Problemas à moda dos ricos


Por todos os critérios de comparação, o quadro brasileiro é muito pior que o cenário contido nas últimas avaliações dos Estados Unidos e da eurozona

Por Redação

O Fundo Monetário Internacional (FMI) tem mostrado preocupação com os problemas do mundo rico – mas qualquer brasileiro deve ficar muito mais preocupado, se confrontar as deficiências econômicas de seu país com os pontos fracos apontados nos Estados Unidos e na zona do euro. Depois de dois anos de recessão, a economia brasileira poderá crescer 1,2% em 2017, segundo a projeção do governo provisório, com inflação de 4,8%, a primeira abaixo de 5,8% desde 2010. Enquanto isso, os Estados Unidos continuam liderando a recuperação do mundo rico, tendo criado cerca de 2,4 milhões de empregos no ano passado e exibindo, hoje, uma taxa de desemprego abaixo de 5%. Na zona do euro, o Produto Interno Bruto (PIB) continua em expansão em 2016 e assim deve continuar nos próximos cinco anos, mas com desemprego recuando lentamente. A taxa deve baixar de 10,2% neste ano para 9,8% no próximo e declinar até 8,5% em 2021, de acordo com as estimativas do FMI.

Neste momento, a porcentagem de desocupados no Brasil é maior que a média europeia, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Por todos os critérios de comparação, o quadro brasileiro é muito pior que o cenário contido nas últimas avaliações dos Estados Unidos e da eurozona feitas pelo FMI. Mas os problemas apontados em relatórios sobre as maiores potências do mundo rico são importantes e, se forem negligenciados, poderão comprometer sua prosperidade – e a do resto do mundo, é claro. Os brasileiros deveriam dar atenção a essas avaliações e advertências, portanto, por dois motivos: pela importância daquelas potências para a economia global e porque problemas análogos ocorrem no Brasil em escala muito maior.

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Segundo o FMI, a economia da eurozona deve crescer 1,7% ao ano entre 2016 e 2018, repetindo a taxa observada já em 2015. Depois o ritmo deverá declinar para 1,5% ao ano. O desemprego cairá lentamente, a inflação continuará abaixo de 2% e o investimento fixo crescerá na faixa de 2,5% a 3%. Mas permanecem riscos importantes. Os europeus têm dependido excessivamente da política monetária frouxa, ultimamente com juros até negativos, para promover a recuperação. Nos países com alguma folga fiscal, a política orçamentária deveria ser mais voltada para estimular a economia, segundo o FMI. Nos demais será preciso avançar no ajuste das contas públicas. O Fundo ainda insiste em reformas para tornar mais flexíveis os mercados de trabalho e de bens, como condição para dinamizar a atividade.

Mas é preciso também cuidar de riscos políticos crescentes. O euroceticismo tem crescido e pode aumentar, com o abandono da União Europeia pelo Reino Unido. O surto imigratório dos últimos anos também trouxe desafios novos e os governos devem tentar enfrentá-los – assim como os demais problemas – em conjunto. Também é preciso cuidar com mais atenção da saúde do sistema financeiro, ameaçada, por exemplo, por grande volume de créditos de baixa qualidade. Na Itália esse risco é especialmente importante.

