Universidades precisam se abrir ao mundo


Numa economia do conhecimento globalizada, o País precisa de universidades de excelência e há instituições que podem cumprir esse papel, caso invistam em internacionalização

Por Notas & Informações

A Universidade de São Paulo (USP) deixou de ser a melhor da América Latina e passou para o segundo lugar no ranking da Quacquarelli Symonds (QS). Não é um problema grave. A USP segue entre as 100 melhores e rankings tem suas idiossincrasias e oscilações. No ano que vem ela pode voltar ao topo, e as manchetes passarão de apreensivas a laudatórias.

O que importa é utilizar essa foto do momento para avaliar a trajetória. Nos últimos 20 anos a USP subiu muitas posições e segue sendo a universidade brasileira mais bem posicionada para atingir o status de “classe mundial”. Ela tem a responsabilidade de puxar a fila e mostrar o caminho das pedras para outras universidades que também têm essa vocação, como a Unicamp (232.ª no ranking), UFRJ (304.ª) ou Unesp (489.ª). É justo prestigiar as conquistas da USP, mas ela ainda está aquém de seu potencial e precisa fazer a lição de casa.

Em depoimento ao Estadão, o diretor regional da América Latina da QS, Elson Freire, enfatizou dois caminhos para a USP melhorar sua colocação: internacionalização e sustentabilidade.

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No segundo caso, a USP e o ecossistema universitário nacional já estão comparativamente bem posicionados. Mas, dadas as condições naturais e vantagens comparativas do Brasil na área ambiental, a avaliação é que as universidades podem ter um papel muito mais inovador e transformador.

Há outros déficits que Freire não chegou a apontar, mas que têm sido citados por especialistas em ensino superior. A burocracia excessiva, nos moldes das repartições públicas, engessa o orçamento e a flexibilidade para compra de equipamentos, gastos com pesquisa, contratação de professores e inovações nos departamentos e currículos. Acomodadas aos recursos públicos, as universidades públicas exploram pouco as fontes alternativas de financiamento e parcerias público-privadas, sem as quais nenhuma universidade atinge excelência. No topo do ranking a equação é inversa: as universidades de primeira classe também dependem de recursos públicos para pesquisa, mas, em geral, são privadas, e investem em toda forma de captação de recursos privados para robustecer seu capital.

Há uma vulnerabilidade estrutural que não pode ser totalmente sanada, mas pode ao menos ser mitigada, que é o gigantismo da USP e outras universidades públicas. Instituições no topo dos rankings são de tamanho médio para pequeno, com menos de 20 mil alunos. A USP tem quase 100 mil, e, como outras universidades públicas, administra de museus a hospitais, agravando dificuldades administrativas e orçamentárias crônicas.

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Há ainda uma questão cultural. Na última geração as políticas para o ensino superior focaram quase que obsessivamente na expansão e na inclusão social, e negligenciaram a busca por excelência, a valorização do mérito e a diversidade acadêmica.

Todas essas disfuncionalidades agravam transversalmente aquele que é talvez o maior déficit das universidades brasileiras: o baixo grau de internacionalização. É quase uma tautologia: universidades que ambicionam o status de classe internacional precisam incentivar o intercâmbio internacional e a diversidade de alunos e docentes. Conscientes dos desafios de uma economia do conhecimento globalizada, países já desenvolvidos, como Alemanha ou Suécia, ou em desenvolvimento, como Coreia do Sul ou China, têm investido fortemente em internacionalização, com resultados expressivos nos rankings.

Um fator de alavancagem decisivo seria consagrar o inglês como segunda língua e idioma corrente em cursos e publicações. O engessamento administrativo e orçamentário é um empecilho ao recrutamento de professores estrangeiros a preços competitivos.

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O Brasil é uma potência regional, é a segunda maior democracia no hemisfério ocidental e tem uma economia relativamente diversificada entre as 10 maiores do mundo. Um país assim não pode prescindir de universidades de classe mundial para navegar no novo mundo do século 21. À frente de um punhado de outras universidades públicas, a USP está no bom caminho, mas precisa fazer a lição de casa e acelerar o passo.

