Volta a guerra comercial


O rompimento da trégua com a China reabre as hostilidades entre as duas maiores economia

Por Redação

Mostrando mais uma vez preferir a força à negociação, o presidente Donald Trump suspendeu a trégua com a China e confirmou a guerra comercial com exportadores de aço e alumínio, incluído o Brasil. Desde 1.º de junho as exportações brasileiras desses produtos estão sujeitas a limitações de entrada no mercado americano - cotas para os produtos siderúrgicos e sobretaxas para alumínio. Numa reação morna, o Itamaraty classificou as barreiras como injustificáveis e reafirmou a disposição de "construir" soluções melhores para as indústrias dos dois países, uma alternativa claramente desprezada pelo outro lado. A resposta chinesa foi proporcional à ação americana: confirmada a imposição de tarifas, o governo da China anunciou que "todas as conquistas econômicas e comerciais negociadas pelas duas partes serão anuladas". Em outras palavras, compromissos como o de aumentar as compras de produtos americanos e esforços para reduzir o desequilíbrio comercial entre os dois países serão abandonados. 

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Duas semanas antes, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, havia anunciado a suspensão da guerra comercial. A trégua serviria para a construção de um acordo e alguns pontos de convergência - como o aumento das importações pela China - foram logo anunciados. Houve manifestações de alívio nos mercados, mas o esforço de conciliação foi breve, porque a guerra entre os auxiliares de Trump nunca foi interrompida. Os defensores do protecionismo ganharam mais uma batalha. No dia 30 o presidente sacramentou essa vitória ao anunciar a imposição de barreiras a partir do dia 1.º. 

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Foram confirmadas barreiras a produtos da China, da União Europeia, do Canadá, do México e do Brasil. Nem os países-membros do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) foram poupados. No caso destes, o objetivo do presidente americano ultrapassa os da proteção dos setores de aço e alumínio. Trump continua pressionando mexicanos e canadenses para conseguir uma revisão do acordo regional de comércio, por ele qualificado como desvantajoso para os Estados Unidos. 

Mas ele aplica a mesma qualificação a outros acordos comerciais e a outras categorias de intercâmbio. Ontem, o presidente americano prometeu aos fazendeiros melhores condições de comércio com China, Canadá e México. Segundo ele, os produtores agropecuários dos Estados Unidos são tratados de forma injusta por esses países.

Ao confirmar as medidas protecionistas contra as importações de aço e alumínio, Trump conseguiu dividir o Grupo dos 7 (G7), formado por sete das maiores economias capitalistas, em duas facções. No fim de uma reunião de ministros de Finanças na cidade canadense de Whistler, seis deles assinaram um comunicado contra a decisão americana de restringir importações de aço e alumínio. O texto menciona "preocupação e desapontamento unânime" diante da iniciativa do governo dos Estados Unidos. A declaração foi assinada pelos ministros canadense, francês, alemão, britânico, italiano e japonês. Com isso, o G7 virou G6+1.

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O rompimento da trégua com a China reabre as hostilidades entre as duas maiores economias e é difícil, por enquanto, estimar todas as consequências possíveis para os demais participantes do mercado. Pode até haver ganhos parciais - por exemplo, com aumento das vendas de produtos agrícolas de outros países para a China, para cobrir o espaço perdido pelos Estados Unidos. Mas o resultado geral tende a ser negativo, se o sistema multilateral sair enfraquecido. Isso ocorrerá se a Organização Mundial do Comércio (OMC) perder autoridade. 

A ordem multilateral será menos prejudicada, no entanto, se a maioria dos envolvidos na controvérsia apelar para a OMC. Europeus e japoneses, por exemplo, comunicaram à entidade a disposição de retaliar, se forem prejudicados pelas barreiras americanas. O governo brasileiro nem sequer deixou claro se recorrerá à OMC contra as medidas impostas pelo presidente Trump. Apenas mencionou a intenção de "reservar" direitos "nos âmbitos bilateral e multilateral". Excesso de diplomacia na linguagem diplomática? 

