Um recado forte e unânime do BC


Ata reforça credibilidade do Banco Central, que vê mais riscos de alta do que de baixa da inflação e não descarta possibilidade de ter de aumentar a taxa de juros para conduzi-la à meta

Por Notas & Informações

O Banco Central (BC) decidiu marcar posição para deixar claro que não hesitará em elevar a taxa básica de juros no futuro para levar a inflação à meta. Ainda que tenha optado pela cautela na última reunião, na qual a Selic foi mantida em 10,5%, o BC reforçou – e de maneira unânime – que poderá mudar de ideia em algum momento se julgar apropriado. “Concluiu-se unanimemente pela necessidade de uma política monetária ainda mais cautelosa e de acompanhamento diligente do desenrolar do cenário”, destacou a ata.

O recado significa muito para um colegiado que há pouquíssimo tempo rachou entre os membros indicados antes e depois do governo Lula da Silva. A divisão fortaleceu as apostas de que o próximo presidente do BC, a ser escolhido pelo presidente, poderia vir a adotar uma atitude mais leniente no combate à inflação.

A ata, ao contrário, mostrou um Banco Central unido. Todos os integrantes acreditam que é mais provável que a inflação suba do que caia, e parte dos membros ressaltou que o balanço de riscos, de fato, está assimétrico, com mais fatores a pressionar os preços para cima do que para baixo.

continua após a publicidade

Mas, quando a última reunião ocorreu, na terça e quarta-feira passadas, o BC ainda não imaginava que os mercados entrariam em pânico nesta semana, preocupados com a possibilidade de que a economia dos Estados Unidos desacelerasse e até entrasse em recessão.

Horas antes do anúncio do Copom, o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) havia mantido os juros entre 5,25% e 5,50% ao ano, mas o presidente da instituição, Jerome Powell, sinalizou que as taxas poderiam cair já na próxima reunião, em setembro. Na sexta, no entanto, a divulgação de dados fracos sobre a geração de empregos nos EUA, muito piores que o esperado, foi o suficiente para azedar o clima de vez.

Já na madrugada da última segunda-feira, a Bolsa de Valores do Japão caiu 12% e registrou seu pior dia em quase 40 anos. Para piorar, o Banco do Japão havia elevado a taxa de juros para 0,25% na semana anterior, abandonando uma política de juros negativos que perdurou por anos.

continua após a publicidade

A decisão reduziu a atratividade do mercado brasileiro, que se beneficiava dos recursos de investidores que apostavam no diferencial de juros entre os países. No Brasil, o dólar chegou a bater em R$ 5,86, mas recuou a R$ 5,73 no fechamento do dia. Na terça, a moeda voltou a cair ante o real, para alívio do governo, que vê nesse aspecto da crise uma oportunidade de que as pressões sobre a inflação também sejam reduzidas.

Não passou despercebido por ninguém a ênfase que o comunicado do BC deu à desvalorização do câmbio na semana passada. Na ata, embora tenha reconhecido que essa tendência afeta outras economias emergentes em todo o mundo, a autoridade monetária sublinhou que esse movimento, se persistir, pode ser relevante a ponto de ser incorporado no cenário avaliado pelo Copom para a tomada de suas decisões.

Em contrapartida, um câmbio mais comportado, mesmo que por motivos externos, pode reduzir as pressões inflacionárias. Isso, em tese, facilitaria o trabalho do Banco Central e, eventualmente, reduziria as chances de materialização de um cenário no qual o Copom se veja obrigado a elevar os juros.

continua após a publicidade

Ainda que o câmbio contribua para reduzir a inflação, dados mais recentes sobre desemprego e produção industrial indicam uma economia aquecida. E nada disso resolve o problema da política fiscal, que também teve destaque na ata.

Além de alertar sobre a percepção dos agentes de mercado sobre o crescimento dos gastos públicos e a sustentabilidade do arcabouço, o BC aproveitou a ata para reiterar a importância de uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida para tornar a ancorar as expectativas e reduzir prêmios de risco de ativos financeiros.