A Universidade de São Paulo (USP) deixou de ser a melhor da América Latina e passou para o segundo lugar no ranking da Quacquarelli Symonds (QS). Não é um problema grave. A USP segue entre as 100 melhores e rankings tem suas idiossincrasias e oscilações. No ano que vem ela pode voltar ao topo, e as manchetes passarão de apreensivas a laudatórias.

O que importa é utilizar essa foto do momento para avaliar a trajetória. Nos últimos 20 anos a USP subiu muitas posições e segue sendo a universidade brasileira mais bem posicionada para atingir o status de “classe mundial”. Ela tem a responsabilidade de puxar a fila e mostrar o caminho das pedras para outras universidades que também têm essa vocação, como a Unicamp (232.ª no ranking), UFRJ (304.ª) ou Unesp (489.ª). É justo prestigiar as conquistas da USP, mas ela ainda está aquém de seu potencial e precisa fazer a lição de casa.

Em depoimento ao Estadão, o diretor regional da América Latina da QS, Elson Freire, enfatizou dois caminhos para a USP melhorar sua colocação: internacionalização e sustentabilidade.

No segundo caso, a USP e o ecossistema universitário nacional já estão comparativamente bem posicionados. Mas, dadas as condições naturais e vantagens comparativas do Brasil na área ambiental, a avaliação é que as universidades podem ter um papel muito mais inovador e transformador.

Há outros déficits que Freire não chegou a apontar, mas que têm sido citados por especialistas em ensino superior. A burocracia excessiva, nos moldes das repartições públicas, engessa o orçamento e a flexibilidade para compra de equipamentos, gastos com pesquisa, contratação de professores e inovações nos departamentos e currículos. Acomodadas aos recursos públicos, as universidades públicas exploram pouco as fontes alternativas de financiamento e parcerias público-privadas, sem as quais nenhuma universidade atinge excelência. No topo do ranking a equação é inversa: as universidades de primeira classe também dependem de recursos públicos para pesquisa, mas, em geral, são privadas, e investem em toda forma de captação de recursos privados para robustecer seu capital.

Há uma vulnerabilidade estrutural que não pode ser totalmente sanada, mas pode ao menos ser mitigada, que é o gigantismo da USP e outras universidades públicas. Instituições no topo dos rankings são de tamanho médio para pequeno, com menos de 20 mil alunos. A USP tem quase 100 mil, e, como outras universidades públicas, administra de museus a hospitais, agravando dificuldades administrativas e orçamentárias crônicas.

Há ainda uma questão cultural. Na última geração as políticas para o ensino superior focaram quase que obsessivamente na expansão e na inclusão social, e negligenciaram a busca por excelência, a valorização do mérito e a diversidade acadêmica.

Todas essas disfuncionalidades agravam transversalmente aquele que é talvez o maior déficit das universidades brasileiras: o baixo grau de internacionalização. É quase uma tautologia: universidades que ambicionam o status de classe internacional precisam incentivar o intercâmbio internacional e a diversidade de alunos e docentes. Conscientes dos desafios de uma economia do conhecimento globalizada, países já desenvolvidos, como Alemanha ou Suécia, ou em desenvolvimento, como Coreia do Sul ou China, têm investido fortemente em internacionalização, com resultados expressivos nos rankings.

Um fator de alavancagem decisivo seria consagrar o inglês como segunda língua e idioma corrente em cursos e publicações. O engessamento administrativo e orçamentário é um empecilho ao recrutamento de professores estrangeiros a preços competitivos.

O Brasil é uma potência regional, é a segunda maior democracia no hemisfério ocidental e tem uma economia relativamente diversificada entre as 10 maiores do mundo. Um país assim não pode prescindir de universidades de classe mundial para navegar no novo mundo do século 21. À frente de um punhado de outras universidades públicas, a USP está no bom caminho, mas precisa fazer a lição de casa e acelerar o passo.

