Sacudindo a poeira


O próximo governo encontrará a economia em recuperação, mas em marcha lenta, com crescimento na faixa de 1%

Por Redação

O próximo governo encontrará a economia em recuperação, mas em marcha lenta, com crescimento na faixa de 1% a 1,5% em 2018, segundo os profetas do mercado. Essas projeções foram reafirmadas por economistas do setor financeiro e de consultorias depois de conhecido o novo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), com o primeiro balanço do segundo trimestre. Em junho, o indicador cresceu 3,29%, num repique esperado depois do tombo de 3,23% no mês anterior, provocado principalmente pela paralisação do transporte rodoviário. A reação, no entanto, foi insuficiente para salvar o resultado trimestral. No período de abril a maio, o IBC-Br ficou 0,99% abaixo do nível dos primeiros três meses do ano, na série depurada de fatores sazonais (como, por exemplo, o aumento de vendas pelo Dia das Mães). Houve, no entanto, um lado positivo – a confirmação de um cenário melhor que o do ano anterior.

O balanço trimestral do Produto Interno Bruto (PIB) deve ser publicado no fim de agosto pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice de atividade recém-conhecido sustenta a expectativa de um PIB menor que o do primeiro trimestre ou praticamente estável. Mas o BC recomenda, em nota divulgada ontem, cuidado nas comparações dos números do IBC-Br e do PIB. Com o tempo as séries tendem a convergir, mas, para confrontos imediatos, segundo a nota, é preciso considerar diferenças conceituais e metodológicas – no processo de dessazonalização, por exemplo.

Mesmo com essa restrição, o IBC-Br é um bom indicador de tendência, especialmente quando se recorre às comparações interanuais. Estas são todas baseadas na série observada, isto é, sem desconto dos componentes sazonais. Em junho, o nível de atividade foi 1,82% superior ao de igual mês de 2017. O confronto dos segundos trimestres deste e do ano passado aponta um avanço de 0,84%. O resultado semestral foi 0,89% melhor que o de um ano antes e o acumulado em 12 meses mostrou um ganho de 1,30%.

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O PIB do primeiro trimestre já havia confirmado a sustentação de resultados melhores que os do ano anterior. O balanço mostrou um avanço de 1,2% em relação ao período de janeiro a março de 2017 e um crescimento de 1,3% em quatro trimestres. A trajetória positiva foi mantida mesmo com a atividade mais fraca nos primeiros três meses de 2018.

O recém-publicado IBC-Br indica o prolongamento desse quadro, mas apenas, como adverte o BC, de forma aproximada. Uma visão mais precisa será possível quando o IBGE apresentar os números do PIB do segundo trimestre. A divulgação das contas nacionais está prevista para o dia 31.

Os efeitos imediatos do bloqueio de rodovias parecem superados tanto na atividade como na formação de preços. Depois de um salto ocasionado pela paralisação de entregas e seus efeitos no abastecimento, os indicadores de inflação se acomodaram em poucas semanas. Efeitos secundários ainda são prováveis, por causa da tabela de valores mínimos para o frete. A tabela foi imposta por lei e ainda se discute se essa norma é compatível com a Constituição.

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Nos negócios parece também superado o primeiro impacto da paralisação do transporte rodoviário. A produção industrial de junho foi 13,1% superior à de maio, mais que compensando a queda de 11% no mês anterior. O varejo restrito ainda recuou 0,3%, mas em junho foi 2,9% superior ao de um ano antes. Também nos serviços houve um forte repique. Depois da queda de 5% em maio houve um aumento de 6,6%, puxado pela forte recuperação do transporte.

Apesar dessa reação, o balanço dos serviços ainda apontou perda de 1,2% em 12 meses. O setor continua atrasado em relação à indústria e ao varejo desde o ano passado, quando o País escapou da recessão.

Até dezembro, o conjunto da economia deve continuar melhor que no ano passado, segundo as projeções correntes, embora em marcha moderada. Se o quadro piorar, será quase certamente por algum susto na disputa eleitoral.

