Ocupação de espaços


Na falta de articulação política do governo para garantir as reformas, empresários se organizam para angariar apoio

Por Notas e Informações

Na falta de articulação política do governo que garanta um mínimo de suporte às reformas no Congresso, empresários estão se organizando para, por conta própria, angariar apoio parlamentar à agenda reformista.

O movimento, registrado em recente reportagem do Estado, é mais um indicativo de que o establishment político e empresarial está se mobilizando para ocupar o vácuo criado pela decisão do presidente Jair Bolsonaro de não negociar com as forças políticas.

Antes dos empresários, os próprios líderes políticos no Congresso, a começar pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), passaram a articular entre si a aprovação da reforma da Previdência, sem esperar que o governo saia de sua inércia e que o presidente da República finalmente mostre convicção sobre as mudanças indispensáveis para tirar o País da crise.

continua após a publicidade

Do mesmo modo, governadores já sinalizam a disposição de negociar sua pauta diretamente com o Congresso, desistindo de tentar qualquer articulação com o governo federal. Alguns têm se queixado da falta de abertura de Bolsonaro e de seus ministros para ouvir o que eles têm a dizer a respeito da difícil situação nos Estados.

Um dos governadores que reclamaram publicamente foi o baiano Rui Costa, do PT, natural opositor do governo, mas as ressalvas ao comportamento político do presidente Bolsonaro estão partindo também de seus apoiadores.

É o caso do grupo de empresários intitulado Instituto Brasil 200, que fez campanha entusiasmada para Bolsonaro na eleição do ano passado. Ainda que evitem críticas diretas ao presidente da República por ter deliberadamente se distanciado do Congresso, esses empresários, na prática, assumiram para si uma função que, todos sabem, deveria ser de Bolsonaro e de seus articuladores políticos: o corpo a corpo com os parlamentares. O grupo pretende abrir um escritório em Brasília e terá interlocutores no governo para negociar modificações no texto da proposta de reforma. Além disso, esses empresários têm abordado individualmente os congressistas na tentativa de obter deles o compromisso formal de apoio à reforma – segundo o Instituto Brasil 200, a lista já tem as assinaturas de 230 deputados e 10 senadores.

continua após a publicidade

Os empresários não escondem sua frustração com a omissão do governo e com o embate do presidente Bolsonaro com os parlamentares justamente no momento em que a habilidade política se faz mais necessária. Flávio Rocha, um dos líderes do Instituto Brasil 200, considera que o governo precisa abandonar o tom de campanha eleitoral. “Agora é preciso aglutinar todos a favor da reforma”, disse ele.

Para o empresário Antônio Carlos Pipponzi, toda a euforia com a eleição de Bolsonaro e a escolha de Paulo Guedes para o Ministério da Economia já arrefeceu ante a evidente falta de traquejo do governo para fazer avançar sua agenda no Congresso – conforme mostrou o Estado, nenhum dos 16 projetos e medidas provisórias enviados pelo governo Bolsonaro para a Câmara nos três primeiros meses foi aprovado, e todos tramitam em ritmo lento. 

Nada disso autoriza qualquer otimismo, e é por essa razão que, enquanto o presidente Bolsonaro dedica seu tempo e seu mandato a alimentar um discurso “anti-establishment”, o establishment assume a tarefa de aprovar a agenda reformista e liberal que Bolsonaro, na campanha eleitoral, dizia defender.

continua após a publicidade

O problema é que a ausência do presidente – Bolsonaro dedica mais tempo ao carnaval, às multas de trânsito, lombadas eletrônicas e bananas do Equador do que à reforma da Previdência e às prometidas privatizações – torna esse processo muito mais caótico e incerto do que normalmente seria. Não se sabe o que resultará de uma negociação política da qual não participa o chefe de governo – que não foi eleito para ser mero despachante de projetos, e sim para implementar um programa de governo, cuja realização depende de diálogo com o Congresso e da liderança política do presidente, já que o regime é presidencialista. Sem isso, o que se tem é uma profunda indefinição, que compromete o futuro imediato do País. Como alertou o presidente da Suzano, Walter Schalka, a propósito da necessidade de atrair investimentos estrangeiros, “quem ainda não está aqui não vai colocar dinheiro no País diante dessas incertezas”.