A Universidade de São Paulo (USP) deixou de ser a melhor da América Latina e passou para o segundo lugar no ranking da Quacquarelli Symonds (QS). Não é um problema grave. A USP segue entre as 100 melhores e rankings tem suas idiossincrasias e oscilações. No ano que vem ela pode voltar ao topo, e as manchetes passarão de apreensivas a laudatórias.

O que importa é utilizar essa foto do momento para avaliar a trajetória. Nos últimos 20 anos a USP subiu muitas posições e segue sendo a universidade brasileira mais bem posicionada para atingir o status de “classe mundial”. Ela tem a responsabilidade de puxar a fila e mostrar o caminho das pedras para outras universidades que também têm essa vocação, como a Unicamp (232.ª no ranking), UFRJ (304.ª) ou Unesp (489.ª). É justo prestigiar as conquistas da USP, mas ela ainda está aquém de seu potencial e precisa fazer a lição de casa.

Em depoimento ao Estadão, o diretor regional da América Latina da QS, Elson Freire, enfatizou dois caminhos para a USP melhorar sua colocação: internacionalização e sustentabilidade.

No segundo caso, a USP e o ecossistema universitário nacional já estão comparativamente bem posicionados. Mas, dadas as condições naturais e vantagens comparativas do Brasil na área ambiental, a avaliação é que as universidades podem ter um papel muito mais inovador e transformador.

Há outros déficits que Freire não chegou a apontar, mas que têm sido citados por especialistas em ensino superior. A burocracia excessiva, nos moldes das repartições públicas, engessa o orçamento e a flexibilidade para compra de equipamentos, gastos com pesquisa, contratação de professores e inovações nos departamentos e currículos. Acomodadas aos recursos públicos, as universidades públicas exploram pouco as fontes alternativas de financiamento e parcerias público-privadas, sem as quais nenhuma universidade atinge excelência. No topo do ranking a equação é inversa: as universidades de primeira classe também dependem de recursos públicos para pesquisa, mas, em geral, são privadas, e investem em toda forma de captação de recursos privados para robustecer seu capital.

Há uma vulnerabilidade estrutural que não pode ser totalmente sanada, mas pode ao menos ser mitigada, que é o gigantismo da USP e outras universidades públicas. Instituições no topo dos rankings são de tamanho médio para pequeno, com menos de 20 mil alunos. A USP tem quase 100 mil, e, como outras universidades públicas, administra de museus a hospitais, agravando dificuldades administrativas e orçamentárias crônicas.

Há ainda uma questão cultural. Na última geração as políticas para o ensino superior focaram quase que obsessivamente na expansão e na inclusão social, e negligenciaram a busca por excelência, a valorização do mérito e a diversidade acadêmica.

Todas essas disfuncionalidades agravam transversalmente aquele que é talvez o maior déficit das universidades brasileiras: o baixo grau de internacionalização. É quase uma tautologia: universidades que ambicionam o status de classe internacional precisam incentivar o intercâmbio internacional e a diversidade de alunos e docentes. Conscientes dos desafios de uma economia do conhecimento globalizada, países já desenvolvidos, como Alemanha ou Suécia, ou em desenvolvimento, como Coreia do Sul ou China, têm investido fortemente em internacionalização, com resultados expressivos nos rankings.

Um fator de alavancagem decisivo seria consagrar o inglês como segunda língua e idioma corrente em cursos e publicações. O engessamento administrativo e orçamentário é um empecilho ao recrutamento de professores estrangeiros a preços competitivos.

O Brasil é uma potência regional, é a segunda maior democracia no hemisfério ocidental e tem uma economia relativamente diversificada entre as 10 maiores do mundo. Um país assim não pode prescindir de universidades de classe mundial para navegar no novo mundo do século 21. À frente de um punhado de outras universidades públicas, a USP está no bom caminho, mas precisa fazer a lição de casa e acelerar o passo.