O próximo governo encontrará a economia em recuperação, mas em marcha lenta, com crescimento na faixa de 1% a 1,5% em 2018, segundo os profetas do mercado. Essas projeções foram reafirmadas por economistas do setor financeiro e de consultorias depois de conhecido o novo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), com o primeiro balanço do segundo trimestre. Em junho, o indicador cresceu 3,29%, num repique esperado depois do tombo de 3,23% no mês anterior, provocado principalmente pela paralisação do transporte rodoviário. A reação, no entanto, foi insuficiente para salvar o resultado trimestral. No período de abril a maio, o IBC-Br ficou 0,99% abaixo do nível dos primeiros três meses do ano, na série depurada de fatores sazonais (como, por exemplo, o aumento de vendas pelo Dia das Mães). Houve, no entanto, um lado positivo – a confirmação de um cenário melhor que o do ano anterior.

O balanço trimestral do Produto Interno Bruto (PIB) deve ser publicado no fim de agosto pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice de atividade recém-conhecido sustenta a expectativa de um PIB menor que o do primeiro trimestre ou praticamente estável. Mas o BC recomenda, em nota divulgada ontem, cuidado nas comparações dos números do IBC-Br e do PIB. Com o tempo as séries tendem a convergir, mas, para confrontos imediatos, segundo a nota, é preciso considerar diferenças conceituais e metodológicas – no processo de dessazonalização, por exemplo.

Mesmo com essa restrição, o IBC-Br é um bom indicador de tendência, especialmente quando se recorre às comparações interanuais. Estas são todas baseadas na série observada, isto é, sem desconto dos componentes sazonais. Em junho, o nível de atividade foi 1,82% superior ao de igual mês de 2017. O confronto dos segundos trimestres deste e do ano passado aponta um avanço de 0,84%. O resultado semestral foi 0,89% melhor que o de um ano antes e o acumulado em 12 meses mostrou um ganho de 1,30%.

O PIB do primeiro trimestre já havia confirmado a sustentação de resultados melhores que os do ano anterior. O balanço mostrou um avanço de 1,2% em relação ao período de janeiro a março de 2017 e um crescimento de 1,3% em quatro trimestres. A trajetória positiva foi mantida mesmo com a atividade mais fraca nos primeiros três meses de 2018.

O recém-publicado IBC-Br indica o prolongamento desse quadro, mas apenas, como adverte o BC, de forma aproximada. Uma visão mais precisa será possível quando o IBGE apresentar os números do PIB do segundo trimestre. A divulgação das contas nacionais está prevista para o dia 31.

Os efeitos imediatos do bloqueio de rodovias parecem superados tanto na atividade como na formação de preços. Depois de um salto ocasionado pela paralisação de entregas e seus efeitos no abastecimento, os indicadores de inflação se acomodaram em poucas semanas. Efeitos secundários ainda são prováveis, por causa da tabela de valores mínimos para o frete. A tabela foi imposta por lei e ainda se discute se essa norma é compatível com a Constituição.

Nos negócios parece também superado o primeiro impacto da paralisação do transporte rodoviário. A produção industrial de junho foi 13,1% superior à de maio, mais que compensando a queda de 11% no mês anterior. O varejo restrito ainda recuou 0,3%, mas em junho foi 2,9% superior ao de um ano antes. Também nos serviços houve um forte repique. Depois da queda de 5% em maio houve um aumento de 6,6%, puxado pela forte recuperação do transporte.

Apesar dessa reação, o balanço dos serviços ainda apontou perda de 1,2% em 12 meses. O setor continua atrasado em relação à indústria e ao varejo desde o ano passado, quando o País escapou da recessão.

Até dezembro, o conjunto da economia deve continuar melhor que no ano passado, segundo as projeções correntes, embora em marcha moderada. Se o quadro piorar, será quase certamente por algum susto na disputa eleitoral.

