O pessimismo dos cientistas climáticos


Especialistas já não têm grandes esperanças de que mundo cumprirá a meta de temperatura global, o que amplia o desafio de reduzir os danos ambientais para mitigar os desastres naturais

Por Notas & Informações

Alguns dos cientistas climáticos mais renomados do mundo estão clamando por urgência. Para a maioria deles, a meta de 1,5°C para limitar o aquecimento global até 2030, como definido pelos países no Acordo de Paris, poderá ficar inviável ainda nesta década, segundo mostrou um levantamento realizado junto a especialistas que integram o Painel Intergovernamental da ONU para Mudança do Clima (IPCC). Realizada pelo jornal britânico The Guardian, a consulta aos pesquisadores mostrou que quase 80% deles preveem um aquecimento de pelo menos 2,5°C, enquanto apenas 6% afirmaram que o limite de 1,5°C será cumprido. Tal pessimismo é resultado tanto da trajetória do aquecimento global nas últimas décadas quanto da resposta empreendida pelos governos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Mais de 30 anos após a assinatura da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudança do Clima – uma recomendação do IPCC que definiu a base para a cooperação internacional sobre as questões relacionadas ao aquecimento global –, e nove anos depois do Acordo de Paris, a insuficiência da resposta parece ser um consenso, ainda que a severidade os efeitos gere divergências. Acordada em 2015 por mais de 195 países, a meta de limitar o aumento das temperaturas globais a 1,5°C (comparada com níveis pré-industriais) vem sendo perseguida desde então. Diferentes evidências mostram, no entanto, que há riscos de o mundo ultrapassar esse limiar. É uma discussão que divide a comunidade científica, inclusive sobre qual impacto cada fração a mais, ou a menos, exercerá sobre o planeta.

É muito mais uma meta política, ainda que ancorada em evidências científicas. Não está escrito nas estrelas, portanto, que descumpri-la resultará no apocalipse. Há quem preveja, para usar uma expressão de um cientista envolvido nos relatórios do IPCC, um futuro “semidistópico”, como fome, conflitos e migração em massa, impulsionados por ondas de calor, incêndios florestais, tempestades e enchentes – como a do Rio Grande do Sul. Mas, no caso, é a política, conjugada com os cálculos e projeções da ciência, que pode fazer a diferença para um futuro com mais ou menos catástrofes naturais, climáticas e ambientais. Os relatórios do IPCC estão no olimpo das análises sobre mudanças climáticas. Em geral são avaliações aprovadas pelos governos. E, como descreveu o Guardian, suas evidências demonstram que muitas das pessoas mais bem informadas do planeta esperam o caos climático.

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Um relatório de 2022 mostrou, por exemplo, que diante de um aquecimento de 1,5°C, cerca de 350 milhões de pessoas estarão expostas à escassez de água devido a secas severas. Com 2°C, esse número sobe – e outros milhões estarão expostos a ondas de calor extremas. Aumento das chuvas torrenciais e furacões, redução do gelo e clima desértico em alguns países são algumas das projeções realizadas pelos cientistas. O melhor é não pagar para ver: cada fração de grau evitada na temperatura global pode reduzir o nível dos problemas no futuro.

Esse é um desafio gigantesco para a ciência, para os governos e, sobretudo, para as finanças globais. Com as projeções atuais, o financiamento climático global precisará ampliar para cerca de US$ 9 trilhões por ano até 2030, acima do quase US$ 1,3 trilhão em 2021-2022, de acordo com um relatório do Climate Policy Initiative. Não se trata de um número aleatório: são cálculos realizados a partir das mudanças que o novo clima exigirá. Para citar um exemplo, a International Renewable Energy Agency (Agência Internacional de Energias Renováveis) estima a necessidade de gerar anualmente, até 2030, 1.000 gigawatts de capacidade de energia renovável. Sem falar na adaptação da infraestrutura das cidades, na maior eficiência em energia de edificações e na restauração de ambientais naturais, como a reconstrução das cidades destruídas pelas chuvas no Rio Grande do Sul.

