O papel do Brasil na Rota da Seda


Eventual adesão pode até parecer bom negócio, mas é preciso ponderar se isso é realmente necessário e se o custo geopolítico de um alinhamento desse tipo com a China não será alto demais

Por Notas & Informações

No ano em que a retomada das relações diplomáticas entre Brasil e China completa 50 anos, o gigante asiático vem intensificando sua ofensiva para que o Brasil se associe à Iniciativa Cinturão e Rota, mais conhecida como Nova Rota da Seda. É provável que os esforços chineses atinjam um ápice em novembro, quando o presidente Xi Jinping virá ao País para a reunião de cúpula do G-20, no Rio, e também para uma visita de Estado. O sucesso de uma eventual entrada do Brasil na Rota da Seda será medido muito mais pelo que o País conseguir obter em termos qualitativos que em termos quantitativos, uma vez que a China já investe fortemente no Brasil – US$ 1,73 bilhão em 2023, 33% a mais que em 2022, de acordo com o Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC).

Anunciada em 2013 pelo próprio Xi Jinping, a Rota da Seda é uma iniciativa ampla, que vem se transformando ao longo dos anos, mas que envolve o desenvolvimento e financiamento de obras de infraestrutura em mais de uma centena de países.

Uma “Rota da Seda sul-americana”, que leve em conta os interesses brasileiros, “poderia representar um passo relevante para uma política de integração física que beneficie todos os países da região”, como escreveu em artigo recente no Estadão o ex-embaixador Rubens Barbosa.

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Note-se ainda que, em momento de enfraquecimento da liderança brasileira na América do Sul, tanto por conta da visão datada do atual governo em relação a vizinhos como a Venezuela quanto pela emergência de figuras como Javier Milei na Argentina, uma adesão brasileira à Roda da Seda que assegurasse uma melhora da infraestrutura regional revigoraria o papel natural de líder da região que compete ao Brasil.

Enquanto a China se esmera nos esforços para seduzir nosso país – acaba de realizar um fórum de cooperação midiática sobre a Rota da Seda com forte presença de brasileiros –, o Brasil vem tentando convencer os chineses a investir em produtos de maior valor agregado ou em projetos mais estratégicos.

Em junho, o vice-presidente Geraldo Alckmin visitou a China acompanhado de uma grande comitiva de empresários e ministros como Simone Tebet (Planejamento). Ela defendeu as chamadas Rotas de Integração Sul-Americana, um conjunto de obras de infraestrutura que encurtam a distância não só entre o Brasil e países sul-americanos, mas também o percurso entre as exportações brasileiras e o mercado chinês.

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Mas até agora o Brasil não só não confirmou sua entrada Rota da Seda, como parece vacilante sobre como negociar uma adesão, aparentemente inevitável, que resulte benéfica para o País. Além da visita de Alckmin, que se seguiu à de Lula da Silva em 2023, representantes do governo deixam escapar, aqui e ali, que gostariam que os chineses investissem em projetos mais relevantes para o Brasil. Empresários também se queixam dos chineses por não ampliarem as compras de produtos brasileiros de maior valor agregado.

Da posição privilegiada de quem detém bilhões de dólares para dispor como quiser, a China vem alterando os destinos de seus investimentos, de modo não só a garantir recursos estratégicos, como a expandir seu poder geopolítico.

De acordo com o CEBC, os principais receptores de investimentos chineses no ano passado foram Indonésia, Hungria, Congo e Peru – o Brasil ficou em nono lugar, à frente da Bolívia.

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Ao longo dos anos, a estratégia de investimentos da China vem se adaptando. Em um primeiro momento, o foco foram países desenvolvidos como os EUA e o Reino Unido. Esta mudança na preferência por destinos também representa um desafio para o Brasil, pois limita nosso papel em regiões de afinidade como a própria América Latina e a África.