Mostrando mais uma vez preferir a força à negociação, o presidente Donald Trump suspendeu a trégua com a China e confirmou a guerra comercial com exportadores de aço e alumínio, incluído o Brasil. Desde 1.º de junho as exportações brasileiras desses produtos estão sujeitas a limitações de entrada no mercado americano - cotas para os produtos siderúrgicos e sobretaxas para alumínio. Numa reação morna, o Itamaraty classificou as barreiras como injustificáveis e reafirmou a disposição de "construir" soluções melhores para as indústrias dos dois países, uma alternativa claramente desprezada pelo outro lado. A resposta chinesa foi proporcional à ação americana: confirmada a imposição de tarifas, o governo da China anunciou que "todas as conquistas econômicas e comerciais negociadas pelas duas partes serão anuladas". Em outras palavras, compromissos como o de aumentar as compras de produtos americanos e esforços para reduzir o desequilíbrio comercial entre os dois países serão abandonados. 

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Duas semanas antes, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, havia anunciado a suspensão da guerra comercial. A trégua serviria para a construção de um acordo e alguns pontos de convergência - como o aumento das importações pela China - foram logo anunciados. Houve manifestações de alívio nos mercados, mas o esforço de conciliação foi breve, porque a guerra entre os auxiliares de Trump nunca foi interrompida. Os defensores do protecionismo ganharam mais uma batalha. No dia 30 o presidente sacramentou essa vitória ao anunciar a imposição de barreiras a partir do dia 1.º. 

Foram confirmadas barreiras a produtos da China, da União Europeia, do Canadá, do México e do Brasil. Nem os países-membros do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) foram poupados. No caso destes, o objetivo do presidente americano ultrapassa os da proteção dos setores de aço e alumínio. Trump continua pressionando mexicanos e canadenses para conseguir uma revisão do acordo regional de comércio, por ele qualificado como desvantajoso para os Estados Unidos. 

Mas ele aplica a mesma qualificação a outros acordos comerciais e a outras categorias de intercâmbio. Ontem, o presidente americano prometeu aos fazendeiros melhores condições de comércio com China, Canadá e México. Segundo ele, os produtores agropecuários dos Estados Unidos são tratados de forma injusta por esses países.

Ao confirmar as medidas protecionistas contra as importações de aço e alumínio, Trump conseguiu dividir o Grupo dos 7 (G7), formado por sete das maiores economias capitalistas, em duas facções. No fim de uma reunião de ministros de Finanças na cidade canadense de Whistler, seis deles assinaram um comunicado contra a decisão americana de restringir importações de aço e alumínio. O texto menciona "preocupação e desapontamento unânime" diante da iniciativa do governo dos Estados Unidos. A declaração foi assinada pelos ministros canadense, francês, alemão, britânico, italiano e japonês. Com isso, o G7 virou G6+1.

O rompimento da trégua com a China reabre as hostilidades entre as duas maiores economias e é difícil, por enquanto, estimar todas as consequências possíveis para os demais participantes do mercado. Pode até haver ganhos parciais - por exemplo, com aumento das vendas de produtos agrícolas de outros países para a China, para cobrir o espaço perdido pelos Estados Unidos. Mas o resultado geral tende a ser negativo, se o sistema multilateral sair enfraquecido. Isso ocorrerá se a Organização Mundial do Comércio (OMC) perder autoridade. 

A ordem multilateral será menos prejudicada, no entanto, se a maioria dos envolvidos na controvérsia apelar para a OMC. Europeus e japoneses, por exemplo, comunicaram à entidade a disposição de retaliar, se forem prejudicados pelas barreiras americanas. O governo brasileiro nem sequer deixou claro se recorrerá à OMC contra as medidas impostas pelo presidente Trump. Apenas mencionou a intenção de "reservar" direitos "nos âmbitos bilateral e multilateral". Excesso de diplomacia na linguagem diplomática? 