Baixo crescimento da produtividade é assunto relevante para os Estados Unidos, assim como para a zona do euro. Nos dois casos, o problema é combinado com a participação decrescente da força de trabalho, decorrente do envelhecimento da população. No caso americano, a piora da desigualdade e o aumento da pobreza também são apontados como desafios pelo FMI. São questões para ser tratadas com medidas tributárias, educação e mais investimentos em infraestrutura. Mudanças na tributação podem servir tanto para reverter a desigualdade crescente quanto para estimular o investimento privado. Mas o cenário está longe de ser assustador: desemprego abaixo de 5% e crescimento econômico de 2,4% em 2015, 2,2% em 2016 e 2,5% em 2017 são números invejáveis. Se alguém duvidar, pergunte aos brasileiros sobre produtividade, emprego, infraestrutura, educação e potencial de crescimento do PIB.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) tem mostrado preocupação com os problemas do mundo rico – mas qualquer brasileiro deve ficar muito mais preocupado, se confrontar as deficiências econômicas de seu país com os pontos fracos apontados nos Estados Unidos e na zona do euro. Depois de dois anos de recessão, a economia brasileira poderá crescer 1,2% em 2017, segundo a projeção do governo provisório, com inflação de 4,8%, a primeira abaixo de 5,8% desde 2010. Enquanto isso, os Estados Unidos continuam liderando a recuperação do mundo rico, tendo criado cerca de 2,4 milhões de empregos no ano passado e exibindo, hoje, uma taxa de desemprego abaixo de 5%. Na zona do euro, o Produto Interno Bruto (PIB) continua em expansão em 2016 e assim deve continuar nos próximos cinco anos, mas com desemprego recuando lentamente. A taxa deve baixar de 10,2% neste ano para 9,8% no próximo e declinar até 8,5% em 2021, de acordo com as estimativas do FMI.

Neste momento, a porcentagem de desocupados no Brasil é maior que a média europeia, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Por todos os critérios de comparação, o quadro brasileiro é muito pior que o cenário contido nas últimas avaliações dos Estados Unidos e da eurozona feitas pelo FMI. Mas os problemas apontados em relatórios sobre as maiores potências do mundo rico são importantes e, se forem negligenciados, poderão comprometer sua prosperidade – e a do resto do mundo, é claro. Os brasileiros deveriam dar atenção a essas avaliações e advertências, portanto, por dois motivos: pela importância daquelas potências para a economia global e porque problemas análogos ocorrem no Brasil em escala muito maior.

Segundo o FMI, a economia da eurozona deve crescer 1,7% ao ano entre 2016 e 2018, repetindo a taxa observada já em 2015. Depois o ritmo deverá declinar para 1,5% ao ano. O desemprego cairá lentamente, a inflação continuará abaixo de 2% e o investimento fixo crescerá na faixa de 2,5% a 3%. Mas permanecem riscos importantes. Os europeus têm dependido excessivamente da política monetária frouxa, ultimamente com juros até negativos, para promover a recuperação. Nos países com alguma folga fiscal, a política orçamentária deveria ser mais voltada para estimular a economia, segundo o FMI. Nos demais será preciso avançar no ajuste das contas públicas. O Fundo ainda insiste em reformas para tornar mais flexíveis os mercados de trabalho e de bens, como condição para dinamizar a atividade.

Mas é preciso também cuidar de riscos políticos crescentes. O euroceticismo tem crescido e pode aumentar, com o abandono da União Europeia pelo Reino Unido. O surto imigratório dos últimos anos também trouxe desafios novos e os governos devem tentar enfrentá-los – assim como os demais problemas – em conjunto. Também é preciso cuidar com mais atenção da saúde do sistema financeiro, ameaçada, por exemplo, por grande volume de créditos de baixa qualidade. Na Itália esse risco é especialmente importante.

