesos nos próximos quatro anos e, consequentemente, revigorar a própria democracia. Se isso vai acontecer, o tempo dirá.

Entretanto, um passo fundamental para esse resultado auspicioso será o isolamento dos radicais e a valorização da direita democrática. É inquestionável que Bolsonaro tem capital político, ao menos por ora, para continuar liderando uma parcela da sociedade que não se sente representada pelas forças que triunfaram na última eleição. E, mesmo fora do cargo, o ex-presidente ainda é uma ameaça por sua capacidade de aglutinar radicais. Basta dizer que em seu pronunciamento de “despedida”, transmitido pelas redes sociais, Bolsonaro só faltou pedir desculpas aos apoiadores por não ter conseguido reunir forças políticas e materiais para dar um golpe de Estado.

Obviamente, a extrema direita não desaparecerá com a derrota de Bolsonaro. Mas deve voltar a ser o que sempre foi: uma franja irrelevante da sociedade. Para que isso aconteça, a direita democrática precisa se reagrupar e oferecer respostas para os anseios de enorme parcela da sociedade que sabe muito bem que democracia, conservadorismo e desenvolvimento não são excludentes.

A composição do Congresso para a próxima legislatura não deixa margem para dúvidas: a maioria dos brasileiros se identifica com os valores e a agenda política defendidos pela direita, mesmo com a derrota eleitoral do agora ex-presidente Jair Bolsonaro.

Se Bolsonaro não se reelegeu, vários bolsonaristas conseguiram vaga no novo Congresso, e neste momento alguns deles disputam os espólios desse movimento extremista, visto que seu líder fugiu para os EUA e não sabe o que dizer. Nem todos, porém, compartilham do golpismo do ex-presidente, preferindo jogar o jogo da democracia. Não o fazem, é claro, por genuínas convicções democráticas, que nunca tiveram – se as tivessem, não teriam se juntado a Bolsonaro, nostálgico da ditadura militar e da tortura de opositores. Fazem-no porque, no espectro político do centro à direita, há um vácuo a ser preenchido.

Sejam quais forem as motivações dessa turma, é boa notícia que o extremismo bolsonarista esteja perdendo espaço na direita. A derrota de Bolsonaro é uma chance para que a direita democrática se higienize e abandone o jogo de soma zero que só ajuda os liberticidas. Se quer influenciar os rumos do País, a direita deve honrar as tradições conservadoras, isto é, deve respeitar a Constituição e as leis, dialogar com as forças políticas democráticas e rejeitar transformações radicais do Estado e da sociedade.

Nada mais contrário aos ideais da direita democrática, portanto, do que Jair Bolsonaro. O ex-presidente ludibriou grande parcela da sociedade ao se apresentar como a encarnação dos valores de uma suposta direita “liberal e conservadora”, quando, na verdade, não foi mais do que o líder truculento de uma facção política reacionária.

A marcante presença de parlamentares de direita e centro-direita na próxima legislatura revela que essa força político-ideológica tem lugar de destaque na vida política do País e precisa, o quanto antes, romper qualquer associação, por mais tênue que seja, com o bolsonarismo.

Definitivamente, não é dessa “direita conservadora” embusteira que o País precisa, tampouco o movimento liderado por Bolsonaro, com suas táticas subversivas, representa os anseios da maioria dos brasileiros, como as urnas mostraram. A cada dia que passa, fica mais evidente que apenas os bolsonaristas radicais, ditos identitários, cerram fileiras ao lado do ex-presidente. Um a um, antigos apoiadores têm procurado se desassociar do golpismo acalentado por Bolsonaro.

A aparente contradição entre a nova composição do Congresso, majoritariamente alinhada à direita, e a eleição do petista Lula da Silva para a Presidência não tem nada de paradoxal. As urnas revelaram que a maioria dos eleitores, em boa hora, optou por interromper o processo de fortalecimento da extrema direita bolsonarista, mas, ao mesmo tempo, não chancelou in totum a agenda esquerdista do PT.

Essa sabedoria dos eleitores legou ao País uma conformação de forças políticas com condições para fortalecer o sistema de freios e contrapesos nos próximos quatro anos e, consequentemente, revigorar a própria democracia. Se isso vai acontecer, o tempo dirá.

Entretanto, um passo fundamental para esse resultado auspicioso será o isolamento dos radicais e a valorização da direita democrática. É inquestionável que Bolsonaro tem capital político, ao menos por ora, para continuar liderando uma parcela da sociedade que não se sente representada pelas forças que triunfaram na última eleição. E, mesmo fora do cargo, o ex-presidente ainda é uma ameaça por sua capacidade de aglutinar radicais. Basta dizer que em seu pronunciamento de “despedida”, transmitido pelas redes sociais, Bolsonaro só faltou pedir desculpas aos apoiadores por não ter conseguido reunir forças políticas e materiais para dar um golpe de Estado.

Obviamente, a extrema direita não desaparecerá com a derrota de Bolsonaro. Mas deve voltar a ser o que sempre foi: uma franja irrelevante da sociedade. Para que isso aconteça, a direita democrática precisa se reagrupar e oferecer respostas para os anseios de enorme parcela da sociedade que sabe muito bem que democracia, conservadorismo e desenvolvimento não são excludentes.

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