Na falta de articulação política do governo que garanta um mínimo de suporte às reformas no Congresso, empresários estão se organizando para, por conta própria, angariar apoio parlamentar à agenda reformista.

O movimento, registrado em recente reportagem do Estado, é mais um indicativo de que o establishment político e empresarial está se mobilizando para ocupar o vácuo criado pela decisão do presidente Jair Bolsonaro de não negociar com as forças políticas.

Antes dos empresários, os próprios líderes políticos no Congresso, a começar pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), passaram a articular entre si a aprovação da reforma da Previdência, sem esperar que o governo saia de sua inércia e que o presidente da República finalmente mostre convicção sobre as mudanças indispensáveis para tirar o País da crise.

Do mesmo modo, governadores já sinalizam a disposição de negociar sua pauta diretamente com o Congresso, desistindo de tentar qualquer articulação com o governo federal. Alguns têm se queixado da falta de abertura de Bolsonaro e de seus ministros para ouvir o que eles têm a dizer a respeito da difícil situação nos Estados.

Um dos governadores que reclamaram publicamente foi o baiano Rui Costa, do PT, natural opositor do governo, mas as ressalvas ao comportamento político do presidente Bolsonaro estão partindo também de seus apoiadores.

É o caso do grupo de empresários intitulado Instituto Brasil 200, que fez campanha entusiasmada para Bolsonaro na eleição do ano passado. Ainda que evitem críticas diretas ao presidente da República por ter deliberadamente se distanciado do Congresso, esses empresários, na prática, assumiram para si uma função que, todos sabem, deveria ser de Bolsonaro e de seus articuladores políticos: o corpo a corpo com os parlamentares. O grupo pretende abrir um escritório em Brasília e terá interlocutores no governo para negociar modificações no texto da proposta de reforma. Além disso, esses empresários têm abordado individualmente os congressistas na tentativa de obter deles o compromisso formal de apoio à reforma – segundo o Instituto Brasil 200, a lista já tem as assinaturas de 230 deputados e 10 senadores.

Os empresários não escondem sua frustração com a omissão do governo e com o embate do presidente Bolsonaro com os parlamentares justamente no momento em que a habilidade política se faz mais necessária. Flávio Rocha, um dos líderes do Instituto Brasil 200, considera que o governo precisa abandonar o tom de campanha eleitoral. “Agora é preciso aglutinar todos a favor da reforma”, disse ele.

Para o empresário Antônio Carlos Pipponzi, toda a euforia com a eleição de Bolsonaro e a escolha de Paulo Guedes para o Ministério da Economia já arrefeceu ante a evidente falta de traquejo do governo para fazer avançar sua agenda no Congresso – conforme mostrou o Estado, nenhum dos 16 projetos e medidas provisórias enviados pelo governo Bolsonaro para a Câmara nos três primeiros meses foi aprovado, e todos tramitam em ritmo lento. 

Nada disso autoriza qualquer otimismo, e é por essa razão que, enquanto o presidente Bolsonaro dedica seu tempo e seu mandato a alimentar um discurso “anti-establishment”, o establishment assume a tarefa de aprovar a agenda reformista e liberal que Bolsonaro, na campanha eleitoral, dizia defender.

O problema é que a ausência do presidente – Bolsonaro dedica mais tempo ao carnaval, às multas de trânsito, lombadas eletrônicas e bananas do Equador do que à reforma da Previdência e às prometidas privatizações – torna esse processo muito mais caótico e incerto do que normalmente seria. Não se sabe o que resultará de uma negociação política da qual não participa o chefe de governo – que não foi eleito para ser mero despachante de projetos, e sim para implementar um programa de governo, cuja realização depende de diálogo com o Congresso e da liderança política do presidente, já que o regime é presidencialista. Sem isso, o que se tem é uma profunda indefinição, que compromete o futuro imediato do País. Como alertou o presidente da Suzano, Walter Schalka, a propósito da necessidade de atrair investimentos estrangeiros, “quem ainda não está aqui não vai colocar dinheiro no País diante dessas incertezas”.

