Saber dizer ‘não’


Crítica de Campos Neto reforça tentativa de interferência política no Banco Central

Por Notas & Informações

Saber dizer “não” ao Executivo e ao Legislativo foi a recomendação dada por Roberto Campos Neto a quem lhe sucederá na presidência do Banco Central (BC) a partir de janeiro de 2025. Em rara e substancial entrevista, concedida ao Estadão/Broadcast depois da divulgação da ata do Comitê de Política Econômica (Copom), o executivo deixou a impressão de que a divisão do colegiado, exposta na votação que reduziu a taxa básica de juros para 10,5% ao ano, vai além das discussões sobre a magnitude do corte.

A ata cumpriu sua função de esclarecer os fundamentos técnicos que justificaram a apertadíssima decisão dos diretores do BC na reunião do Copom, com cinco votos a quatro pelo menor ritmo de redução dos juros. Com o voto de desempate de Campos Neto, a taxa caiu 0,25 ponto porcentual (p.p.) ao invés do 0,5 p.p. adotado nas seis reuniões anteriores. A dúvida que pairou sobre uma eventual cisão política da diretoria prestes a mudar de comando, porém, não foi afastada.

Ao contrário, declarações públicas dos diretores Paulo Picchetti e Gabriel Galípolo, ambos indicados de Lula, alimentaram a percepção sobre ruídos de comunicação com o governo e entre os próprios integrantes da diretoria. “Não existe entre nós nenhum tipo de regra ou arranjo onde alguém precise consultar o outro”, rebateu Campos Neto, que foi ainda mais taxativo sobre o mal-estar com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que não soube com antecedência sobre a mudança de guidance (orientação) do Copom. “Nunca fiz isso no governo anterior e com certeza não planejo fazer neste”, afirmou.

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Primeiro presidente do BC a ter mandato não coincidente com o do presidente da República, por força da lei de 2021 que conferiu autonomia operacional à autoridade monetária, Campos Neto é desde o início da gestão petista o alvo preferencial das críticas de Lula da Silva e de aliados, que pressionam por uma queda mais acelerada dos juros para incentivar o consumo.

A forma categórica como o executivo defendeu a necessidade de resistir às pressões de Executivo e Legislativo deixou subentendido que ele próprio foi assediado. Nesse sentido, independentemente das especulações sobre a extensão do ciclo de queda dos juros da economia, a autonomia do Banco Central, inúmeras vezes questionada pelo PT, mostra-se cada vez mais imprescindível para a boa orientação da política monetária.

No ano que vem, o terceiro de seu mandato, Lula da Silva poderá indicar o presidente do Banco Central para um período que se estenderá até a metade do próximo governo, no fim de 2028. Campos Neto afirmou, na entrevista, que o mais importante para quem assumir o comando do banco é “olhar por cima e não dentro do ruído”, que vem tanto da economia quanto da política.

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As expectativas mais recorrentes apontam para Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do BC, como substituto de Campos Neto. Apesar de ainda restarem cinco reuniões do Copom neste ano, as declarações de Galípolo começam a surtir no mercado peso igual ou superior às do seu chefe. O que se espera do escolhido, seja quem for, é transparência e rigor técnico que façam jus à autonomia.

Saber dizer “não” ao Executivo e ao Legislativo foi a recomendação dada por Roberto Campos Neto a quem lhe sucederá na presidência do Banco Central (BC) a partir de janeiro de 2025. Em rara e substancial entrevista, concedida ao Estadão/Broadcast depois da divulgação da ata do Comitê de Política Econômica (Copom), o executivo deixou a impressão de que a divisão do colegiado, exposta na votação que reduziu a taxa básica de juros para 10,5% ao ano, vai além das discussões sobre a magnitude do corte.

A ata cumpriu sua função de esclarecer os fundamentos técnicos que justificaram a apertadíssima decisão dos diretores do BC na reunião do Copom, com cinco votos a quatro pelo menor ritmo de redução dos juros. Com o voto de desempate de Campos Neto, a taxa caiu 0,25 ponto porcentual (p.p.) ao invés do 0,5 p.p. adotado nas seis reuniões anteriores. A dúvida que pairou sobre uma eventual cisão política da diretoria prestes a mudar de comando, porém, não foi afastada.

