Obstáculos à vacinação


Ampliação da cobertura vacinal requer apoio às famílias, algo que as escolas podem fazer

Por Notas & Informações

O Brasil precisa urgentemente ampliar a cobertura vacinal de crianças e adolescentes − e farão bem as autoridades sanitárias se prestarem atenção aos resultados de uma recente pesquisa do Instituto Locomotiva. Como noticiou o Estadão, foram ouvidas duas mil mães em todas as regiões do País, a fim de identificar as causas de tamanha negligência. Ainda que o negacionismo científico e a disseminação de informações falsas façam parte do problema, as razões que levam tantas mães a não vacinar os filhos estão mais ligadas a questões práticas e logísticas, como falta de tempo, esquecimento e a distância até o posto de saúde.

Como sabe todo bom gestor, identificar o problema já é meio caminho andado para sua solução. Ao jogar luz sobre o que mais trava a vacinação de crianças e adolescentes, a nova pesquisa abre uma avenida de possibilidades para a atuação do poder público. Os depoimentos das entrevistadas indicam que os maiores obstáculos não decorrem necessariamente de desconfianças atávicas nem de receios infundados em relação à eficácia ou à segurança dos imunizantes − algo que a indústria das fake news explora à exaustão. Na verdade, os motivos alegados envolvem questões mais concretas e, por extensão, mais simples de resolver.

Vale reproduzir alguns dos achados da pesquisa. A razão mais citada para justificar atrasos ou mesmo a não vacinação de crianças é o puro e simples esquecimento: 50% das entrevistadas, todas elas com filhos de 15 anos ou menos, relataram não lembrar as datas do calendário de vacinação; 38% mencionaram a falta de tempo; e 35% fizeram referência ao fato de morarem longe dos postos de saúde. A falta de confiança no imunizante − justificativa que pode estar associada a atitudes negacionistas e à influência de falsas notícias − foi apontada por parcela bem menor de mães: apenas 17%.

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Não é preciso ser especialista para perceber que há espaço para inúmeras estratégias a serem articuladas pelos governos municipais, estaduais e federal, desde a abertura de postos de saúde em horários mais flexíveis ou mesmo nos fins de semana até o envio de SMS para lembrar mães, pais e responsáveis acerca das datas de vacinação dos filhos. Ademais, é preciso levar em conta as especificidades de cada Estado, cidade e bairro, como bem realçou o presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Renato Kfouri: “Precisamos de múltiplas saídas, pois o motivo que faz alguém não se vacinar não é o mesmo no Pará, em São Paulo ou no interior do Rio Grande do Sul”, disse ele ao Estadão.

A pesquisa tocou ainda em outro ponto importante: para 88% das entrevistadas, as escolas poderiam facilitar o acesso à vacinação, seja aplicando os imunizantes, seja repassando informações. Nesse sentido, 91% delas afirmaram que provavelmente autorizariam os filhos a receber doses na escola. É evidente que as redes de ensino têm enorme colaboração a dar, e cabe às autoridades da saúde e da educação somar esforços. O Brasil precisa ampliar a vacinação infantil com urgência − um motivo a mais para escutar atentamente o que as mães têm a dizer.

O Brasil precisa urgentemente ampliar a cobertura vacinal de crianças e adolescentes − e farão bem as autoridades sanitárias se prestarem atenção aos resultados de uma recente pesquisa do Instituto Locomotiva. Como noticiou o Estadão, foram ouvidas duas mil mães em todas as regiões do País, a fim de identificar as causas de tamanha negligência. Ainda que o negacionismo científico e a disseminação de informações falsas façam parte do problema, as razões que levam tantas mães a não vacinar os filhos estão mais ligadas a questões práticas e logísticas, como falta de tempo, esquecimento e a distância até o posto de saúde.

Como sabe todo bom gestor, identificar o problema já é meio caminho andado para sua solução. Ao jogar luz sobre o que mais trava a vacinação de crianças e adolescentes, a nova pesquisa abre uma avenida de possibilidades para a atuação do poder público. Os depoimentos das entrevistadas indicam que os maiores obstáculos não decorrem necessariamente de desconfianças atávicas nem de receios infundados em relação à eficácia ou à segurança dos imunizantes − algo que a indústria das fake news explora à exaustão. Na verdade, os motivos alegados envolvem questões mais concretas e, por extensão, mais simples de resolver.

