Os limites do extremismo


Eleições espanholas fortalecem partidos de centro e contêm ascensão da extrema direita

Por Notas & Informações

Os eleitores espanhóis surpreenderam ao respaldar as duas legendas de centro e ao limitar a ascensão de partidos radicais na eleição parlamentar do último dia 23. Não era essa a escolha indicada por recentes pesquisas, que sugeriam preocupante guinada à “direita dura”. Nesse país europeu redemocratizado há apenas 45 anos, onde ainda hoje são digeridos os efeitos de quatro décadas de regime autocrático, o poder soberano decidiu que a polarização não pode alcançar os extremos. O leque político-ideológico na Espanha, disse o eleitor, não se abrirá em 180 graus.

O resultado das eleições parlamentares refletiu o bom senso e a maturidade dos espanhóis, assim como se observou na França no ano passado. É certo que determinou uma mudança legítima na orientação política do governo, porém, menos acentuada e traumática. Com 122 cadeiras no Parlamento, o PSOE, do primeiro-ministro Pedro Sánchez, de centro-esquerda, cederá o comando do gabinete de ministros ao Partido Popular (PP), de Alberto Núñez Feijóo, de centro-direita, que conquistou 136 assentos. Juntos, ambos os partidos receberam 64,7% dos votos, o que não ocorria desde 2016. Foram os reais vencedores.

Com a convergência ao centro, o eleitorado impôs ao futuro primeiro-ministro a obrigatoriedade de manter diálogo fluido e consistente com a oposição no Parlamento, dada sua presença expressiva. A agenda do futuro governo dificilmente passará no Legislativo sem o aval e as pinceladas do adversário no conteúdo tramitado. Tons radicais no ordenamento legal do país tendem a ser vetados por um lado ou por outro.

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Há dois meses, o eleitorado espanhol havia surpreendido de forma preocupante. Seu voto nas eleições regionais e municipais fortaleceu siglas radicais, sobretudo o Vox, de extrema direita. Os desgastes dos discursos e da alternância de períodos de predomínio do PSOE e do PP foram indicados como determinantes desse comportamento. Nas últimas semanas, pesquisas apontaram o risco de a Espanha ter o primeiro governo da “direita dura” desde o fim da ditadura de Francisco Franco.

O Vox, de Santiago Abascal, porém, tornou-se o real perdedor. Sua representação na Câmara dos Deputados encolheu de 52 cadeiras, em 2019, para 33. Legendas da extrema esquerda, em especial as de cunho separatista, igualmente perderam terreno. O PSOE, ao contrário, conquistou mais dois assentos e o PP saltou de 89 para 136 deputados. Os alertas do PSOE sobre os riscos da ascensão fascista e a distância imposta pelo PP ao Vox terão estancado a fuga de votos e fortalecido os grandes partidos de centro.

Há dúvidas neste momento sobre a capacidade de Feijóo formar uma coalizão majoritária de governo sem o Vox. A questão é aritmética: faltam 40 votos, e a legenda extremista garantiria 33. Não há razões, entretanto, para crer na condescendência do Partido Popular diante de pressões ideológicas e faturas fisiológicas a serem cobradas pelo Vox. O eleitor espanhol disse claramente, nas urnas, não querer os radicais de direita no poder. A racionalidade do centro tem de prevalecer.

Os eleitores espanhóis surpreenderam ao respaldar as duas legendas de centro e ao limitar a ascensão de partidos radicais na eleição parlamentar do último dia 23. Não era essa a escolha indicada por recentes pesquisas, que sugeriam preocupante guinada à “direita dura”. Nesse país europeu redemocratizado há apenas 45 anos, onde ainda hoje são digeridos os efeitos de quatro décadas de regime autocrático, o poder soberano decidiu que a polarização não pode alcançar os extremos. O leque político-ideológico na Espanha, disse o eleitor, não se abrirá em 180 graus.

O resultado das eleições parlamentares refletiu o bom senso e a maturidade dos espanhóis, assim como se observou na França no ano passado. É certo que determinou uma mudança legítima na orientação política do governo, porém, menos acentuada e traumática. Com 122 cadeiras no Parlamento, o PSOE, do primeiro-ministro Pedro Sánchez, de centro-esquerda, cederá o comando do gabinete de ministros ao Partido Popular (PP), de Alberto Núñez Feijóo, de centro-direita, que conquistou 136 assentos. Juntos, ambos os partidos receberam 64,7% dos votos, o que não ocorria desde 2016. Foram os reais vencedores.

Com a convergência ao centro, o eleitorado impôs ao futuro primeiro-ministro a obrigatoriedade de manter diálogo fluido e consistente com a oposição no Parlamento, dada sua presença expressiva. A agenda do futuro governo dificilmente passará no Legislativo sem o aval e as pinceladas do adversário no conteúdo tramitado. Tons radicais no ordenamento legal do país tendem a ser vetados por um lado ou por outro.