Na falta de articulação política do governo que garanta um mínimo de suporte às reformas no Congresso, empresários estão se organizando para, por conta própria, angariar apoio parlamentar à agenda reformista.

O movimento, registrado em recente reportagem do Estado, é mais um indicativo de que o establishment político e empresarial está se mobilizando para ocupar o vácuo criado pela decisão do presidente Jair Bolsonaro de não negociar com as forças políticas.

Antes dos empresários, os próprios líderes políticos no Congresso, a começar pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), passaram a articular entre si a aprovação da reforma da Previdência, sem esperar que o governo saia de sua inércia e que o presidente da República finalmente mostre convicção sobre as mudanças indispensáveis para tirar o País da crise.

Do mesmo modo, governadores já sinalizam a disposição de negociar sua pauta diretamente com o Congresso, desistindo de tentar qualquer articulação com o governo federal. Alguns têm se queixado da falta de abertura de Bolsonaro e de seus ministros para ouvir o que eles têm a dizer a respeito da difícil situação nos Estados.

Um dos governadores que reclamaram publicamente foi o baiano Rui Costa, do PT, natural opositor do governo, mas as ressalvas ao comportamento político do presidente Bolsonaro estão partindo também de seus apoiadores.

É o caso do grupo de empresários intitulado Instituto Brasil 200, que fez campanha entusiasmada para Bolsonaro na eleição do ano passado. Ainda que evitem críticas diretas ao presidente da República por ter deliberadamente se distanciado do Congresso, esses empresários, na prática, assumiram para si uma função que, todos sabem, deveria ser de Bolsonaro e de seus articuladores políticos: o corpo a corpo com os parlamentares. O grupo pretende abrir um escritório em Brasília e terá interlocutores no governo para negociar modificações no texto da proposta de reforma. Além disso, esses empresários têm abordado individualmente os congressistas na tentativa de obter deles o compromisso formal de apoio à reforma – segundo o Instituto Brasil 200, a lista já tem as assinaturas de 230 deputados e 10 senadores.

Os empresários não escondem sua frustração com a omissão do governo e com o embate do presidente Bolsonaro com os parlamentares justamente no momento em que a habilidade política se faz mais necessária. Flávio Rocha, um dos líderes do Instituto Brasil 200, considera que o governo precisa abandonar o tom de campanha eleitoral. “Agora é preciso aglutinar todos a favor da reforma”, disse ele.

Para o empresário Antônio Carlos Pipponzi, toda a euforia com a eleição de Bolsonaro e a escolha de Paulo Guedes para o Ministério da Economia já arrefeceu ante a evidente falta de traquejo do governo para fazer avançar sua agenda no Congresso – conforme mostrou o Estado, nenhum dos 16 projetos e medidas provisórias enviados pelo governo Bolsonaro para a Câmara nos três primeiros meses foi aprovado, e todos tramitam em ritmo lento. 

Nada disso autoriza qualquer otimismo, e é por essa razão que, enquanto o presidente Bolsonaro dedica seu tempo e seu mandato a alimentar um discurso “anti-establishment”, o establishment assume a tarefa de aprovar a agenda reformista e liberal que Bolsonaro, na campanha eleitoral, dizia defender.

O problema é que a ausência do presidente – Bolsonaro dedica mais tempo ao carnaval, às multas de trânsito, lombadas eletrônicas e bananas do Equador do que à reforma da Previdência e às prometidas privatizações – torna esse processo muito mais caótico e incerto do que normalmente seria. Não se sabe o que resultará de uma negociação política da qual não participa o chefe de governo – que não foi eleito para ser mero despachante de projetos, e sim para implementar um programa de governo, cuja realização depende de diálogo com o Congresso e da liderança política do presidente, já que o regime é presidencialista. Sem isso, o que se tem é uma profunda indefinição, que compromete o futuro imediato do País. Como alertou o presidente da Suzano, Walter Schalka, a propósito da necessidade de atrair investimentos estrangeiros, “quem ainda não está aqui não vai colocar dinheiro no País diante dessas incertezas”.