Exatamente por não ser fácil nem barato que metas e acordos políticos – mesmo se não cumpridos – são fundamentais. É uma forma de o mundo ter parâmetros, limites e responsabilidades, de modo a dimensionar fracassos, mensurar avanços e, afinal, saber quem está sendo mais ou menos negligente com a humanidade.

Alguns dos cientistas climáticos mais renomados do mundo estão clamando por urgência. Para a maioria deles, a meta de 1,5°C para limitar o aquecimento global até 2030, como definido pelos países no Acordo de Paris, poderá ficar inviável ainda nesta década, segundo mostrou um levantamento realizado junto a especialistas que integram o Painel Intergovernamental da ONU para Mudança do Clima (IPCC). Realizada pelo jornal britânico The Guardian, a consulta aos pesquisadores mostrou que quase 80% deles preveem um aquecimento de pelo menos 2,5°C, enquanto apenas 6% afirmaram que o limite de 1,5°C será cumprido. Tal pessimismo é resultado tanto da trajetória do aquecimento global nas últimas décadas quanto da resposta empreendida pelos governos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Mais de 30 anos após a assinatura da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudança do Clima – uma recomendação do IPCC que definiu a base para a cooperação internacional sobre as questões relacionadas ao aquecimento global –, e nove anos depois do Acordo de Paris, a insuficiência da resposta parece ser um consenso, ainda que a severidade os efeitos gere divergências. Acordada em 2015 por mais de 195 países, a meta de limitar o aumento das temperaturas globais a 1,5°C (comparada com níveis pré-industriais) vem sendo perseguida desde então. Diferentes evidências mostram, no entanto, que há riscos de o mundo ultrapassar esse limiar. É uma discussão que divide a comunidade científica, inclusive sobre qual impacto cada fração a mais, ou a menos, exercerá sobre o planeta.

É muito mais uma meta política, ainda que ancorada em evidências científicas. Não está escrito nas estrelas, portanto, que descumpri-la resultará no apocalipse. Há quem preveja, para usar uma expressão de um cientista envolvido nos relatórios do IPCC, um futuro “semidistópico”, como fome, conflitos e migração em massa, impulsionados por ondas de calor, incêndios florestais, tempestades e enchentes – como a do Rio Grande do Sul. Mas, no caso, é a política, conjugada com os cálculos e projeções da ciência, que pode fazer a diferença para um futuro com mais ou menos catástrofes naturais, climáticas e ambientais. Os relatórios do IPCC estão no olimpo das análises sobre mudanças climáticas. Em geral são avaliações aprovadas pelos governos. E, como descreveu o Guardian, suas evidências demonstram que muitas das pessoas mais bem informadas do planeta esperam o caos climático.

Um relatório de 2022 mostrou, por exemplo, que diante de um aquecimento de 1,5°C, cerca de 350 milhões de pessoas estarão expostas à escassez de água devido a secas severas. Com 2°C, esse número sobe – e outros milhões estarão expostos a ondas de calor extremas. Aumento das chuvas torrenciais e furacões, redução do gelo e clima desértico em alguns países são algumas das projeções realizadas pelos cientistas. O melhor é não pagar para ver: cada fração de grau evitada na temperatura global pode reduzir o nível dos problemas no futuro.

Esse é um desafio gigantesco para a ciência, para os governos e, sobretudo, para as finanças globais. Com as projeções atuais, o financiamento climático global precisará ampliar para cerca de US$ 9 trilhões por ano até 2030, acima do quase US$ 1,3 trilhão em 2021-2022, de acordo com um relatório do Climate Policy Initiative. Não se trata de um número aleatório: são cálculos realizados a partir das mudanças que o novo clima exigirá. Para citar um exemplo, a International Renewable Energy Agency (Agência Internacional de Energias Renováveis) estima a necessidade de gerar anualmente, até 2030, 1.000 gigawatts de capacidade de energia renovável. Sem falar na adaptação da infraestrutura das cidades, na maior eficiência em energia de edificações e na restauração de ambientais naturais, como a reconstrução das cidades destruídas pelas chuvas no Rio Grande do Sul.

Exatamente por não ser fácil nem barato que metas e acordos políticos – mesmo se não cumpridos – são fundamentais. É uma forma de o mundo ter parâmetros, limites e responsabilidades, de modo a dimensionar fracassos, mensurar avanços e, afinal, saber quem está sendo mais ou menos negligente com a humanidade.

