Uma Europa mais conservadora


A moderação deve prevalecer, conquanto esquerda e direita façam concessões

Por Notas & Informações

Eleições para o Parlamento Europeu costumam refletir disputas e protestos nacionais sobre ideologias e valores. Como um referendo sobre o destino da União Europeia (UE), a de 2024 aponta um robustecimento da direita. A sua extensão ficará mais clara em julho, quando os parlamentares votarão pela presidência da Casa. Por décadas ela foi conduzida por grandes coalizões entre a centro-direita e a centro-esquerda. Agora, uma coalizão da direita moderada à radical é, em tese, possível, mas a manutenção centrista é mais provável.

A ascensão da direita radical projetada antes das eleições é relativa. Ela foi marcante em dois países-chave, Alemanha e França, mas no resto – inclusive em países que vivem essa ascensão, como Holanda, Portugal e até a Hungria – o desempenho foi pior que o esperado.

Liderada pelos partidos eurocéticos ECR (Conservadores e Reformistas) e ID (Democracia e Identidade), a direita radical levou 22% das cadeiras. O resultado impressiona em relação aos 5% de 2009. Mas desde 2019 o aumento foi de 2 pontos porcentuais, sugerindo um achatamento da curva. O sonho do bloco reacionário de rivalizar com o bloco centrista ainda é só um sonho. Até porque, dado o nacionalismo de suas facções, esse “bloco” sofre muitas dissensões.

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A esquerda, especialmente os Verdes, se desidratou, refletindo irritações com o custo das políticas climáticas e imigratórias.

Assim, o robustecimento do conservadorismo talvez se deva menos a um entusiasmo com a direita radical que à descrença nos progressistas. Alemanha e França ilustram essas tensões. Na primeira, o extremista Alternativa para Alemanha chegou em segundo e a centro-esquerda incumbente sofreu perdas duras. Mas os democratas cristãos venceram com boa margem. Já na França o reacionário Reunião Nacional, de Marine Le Pen, impôs uma derrota esmagadora (31% dos votos) ao centrista Renascença, do presidente Emmanuel Macron (14%). Humilhado e debilitado no Parlamento, Macron lançou os dados e convocou eleições legislativas. Talvez aposte em alianças de repúdio a Le Pen. Mas em semanas pode ter sua nêmesis como premiê. Neste caso, talvez aposte que, ao tirá-la da posição de crítica desimpedida de oposição, conferindo-lhe responsabilidades no governo, sua ascensão se desacelere até as eleições de 2027. Mas o tiro pode sair pela culatra.

Em Bruxelas, o bloco incumbente liderado pelos democratas cristãos e conservadores, com a aliança dos liberais do Renovação (de centro) e dos sociais-democratas, manteve uma leve maioria. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, terá a chance de formar o governo – com sua plataforma “pró-Europa, pró-Ucrânia e pró-Estado de Direito” –, mas para consolidá-lo precisará de votos à esquerda (por exemplo, dos Verdes) e/ou da direita dura (por exemplo, do ECR, influenciado pela premiê italiana, Giorgia Meloni).

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A Europa tende ao conservadorismo, mas tudo indica que a moderação se manterá. Muito dependerá das concessões que a esquerda estiver disposta a fazer à direita e das que alguns radicais de direita estiverem dispostos a fazer ao centro.

Eleições para o Parlamento Europeu costumam refletir disputas e protestos nacionais sobre ideologias e valores. Como um referendo sobre o destino da União Europeia (UE), a de 2024 aponta um robustecimento da direita. A sua extensão ficará mais clara em julho, quando os parlamentares votarão pela presidência da Casa. Por décadas ela foi conduzida por grandes coalizões entre a centro-direita e a centro-esquerda. Agora, uma coalizão da direita moderada à radical é, em tese, possível, mas a manutenção centrista é mais provável.

A ascensão da direita radical projetada antes das eleições é relativa. Ela foi marcante em dois países-chave, Alemanha e França, mas no resto – inclusive em países que vivem essa ascensão, como Holanda, Portugal e até a Hungria – o desempenho foi pior que o esperado.

