Um Nobel para valorizar as mulheres


Estudos de Claudia Goldin sobre as raízes das desigualdades entre homens e mulheres no mercado de trabalho apontam caminhos para elevar presença feminina e equiparar salários

Por Notas & Informações

A economista Claudia Goldin, de 77 anos, recebeu o Prêmio Nobel de Economia nesta semana. Professora titular da Universidade Harvard, ela é autora de várias pesquisas que trouxeram luz a questões sobre a participação das mulheres no mercado de trabalho e a disparidade de renda entre trabalhadores e trabalhadoras. Em busca de suas causas, as desigualdades foram escrutinadas pela pesquisadora com dados sobre o mercado de trabalho norte-americano ao longo de um período de mais de 200 anos.

Suas descobertas revelaram que, ao contrário do que se esperava, a participação feminina no mercado de trabalho não seguiu uma evolução contínua e ascendente, mas partiu de uma base elevada no começo do século 19, refluiu até o início do século 20 e só depois voltou a crescer de forma mais consistente.

Na Filadélfia do fim do século 18, quase 60% das mulheres casadas trabalhavam em casa, na agricultura ou em indústrias artesanais – não por aspirações profissionais, mas para complementar a renda familiar. O quadro mudou quando a região se tornou parte do chamado “cinturão da ferrugem” nos EUA, nos séculos 19 e 20. Como se sabe, longas jornadas de trabalho ininterruptas em fábricas dificultam, quando não inviabilizam, o cumprimento de tarefas domésticas e familiares.

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O crescimento da relevância do setor de serviços na economia reverteu parcialmente esse cenário. Legislações que proibiam mulheres casadas de trabalhar fora foram derrubadas, ampliando a participação de trabalhadoras em escritórios e escolas. No entanto, ao mesmo tempo que a presença de mulheres no mercado de trabalho aumentava, as diferenças salariais mais que dobraram, destacou a economista.

Segundo Goldin, isso se deve ao fato de que a maioria das empresas continuou a preferir a remuneração por salários mensais em detrimento dos pagamentos por tarefa. O modelo tende a recompensar quem permanece mais tempo na mesma companhia e mais horas no trabalho, o que é sempre mais desafiador para mulheres com filhos.

Ao abordar o impacto de papéis sociais como casamento e maternidade na vida das mulheres, os estudos da economista mostraram a revolução que o advento da pílula anticoncepcional e o acesso a eletrodomésticos, nas décadas de 1960 e 1970, representaram na construção da identidade feminina.

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Ter controle sobre o planejamento familiar e gastar menos horas nas tarefas de casa garantiu a elas o tempo necessário para se dedicar a estudos e trabalhos que alavancaram suas trajetórias profissionais e seus salários. Porém, até hoje, mulheres mais escolarizadas e qualificadas raramente alcançam a remuneração paga a homens que cumprem a mesma função.

Os estudos de Goldin são ouro para formuladores de políticas públicas. Eles evidenciam a importância de leis e regras que protejam as mulheres, combatam a discriminação nas empresas, derrubem barreiras de acesso e criem um ambiente mais favorável ao retorno ao mercado de trabalho após a gravidez. Até agora, as medidas não têm sido suficientes para reduzir as desigualdades. Após o nascimento do primeiro filho, as diferenças salariais se acentuam ainda mais, segundo a economista.

Há muito a ser feito. Como Goldin destaca, trabalhos híbridos, com horários flexíveis, talvez sejam um dos únicos legados positivos da pandemia de covid-19. Isso pode fazer toda a diferença entre continuar em um emprego ou abandoná-lo por absoluta incompatibilidade com as tarefas de uma mãe de filhos pequenos.

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Preservar o trabalho remoto e adotá-lo também em setores com remuneração historicamente mais elevada, como o mundo corporativo, o universo jurídico e o mercado financeiro, é um caminho para fomentar a equidade. Do contrário, restará às mulheres continuar a “escolher” faculdades e profissões associadas a salários menores, como sugerem estudos felizmente não laureados com o Prêmio Nobel.

