Tropeço da ciência no Brasil


Produção cai por dois anos, num sinal de que fontes de financiamento exigem reformas

Por Notas & Informações

A produção científica no Brasil vai mal. Pela primeira vez, o número de artigos científicos publicados por pesquisadores brasileiros registrou queda por dois anos seguidos. A desaceleração da produtividade daqueles que se dedicam ao conhecimento, à inovação e à tecnologia no País escancara um diagnóstico nada abonador para o futuro de uma nação que almeja o progresso. Não há desenvolvimento possível sem ciência de ponta.

Os números são desanimadores. De acordo com o relatório da Agência Bori em parceria com a editora científica Elsevier, a produção do Brasil caiu 7,2% em 2023 em relação ao ano anterior. Além disso, em 2022 foi registrado um recuo de 8,5% na produção em relação a 2021, quando o País havia batido o recorde de publicações, com mais de 69 mil artigos. Os dados mostram a reversão de uma alta contínua iniciada em 1996.

Existem muitos fatores que explicam esse cenário, que no Brasil, porém, é mais desolador. O primeiro deles a impactar a pesquisa já era previsto para o mundo todo e se trata de um refluxo decorrente da covid-19. Durante a pandemia, pesquisadores de inúmeros países buscaram respostas para a doença que assolava a humanidade. Passada essa fase aguda, a tendência era de queda na produção de artigos científicos.

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Mas no Brasil a baixa na produção é maior do que a verificada em outros países. Em termos porcentuais, o País só ficou atrás de Etiópia e Taiwan, em uma lista com 53 países. Logo, não só a covid explica tamanho insucesso. Segundo o relatório, os investimentos públicos federais em pesquisa têm caído desde 2013 e a soma dos investimentos estaduais, desde 2015. Não há pesquisa sem dinheiro.

Apesar dos reajustes de bolsas de mestrado e doutorado, os valores ainda ficam aquém das necessidades, e isso se reflete no interesse pela área. Segundo a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o número de ingressantes em pós-graduação caiu 12% entre 2019 e 2022 e, no ano passado, voltou a subir (10,8%).

Ao Estadão, o pró-reitor de Pesquisa e Inovação da Universidade de São Paulo (USP), Paulo Nussenzveig, faz uma metáfora perfeita sobre a situação do País ao afirmar que “pesquisa científica é como maratona, não é corrida de 100 metros”. Por isso, de acordo com ele, o Brasil demanda constância e segurança, e “é nisso que o País precisa focar daqui para a frente”.

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Passou da hora de o Brasil levar pesquisa científica a sério, e isso exige mudanças estruturais que vão contrariar lobbies acadêmicos e sindicais, além de se chocar com ranços ideológicos. Não à toa, o governo federal, avesso ao debate, aparentemente ignorou os resultados do relatório.

Fato é que o País precisa de reformas profundas para aumentar as fontes de financiamento da ciência, o que inclui a participação mais ativa do setor privado, a valorização das pesquisas de impacto e a recompensa justa aos pesquisadores em razão de seus méritos e de metas alcançadas. Somente com essas mudanças é que a ciência vai se tornar mais atrativa para jovens talentos, mais produtiva e de melhor qualidade.

A produção científica no Brasil vai mal. Pela primeira vez, o número de artigos científicos publicados por pesquisadores brasileiros registrou queda por dois anos seguidos. A desaceleração da produtividade daqueles que se dedicam ao conhecimento, à inovação e à tecnologia no País escancara um diagnóstico nada abonador para o futuro de uma nação que almeja o progresso. Não há desenvolvimento possível sem ciência de ponta.

Os números são desanimadores. De acordo com o relatório da Agência Bori em parceria com a editora científica Elsevier, a produção do Brasil caiu 7,2% em 2023 em relação ao ano anterior. Além disso, em 2022 foi registrado um recuo de 8,5% na produção em relação a 2021, quando o País havia batido o recorde de publicações, com mais de 69 mil artigos. Os dados mostram a reversão de uma alta contínua iniciada em 1996.