À medida que a China diversifica sua presença no mundo, uma adesão à Rota da Seda que assegure algum protagonismo brasileiro na integração sul-americana pode até parecer um bom caminho para que o Brasil receba mais investimentos chineses, mas é preciso ponderar se isso é realmente necessário e se o custo geopolítico de um alinhamento desse tipo à China não será alto demais.

No ano em que a retomada das relações diplomáticas entre Brasil e China completa 50 anos, o gigante asiático vem intensificando sua ofensiva para que o Brasil se associe à Iniciativa Cinturão e Rota, mais conhecida como Nova Rota da Seda. É provável que os esforços chineses atinjam um ápice em novembro, quando o presidente Xi Jinping virá ao País para a reunião de cúpula do G-20, no Rio, e também para uma visita de Estado. O sucesso de uma eventual entrada do Brasil na Rota da Seda será medido muito mais pelo que o País conseguir obter em termos qualitativos que em termos quantitativos, uma vez que a China já investe fortemente no Brasil – US$ 1,73 bilhão em 2023, 33% a mais que em 2022, de acordo com o Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC).

Anunciada em 2013 pelo próprio Xi Jinping, a Rota da Seda é uma iniciativa ampla, que vem se transformando ao longo dos anos, mas que envolve o desenvolvimento e financiamento de obras de infraestrutura em mais de uma centena de países.

Uma “Rota da Seda sul-americana”, que leve em conta os interesses brasileiros, “poderia representar um passo relevante para uma política de integração física que beneficie todos os países da região”, como escreveu em artigo recente no Estadão o ex-embaixador Rubens Barbosa.

Note-se ainda que, em momento de enfraquecimento da liderança brasileira na América do Sul, tanto por conta da visão datada do atual governo em relação a vizinhos como a Venezuela quanto pela emergência de figuras como Javier Milei na Argentina, uma adesão brasileira à Roda da Seda que assegurasse uma melhora da infraestrutura regional revigoraria o papel natural de líder da região que compete ao Brasil.

Enquanto a China se esmera nos esforços para seduzir nosso país – acaba de realizar um fórum de cooperação midiática sobre a Rota da Seda com forte presença de brasileiros –, o Brasil vem tentando convencer os chineses a investir em produtos de maior valor agregado ou em projetos mais estratégicos.

Em junho, o vice-presidente Geraldo Alckmin visitou a China acompanhado de uma grande comitiva de empresários e ministros como Simone Tebet (Planejamento). Ela defendeu as chamadas Rotas de Integração Sul-Americana, um conjunto de obras de infraestrutura que encurtam a distância não só entre o Brasil e países sul-americanos, mas também o percurso entre as exportações brasileiras e o mercado chinês.

Mas até agora o Brasil não só não confirmou sua entrada Rota da Seda, como parece vacilante sobre como negociar uma adesão, aparentemente inevitável, que resulte benéfica para o País. Além da visita de Alckmin, que se seguiu à de Lula da Silva em 2023, representantes do governo deixam escapar, aqui e ali, que gostariam que os chineses investissem em projetos mais relevantes para o Brasil. Empresários também se queixam dos chineses por não ampliarem as compras de produtos brasileiros de maior valor agregado.

Da posição privilegiada de quem detém bilhões de dólares para dispor como quiser, a China vem alterando os destinos de seus investimentos, de modo não só a garantir recursos estratégicos, como a expandir seu poder geopolítico.

De acordo com o CEBC, os principais receptores de investimentos chineses no ano passado foram Indonésia, Hungria, Congo e Peru – o Brasil ficou em nono lugar, à frente da Bolívia.

Ao longo dos anos, a estratégia de investimentos da China vem se adaptando. Em um primeiro momento, o foco foram países desenvolvidos como os EUA e o Reino Unido. Esta mudança na preferência por destinos também representa um desafio para o Brasil, pois limita nosso papel em regiões de afinidade como a própria América Latina e a África.

À medida que a China diversifica sua presença no mundo, uma adesão à Rota da Seda que assegure algum protagonismo brasileiro na integração sul-americana pode até parecer um bom caminho para que o Brasil receba mais investimentos chineses, mas é preciso ponderar se isso é realmente necessário e se o custo geopolítico de um alinhamento desse tipo à China não será alto demais.