A Universidade de São Paulo (USP) deixou de ser a melhor da América Latina e passou para o segundo lugar no ranking da Quacquarelli Symonds (QS). Não é um problema grave. A USP segue entre as 100 melhores e rankings tem suas idiossincrasias e oscilações. No ano que vem ela pode voltar ao topo, e as manchetes passarão de apreensivas a laudatórias.

O que importa é utilizar essa foto do momento para avaliar a trajetória. Nos últimos 20 anos a USP subiu muitas posições e segue sendo a universidade brasileira mais bem posicionada para atingir o status de “classe mundial”. Ela tem a responsabilidade de puxar a fila e mostrar o caminho das pedras para outras universidades que também têm essa vocação, como a Unicamp (232.ª no ranking), UFRJ (304.ª) ou Unesp (489.ª). É justo prestigiar as conquistas da USP, mas ela ainda está aquém de seu potencial e precisa fazer a lição de casa.

Em depoimento ao Estadão, o diretor regional da América Latina da QS, Elson Freire, enfatizou dois caminhos para a USP melhorar sua colocação: internacionalização e sustentabilidade.

No segundo caso, a USP e o ecossistema universitário nacional já estão comparativamente bem posicionados. Mas, dadas as condições naturais e vantagens comparativas do Brasil na área ambiental, a avaliação é que as universidades podem ter um papel muito mais inovador e transformador.

Há outros déficits que Freire não chegou a apontar, mas que têm sido citados por especialistas em ensino superior. A burocracia excessiva, nos moldes das repartições públicas, engessa o orçamento e a flexibilidade para compra de equipamentos, gastos com pesquisa, contratação de professores e inovações nos departamentos e currículos. Acomodadas aos recursos públicos, as universidades públicas exploram pouco as fontes alternativas de financiamento e parcerias público-privadas, sem as quais nenhuma universidade atinge excelência. No topo do ranking a equação é inversa: as universidades de primeira classe também dependem de recursos públicos para pesquisa, mas, em geral, são privadas, e investem em toda forma de captação de recursos privados para robustecer seu capital.

Há uma vulnerabilidade estrutural que não pode ser totalmente sanada, mas pode ao menos ser mitigada, que é o gigantismo da USP e outras universidades públicas. Instituições no topo dos rankings são de tamanho médio para pequeno, com menos de 20 mil alunos. A USP tem quase 100 mil, e, como outras universidades públicas, administra de museus a hospitais, agravando dificuldades administrativas e orçamentárias crônicas.

Há ainda uma questão cultural. Na última geração as políticas para o ensino superior focaram quase que obsessivamente na expansão e na inclusão social, e negligenciaram a busca por excelência, a valorização do mérito e a diversidade acadêmica.

Todas essas disfuncionalidades agravam transversalmente aquele que é talvez o maior déficit das universidades brasileiras: o baixo grau de internacionalização. É quase uma tautologia: universidades que ambicionam o status de classe internacional precisam incentivar o intercâmbio internacional e a diversidade de alunos e docentes. Conscientes dos desafios de uma economia do conhecimento globalizada, países já desenvolvidos, como Alemanha ou Suécia, ou em desenvolvimento, como Coreia do Sul ou China, têm investido fortemente em internacionalização, com resultados expressivos nos rankings.

Um fator de alavancagem decisivo seria consagrar o inglês como segunda língua e idioma corrente em cursos e publicações. O engessamento administrativo e orçamentário é um empecilho ao recrutamento de professores estrangeiros a preços competitivos.

O Brasil é uma potência regional, é a segunda maior democracia no hemisfério ocidental e tem uma economia relativamente diversificada entre as 10 maiores do mundo. Um país assim não pode prescindir de universidades de classe mundial para navegar no novo mundo do século 21. À frente de um punhado de outras universidades públicas, a USP está no bom caminho, mas precisa fazer a lição de casa e acelerar o passo.

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