O soluço da indústria


Setor cresce puxado por demanda doméstica, mas há dúvidas sobre se esse crescimento é sustentável

Por Notas & Informações
Atualização:

A indústria brasileira vive um cenário mais animador neste ano. De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor registrou crescimento de 1,1% em setembro, o melhor resultado para o mês desde 2020, e acumulou alta de 1,6% no terceiro trimestre deste ano em relação ao anterior, com quatro trimestres seguidos de expansão.

Os dados são positivos, mas a produção ainda está 14,1% abaixo do patamar recorde de produção alcançado em maio de 2011 e há dúvidas sobre até quando o setor terá fôlego para seguir em expansão de forma sustentada. Não é de hoje que o setor reage com espasmos ao processo de desindustrialização do País. Com uma economia sabidamente fechada, baixa produtividade e políticas públicas equivocadas destinadas para a área em um passado recente, sobram motivos para cautela.

Por ora, há explicações conjunturais para o quadro atual, segundo analistas de mercado, como o aumento da demanda doméstica, com o consumo das famílias e o investimento em ativos fixos crescendo acima do esperado. Na avaliação de André Macedo, gerente da pesquisa do IBGE, há também mais dinamismo, com maior incorporação de trabalhadores no mercado, baixa taxa de desocupação e massa salarial em crescimento, além da queda da inadimplência e dos avanços nas condições de crédito.

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Mas, quando o assunto é crédito, todo cuidado é pouco, haja vista a retomada do protagonismo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Pela primeira vez desde 2016, o total de financiamentos aprovados para a indústria (27%) superou o agronegócio (26%). Segundo o presidente da instituição, Aloizio Mercadante, “houve uma mudança na qualidade do crescimento do Brasil, liderado pela indústria e pelos investimentos”, com condições macroeconômicas favoráveis e iniciativas como a Nova Indústria Brasil (NIB), programa lulopetista para estimular o setor.

Até setembro, o BNDES aprovou R$ 154 bilhões para a NIB, dos quais R$ 9 bilhões para inovação – linha para a qual as taxas são basicamente ofertadas com subsídios. E esses subsídios deveriam causar preocupação. Foram taxas camaradas praticadas por governos petistas que irrigaram grandes empresas, canibalizaram o mercado de crédito e deram pouco retorno social ao País nos últimos anos.

Com superávits financeiros de fundos públicos e privados, em manobras por fora do Orçamento, o governo Lula da Silva tem irrigado o BNDES para ampliar linhas de empréstimos. Na prática, esses recursos deixam de ser usados para abater a dívida pública, estratégia mais eficaz para reduzir a taxa básica de juros, manter a credibilidade fiscal e fomentar o crescimento econômico.

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A recuperação da indústria e a retomada do protagonismo do BNDES no setor exigem vigilância. Apesar de o atual governo petista argumentar que agora tudo é diferente, nunca houve admissão de culpa pelos erros do passado. De alento, por ora, essa onda da indústria surtirá efeito no PIB, e há quem aposte em expansão de 3% do setor. Oxalá não seja mais uma marolinha.

A indústria brasileira vive um cenário mais animador neste ano. De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor registrou crescimento de 1,1% em setembro, o melhor resultado para o mês desde 2020, e acumulou alta de 1,6% no terceiro trimestre deste ano em relação ao anterior, com quatro trimestres seguidos de expansão.

Os dados são positivos, mas a produção ainda está 14,1% abaixo do patamar recorde de produção alcançado em maio de 2011 e há dúvidas sobre até quando o setor terá fôlego para seguir em expansão de forma sustentada. Não é de hoje que o setor reage com espasmos ao processo de desindustrialização do País. Com uma economia sabidamente fechada, baixa produtividade e políticas públicas equivocadas destinadas para a área em um passado recente, sobram motivos para cautela.

Por ora, há explicações conjunturais para o quadro atual, segundo analistas de mercado, como o aumento da demanda doméstica, com o consumo das famílias e o investimento em ativos fixos crescendo acima do esperado. Na avaliação de André Macedo, gerente da pesquisa do IBGE, há também mais dinamismo, com maior incorporação de trabalhadores no mercado, baixa taxa de desocupação e massa salarial em crescimento, além da queda da inadimplência e dos avanços nas condições de crédito.