A maioria dos analistas ainda acredita que os juros não terão de subir até o fim do ano, mas o fato de o BC ter deixado esta possibilidade em aberto reforçou sua credibilidade em um momento politicamente sensível, às vésperas da troca do comando da instituição financeira.

O Banco Central (BC) decidiu marcar posição para deixar claro que não hesitará em elevar a taxa básica de juros no futuro para levar a inflação à meta. Ainda que tenha optado pela cautela na última reunião, na qual a Selic foi mantida em 10,5%, o BC reforçou – e de maneira unânime – que poderá mudar de ideia em algum momento se julgar apropriado. “Concluiu-se unanimemente pela necessidade de uma política monetária ainda mais cautelosa e de acompanhamento diligente do desenrolar do cenário”, destacou a ata.

O recado significa muito para um colegiado que há pouquíssimo tempo rachou entre os membros indicados antes e depois do governo Lula da Silva. A divisão fortaleceu as apostas de que o próximo presidente do BC, a ser escolhido pelo presidente, poderia vir a adotar uma atitude mais leniente no combate à inflação.

A ata, ao contrário, mostrou um Banco Central unido. Todos os integrantes acreditam que é mais provável que a inflação suba do que caia, e parte dos membros ressaltou que o balanço de riscos, de fato, está assimétrico, com mais fatores a pressionar os preços para cima do que para baixo.

Mas, quando a última reunião ocorreu, na terça e quarta-feira passadas, o BC ainda não imaginava que os mercados entrariam em pânico nesta semana, preocupados com a possibilidade de que a economia dos Estados Unidos desacelerasse e até entrasse em recessão.

Horas antes do anúncio do Copom, o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) havia mantido os juros entre 5,25% e 5,50% ao ano, mas o presidente da instituição, Jerome Powell, sinalizou que as taxas poderiam cair já na próxima reunião, em setembro. Na sexta, no entanto, a divulgação de dados fracos sobre a geração de empregos nos EUA, muito piores que o esperado, foi o suficiente para azedar o clima de vez.

Já na madrugada da última segunda-feira, a Bolsa de Valores do Japão caiu 12% e registrou seu pior dia em quase 40 anos. Para piorar, o Banco do Japão havia elevado a taxa de juros para 0,25% na semana anterior, abandonando uma política de juros negativos que perdurou por anos.

A decisão reduziu a atratividade do mercado brasileiro, que se beneficiava dos recursos de investidores que apostavam no diferencial de juros entre os países. No Brasil, o dólar chegou a bater em R$ 5,86, mas recuou a R$ 5,73 no fechamento do dia. Na terça, a moeda voltou a cair ante o real, para alívio do governo, que vê nesse aspecto da crise uma oportunidade de que as pressões sobre a inflação também sejam reduzidas.

Não passou despercebido por ninguém a ênfase que o comunicado do BC deu à desvalorização do câmbio na semana passada. Na ata, embora tenha reconhecido que essa tendência afeta outras economias emergentes em todo o mundo, a autoridade monetária sublinhou que esse movimento, se persistir, pode ser relevante a ponto de ser incorporado no cenário avaliado pelo Copom para a tomada de suas decisões.

Em contrapartida, um câmbio mais comportado, mesmo que por motivos externos, pode reduzir as pressões inflacionárias. Isso, em tese, facilitaria o trabalho do Banco Central e, eventualmente, reduziria as chances de materialização de um cenário no qual o Copom se veja obrigado a elevar os juros.

Ainda que o câmbio contribua para reduzir a inflação, dados mais recentes sobre desemprego e produção industrial indicam uma economia aquecida. E nada disso resolve o problema da política fiscal, que também teve destaque na ata.

Além de alertar sobre a percepção dos agentes de mercado sobre o crescimento dos gastos públicos e a sustentabilidade do arcabouço, o BC aproveitou a ata para reiterar a importância de uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida para tornar a ancorar as expectativas e reduzir prêmios de risco de ativos financeiros.