Liderada pelos partidos eurocéticos ECR (Conservadores e Reformistas) e ID (Democracia e Identidade), a direita radical levou 22% das cadeiras. O resultado impressiona em relação aos 5% de 2009. Mas desde 2019 o aumento foi de 2 pontos porcentuais, sugerindo um achatamento da curva. O sonho do bloco reacionário de rivalizar com o bloco centrista ainda é só um sonho. Até porque, dado o nacionalismo de suas facções, esse “bloco” sofre muitas dissensões.

A esquerda, especialmente os Verdes, se desidratou, refletindo irritações com o custo das políticas climáticas e imigratórias.

Assim, o robustecimento do conservadorismo talvez se deva menos a um entusiasmo com a direita radical que à descrença nos progressistas. Alemanha e França ilustram essas tensões. Na primeira, o extremista Alternativa para Alemanha chegou em segundo e a centro-esquerda incumbente sofreu perdas duras. Mas os democratas cristãos venceram com boa margem. Já na França o reacionário Reunião Nacional, de Marine Le Pen, impôs uma derrota esmagadora (31% dos votos) ao centrista Renascença, do presidente Emmanuel Macron (14%). Humilhado e debilitado no Parlamento, Macron lançou os dados e convocou eleições legislativas. Talvez aposte em alianças de repúdio a Le Pen. Mas em semanas pode ter sua nêmesis como premiê. Neste caso, talvez aposte que, ao tirá-la da posição de crítica desimpedida de oposição, conferindo-lhe responsabilidades no governo, sua ascensão se desacelere até as eleições de 2027. Mas o tiro pode sair pela culatra.

Em Bruxelas, o bloco incumbente liderado pelos democratas cristãos e conservadores, com a aliança dos liberais do Renovação (de centro) e dos sociais-democratas, manteve uma leve maioria. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, terá a chance de formar o governo – com sua plataforma “pró-Europa, pró-Ucrânia e pró-Estado de Direito” –, mas para consolidá-lo precisará de votos à esquerda (por exemplo, dos Verdes) e/ou da direita dura (por exemplo, do ECR, influenciado pela premiê italiana, Giorgia Meloni).

A Europa tende ao conservadorismo, mas tudo indica que a moderação se manterá. Muito dependerá das concessões que a esquerda estiver disposta a fazer à direita e das que alguns radicais de direita estiverem dispostos a fazer ao centro.

Eleições para o Parlamento Europeu costumam refletir disputas e protestos nacionais sobre ideologias e valores. Como um referendo sobre o destino da União Europeia (UE), a de 2024 aponta um robustecimento da direita. A sua extensão ficará mais clara em julho, quando os parlamentares votarão pela presidência da Casa. Por décadas ela foi conduzida por grandes coalizões entre a centro-direita e a centro-esquerda. Agora, uma coalizão da direita moderada à radical é, em tese, possível, mas a manutenção centrista é mais provável.

A ascensão da direita radical projetada antes das eleições é relativa. Ela foi marcante em dois países-chave, Alemanha e França, mas no resto – inclusive em países que vivem essa ascensão, como Holanda, Portugal e até a Hungria – o desempenho foi pior que o esperado.

Liderada pelos partidos eurocéticos ECR (Conservadores e Reformistas) e ID (Democracia e Identidade), a direita radical levou 22% das cadeiras. O resultado impressiona em relação aos 5% de 2009. Mas desde 2019 o aumento foi de 2 pontos porcentuais, sugerindo um achatamento da curva. O sonho do bloco reacionário de rivalizar com o bloco centrista ainda é só um sonho. Até porque, dado o nacionalismo de suas facções, esse “bloco” sofre muitas dissensões.

A esquerda, especialmente os Verdes, se desidratou, refletindo irritações com o custo das políticas climáticas e imigratórias.

Assim, o robustecimento do conservadorismo talvez se deva menos a um entusiasmo com a direita radical que à descrença nos progressistas. Alemanha e França ilustram essas tensões. Na primeira, o extremista Alternativa para Alemanha chegou em segundo e a centro-esquerda incumbente sofreu perdas duras. Mas os democratas cristãos venceram com boa margem. Já na França o reacionário Reunião Nacional, de Marine Le Pen, impôs uma derrota esmagadora (31% dos votos) ao centrista Renascença, do presidente Emmanuel Macron (14%). Humilhado e debilitado no Parlamento, Macron lançou os dados e convocou eleições legislativas. Talvez aposte em alianças de repúdio a Le Pen. Mas em semanas pode ter sua nêmesis como premiê. Neste caso, talvez aposte que, ao tirá-la da posição de crítica desimpedida de oposição, conferindo-lhe responsabilidades no governo, sua ascensão se desacelere até as eleições de 2027. Mas o tiro pode sair pela culatra.