Na falta de articulação política do governo que garanta um mínimo de suporte às reformas no Congresso, empresários estão se organizando para, por conta própria, angariar apoio parlamentar à agenda reformista.

O movimento, registrado em recente reportagem do Estado, é mais um indicativo de que o establishment político e empresarial está se mobilizando para ocupar o vácuo criado pela decisão do presidente Jair Bolsonaro de não negociar com as forças políticas.

Antes dos empresários, os próprios líderes políticos no Congresso, a começar pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), passaram a articular entre si a aprovação da reforma da Previdência, sem esperar que o governo saia de sua inércia e que o presidente da República finalmente mostre convicção sobre as mudanças indispensáveis para tirar o País da crise.

Do mesmo modo, governadores já sinalizam a disposição de negociar sua pauta diretamente com o Congresso, desistindo de tentar qualquer articulação com o governo federal. Alguns têm se queixado da falta de abertura de Bolsonaro e de seus ministros para ouvir o que eles têm a dizer a respeito da difícil situação nos Estados.

Um dos governadores que reclamaram publicamente foi o baiano Rui Costa, do PT, natural opositor do governo, mas as ressalvas ao comportamento político do presidente Bolsonaro estão partindo também de seus apoiadores.

É o caso do grupo de empresários intitulado Instituto Brasil 200, que fez campanha entusiasmada para Bolsonaro na eleição do ano passado. Ainda que evitem críticas diretas ao presidente da República por ter deliberadamente se distanciado do Congresso, esses empresários, na prática, assumiram para si uma função que, todos sabem, deveria ser de Bolsonaro e de seus articuladores políticos: o corpo a corpo com os parlamentares. O grupo pretende abrir um escritório em Brasília e terá interlocutores no governo para negociar modificações no texto da proposta de reforma. Além disso, esses empresários têm abordado individualmente os congressistas na tentativa de obter deles o compromisso formal de apoio à reforma – segundo o Instituto Brasil 200, a lista já tem as assinaturas de 230 deputados e 10 senadores.

Os empresários não escondem sua frustração com a omissão do governo e com o embate do presidente Bolsonaro com os parlamentares justamente no momento em que a habilidade política se faz mais necessária. Flávio Rocha, um dos líderes do Instituto Brasil 200, considera que o governo precisa abandonar o tom de campanha eleitoral. “Agora é preciso aglutinar todos a favor da reforma”, disse ele.

Para o empresário Antônio Carlos Pipponzi, toda a euforia com a eleição de Bolsonaro e a escolha de Paulo Guedes para o Ministério da Economia já arrefeceu ante a evidente falta de traquejo do governo para fazer avançar sua agenda no Congresso – conforme mostrou o Estado, nenhum dos 16 projetos e medidas provisórias enviados pelo governo Bolsonaro para a Câmara nos três primeiros meses foi aprovado, e todos tramitam em ritmo lento. 

Nada disso autoriza qualquer otimismo, e é por essa razão que, enquanto o presidente Bolsonaro dedica seu tempo e seu mandato a alimentar um discurso “anti-establishment”, o establishment assume a tarefa de aprovar a agenda reformista e liberal que Bolsonaro, na campanha eleitoral, dizia defender.

O problema é que a ausência do presidente – Bolsonaro dedica mais tempo ao carnaval, às multas de trânsito, lombadas eletrônicas e bananas do Equador do que à reforma da Previdência e às prometidas privatizações – torna esse processo muito mais caótico e incerto do que normalmente seria. Não se sabe o que resultará de uma negociação política da qual não participa o chefe de governo – que não foi eleito para ser mero despachante de projetos, e sim para implementar um programa de governo, cuja realização depende de diálogo com o Congresso e da liderança política do presidente, já que o regime é presidencialista. Sem isso, o que se tem é uma profunda indefinição, que compromete o futuro imediato do País. Como alertou o presidente da Suzano, Walter Schalka, a propósito da necessidade de atrair investimentos estrangeiros, “quem ainda não está aqui não vai colocar dinheiro no País diante dessas incertezas”.

