O jornalista Rolf Kuntz escreve quinzenalmente na seção Espaço Aberto

Opinião|Haddad arrecada confiança para o governo, mas é difícil projetar crescimento sem um roteiro de ações


Administração petista não apresentou até agora plano com metas e etapas definidas; pensar nisso seria mais uma tarefa para o ministro?

Por Rolf Kuntz

Em mais uma vitória contra os defensores da gastança, estranhamente rotulados como “desenvolvimentistas”, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, festejou a elevação da nota de crédito do Brasil pela Fitch, uma das principais agências de classificação de risco.

O País ainda precisa subir dois degraus para atingir, na escala dessa agência, o chamado grau de investimento, aquele compatível, segundo o ministro, com o tamanho da economia brasileira.

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Antes da reavaliação das condições do País pela Fitch, Haddad havia conquistado a aprovação inicialmente negada pelo mercado financeiro. Também havia assumido, perante o empresariado e o Congresso, o papel de fiador do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Esses ganhos de imagem foram obtidos, é importante acentuar, antes da aprovação definitiva do arcabouço fiscal pelo Congresso. Embora mais complicado e menos seguro que o teto de gastos, o novo esquema proposto para as contas públicas denota, como observou Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central (BC), preocupação com a responsabilidade fiscal e com a evolução da dívida pública. Ao mencionar o arcabouço como uma das novidades positivas, os técnicos da Fitch apostam numa “consolidação gradual” das finanças públicas.

Haddad tem sido bem visto pelo mercado financeiro Foto: Adriano Machado / Reuters
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A aposta combina com as manifestações de confiança observadas entre agentes do mercado e analistas econômicos. Essa boa vontade é um dos maiores ganhos políticos do governo Lula 3 e, é claro, de seu principal ministro. Sem um representante capaz de mobilizar a boa vontade dos congressistas mais influentes e dos líderes do mercado, a administração petista pouco teria avançado em seus primeiros sete meses.

O aumento da confiança de empresários e de consumidores, apontado pela Fundação Getulio Vargas, deve contribuir para os objetivos de aceleração econômica anunciados pelo governo. Se a inflação continuar em queda, a erosão salarial será menos danosa e isso facilitará a sustentação do consumo. O socorro aos endividados, se bem conduzido, também terá efeitos positivos para os negócios e para o bem-estar.

Mas todos esses fatos e possibilidades são insuficientes para compor um plano de governo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem prometido reativar o programa de habitação popular e investir em infra-estrutura. Planejar é muito mais, no entanto, do que enumerar boas intenções e promessas.

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Um plano envolve objetivos gerais, ordenação de prioridades e de tarefas, avaliação de custos, indicação de fontes de recursos e articulação gerencial. O presidente Juscelino Kubitschek — para citar um exemplo muito especial — usou uma administração paralela para tocar seu plano sem ter de reconstruir toda a máquina federal, como lembrou Celso Lafer, há muitos anos, num ensaio sobre o Plano de Metas.

Nenhum claro roteiro de ação, com metas e etapas definidas, foi apresentado até agora pela administração petista. Sem essas informações, é muito difícil projetar a continuação do crescimento estimado para 2023. Pensar nisso seria mais uma tarefa para o ministro Haddad?

Em mais uma vitória contra os defensores da gastança, estranhamente rotulados como “desenvolvimentistas”, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, festejou a elevação da nota de crédito do Brasil pela Fitch, uma das principais agências de classificação de risco.

O País ainda precisa subir dois degraus para atingir, na escala dessa agência, o chamado grau de investimento, aquele compatível, segundo o ministro, com o tamanho da economia brasileira.

