SP precisa de prefeito, não de xerife


Segurança pública, que não é atribuição do prefeito, vira tema central da campanha à Prefeitura. Já o trânsito, que é organizado pelo município, mata bem mais e não tem a mesma atenção

Por Notas & Informações

A pré-campanha eleitoral para a Prefeitura de São Paulo começou mal. Pouco se ouve dos principais candidatos quais os seus planos para resolver os problemas da capital paulista que estarão sob sua responsabilidade, como a brutal violência no trânsito. O tema que tem sido considerado prioritário pelos principais candidatos é a segurança pública, uma atribuição do governo do Estado.

Quem acompanha o debate público nestes dias que antecedem a campanha oficial é induzido a acreditar que São Paulo é uma cidade do Velho Oeste em busca de um xerife. Nessa onda, os dois principais candidatos, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL), incluíram em suas candidaturas ex-comandantes da Rota, a temida tropa de choque da Polícia Militar de São Paulo.

Nunes, por exemplo, escolheu como vice em sua chapa o coronel Ricardo de Mello Araújo. Em favor do prefeito, ressalte-se que a escolha não foi voluntária, e sim uma imposição do ex-presidente Jair Bolsonaro em troca de apoio. A ideia parece ser a de qualificar a chapa do prefeito como linha-dura contra o crime, bem ao gosto do bolsonarismo.

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Já Boulos, o principal desafiante de Nunes, aparentemente preocupado em não perder ainda mais terreno num tema com o qual nem ele nem seu partido têm a menor afinidade, mas que pressente que pode ser decisivo, trouxe para sua campanha o ex-comandante da Rota Alexandre Gasparian. Oficialmente encarregado de elaborar propostas para a segurança pública, o coronel da reserva serve, na verdade, como antídoto à costumeira acusação de leniência com criminosos feita contra os partidos e candidatos de esquerda.

Tudo isso é um desserviço aos paulistanos. Contamina a campanha municipal com uma agenda que não só não diz respeito às atribuições de um prefeito, como só atende aos interesses políticos de grupos que querem fazer da eleição daqui um laboratório de suas disputas nacionais.

Basta olhar com objetividade para os indicadores de criminalidade em São Paulo, compilados por órgãos governamentais e organizações da sociedade civil altamente confiáveis, para perceber que sua letalidade é muito inferior à verificada, por exemplo, no trânsito – cuja organização é atribuição precípua da Prefeitura. De acordo com a Secretaria Estadual da Segurança Pública, em 2023 foram registrados 481 homicídios dolosos e 42 latrocínios (roubo seguido de morte) na capital paulista. No mesmo período, segundo o Infosiga, sistema de gerenciamento de acidentes de trânsito do governo paulista, houve 987 mortes em acidentes de trânsito – o maior número de óbitos por essa causa desde 2015.

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Ou seja, a brutal violência do trânsito deveria ser a real prioridade de quem disputa a Prefeitura de São Paulo – e nada indica que neste ano eleitoral a situação vai melhorar. Apenas entre janeiro e junho, ainda segundo o Infosiga, 522 pessoas morreram nas ruas e avenidas da cidade de São Paulo vítimas de acidentes de trânsito. Trata-se do primeiro semestre mais letal nos últimos nove anos. A maioria dos casos fatais envolve motociclistas (236 óbitos), e não é difícil imaginar por quê.

O trânsito na cidade de São Paulo virou uma barbárie diária. As leis que regem a mobilidade urbana parecem ter sido revogadas. As falhas na fiscalização por agentes da Prefeitura são gritantes. Agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), outrora onipresentes, hoje, em geral, só são vistos quando há um nó em algum cruzamento importante da cidade – não raro causado por pane nos semáforos, outro problema crônico e, aparentemente, insolúvel.

As ciclovias, espaços exclusivos reservados para a segurança dos ciclistas, foram transformadas, na prática, em vias expressas para motociclistas que não têm paciência para enfrentar congestionamentos ou não ligam para faróis vermelhos.