O próximo governo encontrará a economia em recuperação, mas em marcha lenta, com crescimento na faixa de 1% a 1,5% em 2018, segundo os profetas do mercado. Essas projeções foram reafirmadas por economistas do setor financeiro e de consultorias depois de conhecido o novo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), com o primeiro balanço do segundo trimestre. Em junho, o indicador cresceu 3,29%, num repique esperado depois do tombo de 3,23% no mês anterior, provocado principalmente pela paralisação do transporte rodoviário. A reação, no entanto, foi insuficiente para salvar o resultado trimestral. No período de abril a maio, o IBC-Br ficou 0,99% abaixo do nível dos primeiros três meses do ano, na série depurada de fatores sazonais (como, por exemplo, o aumento de vendas pelo Dia das Mães). Houve, no entanto, um lado positivo – a confirmação de um cenário melhor que o do ano anterior.

O balanço trimestral do Produto Interno Bruto (PIB) deve ser publicado no fim de agosto pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice de atividade recém-conhecido sustenta a expectativa de um PIB menor que o do primeiro trimestre ou praticamente estável. Mas o BC recomenda, em nota divulgada ontem, cuidado nas comparações dos números do IBC-Br e do PIB. Com o tempo as séries tendem a convergir, mas, para confrontos imediatos, segundo a nota, é preciso considerar diferenças conceituais e metodológicas – no processo de dessazonalização, por exemplo.

Mesmo com essa restrição, o IBC-Br é um bom indicador de tendência, especialmente quando se recorre às comparações interanuais. Estas são todas baseadas na série observada, isto é, sem desconto dos componentes sazonais. Em junho, o nível de atividade foi 1,82% superior ao de igual mês de 2017. O confronto dos segundos trimestres deste e do ano passado aponta um avanço de 0,84%. O resultado semestral foi 0,89% melhor que o de um ano antes e o acumulado em 12 meses mostrou um ganho de 1,30%.

O PIB do primeiro trimestre já havia confirmado a sustentação de resultados melhores que os do ano anterior. O balanço mostrou um avanço de 1,2% em relação ao período de janeiro a março de 2017 e um crescimento de 1,3% em quatro trimestres. A trajetória positiva foi mantida mesmo com a atividade mais fraca nos primeiros três meses de 2018.

O recém-publicado IBC-Br indica o prolongamento desse quadro, mas apenas, como adverte o BC, de forma aproximada. Uma visão mais precisa será possível quando o IBGE apresentar os números do PIB do segundo trimestre. A divulgação das contas nacionais está prevista para o dia 31.

Os efeitos imediatos do bloqueio de rodovias parecem superados tanto na atividade como na formação de preços. Depois de um salto ocasionado pela paralisação de entregas e seus efeitos no abastecimento, os indicadores de inflação se acomodaram em poucas semanas. Efeitos secundários ainda são prováveis, por causa da tabela de valores mínimos para o frete. A tabela foi imposta por lei e ainda se discute se essa norma é compatível com a Constituição.

Nos negócios parece também superado o primeiro impacto da paralisação do transporte rodoviário. A produção industrial de junho foi 13,1% superior à de maio, mais que compensando a queda de 11% no mês anterior. O varejo restrito ainda recuou 0,3%, mas em junho foi 2,9% superior ao de um ano antes. Também nos serviços houve um forte repique. Depois da queda de 5% em maio houve um aumento de 6,6%, puxado pela forte recuperação do transporte.

Apesar dessa reação, o balanço dos serviços ainda apontou perda de 1,2% em 12 meses. O setor continua atrasado em relação à indústria e ao varejo desde o ano passado, quando o País escapou da recessão.

Até dezembro, o conjunto da economia deve continuar melhor que no ano passado, segundo as projeções correntes, embora em marcha moderada. Se o quadro piorar, será quase certamente por algum susto na disputa eleitoral.

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