No ano em que a retomada das relações diplomáticas entre Brasil e China completa 50 anos, o gigante asiático vem intensificando sua ofensiva para que o Brasil se associe à Iniciativa Cinturão e Rota, mais conhecida como Nova Rota da Seda. É provável que os esforços chineses atinjam um ápice em novembro, quando o presidente Xi Jinping virá ao País para a reunião de cúpula do G-20, no Rio, e também para uma visita de Estado. O sucesso de uma eventual entrada do Brasil na Rota da Seda será medido muito mais pelo que o País conseguir obter em termos qualitativos que em termos quantitativos, uma vez que a China já investe fortemente no Brasil – US$ 1,73 bilhão em 2023, 33% a mais que em 2022, de acordo com o Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC).

Anunciada em 2013 pelo próprio Xi Jinping, a Rota da Seda é uma iniciativa ampla, que vem se transformando ao longo dos anos, mas que envolve o desenvolvimento e financiamento de obras de infraestrutura em mais de uma centena de países.

Uma “Rota da Seda sul-americana”, que leve em conta os interesses brasileiros, “poderia representar um passo relevante para uma política de integração física que beneficie todos os países da região”, como escreveu em artigo recente no Estadão o ex-embaixador Rubens Barbosa.

Note-se ainda que, em momento de enfraquecimento da liderança brasileira na América do Sul, tanto por conta da visão datada do atual governo em relação a vizinhos como a Venezuela quanto pela emergência de figuras como Javier Milei na Argentina, uma adesão brasileira à Roda da Seda que assegurasse uma melhora da infraestrutura regional revigoraria o papel natural de líder da região que compete ao Brasil.

Enquanto a China se esmera nos esforços para seduzir nosso país – acaba de realizar um fórum de cooperação midiática sobre a Rota da Seda com forte presença de brasileiros –, o Brasil vem tentando convencer os chineses a investir em produtos de maior valor agregado ou em projetos mais estratégicos.

Em junho, o vice-presidente Geraldo Alckmin visitou a China acompanhado de uma grande comitiva de empresários e ministros como Simone Tebet (Planejamento). Ela defendeu as chamadas Rotas de Integração Sul-Americana, um conjunto de obras de infraestrutura que encurtam a distância não só entre o Brasil e países sul-americanos, mas também o percurso entre as exportações brasileiras e o mercado chinês.

Mas até agora o Brasil não só não confirmou sua entrada Rota da Seda, como parece vacilante sobre como negociar uma adesão, aparentemente inevitável, que resulte benéfica para o País. Além da visita de Alckmin, que se seguiu à de Lula da Silva em 2023, representantes do governo deixam escapar, aqui e ali, que gostariam que os chineses investissem em projetos mais relevantes para o Brasil. Empresários também se queixam dos chineses por não ampliarem as compras de produtos brasileiros de maior valor agregado.

Da posição privilegiada de quem detém bilhões de dólares para dispor como quiser, a China vem alterando os destinos de seus investimentos, de modo não só a garantir recursos estratégicos, como a expandir seu poder geopolítico.

De acordo com o CEBC, os principais receptores de investimentos chineses no ano passado foram Indonésia, Hungria, Congo e Peru – o Brasil ficou em nono lugar, à frente da Bolívia.

Ao longo dos anos, a estratégia de investimentos da China vem se adaptando. Em um primeiro momento, o foco foram países desenvolvidos como os EUA e o Reino Unido. Esta mudança na preferência por destinos também representa um desafio para o Brasil, pois limita nosso papel em regiões de afinidade como a própria América Latina e a África.

À medida que a China diversifica sua presença no mundo, uma adesão à Rota da Seda que assegure algum protagonismo brasileiro na integração sul-americana pode até parecer um bom caminho para que o Brasil receba mais investimentos chineses, mas é preciso ponderar se isso é realmente necessário e se o custo geopolítico de um alinhamento desse tipo à China não será alto demais.

