Uma empresa refém


Vale convive com pressões do governo no lento processo sucessório de sua presidência

Por Notas & Informações

Refém do assédio do governo Lula da Silva, a Vale prepara a sucessão na presidência executiva num processo lento – que se arrasta desde o ano passado – e frequentemente estressado por rumores os mais diversos, em evidentes sinais da batalha travada nos bastidores. Ocasionalmente, informações oficiais escapam, dando conta da pressão que extrapola os limites corporativos, mas são os boatos os principais motores da especulação que cerca a empresa há meses.

Dado o porte e a importância da Vale, uma das líderes mundiais na produção de minério de ferro e níquel e uma das principais concessionárias de logística do País, é plausível ser identificada como empresa estratégica, ainda mais por atuar no segmento extrativista. O interesse do Estado brasileiro nos passos da Vale é óbvio e, por isso mesmo, foram criadas as golden shares (ações de ouro, em tradução livre) na privatização, assim como em outras estatais estratégicas que passaram à iniciativa privada, como Embraer, IRB e Eletrobras.

O mecanismo de golden share dá ao governo poder de veto em uma série de decisões que vão desde a mudança de sede, para o caso de intenção de deixar o País, até a liquidação da empresa, alienação ou encerramento de atividades do sistema integrado de exploração de jazidas, minas, ferrovias, portos e terminais marítimos. Ou seja, o governo manteve, mesmo após a decisão de privatizar a mineradora, a garantia de que o interesse econômico estaria prioritariamente voltado ao País.

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Mas, por óbvio, a União não detém poder de gestão numa ex-estatal, como quer o governo Lula da Silva não apenas na Vale, mas também na Eletrobras, como comprovaram inúmeras declarações do presidente. Durante a posse de Magda Chambriard na Petrobras, Lula lamentou que a Vale tenha sido “rifada por 899 mil pequenos fundos”. Referia-se ao processo que tornou a Vale uma empresa de capital pulverizado, sem controlador. “Você não tem um dono para conversar”, reclamou.

Alguém “para conversar” é o que Lula da Silva vem buscando na Vale desde o início de sua terceira gestão, quando foi cogitado o nome de seu ex-ministro e fiel escudeiro Guido Mantega para a presidência da empresa. Agora, quando a consultoria Russel Reynolds, contratada para assessorar o processo sucessório, listou 15 candidatos, nenhum deles do governo, surgem rumores de que Dario Durigan, o número dois de Fernando Haddad no Ministério da Fazenda, teria sido sondado para o cargo, mesmo sem nenhuma experiência no setor de mineração.

Difícil imaginar que uma empresa como a Vale, dependente de tantas decisões governamentais, desde a autorização de lavra até multas operacionais, opte por uma blindagem total contra o governo, mesmo sabendo do interesse, declarado por Lula da Silva, de obrigar a mineradora a ter o “papel social” de “atendimento das necessidades soberanas do País”. Em outras palavras, trata-se de direcionar a gestão da empresa para o financiamento de projetos de interesse do governo, sem preocupação com gestão ou governança. Além de uma afronta à iniciativa privada, é uma temeridade.

Refém do assédio do governo Lula da Silva, a Vale prepara a sucessão na presidência executiva num processo lento – que se arrasta desde o ano passado – e frequentemente estressado por rumores os mais diversos, em evidentes sinais da batalha travada nos bastidores. Ocasionalmente, informações oficiais escapam, dando conta da pressão que extrapola os limites corporativos, mas são os boatos os principais motores da especulação que cerca a empresa há meses.

Dado o porte e a importância da Vale, uma das líderes mundiais na produção de minério de ferro e níquel e uma das principais concessionárias de logística do País, é plausível ser identificada como empresa estratégica, ainda mais por atuar no segmento extrativista. O interesse do Estado brasileiro nos passos da Vale é óbvio e, por isso mesmo, foram criadas as golden shares (ações de ouro, em tradução livre) na privatização, assim como em outras estatais estratégicas que passaram à iniciativa privada, como Embraer, IRB e Eletrobras.

