Sem metas para a dengue


Chegada do verão exige do governo menos torcida e mais mobilização contra a doença

Por Notas & Informações

A iminente chegada do verão exige que os governos federal, estaduais e municipais, e também a sociedade, adotem atitude firme no combate à proliferação da dengue, especialmente após o número de mortes causado pela doença ter mais que quintuplicado, saindo de 1.179 no ano anterior para 5.950 até dezembro deste ano – um recorde histórico. Apesar disso, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, tem evitado traçar uma meta para a redução no número de ocorrências. “Nós queremos neste momento reduzir ao máximo o número de casos”, afirmou, em entrevista à CBN, por ocasião do Dia D de Mobilização Nacional Contra a Dengue, em 14 de dezembro.

Segundo ela, a prioridade do Ministério da Saúde serão as campanhas de combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti, principal transmissor da dengue, zika e chikungunya. Entende-se o receio da ministra. Ao estabelecer uma meta, corre-se sempre o risco de não atingi-la, o que tende a chamar mais a atenção do que o trabalho efetivamente realizado pelo ministério.

É inegável que campanhas são importantes, mas elas devem ser uma constante num país como o Brasil, onde a dengue é endêmica. Nesse sentido, o estabelecimento de uma meta de redução de casos seria uma bússola muito benéfica a guiar as ações do governo e do País.

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Toda a sociedade certamente torce pela redução do número de casos. Mas quando é a ministra da Saúde quem torce, tudo se parece mais com um desejo do que com uma política pública. Note-se ainda que, no Brasil, mesmo quando há metas, elas dificilmente são cumpridas. Sua existência, no entanto, permite que se saiba o tamanho do esforço que precisa ser feito para se atingir um objetivo concreto.

Não se ignora que o combate à dengue não seja tarefa trivial num país da extensão do nosso. O desafio, ademais, se torna cada vez mais complexo em razão do aquecimento global, que amplia as condições propícias para a reprodução do mosquito mesmo em regiões secas.

Em setembro, no lançamento do Plano de Ação 2024/2025 para combate a arboviroses como a dengue, o presidente Lula da Silva afirmou que, “se Deus ajudar, a gente quer ter o verão com menos dengue da história desse país”. É outro desejo que não parece nada factível. O máximo que se pode esperar é que, após a explosão de números de casos neste ano, haja um declínio subsequente no ano seguinte. As condições para a proliferação da dengue, no entanto, permanecem igualmente favoráveis.

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Assim, entre o desejo do presidente de que uma intervenção divina reduza os casos e a opção da ministra por não estabelecer uma meta para evitar cobranças, resta celebrar o fato de que o Instituto Butantan acaba de pedir à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o registro da primeira vacina em dose única do mundo contra a dengue. Dados divulgados no New England Journal of Medicine apontam eficácia de 79,6% na prevenção da dengue sintomática.

Há ainda todo um necessário trâmite para que esta bem-vinda vacina contra a dengue seja finalmente liberada. Até lá, cabe à população combater os pontos de água parada para evitar que mais brasileiros engrossem as tristes estatísticas da dengue.

A iminente chegada do verão exige que os governos federal, estaduais e municipais, e também a sociedade, adotem atitude firme no combate à proliferação da dengue, especialmente após o número de mortes causado pela doença ter mais que quintuplicado, saindo de 1.179 no ano anterior para 5.950 até dezembro deste ano – um recorde histórico. Apesar disso, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, tem evitado traçar uma meta para a redução no número de ocorrências. “Nós queremos neste momento reduzir ao máximo o número de casos”, afirmou, em entrevista à CBN, por ocasião do Dia D de Mobilização Nacional Contra a Dengue, em 14 de dezembro.

Segundo ela, a prioridade do Ministério da Saúde serão as campanhas de combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti, principal transmissor da dengue, zika e chikungunya. Entende-se o receio da ministra. Ao estabelecer uma meta, corre-se sempre o risco de não atingi-la, o que tende a chamar mais a atenção do que o trabalho efetivamente realizado pelo ministério.

É inegável que campanhas são importantes, mas elas devem ser uma constante num país como o Brasil, onde a dengue é endêmica. Nesse sentido, o estabelecimento de uma meta de redução de casos seria uma bússola muito benéfica a guiar as ações do governo e do País.

Toda a sociedade certamente torce pela redução do número de casos. Mas quando é a ministra da Saúde quem torce, tudo se parece mais com um desejo do que com uma política pública. Note-se ainda que, no Brasil, mesmo quando há metas, elas dificilmente são cumpridas. Sua existência, no entanto, permite que se saiba o tamanho do esforço que precisa ser feito para se atingir um objetivo concreto.