Alguns dos cientistas climáticos mais renomados do mundo estão clamando por urgência. Para a maioria deles, a meta de 1,5°C para limitar o aquecimento global até 2030, como definido pelos países no Acordo de Paris, poderá ficar inviável ainda nesta década, segundo mostrou um levantamento realizado junto a especialistas que integram o Painel Intergovernamental da ONU para Mudança do Clima (IPCC). Realizada pelo jornal britânico The Guardian, a consulta aos pesquisadores mostrou que quase 80% deles preveem um aquecimento de pelo menos 2,5°C, enquanto apenas 6% afirmaram que o limite de 1,5°C será cumprido. Tal pessimismo é resultado tanto da trajetória do aquecimento global nas últimas décadas quanto da resposta empreendida pelos governos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Mais de 30 anos após a assinatura da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudança do Clima – uma recomendação do IPCC que definiu a base para a cooperação internacional sobre as questões relacionadas ao aquecimento global –, e nove anos depois do Acordo de Paris, a insuficiência da resposta parece ser um consenso, ainda que a severidade os efeitos gere divergências. Acordada em 2015 por mais de 195 países, a meta de limitar o aumento das temperaturas globais a 1,5°C (comparada com níveis pré-industriais) vem sendo perseguida desde então. Diferentes evidências mostram, no entanto, que há riscos de o mundo ultrapassar esse limiar. É uma discussão que divide a comunidade científica, inclusive sobre qual impacto cada fração a mais, ou a menos, exercerá sobre o planeta.

É muito mais uma meta política, ainda que ancorada em evidências científicas. Não está escrito nas estrelas, portanto, que descumpri-la resultará no apocalipse. Há quem preveja, para usar uma expressão de um cientista envolvido nos relatórios do IPCC, um futuro “semidistópico”, como fome, conflitos e migração em massa, impulsionados por ondas de calor, incêndios florestais, tempestades e enchentes – como a do Rio Grande do Sul. Mas, no caso, é a política, conjugada com os cálculos e projeções da ciência, que pode fazer a diferença para um futuro com mais ou menos catástrofes naturais, climáticas e ambientais. Os relatórios do IPCC estão no olimpo das análises sobre mudanças climáticas. Em geral são avaliações aprovadas pelos governos. E, como descreveu o Guardian, suas evidências demonstram que muitas das pessoas mais bem informadas do planeta esperam o caos climático.

Um relatório de 2022 mostrou, por exemplo, que diante de um aquecimento de 1,5°C, cerca de 350 milhões de pessoas estarão expostas à escassez de água devido a secas severas. Com 2°C, esse número sobe – e outros milhões estarão expostos a ondas de calor extremas. Aumento das chuvas torrenciais e furacões, redução do gelo e clima desértico em alguns países são algumas das projeções realizadas pelos cientistas. O melhor é não pagar para ver: cada fração de grau evitada na temperatura global pode reduzir o nível dos problemas no futuro.

Esse é um desafio gigantesco para a ciência, para os governos e, sobretudo, para as finanças globais. Com as projeções atuais, o financiamento climático global precisará ampliar para cerca de US$ 9 trilhões por ano até 2030, acima do quase US$ 1,3 trilhão em 2021-2022, de acordo com um relatório do Climate Policy Initiative. Não se trata de um número aleatório: são cálculos realizados a partir das mudanças que o novo clima exigirá. Para citar um exemplo, a International Renewable Energy Agency (Agência Internacional de Energias Renováveis) estima a necessidade de gerar anualmente, até 2030, 1.000 gigawatts de capacidade de energia renovável. Sem falar na adaptação da infraestrutura das cidades, na maior eficiência em energia de edificações e na restauração de ambientais naturais, como a reconstrução das cidades destruídas pelas chuvas no Rio Grande do Sul.

Exatamente por não ser fácil nem barato que metas e acordos políticos – mesmo se não cumpridos – são fundamentais. É uma forma de o mundo ter parâmetros, limites e responsabilidades, de modo a dimensionar fracassos, mensurar avanços e, afinal, saber quem está sendo mais ou menos negligente com a humanidade.