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Sem que haja quem os puna, esses imprudentes violentam o espaço público segundo as suas conveniências, impondo insegurança para todos – pedestres, ciclistas, motoristas e, também, os próprios motociclistas. A julgar pela campanha paulistana, eles não têm com o que se preocupar: se depender da atenção dos principais candidatos a prefeito, poderão continuar a barbarizar no trânsito com tranquilidade.

A pré-campanha eleitoral para a Prefeitura de São Paulo começou mal. Pouco se ouve dos principais candidatos quais os seus planos para resolver os problemas da capital paulista que estarão sob sua responsabilidade, como a brutal violência no trânsito. O tema que tem sido considerado prioritário pelos principais candidatos é a segurança pública, uma atribuição do governo do Estado.

Quem acompanha o debate público nestes dias que antecedem a campanha oficial é induzido a acreditar que São Paulo é uma cidade do Velho Oeste em busca de um xerife. Nessa onda, os dois principais candidatos, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL), incluíram em suas candidaturas ex-comandantes da Rota, a temida tropa de choque da Polícia Militar de São Paulo.

Nunes, por exemplo, escolheu como vice em sua chapa o coronel Ricardo de Mello Araújo. Em favor do prefeito, ressalte-se que a escolha não foi voluntária, e sim uma imposição do ex-presidente Jair Bolsonaro em troca de apoio. A ideia parece ser a de qualificar a chapa do prefeito como linha-dura contra o crime, bem ao gosto do bolsonarismo.

Já Boulos, o principal desafiante de Nunes, aparentemente preocupado em não perder ainda mais terreno num tema com o qual nem ele nem seu partido têm a menor afinidade, mas que pressente que pode ser decisivo, trouxe para sua campanha o ex-comandante da Rota Alexandre Gasparian. Oficialmente encarregado de elaborar propostas para a segurança pública, o coronel da reserva serve, na verdade, como antídoto à costumeira acusação de leniência com criminosos feita contra os partidos e candidatos de esquerda.

Tudo isso é um desserviço aos paulistanos. Contamina a campanha municipal com uma agenda que não só não diz respeito às atribuições de um prefeito, como só atende aos interesses políticos de grupos que querem fazer da eleição daqui um laboratório de suas disputas nacionais.

Basta olhar com objetividade para os indicadores de criminalidade em São Paulo, compilados por órgãos governamentais e organizações da sociedade civil altamente confiáveis, para perceber que sua letalidade é muito inferior à verificada, por exemplo, no trânsito – cuja organização é atribuição precípua da Prefeitura. De acordo com a Secretaria Estadual da Segurança Pública, em 2023 foram registrados 481 homicídios dolosos e 42 latrocínios (roubo seguido de morte) na capital paulista. No mesmo período, segundo o Infosiga, sistema de gerenciamento de acidentes de trânsito do governo paulista, houve 987 mortes em acidentes de trânsito – o maior número de óbitos por essa causa desde 2015.

Ou seja, a brutal violência do trânsito deveria ser a real prioridade de quem disputa a Prefeitura de São Paulo – e nada indica que neste ano eleitoral a situação vai melhorar. Apenas entre janeiro e junho, ainda segundo o Infosiga, 522 pessoas morreram nas ruas e avenidas da cidade de São Paulo vítimas de acidentes de trânsito. Trata-se do primeiro semestre mais letal nos últimos nove anos. A maioria dos casos fatais envolve motociclistas (236 óbitos), e não é difícil imaginar por quê.

O trânsito na cidade de São Paulo virou uma barbárie diária. As leis que regem a mobilidade urbana parecem ter sido revogadas. As falhas na fiscalização por agentes da Prefeitura são gritantes. Agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), outrora onipresentes, hoje, em geral, só são vistos quando há um nó em algum cruzamento importante da cidade – não raro causado por pane nos semáforos, outro problema crônico e, aparentemente, insolúvel.

As ciclovias, espaços exclusivos reservados para a segurança dos ciclistas, foram transformadas, na prática, em vias expressas para motociclistas que não têm paciência para enfrentar congestionamentos ou não ligam para faróis vermelhos.

Sem que haja quem os puna, esses imprudentes violentam o espaço público segundo as suas conveniências, impondo insegurança para todos – pedestres, ciclistas, motoristas e, também, os próprios motociclistas. A julgar pela campanha paulistana, eles não têm com o que se preocupar: se depender da atenção dos principais candidatos a prefeito, poderão continuar a barbarizar no trânsito com tranquilidade.