A maioria dos analistas ainda acredita que os juros não terão de subir até o fim do ano, mas o fato de o BC ter deixado esta possibilidade em aberto reforçou sua credibilidade em um momento politicamente sensível, às vésperas da troca do comando da instituição financeira.

O Banco Central (BC) decidiu marcar posição para deixar claro que não hesitará em elevar a taxa básica de juros no futuro para levar a inflação à meta. Ainda que tenha optado pela cautela na última reunião, na qual a Selic foi mantida em 10,5%, o BC reforçou – e de maneira unânime – que poderá mudar de ideia em algum momento se julgar apropriado. “Concluiu-se unanimemente pela necessidade de uma política monetária ainda mais cautelosa e de acompanhamento diligente do desenrolar do cenário”, destacou a ata.

O recado significa muito para um colegiado que há pouquíssimo tempo rachou entre os membros indicados antes e depois do governo Lula da Silva. A divisão fortaleceu as apostas de que o próximo presidente do BC, a ser escolhido pelo presidente, poderia vir a adotar uma atitude mais leniente no combate à inflação.

A ata, ao contrário, mostrou um Banco Central unido. Todos os integrantes acreditam que é mais provável que a inflação suba do que caia, e parte dos membros ressaltou que o balanço de riscos, de fato, está assimétrico, com mais fatores a pressionar os preços para cima do que para baixo.

Mas, quando a última reunião ocorreu, na terça e quarta-feira passadas, o BC ainda não imaginava que os mercados entrariam em pânico nesta semana, preocupados com a possibilidade de que a economia dos Estados Unidos desacelerasse e até entrasse em recessão.

Horas antes do anúncio do Copom, o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) havia mantido os juros entre 5,25% e 5,50% ao ano, mas o presidente da instituição, Jerome Powell, sinalizou que as taxas poderiam cair já na próxima reunião, em setembro. Na sexta, no entanto, a divulgação de dados fracos sobre a geração de empregos nos EUA, muito piores que o esperado, foi o suficiente para azedar o clima de vez.

Já na madrugada da última segunda-feira, a Bolsa de Valores do Japão caiu 12% e registrou seu pior dia em quase 40 anos. Para piorar, o Banco do Japão havia elevado a taxa de juros para 0,25% na semana anterior, abandonando uma política de juros negativos que perdurou por anos.

A decisão reduziu a atratividade do mercado brasileiro, que se beneficiava dos recursos de investidores que apostavam no diferencial de juros entre os países. No Brasil, o dólar chegou a bater em R$ 5,86, mas recuou a R$ 5,73 no fechamento do dia. Na terça, a moeda voltou a cair ante o real, para alívio do governo, que vê nesse aspecto da crise uma oportunidade de que as pressões sobre a inflação também sejam reduzidas.

Não passou despercebido por ninguém a ênfase que o comunicado do BC deu à desvalorização do câmbio na semana passada. Na ata, embora tenha reconhecido que essa tendência afeta outras economias emergentes em todo o mundo, a autoridade monetária sublinhou que esse movimento, se persistir, pode ser relevante a ponto de ser incorporado no cenário avaliado pelo Copom para a tomada de suas decisões.

Em contrapartida, um câmbio mais comportado, mesmo que por motivos externos, pode reduzir as pressões inflacionárias. Isso, em tese, facilitaria o trabalho do Banco Central e, eventualmente, reduziria as chances de materialização de um cenário no qual o Copom se veja obrigado a elevar os juros.

Ainda que o câmbio contribua para reduzir a inflação, dados mais recentes sobre desemprego e produção industrial indicam uma economia aquecida. E nada disso resolve o problema da política fiscal, que também teve destaque na ata.

Além de alertar sobre a percepção dos agentes de mercado sobre o crescimento dos gastos públicos e a sustentabilidade do arcabouço, o BC aproveitou a ata para reiterar a importância de uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida para tornar a ancorar as expectativas e reduzir prêmios de risco de ativos financeiros.

A maioria dos analistas ainda acredita que os juros não terão de subir até o fim do ano, mas o fato de o BC ter deixado esta possibilidade em aberto reforçou sua credibilidade em um momento politicamente sensível, às vésperas da troca do comando da instituição financeira.