No ano em que a retomada das relações diplomáticas entre Brasil e China completa 50 anos, o gigante asiático vem intensificando sua ofensiva para que o Brasil se associe à Iniciativa Cinturão e Rota, mais conhecida como Nova Rota da Seda. É provável que os esforços chineses atinjam um ápice em novembro, quando o presidente Xi Jinping virá ao País para a reunião de cúpula do G-20, no Rio, e também para uma visita de Estado. O sucesso de uma eventual entrada do Brasil na Rota da Seda será medido muito mais pelo que o País conseguir obter em termos qualitativos que em termos quantitativos, uma vez que a China já investe fortemente no Brasil – US$ 1,73 bilhão em 2023, 33% a mais que em 2022, de acordo com o Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC).

Anunciada em 2013 pelo próprio Xi Jinping, a Rota da Seda é uma iniciativa ampla, que vem se transformando ao longo dos anos, mas que envolve o desenvolvimento e financiamento de obras de infraestrutura em mais de uma centena de países.

Uma “Rota da Seda sul-americana”, que leve em conta os interesses brasileiros, “poderia representar um passo relevante para uma política de integração física que beneficie todos os países da região”, como escreveu em artigo recente no Estadão o ex-embaixador Rubens Barbosa.

Note-se ainda que, em momento de enfraquecimento da liderança brasileira na América do Sul, tanto por conta da visão datada do atual governo em relação a vizinhos como a Venezuela quanto pela emergência de figuras como Javier Milei na Argentina, uma adesão brasileira à Roda da Seda que assegurasse uma melhora da infraestrutura regional revigoraria o papel natural de líder da região que compete ao Brasil.

Enquanto a China se esmera nos esforços para seduzir nosso país – acaba de realizar um fórum de cooperação midiática sobre a Rota da Seda com forte presença de brasileiros –, o Brasil vem tentando convencer os chineses a investir em produtos de maior valor agregado ou em projetos mais estratégicos.

Em junho, o vice-presidente Geraldo Alckmin visitou a China acompanhado de uma grande comitiva de empresários e ministros como Simone Tebet (Planejamento). Ela defendeu as chamadas Rotas de Integração Sul-Americana, um conjunto de obras de infraestrutura que encurtam a distância não só entre o Brasil e países sul-americanos, mas também o percurso entre as exportações brasileiras e o mercado chinês.

Mas até agora o Brasil não só não confirmou sua entrada Rota da Seda, como parece vacilante sobre como negociar uma adesão, aparentemente inevitável, que resulte benéfica para o País. Além da visita de Alckmin, que se seguiu à de Lula da Silva em 2023, representantes do governo deixam escapar, aqui e ali, que gostariam que os chineses investissem em projetos mais relevantes para o Brasil. Empresários também se queixam dos chineses por não ampliarem as compras de produtos brasileiros de maior valor agregado.

Da posição privilegiada de quem detém bilhões de dólares para dispor como quiser, a China vem alterando os destinos de seus investimentos, de modo não só a garantir recursos estratégicos, como a expandir seu poder geopolítico.

De acordo com o CEBC, os principais receptores de investimentos chineses no ano passado foram Indonésia, Hungria, Congo e Peru – o Brasil ficou em nono lugar, à frente da Bolívia.

Ao longo dos anos, a estratégia de investimentos da China vem se adaptando. Em um primeiro momento, o foco foram países desenvolvidos como os EUA e o Reino Unido. Esta mudança na preferência por destinos também representa um desafio para o Brasil, pois limita nosso papel em regiões de afinidade como a própria América Latina e a África.

À medida que a China diversifica sua presença no mundo, uma adesão à Rota da Seda que assegure algum protagonismo brasileiro na integração sul-americana pode até parecer um bom caminho para que o Brasil receba mais investimentos chineses, mas é preciso ponderar se isso é realmente necessário e se o custo geopolítico de um alinhamento desse tipo à China não será alto demais.