A pré-campanha eleitoral para a Prefeitura de São Paulo começou mal. Pouco se ouve dos principais candidatos quais os seus planos para resolver os problemas da capital paulista que estarão sob sua responsabilidade, como a brutal violência no trânsito. O tema que tem sido considerado prioritário pelos principais candidatos é a segurança pública, uma atribuição do governo do Estado.

Quem acompanha o debate público nestes dias que antecedem a campanha oficial é induzido a acreditar que São Paulo é uma cidade do Velho Oeste em busca de um xerife. Nessa onda, os dois principais candidatos, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL), incluíram em suas candidaturas ex-comandantes da Rota, a temida tropa de choque da Polícia Militar de São Paulo.

Nunes, por exemplo, escolheu como vice em sua chapa o coronel Ricardo de Mello Araújo. Em favor do prefeito, ressalte-se que a escolha não foi voluntária, e sim uma imposição do ex-presidente Jair Bolsonaro em troca de apoio. A ideia parece ser a de qualificar a chapa do prefeito como linha-dura contra o crime, bem ao gosto do bolsonarismo.

Já Boulos, o principal desafiante de Nunes, aparentemente preocupado em não perder ainda mais terreno num tema com o qual nem ele nem seu partido têm a menor afinidade, mas que pressente que pode ser decisivo, trouxe para sua campanha o ex-comandante da Rota Alexandre Gasparian. Oficialmente encarregado de elaborar propostas para a segurança pública, o coronel da reserva serve, na verdade, como antídoto à costumeira acusação de leniência com criminosos feita contra os partidos e candidatos de esquerda.

Tudo isso é um desserviço aos paulistanos. Contamina a campanha municipal com uma agenda que não só não diz respeito às atribuições de um prefeito, como só atende aos interesses políticos de grupos que querem fazer da eleição daqui um laboratório de suas disputas nacionais.

Basta olhar com objetividade para os indicadores de criminalidade em São Paulo, compilados por órgãos governamentais e organizações da sociedade civil altamente confiáveis, para perceber que sua letalidade é muito inferior à verificada, por exemplo, no trânsito – cuja organização é atribuição precípua da Prefeitura. De acordo com a Secretaria Estadual da Segurança Pública, em 2023 foram registrados 481 homicídios dolosos e 42 latrocínios (roubo seguido de morte) na capital paulista. No mesmo período, segundo o Infosiga, sistema de gerenciamento de acidentes de trânsito do governo paulista, houve 987 mortes em acidentes de trânsito – o maior número de óbitos por essa causa desde 2015.

Ou seja, a brutal violência do trânsito deveria ser a real prioridade de quem disputa a Prefeitura de São Paulo – e nada indica que neste ano eleitoral a situação vai melhorar. Apenas entre janeiro e junho, ainda segundo o Infosiga, 522 pessoas morreram nas ruas e avenidas da cidade de São Paulo vítimas de acidentes de trânsito. Trata-se do primeiro semestre mais letal nos últimos nove anos. A maioria dos casos fatais envolve motociclistas (236 óbitos), e não é difícil imaginar por quê.

O trânsito na cidade de São Paulo virou uma barbárie diária. As leis que regem a mobilidade urbana parecem ter sido revogadas. As falhas na fiscalização por agentes da Prefeitura são gritantes. Agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), outrora onipresentes, hoje, em geral, só são vistos quando há um nó em algum cruzamento importante da cidade – não raro causado por pane nos semáforos, outro problema crônico e, aparentemente, insolúvel.

As ciclovias, espaços exclusivos reservados para a segurança dos ciclistas, foram transformadas, na prática, em vias expressas para motociclistas que não têm paciência para enfrentar congestionamentos ou não ligam para faróis vermelhos.

Sem que haja quem os puna, esses imprudentes violentam o espaço público segundo as suas conveniências, impondo insegurança para todos – pedestres, ciclistas, motoristas e, também, os próprios motociclistas. A julgar pela campanha paulistana, eles não têm com o que se preocupar: se depender da atenção dos principais candidatos a prefeito, poderão continuar a barbarizar no trânsito com tranquilidade.