O Banco Central (BC) decidiu marcar posição para deixar claro que não hesitará em elevar a taxa básica de juros no futuro para levar a inflação à meta. Ainda que tenha optado pela cautela na última reunião, na qual a Selic foi mantida em 10,5%, o BC reforçou – e de maneira unânime – que poderá mudar de ideia em algum momento se julgar apropriado. “Concluiu-se unanimemente pela necessidade de uma política monetária ainda mais cautelosa e de acompanhamento diligente do desenrolar do cenário”, destacou a ata.

O recado significa muito para um colegiado que há pouquíssimo tempo rachou entre os membros indicados antes e depois do governo Lula da Silva. A divisão fortaleceu as apostas de que o próximo presidente do BC, a ser escolhido pelo presidente, poderia vir a adotar uma atitude mais leniente no combate à inflação.

A ata, ao contrário, mostrou um Banco Central unido. Todos os integrantes acreditam que é mais provável que a inflação suba do que caia, e parte dos membros ressaltou que o balanço de riscos, de fato, está assimétrico, com mais fatores a pressionar os preços para cima do que para baixo.

Mas, quando a última reunião ocorreu, na terça e quarta-feira passadas, o BC ainda não imaginava que os mercados entrariam em pânico nesta semana, preocupados com a possibilidade de que a economia dos Estados Unidos desacelerasse e até entrasse em recessão.

Horas antes do anúncio do Copom, o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) havia mantido os juros entre 5,25% e 5,50% ao ano, mas o presidente da instituição, Jerome Powell, sinalizou que as taxas poderiam cair já na próxima reunião, em setembro. Na sexta, no entanto, a divulgação de dados fracos sobre a geração de empregos nos EUA, muito piores que o esperado, foi o suficiente para azedar o clima de vez.

Já na madrugada da última segunda-feira, a Bolsa de Valores do Japão caiu 12% e registrou seu pior dia em quase 40 anos. Para piorar, o Banco do Japão havia elevado a taxa de juros para 0,25% na semana anterior, abandonando uma política de juros negativos que perdurou por anos.

A decisão reduziu a atratividade do mercado brasileiro, que se beneficiava dos recursos de investidores que apostavam no diferencial de juros entre os países. No Brasil, o dólar chegou a bater em R$ 5,86, mas recuou a R$ 5,73 no fechamento do dia. Na terça, a moeda voltou a cair ante o real, para alívio do governo, que vê nesse aspecto da crise uma oportunidade de que as pressões sobre a inflação também sejam reduzidas.

Não passou despercebido por ninguém a ênfase que o comunicado do BC deu à desvalorização do câmbio na semana passada. Na ata, embora tenha reconhecido que essa tendência afeta outras economias emergentes em todo o mundo, a autoridade monetária sublinhou que esse movimento, se persistir, pode ser relevante a ponto de ser incorporado no cenário avaliado pelo Copom para a tomada de suas decisões.

Em contrapartida, um câmbio mais comportado, mesmo que por motivos externos, pode reduzir as pressões inflacionárias. Isso, em tese, facilitaria o trabalho do Banco Central e, eventualmente, reduziria as chances de materialização de um cenário no qual o Copom se veja obrigado a elevar os juros.

Ainda que o câmbio contribua para reduzir a inflação, dados mais recentes sobre desemprego e produção industrial indicam uma economia aquecida. E nada disso resolve o problema da política fiscal, que também teve destaque na ata.

Além de alertar sobre a percepção dos agentes de mercado sobre o crescimento dos gastos públicos e a sustentabilidade do arcabouço, o BC aproveitou a ata para reiterar a importância de uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida para tornar a ancorar as expectativas e reduzir prêmios de risco de ativos financeiros.

A maioria dos analistas ainda acredita que os juros não terão de subir até o fim do ano, mas o fato de o BC ter deixado esta possibilidade em aberto reforçou sua credibilidade em um momento politicamente sensível, às vésperas da troca do comando da instituição financeira.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.