Não se ignora que o combate à dengue não seja tarefa trivial num país da extensão do nosso. O desafio, ademais, se torna cada vez mais complexo em razão do aquecimento global, que amplia as condições propícias para a reprodução do mosquito mesmo em regiões secas.

Em setembro, no lançamento do Plano de Ação 2024/2025 para combate a arboviroses como a dengue, o presidente Lula da Silva afirmou que, “se Deus ajudar, a gente quer ter o verão com menos dengue da história desse país”. É outro desejo que não parece nada factível. O máximo que se pode esperar é que, após a explosão de números de casos neste ano, haja um declínio subsequente no ano seguinte. As condições para a proliferação da dengue, no entanto, permanecem igualmente favoráveis.

Assim, entre o desejo do presidente de que uma intervenção divina reduza os casos e a opção da ministra por não estabelecer uma meta para evitar cobranças, resta celebrar o fato de que o Instituto Butantan acaba de pedir à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o registro da primeira vacina em dose única do mundo contra a dengue. Dados divulgados no New England Journal of Medicine apontam eficácia de 79,6% na prevenção da dengue sintomática.

Há ainda todo um necessário trâmite para que esta bem-vinda vacina contra a dengue seja finalmente liberada. Até lá, cabe à população combater os pontos de água parada para evitar que mais brasileiros engrossem as tristes estatísticas da dengue.

A iminente chegada do verão exige que os governos federal, estaduais e municipais, e também a sociedade, adotem atitude firme no combate à proliferação da dengue, especialmente após o número de mortes causado pela doença ter mais que quintuplicado, saindo de 1.179 no ano anterior para 5.950 até dezembro deste ano – um recorde histórico. Apesar disso, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, tem evitado traçar uma meta para a redução no número de ocorrências. “Nós queremos neste momento reduzir ao máximo o número de casos”, afirmou, em entrevista à CBN, por ocasião do Dia D de Mobilização Nacional Contra a Dengue, em 14 de dezembro.

Segundo ela, a prioridade do Ministério da Saúde serão as campanhas de combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti, principal transmissor da dengue, zika e chikungunya. Entende-se o receio da ministra. Ao estabelecer uma meta, corre-se sempre o risco de não atingi-la, o que tende a chamar mais a atenção do que o trabalho efetivamente realizado pelo ministério.

É inegável que campanhas são importantes, mas elas devem ser uma constante num país como o Brasil, onde a dengue é endêmica. Nesse sentido, o estabelecimento de uma meta de redução de casos seria uma bússola muito benéfica a guiar as ações do governo e do País.

Toda a sociedade certamente torce pela redução do número de casos. Mas quando é a ministra da Saúde quem torce, tudo se parece mais com um desejo do que com uma política pública. Note-se ainda que, no Brasil, mesmo quando há metas, elas dificilmente são cumpridas. Sua existência, no entanto, permite que se saiba o tamanho do esforço que precisa ser feito para se atingir um objetivo concreto.

Não se ignora que o combate à dengue não seja tarefa trivial num país da extensão do nosso. O desafio, ademais, se torna cada vez mais complexo em razão do aquecimento global, que amplia as condições propícias para a reprodução do mosquito mesmo em regiões secas.

Em setembro, no lançamento do Plano de Ação 2024/2025 para combate a arboviroses como a dengue, o presidente Lula da Silva afirmou que, “se Deus ajudar, a gente quer ter o verão com menos dengue da história desse país”. É outro desejo que não parece nada factível. O máximo que se pode esperar é que, após a explosão de números de casos neste ano, haja um declínio subsequente no ano seguinte. As condições para a proliferação da dengue, no entanto, permanecem igualmente favoráveis.

Assim, entre o desejo do presidente de que uma intervenção divina reduza os casos e a opção da ministra por não estabelecer uma meta para evitar cobranças, resta celebrar o fato de que o Instituto Butantan acaba de pedir à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o registro da primeira vacina em dose única do mundo contra a dengue. Dados divulgados no New England Journal of Medicine apontam eficácia de 79,6% na prevenção da dengue sintomática.

Há ainda todo um necessário trâmite para que esta bem-vinda vacina contra a dengue seja finalmente liberada. Até lá, cabe à população combater os pontos de água parada para evitar que mais brasileiros engrossem as tristes estatísticas da dengue.

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