Mas, quando o assunto é crédito, todo cuidado é pouco, haja vista a retomada do protagonismo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Pela primeira vez desde 2016, o total de financiamentos aprovados para a indústria (27%) superou o agronegócio (26%). Segundo o presidente da instituição, Aloizio Mercadante, “houve uma mudança na qualidade do crescimento do Brasil, liderado pela indústria e pelos investimentos”, com condições macroeconômicas favoráveis e iniciativas como a Nova Indústria Brasil (NIB), programa lulopetista para estimular o setor.

Até setembro, o BNDES aprovou R$ 154 bilhões para a NIB, dos quais R$ 9 bilhões para inovação – linha para a qual as taxas são basicamente ofertadas com subsídios. E esses subsídios deveriam causar preocupação. Foram taxas camaradas praticadas por governos petistas que irrigaram grandes empresas, canibalizaram o mercado de crédito e deram pouco retorno social ao País nos últimos anos.

Com superávits financeiros de fundos públicos e privados, em manobras por fora do Orçamento, o governo Lula da Silva tem irrigado o BNDES para ampliar linhas de empréstimos. Na prática, esses recursos deixam de ser usados para abater a dívida pública, estratégia mais eficaz para reduzir a taxa básica de juros, manter a credibilidade fiscal e fomentar o crescimento econômico.

A recuperação da indústria e a retomada do protagonismo do BNDES no setor exigem vigilância. Apesar de o atual governo petista argumentar que agora tudo é diferente, nunca houve admissão de culpa pelos erros do passado. De alento, por ora, essa onda da indústria surtirá efeito no PIB, e há quem aposte em expansão de 3% do setor. Oxalá não seja mais uma marolinha.

A indústria brasileira vive um cenário mais animador neste ano. De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor registrou crescimento de 1,1% em setembro, o melhor resultado para o mês desde 2020, e acumulou alta de 1,6% no terceiro trimestre deste ano em relação ao anterior, com quatro trimestres seguidos de expansão.

Os dados são positivos, mas a produção ainda está 14,1% abaixo do patamar recorde de produção alcançado em maio de 2011 e há dúvidas sobre até quando o setor terá fôlego para seguir em expansão de forma sustentada. Não é de hoje que o setor reage com espasmos ao processo de desindustrialização do País. Com uma economia sabidamente fechada, baixa produtividade e políticas públicas equivocadas destinadas para a área em um passado recente, sobram motivos para cautela.

Por ora, há explicações conjunturais para o quadro atual, segundo analistas de mercado, como o aumento da demanda doméstica, com o consumo das famílias e o investimento em ativos fixos crescendo acima do esperado. Na avaliação de André Macedo, gerente da pesquisa do IBGE, há também mais dinamismo, com maior incorporação de trabalhadores no mercado, baixa taxa de desocupação e massa salarial em crescimento, além da queda da inadimplência e dos avanços nas condições de crédito.

Mas, quando o assunto é crédito, todo cuidado é pouco, haja vista a retomada do protagonismo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Pela primeira vez desde 2016, o total de financiamentos aprovados para a indústria (27%) superou o agronegócio (26%). Segundo o presidente da instituição, Aloizio Mercadante, “houve uma mudança na qualidade do crescimento do Brasil, liderado pela indústria e pelos investimentos”, com condições macroeconômicas favoráveis e iniciativas como a Nova Indústria Brasil (NIB), programa lulopetista para estimular o setor.

Até setembro, o BNDES aprovou R$ 154 bilhões para a NIB, dos quais R$ 9 bilhões para inovação – linha para a qual as taxas são basicamente ofertadas com subsídios. E esses subsídios deveriam causar preocupação. Foram taxas camaradas praticadas por governos petistas que irrigaram grandes empresas, canibalizaram o mercado de crédito e deram pouco retorno social ao País nos últimos anos.

Com superávits financeiros de fundos públicos e privados, em manobras por fora do Orçamento, o governo Lula da Silva tem irrigado o BNDES para ampliar linhas de empréstimos. Na prática, esses recursos deixam de ser usados para abater a dívida pública, estratégia mais eficaz para reduzir a taxa básica de juros, manter a credibilidade fiscal e fomentar o crescimento econômico.

A recuperação da indústria e a retomada do protagonismo do BNDES no setor exigem vigilância. Apesar de o atual governo petista argumentar que agora tudo é diferente, nunca houve admissão de culpa pelos erros do passado. De alento, por ora, essa onda da indústria surtirá efeito no PIB, e há quem aposte em expansão de 3% do setor. Oxalá não seja mais uma marolinha.

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