Existem muitos fatores que explicam esse cenário, que no Brasil, porém, é mais desolador. O primeiro deles a impactar a pesquisa já era previsto para o mundo todo e se trata de um refluxo decorrente da covid-19. Durante a pandemia, pesquisadores de inúmeros países buscaram respostas para a doença que assolava a humanidade. Passada essa fase aguda, a tendência era de queda na produção de artigos científicos.

Mas no Brasil a baixa na produção é maior do que a verificada em outros países. Em termos porcentuais, o País só ficou atrás de Etiópia e Taiwan, em uma lista com 53 países. Logo, não só a covid explica tamanho insucesso. Segundo o relatório, os investimentos públicos federais em pesquisa têm caído desde 2013 e a soma dos investimentos estaduais, desde 2015. Não há pesquisa sem dinheiro.

Apesar dos reajustes de bolsas de mestrado e doutorado, os valores ainda ficam aquém das necessidades, e isso se reflete no interesse pela área. Segundo a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o número de ingressantes em pós-graduação caiu 12% entre 2019 e 2022 e, no ano passado, voltou a subir (10,8%).

Ao Estadão, o pró-reitor de Pesquisa e Inovação da Universidade de São Paulo (USP), Paulo Nussenzveig, faz uma metáfora perfeita sobre a situação do País ao afirmar que “pesquisa científica é como maratona, não é corrida de 100 metros”. Por isso, de acordo com ele, o Brasil demanda constância e segurança, e “é nisso que o País precisa focar daqui para a frente”.

Passou da hora de o Brasil levar pesquisa científica a sério, e isso exige mudanças estruturais que vão contrariar lobbies acadêmicos e sindicais, além de se chocar com ranços ideológicos. Não à toa, o governo federal, avesso ao debate, aparentemente ignorou os resultados do relatório.

Fato é que o País precisa de reformas profundas para aumentar as fontes de financiamento da ciência, o que inclui a participação mais ativa do setor privado, a valorização das pesquisas de impacto e a recompensa justa aos pesquisadores em razão de seus méritos e de metas alcançadas. Somente com essas mudanças é que a ciência vai se tornar mais atrativa para jovens talentos, mais produtiva e de melhor qualidade.

A produção científica no Brasil vai mal. Pela primeira vez, o número de artigos científicos publicados por pesquisadores brasileiros registrou queda por dois anos seguidos. A desaceleração da produtividade daqueles que se dedicam ao conhecimento, à inovação e à tecnologia no País escancara um diagnóstico nada abonador para o futuro de uma nação que almeja o progresso. Não há desenvolvimento possível sem ciência de ponta.

Os números são desanimadores. De acordo com o relatório da Agência Bori em parceria com a editora científica Elsevier, a produção do Brasil caiu 7,2% em 2023 em relação ao ano anterior. Além disso, em 2022 foi registrado um recuo de 8,5% na produção em relação a 2021, quando o País havia batido o recorde de publicações, com mais de 69 mil artigos. Os dados mostram a reversão de uma alta contínua iniciada em 1996.

Existem muitos fatores que explicam esse cenário, que no Brasil, porém, é mais desolador. O primeiro deles a impactar a pesquisa já era previsto para o mundo todo e se trata de um refluxo decorrente da covid-19. Durante a pandemia, pesquisadores de inúmeros países buscaram respostas para a doença que assolava a humanidade. Passada essa fase aguda, a tendência era de queda na produção de artigos científicos.

Mas no Brasil a baixa na produção é maior do que a verificada em outros países. Em termos porcentuais, o País só ficou atrás de Etiópia e Taiwan, em uma lista com 53 países. Logo, não só a covid explica tamanho insucesso. Segundo o relatório, os investimentos públicos federais em pesquisa têm caído desde 2013 e a soma dos investimentos estaduais, desde 2015. Não há pesquisa sem dinheiro.

Apesar dos reajustes de bolsas de mestrado e doutorado, os valores ainda ficam aquém das necessidades, e isso se reflete no interesse pela área. Segundo a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o número de ingressantes em pós-graduação caiu 12% entre 2019 e 2022 e, no ano passado, voltou a subir (10,8%).