Ao contrário, declarações públicas dos diretores Paulo Picchetti e Gabriel Galípolo, ambos indicados de Lula, alimentaram a percepção sobre ruídos de comunicação com o governo e entre os próprios integrantes da diretoria. “Não existe entre nós nenhum tipo de regra ou arranjo onde alguém precise consultar o outro”, rebateu Campos Neto, que foi ainda mais taxativo sobre o mal-estar com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que não soube com antecedência sobre a mudança de guidance (orientação) do Copom. “Nunca fiz isso no governo anterior e com certeza não planejo fazer neste”, afirmou.

Primeiro presidente do BC a ter mandato não coincidente com o do presidente da República, por força da lei de 2021 que conferiu autonomia operacional à autoridade monetária, Campos Neto é desde o início da gestão petista o alvo preferencial das críticas de Lula da Silva e de aliados, que pressionam por uma queda mais acelerada dos juros para incentivar o consumo.

A forma categórica como o executivo defendeu a necessidade de resistir às pressões de Executivo e Legislativo deixou subentendido que ele próprio foi assediado. Nesse sentido, independentemente das especulações sobre a extensão do ciclo de queda dos juros da economia, a autonomia do Banco Central, inúmeras vezes questionada pelo PT, mostra-se cada vez mais imprescindível para a boa orientação da política monetária.

No ano que vem, o terceiro de seu mandato, Lula da Silva poderá indicar o presidente do Banco Central para um período que se estenderá até a metade do próximo governo, no fim de 2028. Campos Neto afirmou, na entrevista, que o mais importante para quem assumir o comando do banco é “olhar por cima e não dentro do ruído”, que vem tanto da economia quanto da política.

As expectativas mais recorrentes apontam para Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do BC, como substituto de Campos Neto. Apesar de ainda restarem cinco reuniões do Copom neste ano, as declarações de Galípolo começam a surtir no mercado peso igual ou superior às do seu chefe. O que se espera do escolhido, seja quem for, é transparência e rigor técnico que façam jus à autonomia.

Saber dizer “não” ao Executivo e ao Legislativo foi a recomendação dada por Roberto Campos Neto a quem lhe sucederá na presidência do Banco Central (BC) a partir de janeiro de 2025. Em rara e substancial entrevista, concedida ao Estadão/Broadcast depois da divulgação da ata do Comitê de Política Econômica (Copom), o executivo deixou a impressão de que a divisão do colegiado, exposta na votação que reduziu a taxa básica de juros para 10,5% ao ano, vai além das discussões sobre a magnitude do corte.

A ata cumpriu sua função de esclarecer os fundamentos técnicos que justificaram a apertadíssima decisão dos diretores do BC na reunião do Copom, com cinco votos a quatro pelo menor ritmo de redução dos juros. Com o voto de desempate de Campos Neto, a taxa caiu 0,25 ponto porcentual (p.p.) ao invés do 0,5 p.p. adotado nas seis reuniões anteriores. A dúvida que pairou sobre uma eventual cisão política da diretoria prestes a mudar de comando, porém, não foi afastada.

Ao contrário, declarações públicas dos diretores Paulo Picchetti e Gabriel Galípolo, ambos indicados de Lula, alimentaram a percepção sobre ruídos de comunicação com o governo e entre os próprios integrantes da diretoria. “Não existe entre nós nenhum tipo de regra ou arranjo onde alguém precise consultar o outro”, rebateu Campos Neto, que foi ainda mais taxativo sobre o mal-estar com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que não soube com antecedência sobre a mudança de guidance (orientação) do Copom. “Nunca fiz isso no governo anterior e com certeza não planejo fazer neste”, afirmou.

Primeiro presidente do BC a ter mandato não coincidente com o do presidente da República, por força da lei de 2021 que conferiu autonomia operacional à autoridade monetária, Campos Neto é desde o início da gestão petista o alvo preferencial das críticas de Lula da Silva e de aliados, que pressionam por uma queda mais acelerada dos juros para incentivar o consumo.