Além de políticas públicas, é fundamental que os homens assumam responsabilidades como parceiros também dentro de casa. “Nunca teremos igualdade de gênero até que tenhamos igualdade entre os casais”, afirmou Goldin – que foi apenas a terceira mulher a levar o Nobel de Economia, entre 93 premiados.

A economista Claudia Goldin, de 77 anos, recebeu o Prêmio Nobel de Economia nesta semana. Professora titular da Universidade Harvard, ela é autora de várias pesquisas que trouxeram luz a questões sobre a participação das mulheres no mercado de trabalho e a disparidade de renda entre trabalhadores e trabalhadoras. Em busca de suas causas, as desigualdades foram escrutinadas pela pesquisadora com dados sobre o mercado de trabalho norte-americano ao longo de um período de mais de 200 anos.

Suas descobertas revelaram que, ao contrário do que se esperava, a participação feminina no mercado de trabalho não seguiu uma evolução contínua e ascendente, mas partiu de uma base elevada no começo do século 19, refluiu até o início do século 20 e só depois voltou a crescer de forma mais consistente.

Na Filadélfia do fim do século 18, quase 60% das mulheres casadas trabalhavam em casa, na agricultura ou em indústrias artesanais – não por aspirações profissionais, mas para complementar a renda familiar. O quadro mudou quando a região se tornou parte do chamado “cinturão da ferrugem” nos EUA, nos séculos 19 e 20. Como se sabe, longas jornadas de trabalho ininterruptas em fábricas dificultam, quando não inviabilizam, o cumprimento de tarefas domésticas e familiares.

O crescimento da relevância do setor de serviços na economia reverteu parcialmente esse cenário. Legislações que proibiam mulheres casadas de trabalhar fora foram derrubadas, ampliando a participação de trabalhadoras em escritórios e escolas. No entanto, ao mesmo tempo que a presença de mulheres no mercado de trabalho aumentava, as diferenças salariais mais que dobraram, destacou a economista.

Segundo Goldin, isso se deve ao fato de que a maioria das empresas continuou a preferir a remuneração por salários mensais em detrimento dos pagamentos por tarefa. O modelo tende a recompensar quem permanece mais tempo na mesma companhia e mais horas no trabalho, o que é sempre mais desafiador para mulheres com filhos.

Ao abordar o impacto de papéis sociais como casamento e maternidade na vida das mulheres, os estudos da economista mostraram a revolução que o advento da pílula anticoncepcional e o acesso a eletrodomésticos, nas décadas de 1960 e 1970, representaram na construção da identidade feminina.

Ter controle sobre o planejamento familiar e gastar menos horas nas tarefas de casa garantiu a elas o tempo necessário para se dedicar a estudos e trabalhos que alavancaram suas trajetórias profissionais e seus salários. Porém, até hoje, mulheres mais escolarizadas e qualificadas raramente alcançam a remuneração paga a homens que cumprem a mesma função.

Os estudos de Goldin são ouro para formuladores de políticas públicas. Eles evidenciam a importância de leis e regras que protejam as mulheres, combatam a discriminação nas empresas, derrubem barreiras de acesso e criem um ambiente mais favorável ao retorno ao mercado de trabalho após a gravidez. Até agora, as medidas não têm sido suficientes para reduzir as desigualdades. Após o nascimento do primeiro filho, as diferenças salariais se acentuam ainda mais, segundo a economista.

Há muito a ser feito. Como Goldin destaca, trabalhos híbridos, com horários flexíveis, talvez sejam um dos únicos legados positivos da pandemia de covid-19. Isso pode fazer toda a diferença entre continuar em um emprego ou abandoná-lo por absoluta incompatibilidade com as tarefas de uma mãe de filhos pequenos.

Preservar o trabalho remoto e adotá-lo também em setores com remuneração historicamente mais elevada, como o mundo corporativo, o universo jurídico e o mercado financeiro, é um caminho para fomentar a equidade. Do contrário, restará às mulheres continuar a “escolher” faculdades e profissões associadas a salários menores, como sugerem estudos felizmente não laureados com o Prêmio Nobel.

Além de políticas públicas, é fundamental que os homens assumam responsabilidades como parceiros também dentro de casa. “Nunca teremos igualdade de gênero até que tenhamos igualdade entre os casais”, afirmou Goldin – que foi apenas a terceira mulher a levar o Nobel de Economia, entre 93 premiados.