Antes da reavaliação das condições do País pela Fitch, Haddad havia conquistado a aprovação inicialmente negada pelo mercado financeiro. Também havia assumido, perante o empresariado e o Congresso, o papel de fiador do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Esses ganhos de imagem foram obtidos, é importante acentuar, antes da aprovação definitiva do arcabouço fiscal pelo Congresso. Embora mais complicado e menos seguro que o teto de gastos, o novo esquema proposto para as contas públicas denota, como observou Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central (BC), preocupação com a responsabilidade fiscal e com a evolução da dívida pública. Ao mencionar o arcabouço como uma das novidades positivas, os técnicos da Fitch apostam numa “consolidação gradual” das finanças públicas.

Haddad tem sido bem visto pelo mercado financeiro Foto: Adriano Machado / Reuters

A aposta combina com as manifestações de confiança observadas entre agentes do mercado e analistas econômicos. Essa boa vontade é um dos maiores ganhos políticos do governo Lula 3 e, é claro, de seu principal ministro. Sem um representante capaz de mobilizar a boa vontade dos congressistas mais influentes e dos líderes do mercado, a administração petista pouco teria avançado em seus primeiros sete meses.

O aumento da confiança de empresários e de consumidores, apontado pela Fundação Getulio Vargas, deve contribuir para os objetivos de aceleração econômica anunciados pelo governo. Se a inflação continuar em queda, a erosão salarial será menos danosa e isso facilitará a sustentação do consumo. O socorro aos endividados, se bem conduzido, também terá efeitos positivos para os negócios e para o bem-estar.

Mas todos esses fatos e possibilidades são insuficientes para compor um plano de governo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem prometido reativar o programa de habitação popular e investir em infra-estrutura. Planejar é muito mais, no entanto, do que enumerar boas intenções e promessas.

Um plano envolve objetivos gerais, ordenação de prioridades e de tarefas, avaliação de custos, indicação de fontes de recursos e articulação gerencial. O presidente Juscelino Kubitschek — para citar um exemplo muito especial — usou uma administração paralela para tocar seu plano sem ter de reconstruir toda a máquina federal, como lembrou Celso Lafer, há muitos anos, num ensaio sobre o Plano de Metas.

Nenhum claro roteiro de ação, com metas e etapas definidas, foi apresentado até agora pela administração petista. Sem essas informações, é muito difícil projetar a continuação do crescimento estimado para 2023. Pensar nisso seria mais uma tarefa para o ministro Haddad?

Em mais uma vitória contra os defensores da gastança, estranhamente rotulados como “desenvolvimentistas”, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, festejou a elevação da nota de crédito do Brasil pela Fitch, uma das principais agências de classificação de risco.

O País ainda precisa subir dois degraus para atingir, na escala dessa agência, o chamado grau de investimento, aquele compatível, segundo o ministro, com o tamanho da economia brasileira.

Antes da reavaliação das condições do País pela Fitch, Haddad havia conquistado a aprovação inicialmente negada pelo mercado financeiro. Também havia assumido, perante o empresariado e o Congresso, o papel de fiador do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Esses ganhos de imagem foram obtidos, é importante acentuar, antes da aprovação definitiva do arcabouço fiscal pelo Congresso. Embora mais complicado e menos seguro que o teto de gastos, o novo esquema proposto para as contas públicas denota, como observou Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central (BC), preocupação com a responsabilidade fiscal e com a evolução da dívida pública. Ao mencionar o arcabouço como uma das novidades positivas, os técnicos da Fitch apostam numa “consolidação gradual” das finanças públicas.

Haddad tem sido bem visto pelo mercado financeiro Foto: Adriano Machado / Reuters

A aposta combina com as manifestações de confiança observadas entre agentes do mercado e analistas econômicos. Essa boa vontade é um dos maiores ganhos políticos do governo Lula 3 e, é claro, de seu principal ministro. Sem um representante capaz de mobilizar a boa vontade dos congressistas mais influentes e dos líderes do mercado, a administração petista pouco teria avançado em seus primeiros sete meses.

O aumento da confiança de empresários e de consumidores, apontado pela Fundação Getulio Vargas, deve contribuir para os objetivos de aceleração econômica anunciados pelo governo. Se a inflação continuar em queda, a erosão salarial será menos danosa e isso facilitará a sustentação do consumo. O socorro aos endividados, se bem conduzido, também terá efeitos positivos para os negócios e para o bem-estar.