A forma categórica como o executivo defendeu a necessidade de resistir às pressões de Executivo e Legislativo deixou subentendido que ele próprio foi assediado. Nesse sentido, independentemente das especulações sobre a extensão do ciclo de queda dos juros da economia, a autonomia do Banco Central, inúmeras vezes questionada pelo PT, mostra-se cada vez mais imprescindível para a boa orientação da política monetária.

No ano que vem, o terceiro de seu mandato, Lula da Silva poderá indicar o presidente do Banco Central para um período que se estenderá até a metade do próximo governo, no fim de 2028. Campos Neto afirmou, na entrevista, que o mais importante para quem assumir o comando do banco é “olhar por cima e não dentro do ruído”, que vem tanto da economia quanto da política.

As expectativas mais recorrentes apontam para Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do BC, como substituto de Campos Neto. Apesar de ainda restarem cinco reuniões do Copom neste ano, as declarações de Galípolo começam a surtir no mercado peso igual ou superior às do seu chefe. O que se espera do escolhido, seja quem for, é transparência e rigor técnico que façam jus à autonomia.

Saber dizer “não” ao Executivo e ao Legislativo foi a recomendação dada por Roberto Campos Neto a quem lhe sucederá na presidência do Banco Central (BC) a partir de janeiro de 2025. Em rara e substancial entrevista, concedida ao Estadão/Broadcast depois da divulgação da ata do Comitê de Política Econômica (Copom), o executivo deixou a impressão de que a divisão do colegiado, exposta na votação que reduziu a taxa básica de juros para 10,5% ao ano, vai além das discussões sobre a magnitude do corte.

A ata cumpriu sua função de esclarecer os fundamentos técnicos que justificaram a apertadíssima decisão dos diretores do BC na reunião do Copom, com cinco votos a quatro pelo menor ritmo de redução dos juros. Com o voto de desempate de Campos Neto, a taxa caiu 0,25 ponto porcentual (p.p.) ao invés do 0,5 p.p. adotado nas seis reuniões anteriores. A dúvida que pairou sobre uma eventual cisão política da diretoria prestes a mudar de comando, porém, não foi afastada.

Ao contrário, declarações públicas dos diretores Paulo Picchetti e Gabriel Galípolo, ambos indicados de Lula, alimentaram a percepção sobre ruídos de comunicação com o governo e entre os próprios integrantes da diretoria. “Não existe entre nós nenhum tipo de regra ou arranjo onde alguém precise consultar o outro”, rebateu Campos Neto, que foi ainda mais taxativo sobre o mal-estar com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que não soube com antecedência sobre a mudança de guidance (orientação) do Copom. “Nunca fiz isso no governo anterior e com certeza não planejo fazer neste”, afirmou.

Primeiro presidente do BC a ter mandato não coincidente com o do presidente da República, por força da lei de 2021 que conferiu autonomia operacional à autoridade monetária, Campos Neto é desde o início da gestão petista o alvo preferencial das críticas de Lula da Silva e de aliados, que pressionam por uma queda mais acelerada dos juros para incentivar o consumo.

A forma categórica como o executivo defendeu a necessidade de resistir às pressões de Executivo e Legislativo deixou subentendido que ele próprio foi assediado. Nesse sentido, independentemente das especulações sobre a extensão do ciclo de queda dos juros da economia, a autonomia do Banco Central, inúmeras vezes questionada pelo PT, mostra-se cada vez mais imprescindível para a boa orientação da política monetária.

No ano que vem, o terceiro de seu mandato, Lula da Silva poderá indicar o presidente do Banco Central para um período que se estenderá até a metade do próximo governo, no fim de 2028. Campos Neto afirmou, na entrevista, que o mais importante para quem assumir o comando do banco é “olhar por cima e não dentro do ruído”, que vem tanto da economia quanto da política.

As expectativas mais recorrentes apontam para Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do BC, como substituto de Campos Neto. Apesar de ainda restarem cinco reuniões do Copom neste ano, as declarações de Galípolo começam a surtir no mercado peso igual ou superior às do seu chefe. O que se espera do escolhido, seja quem for, é transparência e rigor técnico que façam jus à autonomia.

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