Alguns dos cientistas climáticos mais renomados do mundo estão clamando por urgência. Para a maioria deles, a meta de 1,5°C para limitar o aquecimento global até 2030, como definido pelos países no Acordo de Paris, poderá ficar inviável ainda nesta década, segundo mostrou um levantamento realizado junto a especialistas que integram o Painel Intergovernamental da ONU para Mudança do Clima (IPCC). Realizada pelo jornal britânico The Guardian, a consulta aos pesquisadores mostrou que quase 80% deles preveem um aquecimento de pelo menos 2,5°C, enquanto apenas 6% afirmaram que o limite de 1,5°C será cumprido. Tal pessimismo é resultado tanto da trajetória do aquecimento global nas últimas décadas quanto da resposta empreendida pelos governos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Mais de 30 anos após a assinatura da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudança do Clima – uma recomendação do IPCC que definiu a base para a cooperação internacional sobre as questões relacionadas ao aquecimento global –, e nove anos depois do Acordo de Paris, a insuficiência da resposta parece ser um consenso, ainda que a severidade os efeitos gere divergências. Acordada em 2015 por mais de 195 países, a meta de limitar o aumento das temperaturas globais a 1,5°C (comparada com níveis pré-industriais) vem sendo perseguida desde então. Diferentes evidências mostram, no entanto, que há riscos de o mundo ultrapassar esse limiar. É uma discussão que divide a comunidade científica, inclusive sobre qual impacto cada fração a mais, ou a menos, exercerá sobre o planeta.

É muito mais uma meta política, ainda que ancorada em evidências científicas. Não está escrito nas estrelas, portanto, que descumpri-la resultará no apocalipse. Há quem preveja, para usar uma expressão de um cientista envolvido nos relatórios do IPCC, um futuro “semidistópico”, como fome, conflitos e migração em massa, impulsionados por ondas de calor, incêndios florestais, tempestades e enchentes – como a do Rio Grande do Sul. Mas, no caso, é a política, conjugada com os cálculos e projeções da ciência, que pode fazer a diferença para um futuro com mais ou menos catástrofes naturais, climáticas e ambientais. Os relatórios do IPCC estão no olimpo das análises sobre mudanças climáticas. Em geral são avaliações aprovadas pelos governos. E, como descreveu o Guardian, suas evidências demonstram que muitas das pessoas mais bem informadas do planeta esperam o caos climático.

Um relatório de 2022 mostrou, por exemplo, que diante de um aquecimento de 1,5°C, cerca de 350 milhões de pessoas estarão expostas à escassez de água devido a secas severas. Com 2°C, esse número sobe – e outros milhões estarão expostos a ondas de calor extremas. Aumento das chuvas torrenciais e furacões, redução do gelo e clima desértico em alguns países são algumas das projeções realizadas pelos cientistas. O melhor é não pagar para ver: cada fração de grau evitada na temperatura global pode reduzir o nível dos problemas no futuro.

Esse é um desafio gigantesco para a ciência, para os governos e, sobretudo, para as finanças globais. Com as projeções atuais, o financiamento climático global precisará ampliar para cerca de US$ 9 trilhões por ano até 2030, acima do quase US$ 1,3 trilhão em 2021-2022, de acordo com um relatório do Climate Policy Initiative. Não se trata de um número aleatório: são cálculos realizados a partir das mudanças que o novo clima exigirá. Para citar um exemplo, a International Renewable Energy Agency (Agência Internacional de Energias Renováveis) estima a necessidade de gerar anualmente, até 2030, 1.000 gigawatts de capacidade de energia renovável. Sem falar na adaptação da infraestrutura das cidades, na maior eficiência em energia de edificações e na restauração de ambientais naturais, como a reconstrução das cidades destruídas pelas chuvas no Rio Grande do Sul.

Exatamente por não ser fácil nem barato que metas e acordos políticos – mesmo se não cumpridos – são fundamentais. É uma forma de o mundo ter parâmetros, limites e responsabilidades, de modo a dimensionar fracassos, mensurar avanços e, afinal, saber quem está sendo mais ou menos negligente com a humanidade.