A economista Claudia Goldin, de 77 anos, recebeu o Prêmio Nobel de Economia nesta semana. Professora titular da Universidade Harvard, ela é autora de várias pesquisas que trouxeram luz a questões sobre a participação das mulheres no mercado de trabalho e a disparidade de renda entre trabalhadores e trabalhadoras. Em busca de suas causas, as desigualdades foram escrutinadas pela pesquisadora com dados sobre o mercado de trabalho norte-americano ao longo de um período de mais de 200 anos.

Suas descobertas revelaram que, ao contrário do que se esperava, a participação feminina no mercado de trabalho não seguiu uma evolução contínua e ascendente, mas partiu de uma base elevada no começo do século 19, refluiu até o início do século 20 e só depois voltou a crescer de forma mais consistente.

Na Filadélfia do fim do século 18, quase 60% das mulheres casadas trabalhavam em casa, na agricultura ou em indústrias artesanais – não por aspirações profissionais, mas para complementar a renda familiar. O quadro mudou quando a região se tornou parte do chamado “cinturão da ferrugem” nos EUA, nos séculos 19 e 20. Como se sabe, longas jornadas de trabalho ininterruptas em fábricas dificultam, quando não inviabilizam, o cumprimento de tarefas domésticas e familiares.

O crescimento da relevância do setor de serviços na economia reverteu parcialmente esse cenário. Legislações que proibiam mulheres casadas de trabalhar fora foram derrubadas, ampliando a participação de trabalhadoras em escritórios e escolas. No entanto, ao mesmo tempo que a presença de mulheres no mercado de trabalho aumentava, as diferenças salariais mais que dobraram, destacou a economista.

Segundo Goldin, isso se deve ao fato de que a maioria das empresas continuou a preferir a remuneração por salários mensais em detrimento dos pagamentos por tarefa. O modelo tende a recompensar quem permanece mais tempo na mesma companhia e mais horas no trabalho, o que é sempre mais desafiador para mulheres com filhos.

Ao abordar o impacto de papéis sociais como casamento e maternidade na vida das mulheres, os estudos da economista mostraram a revolução que o advento da pílula anticoncepcional e o acesso a eletrodomésticos, nas décadas de 1960 e 1970, representaram na construção da identidade feminina.

Ter controle sobre o planejamento familiar e gastar menos horas nas tarefas de casa garantiu a elas o tempo necessário para se dedicar a estudos e trabalhos que alavancaram suas trajetórias profissionais e seus salários. Porém, até hoje, mulheres mais escolarizadas e qualificadas raramente alcançam a remuneração paga a homens que cumprem a mesma função.

Os estudos de Goldin são ouro para formuladores de políticas públicas. Eles evidenciam a importância de leis e regras que protejam as mulheres, combatam a discriminação nas empresas, derrubem barreiras de acesso e criem um ambiente mais favorável ao retorno ao mercado de trabalho após a gravidez. Até agora, as medidas não têm sido suficientes para reduzir as desigualdades. Após o nascimento do primeiro filho, as diferenças salariais se acentuam ainda mais, segundo a economista.

Há muito a ser feito. Como Goldin destaca, trabalhos híbridos, com horários flexíveis, talvez sejam um dos únicos legados positivos da pandemia de covid-19. Isso pode fazer toda a diferença entre continuar em um emprego ou abandoná-lo por absoluta incompatibilidade com as tarefas de uma mãe de filhos pequenos.

Preservar o trabalho remoto e adotá-lo também em setores com remuneração historicamente mais elevada, como o mundo corporativo, o universo jurídico e o mercado financeiro, é um caminho para fomentar a equidade. Do contrário, restará às mulheres continuar a “escolher” faculdades e profissões associadas a salários menores, como sugerem estudos felizmente não laureados com o Prêmio Nobel.

Além de políticas públicas, é fundamental que os homens assumam responsabilidades como parceiros também dentro de casa. “Nunca teremos igualdade de gênero até que tenhamos igualdade entre os casais”, afirmou Goldin – que foi apenas a terceira mulher a levar o Nobel de Economia, entre 93 premiados.