A pré-campanha eleitoral para a Prefeitura de São Paulo começou mal. Pouco se ouve dos principais candidatos quais os seus planos para resolver os problemas da capital paulista que estarão sob sua responsabilidade, como a brutal violência no trânsito. O tema que tem sido considerado prioritário pelos principais candidatos é a segurança pública, uma atribuição do governo do Estado.

Quem acompanha o debate público nestes dias que antecedem a campanha oficial é induzido a acreditar que São Paulo é uma cidade do Velho Oeste em busca de um xerife. Nessa onda, os dois principais candidatos, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL), incluíram em suas candidaturas ex-comandantes da Rota, a temida tropa de choque da Polícia Militar de São Paulo.

Nunes, por exemplo, escolheu como vice em sua chapa o coronel Ricardo de Mello Araújo. Em favor do prefeito, ressalte-se que a escolha não foi voluntária, e sim uma imposição do ex-presidente Jair Bolsonaro em troca de apoio. A ideia parece ser a de qualificar a chapa do prefeito como linha-dura contra o crime, bem ao gosto do bolsonarismo.

Já Boulos, o principal desafiante de Nunes, aparentemente preocupado em não perder ainda mais terreno num tema com o qual nem ele nem seu partido têm a menor afinidade, mas que pressente que pode ser decisivo, trouxe para sua campanha o ex-comandante da Rota Alexandre Gasparian. Oficialmente encarregado de elaborar propostas para a segurança pública, o coronel da reserva serve, na verdade, como antídoto à costumeira acusação de leniência com criminosos feita contra os partidos e candidatos de esquerda.

Tudo isso é um desserviço aos paulistanos. Contamina a campanha municipal com uma agenda que não só não diz respeito às atribuições de um prefeito, como só atende aos interesses políticos de grupos que querem fazer da eleição daqui um laboratório de suas disputas nacionais.

Basta olhar com objetividade para os indicadores de criminalidade em São Paulo, compilados por órgãos governamentais e organizações da sociedade civil altamente confiáveis, para perceber que sua letalidade é muito inferior à verificada, por exemplo, no trânsito – cuja organização é atribuição precípua da Prefeitura. De acordo com a Secretaria Estadual da Segurança Pública, em 2023 foram registrados 481 homicídios dolosos e 42 latrocínios (roubo seguido de morte) na capital paulista. No mesmo período, segundo o Infosiga, sistema de gerenciamento de acidentes de trânsito do governo paulista, houve 987 mortes em acidentes de trânsito – o maior número de óbitos por essa causa desde 2015.

Ou seja, a brutal violência do trânsito deveria ser a real prioridade de quem disputa a Prefeitura de São Paulo – e nada indica que neste ano eleitoral a situação vai melhorar. Apenas entre janeiro e junho, ainda segundo o Infosiga, 522 pessoas morreram nas ruas e avenidas da cidade de São Paulo vítimas de acidentes de trânsito. Trata-se do primeiro semestre mais letal nos últimos nove anos. A maioria dos casos fatais envolve motociclistas (236 óbitos), e não é difícil imaginar por quê.

O trânsito na cidade de São Paulo virou uma barbárie diária. As leis que regem a mobilidade urbana parecem ter sido revogadas. As falhas na fiscalização por agentes da Prefeitura são gritantes. Agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), outrora onipresentes, hoje, em geral, só são vistos quando há um nó em algum cruzamento importante da cidade – não raro causado por pane nos semáforos, outro problema crônico e, aparentemente, insolúvel.

As ciclovias, espaços exclusivos reservados para a segurança dos ciclistas, foram transformadas, na prática, em vias expressas para motociclistas que não têm paciência para enfrentar congestionamentos ou não ligam para faróis vermelhos.

Sem que haja quem os puna, esses imprudentes violentam o espaço público segundo as suas conveniências, impondo insegurança para todos – pedestres, ciclistas, motoristas e, também, os próprios motociclistas. A julgar pela campanha paulistana, eles não têm com o que se preocupar: se depender da atenção dos principais candidatos a prefeito, poderão continuar a barbarizar no trânsito com tranquilidade.

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