Alguns dos cientistas climáticos mais renomados do mundo estão clamando por urgência. Para a maioria deles, a meta de 1,5°C para limitar o aquecimento global até 2030, como definido pelos países no Acordo de Paris, poderá ficar inviável ainda nesta década, segundo mostrou um levantamento realizado junto a especialistas que integram o Painel Intergovernamental da ONU para Mudança do Clima (IPCC). Realizada pelo jornal britânico The Guardian, a consulta aos pesquisadores mostrou que quase 80% deles preveem um aquecimento de pelo menos 2,5°C, enquanto apenas 6% afirmaram que o limite de 1,5°C será cumprido. Tal pessimismo é resultado tanto da trajetória do aquecimento global nas últimas décadas quanto da resposta empreendida pelos governos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Mais de 30 anos após a assinatura da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudança do Clima – uma recomendação do IPCC que definiu a base para a cooperação internacional sobre as questões relacionadas ao aquecimento global –, e nove anos depois do Acordo de Paris, a insuficiência da resposta parece ser um consenso, ainda que a severidade os efeitos gere divergências. Acordada em 2015 por mais de 195 países, a meta de limitar o aumento das temperaturas globais a 1,5°C (comparada com níveis pré-industriais) vem sendo perseguida desde então. Diferentes evidências mostram, no entanto, que há riscos de o mundo ultrapassar esse limiar. É uma discussão que divide a comunidade científica, inclusive sobre qual impacto cada fração a mais, ou a menos, exercerá sobre o planeta.

É muito mais uma meta política, ainda que ancorada em evidências científicas. Não está escrito nas estrelas, portanto, que descumpri-la resultará no apocalipse. Há quem preveja, para usar uma expressão de um cientista envolvido nos relatórios do IPCC, um futuro “semidistópico”, como fome, conflitos e migração em massa, impulsionados por ondas de calor, incêndios florestais, tempestades e enchentes – como a do Rio Grande do Sul. Mas, no caso, é a política, conjugada com os cálculos e projeções da ciência, que pode fazer a diferença para um futuro com mais ou menos catástrofes naturais, climáticas e ambientais. Os relatórios do IPCC estão no olimpo das análises sobre mudanças climáticas. Em geral são avaliações aprovadas pelos governos. E, como descreveu o Guardian, suas evidências demonstram que muitas das pessoas mais bem informadas do planeta esperam o caos climático.

Um relatório de 2022 mostrou, por exemplo, que diante de um aquecimento de 1,5°C, cerca de 350 milhões de pessoas estarão expostas à escassez de água devido a secas severas. Com 2°C, esse número sobe – e outros milhões estarão expostos a ondas de calor extremas. Aumento das chuvas torrenciais e furacões, redução do gelo e clima desértico em alguns países são algumas das projeções realizadas pelos cientistas. O melhor é não pagar para ver: cada fração de grau evitada na temperatura global pode reduzir o nível dos problemas no futuro.

Esse é um desafio gigantesco para a ciência, para os governos e, sobretudo, para as finanças globais. Com as projeções atuais, o financiamento climático global precisará ampliar para cerca de US$ 9 trilhões por ano até 2030, acima do quase US$ 1,3 trilhão em 2021-2022, de acordo com um relatório do Climate Policy Initiative. Não se trata de um número aleatório: são cálculos realizados a partir das mudanças que o novo clima exigirá. Para citar um exemplo, a International Renewable Energy Agency (Agência Internacional de Energias Renováveis) estima a necessidade de gerar anualmente, até 2030, 1.000 gigawatts de capacidade de energia renovável. Sem falar na adaptação da infraestrutura das cidades, na maior eficiência em energia de edificações e na restauração de ambientais naturais, como a reconstrução das cidades destruídas pelas chuvas no Rio Grande do Sul.

Exatamente por não ser fácil nem barato que metas e acordos políticos – mesmo se não cumpridos – são fundamentais. É uma forma de o mundo ter parâmetros, limites e responsabilidades, de modo a dimensionar fracassos, mensurar avanços e, afinal, saber quem está sendo mais ou menos negligente com a humanidade.

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