A economista Claudia Goldin, de 77 anos, recebeu o Prêmio Nobel de Economia nesta semana. Professora titular da Universidade Harvard, ela é autora de várias pesquisas que trouxeram luz a questões sobre a participação das mulheres no mercado de trabalho e a disparidade de renda entre trabalhadores e trabalhadoras. Em busca de suas causas, as desigualdades foram escrutinadas pela pesquisadora com dados sobre o mercado de trabalho norte-americano ao longo de um período de mais de 200 anos.

Suas descobertas revelaram que, ao contrário do que se esperava, a participação feminina no mercado de trabalho não seguiu uma evolução contínua e ascendente, mas partiu de uma base elevada no começo do século 19, refluiu até o início do século 20 e só depois voltou a crescer de forma mais consistente.

Na Filadélfia do fim do século 18, quase 60% das mulheres casadas trabalhavam em casa, na agricultura ou em indústrias artesanais – não por aspirações profissionais, mas para complementar a renda familiar. O quadro mudou quando a região se tornou parte do chamado “cinturão da ferrugem” nos EUA, nos séculos 19 e 20. Como se sabe, longas jornadas de trabalho ininterruptas em fábricas dificultam, quando não inviabilizam, o cumprimento de tarefas domésticas e familiares.

O crescimento da relevância do setor de serviços na economia reverteu parcialmente esse cenário. Legislações que proibiam mulheres casadas de trabalhar fora foram derrubadas, ampliando a participação de trabalhadoras em escritórios e escolas. No entanto, ao mesmo tempo que a presença de mulheres no mercado de trabalho aumentava, as diferenças salariais mais que dobraram, destacou a economista.

Segundo Goldin, isso se deve ao fato de que a maioria das empresas continuou a preferir a remuneração por salários mensais em detrimento dos pagamentos por tarefa. O modelo tende a recompensar quem permanece mais tempo na mesma companhia e mais horas no trabalho, o que é sempre mais desafiador para mulheres com filhos.

Ao abordar o impacto de papéis sociais como casamento e maternidade na vida das mulheres, os estudos da economista mostraram a revolução que o advento da pílula anticoncepcional e o acesso a eletrodomésticos, nas décadas de 1960 e 1970, representaram na construção da identidade feminina.

Ter controle sobre o planejamento familiar e gastar menos horas nas tarefas de casa garantiu a elas o tempo necessário para se dedicar a estudos e trabalhos que alavancaram suas trajetórias profissionais e seus salários. Porém, até hoje, mulheres mais escolarizadas e qualificadas raramente alcançam a remuneração paga a homens que cumprem a mesma função.

Os estudos de Goldin são ouro para formuladores de políticas públicas. Eles evidenciam a importância de leis e regras que protejam as mulheres, combatam a discriminação nas empresas, derrubem barreiras de acesso e criem um ambiente mais favorável ao retorno ao mercado de trabalho após a gravidez. Até agora, as medidas não têm sido suficientes para reduzir as desigualdades. Após o nascimento do primeiro filho, as diferenças salariais se acentuam ainda mais, segundo a economista.

Há muito a ser feito. Como Goldin destaca, trabalhos híbridos, com horários flexíveis, talvez sejam um dos únicos legados positivos da pandemia de covid-19. Isso pode fazer toda a diferença entre continuar em um emprego ou abandoná-lo por absoluta incompatibilidade com as tarefas de uma mãe de filhos pequenos.

Preservar o trabalho remoto e adotá-lo também em setores com remuneração historicamente mais elevada, como o mundo corporativo, o universo jurídico e o mercado financeiro, é um caminho para fomentar a equidade. Do contrário, restará às mulheres continuar a “escolher” faculdades e profissões associadas a salários menores, como sugerem estudos felizmente não laureados com o Prêmio Nobel.

Além de políticas públicas, é fundamental que os homens assumam responsabilidades como parceiros também dentro de casa. “Nunca teremos igualdade de gênero até que tenhamos igualdade entre os casais”, afirmou Goldin – que foi apenas a terceira mulher a levar o Nobel de Economia, entre 93 premiados.