Na falta de articulação política do governo que garanta um mínimo de suporte às reformas no Congresso, empresários estão se organizando para, por conta própria, angariar apoio parlamentar à agenda reformista.

O movimento, registrado em recente reportagem do Estado, é mais um indicativo de que o establishment político e empresarial está se mobilizando para ocupar o vácuo criado pela decisão do presidente Jair Bolsonaro de não negociar com as forças políticas.

Antes dos empresários, os próprios líderes políticos no Congresso, a começar pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), passaram a articular entre si a aprovação da reforma da Previdência, sem esperar que o governo saia de sua inércia e que o presidente da República finalmente mostre convicção sobre as mudanças indispensáveis para tirar o País da crise.

Do mesmo modo, governadores já sinalizam a disposição de negociar sua pauta diretamente com o Congresso, desistindo de tentar qualquer articulação com o governo federal. Alguns têm se queixado da falta de abertura de Bolsonaro e de seus ministros para ouvir o que eles têm a dizer a respeito da difícil situação nos Estados.

Um dos governadores que reclamaram publicamente foi o baiano Rui Costa, do PT, natural opositor do governo, mas as ressalvas ao comportamento político do presidente Bolsonaro estão partindo também de seus apoiadores.

É o caso do grupo de empresários intitulado Instituto Brasil 200, que fez campanha entusiasmada para Bolsonaro na eleição do ano passado. Ainda que evitem críticas diretas ao presidente da República por ter deliberadamente se distanciado do Congresso, esses empresários, na prática, assumiram para si uma função que, todos sabem, deveria ser de Bolsonaro e de seus articuladores políticos: o corpo a corpo com os parlamentares. O grupo pretende abrir um escritório em Brasília e terá interlocutores no governo para negociar modificações no texto da proposta de reforma. Além disso, esses empresários têm abordado individualmente os congressistas na tentativa de obter deles o compromisso formal de apoio à reforma – segundo o Instituto Brasil 200, a lista já tem as assinaturas de 230 deputados e 10 senadores.

Os empresários não escondem sua frustração com a omissão do governo e com o embate do presidente Bolsonaro com os parlamentares justamente no momento em que a habilidade política se faz mais necessária. Flávio Rocha, um dos líderes do Instituto Brasil 200, considera que o governo precisa abandonar o tom de campanha eleitoral. “Agora é preciso aglutinar todos a favor da reforma”, disse ele.

Para o empresário Antônio Carlos Pipponzi, toda a euforia com a eleição de Bolsonaro e a escolha de Paulo Guedes para o Ministério da Economia já arrefeceu ante a evidente falta de traquejo do governo para fazer avançar sua agenda no Congresso – conforme mostrou o Estado, nenhum dos 16 projetos e medidas provisórias enviados pelo governo Bolsonaro para a Câmara nos três primeiros meses foi aprovado, e todos tramitam em ritmo lento. 

Nada disso autoriza qualquer otimismo, e é por essa razão que, enquanto o presidente Bolsonaro dedica seu tempo e seu mandato a alimentar um discurso “anti-establishment”, o establishment assume a tarefa de aprovar a agenda reformista e liberal que Bolsonaro, na campanha eleitoral, dizia defender.

O problema é que a ausência do presidente – Bolsonaro dedica mais tempo ao carnaval, às multas de trânsito, lombadas eletrônicas e bananas do Equador do que à reforma da Previdência e às prometidas privatizações – torna esse processo muito mais caótico e incerto do que normalmente seria. Não se sabe o que resultará de uma negociação política da qual não participa o chefe de governo – que não foi eleito para ser mero despachante de projetos, e sim para implementar um programa de governo, cuja realização depende de diálogo com o Congresso e da liderança política do presidente, já que o regime é presidencialista. Sem isso, o que se tem é uma profunda indefinição, que compromete o futuro imediato do País. Como alertou o presidente da Suzano, Walter Schalka, a propósito da necessidade de atrair investimentos estrangeiros, “quem ainda não está aqui não vai colocar dinheiro no País diante dessas incertezas”.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.