Ao Estadão, o pró-reitor de Pesquisa e Inovação da Universidade de São Paulo (USP), Paulo Nussenzveig, faz uma metáfora perfeita sobre a situação do País ao afirmar que “pesquisa científica é como maratona, não é corrida de 100 metros”. Por isso, de acordo com ele, o Brasil demanda constância e segurança, e “é nisso que o País precisa focar daqui para a frente”.

Passou da hora de o Brasil levar pesquisa científica a sério, e isso exige mudanças estruturais que vão contrariar lobbies acadêmicos e sindicais, além de se chocar com ranços ideológicos. Não à toa, o governo federal, avesso ao debate, aparentemente ignorou os resultados do relatório.

Fato é que o País precisa de reformas profundas para aumentar as fontes de financiamento da ciência, o que inclui a participação mais ativa do setor privado, a valorização das pesquisas de impacto e a recompensa justa aos pesquisadores em razão de seus méritos e de metas alcançadas. Somente com essas mudanças é que a ciência vai se tornar mais atrativa para jovens talentos, mais produtiva e de melhor qualidade.

A produção científica no Brasil vai mal. Pela primeira vez, o número de artigos científicos publicados por pesquisadores brasileiros registrou queda por dois anos seguidos. A desaceleração da produtividade daqueles que se dedicam ao conhecimento, à inovação e à tecnologia no País escancara um diagnóstico nada abonador para o futuro de uma nação que almeja o progresso. Não há desenvolvimento possível sem ciência de ponta.

Os números são desanimadores. De acordo com o relatório da Agência Bori em parceria com a editora científica Elsevier, a produção do Brasil caiu 7,2% em 2023 em relação ao ano anterior. Além disso, em 2022 foi registrado um recuo de 8,5% na produção em relação a 2021, quando o País havia batido o recorde de publicações, com mais de 69 mil artigos. Os dados mostram a reversão de uma alta contínua iniciada em 1996.

Existem muitos fatores que explicam esse cenário, que no Brasil, porém, é mais desolador. O primeiro deles a impactar a pesquisa já era previsto para o mundo todo e se trata de um refluxo decorrente da covid-19. Durante a pandemia, pesquisadores de inúmeros países buscaram respostas para a doença que assolava a humanidade. Passada essa fase aguda, a tendência era de queda na produção de artigos científicos.

Mas no Brasil a baixa na produção é maior do que a verificada em outros países. Em termos porcentuais, o País só ficou atrás de Etiópia e Taiwan, em uma lista com 53 países. Logo, não só a covid explica tamanho insucesso. Segundo o relatório, os investimentos públicos federais em pesquisa têm caído desde 2013 e a soma dos investimentos estaduais, desde 2015. Não há pesquisa sem dinheiro.

Apesar dos reajustes de bolsas de mestrado e doutorado, os valores ainda ficam aquém das necessidades, e isso se reflete no interesse pela área. Segundo a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o número de ingressantes em pós-graduação caiu 12% entre 2019 e 2022 e, no ano passado, voltou a subir (10,8%).

Ao Estadão, o pró-reitor de Pesquisa e Inovação da Universidade de São Paulo (USP), Paulo Nussenzveig, faz uma metáfora perfeita sobre a situação do País ao afirmar que “pesquisa científica é como maratona, não é corrida de 100 metros”. Por isso, de acordo com ele, o Brasil demanda constância e segurança, e “é nisso que o País precisa focar daqui para a frente”.

Passou da hora de o Brasil levar pesquisa científica a sério, e isso exige mudanças estruturais que vão contrariar lobbies acadêmicos e sindicais, além de se chocar com ranços ideológicos. Não à toa, o governo federal, avesso ao debate, aparentemente ignorou os resultados do relatório.

Fato é que o País precisa de reformas profundas para aumentar as fontes de financiamento da ciência, o que inclui a participação mais ativa do setor privado, a valorização das pesquisas de impacto e a recompensa justa aos pesquisadores em razão de seus méritos e de metas alcançadas. Somente com essas mudanças é que a ciência vai se tornar mais atrativa para jovens talentos, mais produtiva e de melhor qualidade.

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