Mas todos esses fatos e possibilidades são insuficientes para compor um plano de governo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem prometido reativar o programa de habitação popular e investir em infra-estrutura. Planejar é muito mais, no entanto, do que enumerar boas intenções e promessas.

Um plano envolve objetivos gerais, ordenação de prioridades e de tarefas, avaliação de custos, indicação de fontes de recursos e articulação gerencial. O presidente Juscelino Kubitschek — para citar um exemplo muito especial — usou uma administração paralela para tocar seu plano sem ter de reconstruir toda a máquina federal, como lembrou Celso Lafer, há muitos anos, num ensaio sobre o Plano de Metas.

Nenhum claro roteiro de ação, com metas e etapas definidas, foi apresentado até agora pela administração petista. Sem essas informações, é muito difícil projetar a continuação do crescimento estimado para 2023. Pensar nisso seria mais uma tarefa para o ministro Haddad?

Em mais uma vitória contra os defensores da gastança, estranhamente rotulados como “desenvolvimentistas”, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, festejou a elevação da nota de crédito do Brasil pela Fitch, uma das principais agências de classificação de risco.

O País ainda precisa subir dois degraus para atingir, na escala dessa agência, o chamado grau de investimento, aquele compatível, segundo o ministro, com o tamanho da economia brasileira.

Antes da reavaliação das condições do País pela Fitch, Haddad havia conquistado a aprovação inicialmente negada pelo mercado financeiro. Também havia assumido, perante o empresariado e o Congresso, o papel de fiador do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Esses ganhos de imagem foram obtidos, é importante acentuar, antes da aprovação definitiva do arcabouço fiscal pelo Congresso. Embora mais complicado e menos seguro que o teto de gastos, o novo esquema proposto para as contas públicas denota, como observou Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central (BC), preocupação com a responsabilidade fiscal e com a evolução da dívida pública. Ao mencionar o arcabouço como uma das novidades positivas, os técnicos da Fitch apostam numa “consolidação gradual” das finanças públicas.

Haddad tem sido bem visto pelo mercado financeiro Foto: Adriano Machado / Reuters

A aposta combina com as manifestações de confiança observadas entre agentes do mercado e analistas econômicos. Essa boa vontade é um dos maiores ganhos políticos do governo Lula 3 e, é claro, de seu principal ministro. Sem um representante capaz de mobilizar a boa vontade dos congressistas mais influentes e dos líderes do mercado, a administração petista pouco teria avançado em seus primeiros sete meses.

O aumento da confiança de empresários e de consumidores, apontado pela Fundação Getulio Vargas, deve contribuir para os objetivos de aceleração econômica anunciados pelo governo. Se a inflação continuar em queda, a erosão salarial será menos danosa e isso facilitará a sustentação do consumo. O socorro aos endividados, se bem conduzido, também terá efeitos positivos para os negócios e para o bem-estar.

Mas todos esses fatos e possibilidades são insuficientes para compor um plano de governo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem prometido reativar o programa de habitação popular e investir em infra-estrutura. Planejar é muito mais, no entanto, do que enumerar boas intenções e promessas.

Um plano envolve objetivos gerais, ordenação de prioridades e de tarefas, avaliação de custos, indicação de fontes de recursos e articulação gerencial. O presidente Juscelino Kubitschek — para citar um exemplo muito especial — usou uma administração paralela para tocar seu plano sem ter de reconstruir toda a máquina federal, como lembrou Celso Lafer, há muitos anos, num ensaio sobre o Plano de Metas.

Nenhum claro roteiro de ação, com metas e etapas definidas, foi apresentado até agora pela administração petista. Sem essas informações, é muito difícil projetar a continuação do crescimento estimado para 2023. Pensar nisso seria mais uma tarefa para o ministro Haddad?

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