O mecanismo de golden share dá ao governo poder de veto em uma série de decisões que vão desde a mudança de sede, para o caso de intenção de deixar o País, até a liquidação da empresa, alienação ou encerramento de atividades do sistema integrado de exploração de jazidas, minas, ferrovias, portos e terminais marítimos. Ou seja, o governo manteve, mesmo após a decisão de privatizar a mineradora, a garantia de que o interesse econômico estaria prioritariamente voltado ao País.

Mas, por óbvio, a União não detém poder de gestão numa ex-estatal, como quer o governo Lula da Silva não apenas na Vale, mas também na Eletrobras, como comprovaram inúmeras declarações do presidente. Durante a posse de Magda Chambriard na Petrobras, Lula lamentou que a Vale tenha sido “rifada por 899 mil pequenos fundos”. Referia-se ao processo que tornou a Vale uma empresa de capital pulverizado, sem controlador. “Você não tem um dono para conversar”, reclamou.

Alguém “para conversar” é o que Lula da Silva vem buscando na Vale desde o início de sua terceira gestão, quando foi cogitado o nome de seu ex-ministro e fiel escudeiro Guido Mantega para a presidência da empresa. Agora, quando a consultoria Russel Reynolds, contratada para assessorar o processo sucessório, listou 15 candidatos, nenhum deles do governo, surgem rumores de que Dario Durigan, o número dois de Fernando Haddad no Ministério da Fazenda, teria sido sondado para o cargo, mesmo sem nenhuma experiência no setor de mineração.

Difícil imaginar que uma empresa como a Vale, dependente de tantas decisões governamentais, desde a autorização de lavra até multas operacionais, opte por uma blindagem total contra o governo, mesmo sabendo do interesse, declarado por Lula da Silva, de obrigar a mineradora a ter o “papel social” de “atendimento das necessidades soberanas do País”. Em outras palavras, trata-se de direcionar a gestão da empresa para o financiamento de projetos de interesse do governo, sem preocupação com gestão ou governança. Além de uma afronta à iniciativa privada, é uma temeridade.

Refém do assédio do governo Lula da Silva, a Vale prepara a sucessão na presidência executiva num processo lento – que se arrasta desde o ano passado – e frequentemente estressado por rumores os mais diversos, em evidentes sinais da batalha travada nos bastidores. Ocasionalmente, informações oficiais escapam, dando conta da pressão que extrapola os limites corporativos, mas são os boatos os principais motores da especulação que cerca a empresa há meses.

Dado o porte e a importância da Vale, uma das líderes mundiais na produção de minério de ferro e níquel e uma das principais concessionárias de logística do País, é plausível ser identificada como empresa estratégica, ainda mais por atuar no segmento extrativista. O interesse do Estado brasileiro nos passos da Vale é óbvio e, por isso mesmo, foram criadas as golden shares (ações de ouro, em tradução livre) na privatização, assim como em outras estatais estratégicas que passaram à iniciativa privada, como Embraer, IRB e Eletrobras.

O mecanismo de golden share dá ao governo poder de veto em uma série de decisões que vão desde a mudança de sede, para o caso de intenção de deixar o País, até a liquidação da empresa, alienação ou encerramento de atividades do sistema integrado de exploração de jazidas, minas, ferrovias, portos e terminais marítimos. Ou seja, o governo manteve, mesmo após a decisão de privatizar a mineradora, a garantia de que o interesse econômico estaria prioritariamente voltado ao País.

Mas, por óbvio, a União não detém poder de gestão numa ex-estatal, como quer o governo Lula da Silva não apenas na Vale, mas também na Eletrobras, como comprovaram inúmeras declarações do presidente. Durante a posse de Magda Chambriard na Petrobras, Lula lamentou que a Vale tenha sido “rifada por 899 mil pequenos fundos”. Referia-se ao processo que tornou a Vale uma empresa de capital pulverizado, sem controlador. “Você não tem um dono para conversar”, reclamou.