Vale reproduzir alguns dos achados da pesquisa. A razão mais citada para justificar atrasos ou mesmo a não vacinação de crianças é o puro e simples esquecimento: 50% das entrevistadas, todas elas com filhos de 15 anos ou menos, relataram não lembrar as datas do calendário de vacinação; 38% mencionaram a falta de tempo; e 35% fizeram referência ao fato de morarem longe dos postos de saúde. A falta de confiança no imunizante − justificativa que pode estar associada a atitudes negacionistas e à influência de falsas notícias − foi apontada por parcela bem menor de mães: apenas 17%.

Não é preciso ser especialista para perceber que há espaço para inúmeras estratégias a serem articuladas pelos governos municipais, estaduais e federal, desde a abertura de postos de saúde em horários mais flexíveis ou mesmo nos fins de semana até o envio de SMS para lembrar mães, pais e responsáveis acerca das datas de vacinação dos filhos. Ademais, é preciso levar em conta as especificidades de cada Estado, cidade e bairro, como bem realçou o presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Renato Kfouri: “Precisamos de múltiplas saídas, pois o motivo que faz alguém não se vacinar não é o mesmo no Pará, em São Paulo ou no interior do Rio Grande do Sul”, disse ele ao Estadão.

A pesquisa tocou ainda em outro ponto importante: para 88% das entrevistadas, as escolas poderiam facilitar o acesso à vacinação, seja aplicando os imunizantes, seja repassando informações. Nesse sentido, 91% delas afirmaram que provavelmente autorizariam os filhos a receber doses na escola. É evidente que as redes de ensino têm enorme colaboração a dar, e cabe às autoridades da saúde e da educação somar esforços. O Brasil precisa ampliar a vacinação infantil com urgência − um motivo a mais para escutar atentamente o que as mães têm a dizer.

O Brasil precisa urgentemente ampliar a cobertura vacinal de crianças e adolescentes − e farão bem as autoridades sanitárias se prestarem atenção aos resultados de uma recente pesquisa do Instituto Locomotiva. Como noticiou o Estadão, foram ouvidas duas mil mães em todas as regiões do País, a fim de identificar as causas de tamanha negligência. Ainda que o negacionismo científico e a disseminação de informações falsas façam parte do problema, as razões que levam tantas mães a não vacinar os filhos estão mais ligadas a questões práticas e logísticas, como falta de tempo, esquecimento e a distância até o posto de saúde.

Como sabe todo bom gestor, identificar o problema já é meio caminho andado para sua solução. Ao jogar luz sobre o que mais trava a vacinação de crianças e adolescentes, a nova pesquisa abre uma avenida de possibilidades para a atuação do poder público. Os depoimentos das entrevistadas indicam que os maiores obstáculos não decorrem necessariamente de desconfianças atávicas nem de receios infundados em relação à eficácia ou à segurança dos imunizantes − algo que a indústria das fake news explora à exaustão. Na verdade, os motivos alegados envolvem questões mais concretas e, por extensão, mais simples de resolver.

Vale reproduzir alguns dos achados da pesquisa. A razão mais citada para justificar atrasos ou mesmo a não vacinação de crianças é o puro e simples esquecimento: 50% das entrevistadas, todas elas com filhos de 15 anos ou menos, relataram não lembrar as datas do calendário de vacinação; 38% mencionaram a falta de tempo; e 35% fizeram referência ao fato de morarem longe dos postos de saúde. A falta de confiança no imunizante − justificativa que pode estar associada a atitudes negacionistas e à influência de falsas notícias − foi apontada por parcela bem menor de mães: apenas 17%.

Não é preciso ser especialista para perceber que há espaço para inúmeras estratégias a serem articuladas pelos governos municipais, estaduais e federal, desde a abertura de postos de saúde em horários mais flexíveis ou mesmo nos fins de semana até o envio de SMS para lembrar mães, pais e responsáveis acerca das datas de vacinação dos filhos. Ademais, é preciso levar em conta as especificidades de cada Estado, cidade e bairro, como bem realçou o presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Renato Kfouri: “Precisamos de múltiplas saídas, pois o motivo que faz alguém não se vacinar não é o mesmo no Pará, em São Paulo ou no interior do Rio Grande do Sul”, disse ele ao Estadão.

A pesquisa tocou ainda em outro ponto importante: para 88% das entrevistadas, as escolas poderiam facilitar o acesso à vacinação, seja aplicando os imunizantes, seja repassando informações. Nesse sentido, 91% delas afirmaram que provavelmente autorizariam os filhos a receber doses na escola. É evidente que as redes de ensino têm enorme colaboração a dar, e cabe às autoridades da saúde e da educação somar esforços. O Brasil precisa ampliar a vacinação infantil com urgência − um motivo a mais para escutar atentamente o que as mães têm a dizer.

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