Baixo crescimento da produtividade é assunto relevante para os Estados Unidos, assim como para a zona do euro. Nos dois casos, o problema é combinado com a participação decrescente da força de trabalho, decorrente do envelhecimento da população. No caso americano, a piora da desigualdade e o aumento da pobreza também são apontados como desafios pelo FMI. São questões para ser tratadas com medidas tributárias, educação e mais investimentos em infraestrutura. Mudanças na tributação podem servir tanto para reverter a desigualdade crescente quanto para estimular o investimento privado. Mas o cenário está longe de ser assustador: desemprego abaixo de 5% e crescimento econômico de 2,4% em 2015, 2,2% em 2016 e 2,5% em 2017 são números invejáveis. Se alguém duvidar, pergunte aos brasileiros sobre produtividade, emprego, infraestrutura, educação e potencial de crescimento do PIB.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) tem mostrado preocupação com os problemas do mundo rico – mas qualquer brasileiro deve ficar muito mais preocupado, se confrontar as deficiências econômicas de seu país com os pontos fracos apontados nos Estados Unidos e na zona do euro. Depois de dois anos de recessão, a economia brasileira poderá crescer 1,2% em 2017, segundo a projeção do governo provisório, com inflação de 4,8%, a primeira abaixo de 5,8% desde 2010. Enquanto isso, os Estados Unidos continuam liderando a recuperação do mundo rico, tendo criado cerca de 2,4 milhões de empregos no ano passado e exibindo, hoje, uma taxa de desemprego abaixo de 5%. Na zona do euro, o Produto Interno Bruto (PIB) continua em expansão em 2016 e assim deve continuar nos próximos cinco anos, mas com desemprego recuando lentamente. A taxa deve baixar de 10,2% neste ano para 9,8% no próximo e declinar até 8,5% em 2021, de acordo com as estimativas do FMI.

Neste momento, a porcentagem de desocupados no Brasil é maior que a média europeia, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Por todos os critérios de comparação, o quadro brasileiro é muito pior que o cenário contido nas últimas avaliações dos Estados Unidos e da eurozona feitas pelo FMI. Mas os problemas apontados em relatórios sobre as maiores potências do mundo rico são importantes e, se forem negligenciados, poderão comprometer sua prosperidade – e a do resto do mundo, é claro. Os brasileiros deveriam dar atenção a essas avaliações e advertências, portanto, por dois motivos: pela importância daquelas potências para a economia global e porque problemas análogos ocorrem no Brasil em escala muito maior.

Segundo o FMI, a economia da eurozona deve crescer 1,7% ao ano entre 2016 e 2018, repetindo a taxa observada já em 2015. Depois o ritmo deverá declinar para 1,5% ao ano. O desemprego cairá lentamente, a inflação continuará abaixo de 2% e o investimento fixo crescerá na faixa de 2,5% a 3%. Mas permanecem riscos importantes. Os europeus têm dependido excessivamente da política monetária frouxa, ultimamente com juros até negativos, para promover a recuperação. Nos países com alguma folga fiscal, a política orçamentária deveria ser mais voltada para estimular a economia, segundo o FMI. Nos demais será preciso avançar no ajuste das contas públicas. O Fundo ainda insiste em reformas para tornar mais flexíveis os mercados de trabalho e de bens, como condição para dinamizar a atividade.

Mas é preciso também cuidar de riscos políticos crescentes. O euroceticismo tem crescido e pode aumentar, com o abandono da União Europeia pelo Reino Unido. O surto imigratório dos últimos anos também trouxe desafios novos e os governos devem tentar enfrentá-los – assim como os demais problemas – em conjunto. Também é preciso cuidar com mais atenção da saúde do sistema financeiro, ameaçada, por exemplo, por grande volume de créditos de baixa qualidade. Na Itália esse risco é especialmente importante.

Baixo crescimento da produtividade é assunto relevante para os Estados Unidos, assim como para a zona do euro. Nos dois casos, o problema é combinado com a participação decrescente da força de trabalho, decorrente do envelhecimento da população. No caso americano, a piora da desigualdade e o aumento da pobreza também são apontados como desafios pelo FMI. São questões para ser tratadas com medidas tributárias, educação e mais investimentos em infraestrutura. Mudanças na tributação podem servir tanto para reverter a desigualdade crescente quanto para estimular o investimento privado. Mas o cenário está longe de ser assustador: desemprego abaixo de 5% e crescimento econômico de 2,4% em 2015, 2,2% em 2016 e 2,5% em 2017 são números invejáveis. Se alguém duvidar, pergunte aos brasileiros sobre produtividade, emprego, infraestrutura, educação e potencial de crescimento do PIB.

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