Alguém “para conversar” é o que Lula da Silva vem buscando na Vale desde o início de sua terceira gestão, quando foi cogitado o nome de seu ex-ministro e fiel escudeiro Guido Mantega para a presidência da empresa. Agora, quando a consultoria Russel Reynolds, contratada para assessorar o processo sucessório, listou 15 candidatos, nenhum deles do governo, surgem rumores de que Dario Durigan, o número dois de Fernando Haddad no Ministério da Fazenda, teria sido sondado para o cargo, mesmo sem nenhuma experiência no setor de mineração.

Difícil imaginar que uma empresa como a Vale, dependente de tantas decisões governamentais, desde a autorização de lavra até multas operacionais, opte por uma blindagem total contra o governo, mesmo sabendo do interesse, declarado por Lula da Silva, de obrigar a mineradora a ter o “papel social” de “atendimento das necessidades soberanas do País”. Em outras palavras, trata-se de direcionar a gestão da empresa para o financiamento de projetos de interesse do governo, sem preocupação com gestão ou governança. Além de uma afronta à iniciativa privada, é uma temeridade.

Refém do assédio do governo Lula da Silva, a Vale prepara a sucessão na presidência executiva num processo lento – que se arrasta desde o ano passado – e frequentemente estressado por rumores os mais diversos, em evidentes sinais da batalha travada nos bastidores. Ocasionalmente, informações oficiais escapam, dando conta da pressão que extrapola os limites corporativos, mas são os boatos os principais motores da especulação que cerca a empresa há meses.

Dado o porte e a importância da Vale, uma das líderes mundiais na produção de minério de ferro e níquel e uma das principais concessionárias de logística do País, é plausível ser identificada como empresa estratégica, ainda mais por atuar no segmento extrativista. O interesse do Estado brasileiro nos passos da Vale é óbvio e, por isso mesmo, foram criadas as golden shares (ações de ouro, em tradução livre) na privatização, assim como em outras estatais estratégicas que passaram à iniciativa privada, como Embraer, IRB e Eletrobras.

O mecanismo de golden share dá ao governo poder de veto em uma série de decisões que vão desde a mudança de sede, para o caso de intenção de deixar o País, até a liquidação da empresa, alienação ou encerramento de atividades do sistema integrado de exploração de jazidas, minas, ferrovias, portos e terminais marítimos. Ou seja, o governo manteve, mesmo após a decisão de privatizar a mineradora, a garantia de que o interesse econômico estaria prioritariamente voltado ao País.

Mas, por óbvio, a União não detém poder de gestão numa ex-estatal, como quer o governo Lula da Silva não apenas na Vale, mas também na Eletrobras, como comprovaram inúmeras declarações do presidente. Durante a posse de Magda Chambriard na Petrobras, Lula lamentou que a Vale tenha sido “rifada por 899 mil pequenos fundos”. Referia-se ao processo que tornou a Vale uma empresa de capital pulverizado, sem controlador. “Você não tem um dono para conversar”, reclamou.

Alguém “para conversar” é o que Lula da Silva vem buscando na Vale desde o início de sua terceira gestão, quando foi cogitado o nome de seu ex-ministro e fiel escudeiro Guido Mantega para a presidência da empresa. Agora, quando a consultoria Russel Reynolds, contratada para assessorar o processo sucessório, listou 15 candidatos, nenhum deles do governo, surgem rumores de que Dario Durigan, o número dois de Fernando Haddad no Ministério da Fazenda, teria sido sondado para o cargo, mesmo sem nenhuma experiência no setor de mineração.

Difícil imaginar que uma empresa como a Vale, dependente de tantas decisões governamentais, desde a autorização de lavra até multas operacionais, opte por uma blindagem total contra o governo, mesmo sabendo do interesse, declarado por Lula da Silva, de obrigar a mineradora a ter o “papel social” de “atendimento das necessidades soberanas do País”. Em outras palavras, trata-se de direcionar a gestão da empresa para o financiamento de projetos de interesse do governo, sem preocupação com gestão ou governança. Além de uma afronta à iniciativa privada, é uma temeridade.

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