A economista Claudia Goldin, de 77 anos, recebeu o Prêmio Nobel de Economia nesta semana. Professora titular da Universidade Harvard, ela é autora de várias pesquisas que trouxeram luz a questões sobre a participação das mulheres no mercado de trabalho e a disparidade de renda entre trabalhadores e trabalhadoras. Em busca de suas causas, as desigualdades foram escrutinadas pela pesquisadora com dados sobre o mercado de trabalho norte-americano ao longo de um período de mais de 200 anos.

Suas descobertas revelaram que, ao contrário do que se esperava, a participação feminina no mercado de trabalho não seguiu uma evolução contínua e ascendente, mas partiu de uma base elevada no começo do século 19, refluiu até o início do século 20 e só depois voltou a crescer de forma mais consistente.

Na Filadélfia do fim do século 18, quase 60% das mulheres casadas trabalhavam em casa, na agricultura ou em indústrias artesanais – não por aspirações profissionais, mas para complementar a renda familiar. O quadro mudou quando a região se tornou parte do chamado “cinturão da ferrugem” nos EUA, nos séculos 19 e 20. Como se sabe, longas jornadas de trabalho ininterruptas em fábricas dificultam, quando não inviabilizam, o cumprimento de tarefas domésticas e familiares.

O crescimento da relevância do setor de serviços na economia reverteu parcialmente esse cenário. Legislações que proibiam mulheres casadas de trabalhar fora foram derrubadas, ampliando a participação de trabalhadoras em escritórios e escolas. No entanto, ao mesmo tempo que a presença de mulheres no mercado de trabalho aumentava, as diferenças salariais mais que dobraram, destacou a economista.

Segundo Goldin, isso se deve ao fato de que a maioria das empresas continuou a preferir a remuneração por salários mensais em detrimento dos pagamentos por tarefa. O modelo tende a recompensar quem permanece mais tempo na mesma companhia e mais horas no trabalho, o que é sempre mais desafiador para mulheres com filhos.

Ao abordar o impacto de papéis sociais como casamento e maternidade na vida das mulheres, os estudos da economista mostraram a revolução que o advento da pílula anticoncepcional e o acesso a eletrodomésticos, nas décadas de 1960 e 1970, representaram na construção da identidade feminina.

Ter controle sobre o planejamento familiar e gastar menos horas nas tarefas de casa garantiu a elas o tempo necessário para se dedicar a estudos e trabalhos que alavancaram suas trajetórias profissionais e seus salários. Porém, até hoje, mulheres mais escolarizadas e qualificadas raramente alcançam a remuneração paga a homens que cumprem a mesma função.

Os estudos de Goldin são ouro para formuladores de políticas públicas. Eles evidenciam a importância de leis e regras que protejam as mulheres, combatam a discriminação nas empresas, derrubem barreiras de acesso e criem um ambiente mais favorável ao retorno ao mercado de trabalho após a gravidez. Até agora, as medidas não têm sido suficientes para reduzir as desigualdades. Após o nascimento do primeiro filho, as diferenças salariais se acentuam ainda mais, segundo a economista.

Há muito a ser feito. Como Goldin destaca, trabalhos híbridos, com horários flexíveis, talvez sejam um dos únicos legados positivos da pandemia de covid-19. Isso pode fazer toda a diferença entre continuar em um emprego ou abandoná-lo por absoluta incompatibilidade com as tarefas de uma mãe de filhos pequenos.

Preservar o trabalho remoto e adotá-lo também em setores com remuneração historicamente mais elevada, como o mundo corporativo, o universo jurídico e o mercado financeiro, é um caminho para fomentar a equidade. Do contrário, restará às mulheres continuar a “escolher” faculdades e profissões associadas a salários menores, como sugerem estudos felizmente não laureados com o Prêmio Nobel.

Além de políticas públicas, é fundamental que os homens assumam responsabilidades como parceiros também dentro de casa. “Nunca teremos igualdade de gênero até que tenhamos igualdade entre os casais”, afirmou Goldin – que foi apenas a terceira mulher a levar o Nobel de Economia, entre 93 premiados.

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