Em Bruxelas, o bloco incumbente liderado pelos democratas cristãos e conservadores, com a aliança dos liberais do Renovação (de centro) e dos sociais-democratas, manteve uma leve maioria. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, terá a chance de formar o governo – com sua plataforma “pró-Europa, pró-Ucrânia e pró-Estado de Direito” –, mas para consolidá-lo precisará de votos à esquerda (por exemplo, dos Verdes) e/ou da direita dura (por exemplo, do ECR, influenciado pela premiê italiana, Giorgia Meloni).

A Europa tende ao conservadorismo, mas tudo indica que a moderação se manterá. Muito dependerá das concessões que a esquerda estiver disposta a fazer à direita e das que alguns radicais de direita estiverem dispostos a fazer ao centro.

Eleições para o Parlamento Europeu costumam refletir disputas e protestos nacionais sobre ideologias e valores. Como um referendo sobre o destino da União Europeia (UE), a de 2024 aponta um robustecimento da direita. A sua extensão ficará mais clara em julho, quando os parlamentares votarão pela presidência da Casa. Por décadas ela foi conduzida por grandes coalizões entre a centro-direita e a centro-esquerda. Agora, uma coalizão da direita moderada à radical é, em tese, possível, mas a manutenção centrista é mais provável.

A ascensão da direita radical projetada antes das eleições é relativa. Ela foi marcante em dois países-chave, Alemanha e França, mas no resto – inclusive em países que vivem essa ascensão, como Holanda, Portugal e até a Hungria – o desempenho foi pior que o esperado.

Liderada pelos partidos eurocéticos ECR (Conservadores e Reformistas) e ID (Democracia e Identidade), a direita radical levou 22% das cadeiras. O resultado impressiona em relação aos 5% de 2009. Mas desde 2019 o aumento foi de 2 pontos porcentuais, sugerindo um achatamento da curva. O sonho do bloco reacionário de rivalizar com o bloco centrista ainda é só um sonho. Até porque, dado o nacionalismo de suas facções, esse “bloco” sofre muitas dissensões.

A esquerda, especialmente os Verdes, se desidratou, refletindo irritações com o custo das políticas climáticas e imigratórias.

Assim, o robustecimento do conservadorismo talvez se deva menos a um entusiasmo com a direita radical que à descrença nos progressistas. Alemanha e França ilustram essas tensões. Na primeira, o extremista Alternativa para Alemanha chegou em segundo e a centro-esquerda incumbente sofreu perdas duras. Mas os democratas cristãos venceram com boa margem. Já na França o reacionário Reunião Nacional, de Marine Le Pen, impôs uma derrota esmagadora (31% dos votos) ao centrista Renascença, do presidente Emmanuel Macron (14%). Humilhado e debilitado no Parlamento, Macron lançou os dados e convocou eleições legislativas. Talvez aposte em alianças de repúdio a Le Pen. Mas em semanas pode ter sua nêmesis como premiê. Neste caso, talvez aposte que, ao tirá-la da posição de crítica desimpedida de oposição, conferindo-lhe responsabilidades no governo, sua ascensão se desacelere até as eleições de 2027. Mas o tiro pode sair pela culatra.

Em Bruxelas, o bloco incumbente liderado pelos democratas cristãos e conservadores, com a aliança dos liberais do Renovação (de centro) e dos sociais-democratas, manteve uma leve maioria. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, terá a chance de formar o governo – com sua plataforma “pró-Europa, pró-Ucrânia e pró-Estado de Direito” –, mas para consolidá-lo precisará de votos à esquerda (por exemplo, dos Verdes) e/ou da direita dura (por exemplo, do ECR, influenciado pela premiê italiana, Giorgia Meloni).

A Europa tende ao conservadorismo, mas tudo indica que a moderação se manterá. Muito dependerá das concessões que a esquerda estiver disposta a fazer à direita e das que alguns radicais de direita estiverem dispostos a fazer ao centro.

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