Há dois meses, o eleitorado espanhol havia surpreendido de forma preocupante. Seu voto nas eleições regionais e municipais fortaleceu siglas radicais, sobretudo o Vox, de extrema direita. Os desgastes dos discursos e da alternância de períodos de predomínio do PSOE e do PP foram indicados como determinantes desse comportamento. Nas últimas semanas, pesquisas apontaram o risco de a Espanha ter o primeiro governo da “direita dura” desde o fim da ditadura de Francisco Franco.

O Vox, de Santiago Abascal, porém, tornou-se o real perdedor. Sua representação na Câmara dos Deputados encolheu de 52 cadeiras, em 2019, para 33. Legendas da extrema esquerda, em especial as de cunho separatista, igualmente perderam terreno. O PSOE, ao contrário, conquistou mais dois assentos e o PP saltou de 89 para 136 deputados. Os alertas do PSOE sobre os riscos da ascensão fascista e a distância imposta pelo PP ao Vox terão estancado a fuga de votos e fortalecido os grandes partidos de centro.

Há dúvidas neste momento sobre a capacidade de Feijóo formar uma coalizão majoritária de governo sem o Vox. A questão é aritmética: faltam 40 votos, e a legenda extremista garantiria 33. Não há razões, entretanto, para crer na condescendência do Partido Popular diante de pressões ideológicas e faturas fisiológicas a serem cobradas pelo Vox. O eleitor espanhol disse claramente, nas urnas, não querer os radicais de direita no poder. A racionalidade do centro tem de prevalecer.

Os eleitores espanhóis surpreenderam ao respaldar as duas legendas de centro e ao limitar a ascensão de partidos radicais na eleição parlamentar do último dia 23. Não era essa a escolha indicada por recentes pesquisas, que sugeriam preocupante guinada à “direita dura”. Nesse país europeu redemocratizado há apenas 45 anos, onde ainda hoje são digeridos os efeitos de quatro décadas de regime autocrático, o poder soberano decidiu que a polarização não pode alcançar os extremos. O leque político-ideológico na Espanha, disse o eleitor, não se abrirá em 180 graus.

O resultado das eleições parlamentares refletiu o bom senso e a maturidade dos espanhóis, assim como se observou na França no ano passado. É certo que determinou uma mudança legítima na orientação política do governo, porém, menos acentuada e traumática. Com 122 cadeiras no Parlamento, o PSOE, do primeiro-ministro Pedro Sánchez, de centro-esquerda, cederá o comando do gabinete de ministros ao Partido Popular (PP), de Alberto Núñez Feijóo, de centro-direita, que conquistou 136 assentos. Juntos, ambos os partidos receberam 64,7% dos votos, o que não ocorria desde 2016. Foram os reais vencedores.

Com a convergência ao centro, o eleitorado impôs ao futuro primeiro-ministro a obrigatoriedade de manter diálogo fluido e consistente com a oposição no Parlamento, dada sua presença expressiva. A agenda do futuro governo dificilmente passará no Legislativo sem o aval e as pinceladas do adversário no conteúdo tramitado. Tons radicais no ordenamento legal do país tendem a ser vetados por um lado ou por outro.

Há dois meses, o eleitorado espanhol havia surpreendido de forma preocupante. Seu voto nas eleições regionais e municipais fortaleceu siglas radicais, sobretudo o Vox, de extrema direita. Os desgastes dos discursos e da alternância de períodos de predomínio do PSOE e do PP foram indicados como determinantes desse comportamento. Nas últimas semanas, pesquisas apontaram o risco de a Espanha ter o primeiro governo da “direita dura” desde o fim da ditadura de Francisco Franco.

O Vox, de Santiago Abascal, porém, tornou-se o real perdedor. Sua representação na Câmara dos Deputados encolheu de 52 cadeiras, em 2019, para 33. Legendas da extrema esquerda, em especial as de cunho separatista, igualmente perderam terreno. O PSOE, ao contrário, conquistou mais dois assentos e o PP saltou de 89 para 136 deputados. Os alertas do PSOE sobre os riscos da ascensão fascista e a distância imposta pelo PP ao Vox terão estancado a fuga de votos e fortalecido os grandes partidos de centro.

Há dúvidas neste momento sobre a capacidade de Feijóo formar uma coalizão majoritária de governo sem o Vox. A questão é aritmética: faltam 40 votos, e a legenda extremista garantiria 33. Não há razões, entretanto, para crer na condescendência do Partido Popular diante de pressões ideológicas e faturas fisiológicas a serem cobradas pelo Vox. O eleitor espanhol disse claramente, nas urnas, não querer os radicais de direita no poder. A racionalidade do centro tem de prevalecer.

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