No ano em que a retomada das relações diplomáticas entre Brasil e China completa 50 anos, o gigante asiático vem intensificando sua ofensiva para que o Brasil se associe à Iniciativa Cinturão e Rota, mais conhecida como Nova Rota da Seda. É provável que os esforços chineses atinjam um ápice em novembro, quando o presidente Xi Jinping virá ao País para a reunião de cúpula do G-20, no Rio, e também para uma visita de Estado. O sucesso de uma eventual entrada do Brasil na Rota da Seda será medido muito mais pelo que o País conseguir obter em termos qualitativos que em termos quantitativos, uma vez que a China já investe fortemente no Brasil – US$ 1,73 bilhão em 2023, 33% a mais que em 2022, de acordo com o Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC).

Anunciada em 2013 pelo próprio Xi Jinping, a Rota da Seda é uma iniciativa ampla, que vem se transformando ao longo dos anos, mas que envolve o desenvolvimento e financiamento de obras de infraestrutura em mais de uma centena de países.

Uma “Rota da Seda sul-americana”, que leve em conta os interesses brasileiros, “poderia representar um passo relevante para uma política de integração física que beneficie todos os países da região”, como escreveu em artigo recente no Estadão o ex-embaixador Rubens Barbosa.

Note-se ainda que, em momento de enfraquecimento da liderança brasileira na América do Sul, tanto por conta da visão datada do atual governo em relação a vizinhos como a Venezuela quanto pela emergência de figuras como Javier Milei na Argentina, uma adesão brasileira à Roda da Seda que assegurasse uma melhora da infraestrutura regional revigoraria o papel natural de líder da região que compete ao Brasil.

Enquanto a China se esmera nos esforços para seduzir nosso país – acaba de realizar um fórum de cooperação midiática sobre a Rota da Seda com forte presença de brasileiros –, o Brasil vem tentando convencer os chineses a investir em produtos de maior valor agregado ou em projetos mais estratégicos.

Em junho, o vice-presidente Geraldo Alckmin visitou a China acompanhado de uma grande comitiva de empresários e ministros como Simone Tebet (Planejamento). Ela defendeu as chamadas Rotas de Integração Sul-Americana, um conjunto de obras de infraestrutura que encurtam a distância não só entre o Brasil e países sul-americanos, mas também o percurso entre as exportações brasileiras e o mercado chinês.

Mas até agora o Brasil não só não confirmou sua entrada Rota da Seda, como parece vacilante sobre como negociar uma adesão, aparentemente inevitável, que resulte benéfica para o País. Além da visita de Alckmin, que se seguiu à de Lula da Silva em 2023, representantes do governo deixam escapar, aqui e ali, que gostariam que os chineses investissem em projetos mais relevantes para o Brasil. Empresários também se queixam dos chineses por não ampliarem as compras de produtos brasileiros de maior valor agregado.

Da posição privilegiada de quem detém bilhões de dólares para dispor como quiser, a China vem alterando os destinos de seus investimentos, de modo não só a garantir recursos estratégicos, como a expandir seu poder geopolítico.

De acordo com o CEBC, os principais receptores de investimentos chineses no ano passado foram Indonésia, Hungria, Congo e Peru – o Brasil ficou em nono lugar, à frente da Bolívia.

Ao longo dos anos, a estratégia de investimentos da China vem se adaptando. Em um primeiro momento, o foco foram países desenvolvidos como os EUA e o Reino Unido. Esta mudança na preferência por destinos também representa um desafio para o Brasil, pois limita nosso papel em regiões de afinidade como a própria América Latina e a África.

À medida que a China diversifica sua presença no mundo, uma adesão à Rota da Seda que assegure algum protagonismo brasileiro na integração sul-americana pode até parecer um bom caminho para que o Brasil receba mais investimentos chineses, mas é preciso ponderar se isso é realmente necessário e se o custo geopolítico de um alinhamento desse tipo à China não será alto demais.

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