Mostrando mais uma vez preferir a força à negociação, o presidente Donald Trump suspendeu a trégua com a China e confirmou a guerra comercial com exportadores de aço e alumínio, incluído o Brasil. Desde 1.º de junho as exportações brasileiras desses produtos estão sujeitas a limitações de entrada no mercado americano - cotas para os produtos siderúrgicos e sobretaxas para alumínio. Numa reação morna, o Itamaraty classificou as barreiras como injustificáveis e reafirmou a disposição de "construir" soluções melhores para as indústrias dos dois países, uma alternativa claramente desprezada pelo outro lado. A resposta chinesa foi proporcional à ação americana: confirmada a imposição de tarifas, o governo da China anunciou que "todas as conquistas econômicas e comerciais negociadas pelas duas partes serão anuladas". Em outras palavras, compromissos como o de aumentar as compras de produtos americanos e esforços para reduzir o desequilíbrio comercial entre os dois países serão abandonados. 

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Duas semanas antes, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, havia anunciado a suspensão da guerra comercial. A trégua serviria para a construção de um acordo e alguns pontos de convergência - como o aumento das importações pela China - foram logo anunciados. Houve manifestações de alívio nos mercados, mas o esforço de conciliação foi breve, porque a guerra entre os auxiliares de Trump nunca foi interrompida. Os defensores do protecionismo ganharam mais uma batalha. No dia 30 o presidente sacramentou essa vitória ao anunciar a imposição de barreiras a partir do dia 1.º. 

Foram confirmadas barreiras a produtos da China, da União Europeia, do Canadá, do México e do Brasil. Nem os países-membros do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) foram poupados. No caso destes, o objetivo do presidente americano ultrapassa os da proteção dos setores de aço e alumínio. Trump continua pressionando mexicanos e canadenses para conseguir uma revisão do acordo regional de comércio, por ele qualificado como desvantajoso para os Estados Unidos. 

Mas ele aplica a mesma qualificação a outros acordos comerciais e a outras categorias de intercâmbio. Ontem, o presidente americano prometeu aos fazendeiros melhores condições de comércio com China, Canadá e México. Segundo ele, os produtores agropecuários dos Estados Unidos são tratados de forma injusta por esses países.

Ao confirmar as medidas protecionistas contra as importações de aço e alumínio, Trump conseguiu dividir o Grupo dos 7 (G7), formado por sete das maiores economias capitalistas, em duas facções. No fim de uma reunião de ministros de Finanças na cidade canadense de Whistler, seis deles assinaram um comunicado contra a decisão americana de restringir importações de aço e alumínio. O texto menciona "preocupação e desapontamento unânime" diante da iniciativa do governo dos Estados Unidos. A declaração foi assinada pelos ministros canadense, francês, alemão, britânico, italiano e japonês. Com isso, o G7 virou G6+1.

O rompimento da trégua com a China reabre as hostilidades entre as duas maiores economias e é difícil, por enquanto, estimar todas as consequências possíveis para os demais participantes do mercado. Pode até haver ganhos parciais - por exemplo, com aumento das vendas de produtos agrícolas de outros países para a China, para cobrir o espaço perdido pelos Estados Unidos. Mas o resultado geral tende a ser negativo, se o sistema multilateral sair enfraquecido. Isso ocorrerá se a Organização Mundial do Comércio (OMC) perder autoridade. 

A ordem multilateral será menos prejudicada, no entanto, se a maioria dos envolvidos na controvérsia apelar para a OMC. Europeus e japoneses, por exemplo, comunicaram à entidade a disposição de retaliar, se forem prejudicados pelas barreiras americanas. O governo brasileiro nem sequer deixou claro se recorrerá à OMC contra as medidas impostas pelo presidente Trump. Apenas mencionou a intenção de "reservar" direitos "nos âmbitos bilateral e multilateral". Excesso de diplomacia na linguagem diplomática? 

Mostrando mais uma vez preferir a força à negociação, o presidente Donald Trump suspendeu a trégua com a China e confirmou a guerra comercial com exportadores de aço e alumínio, incluído o Brasil. Desde 1.º de junho as exportações brasileiras desses produtos estão sujeitas a limitações de entrada no mercado americano - cotas para os produtos siderúrgicos e sobretaxas para alumínio. Numa reação morna, o Itamaraty classificou as barreiras como injustificáveis e reafirmou a disposição de "construir" soluções melhores para as indústrias dos dois países, uma alternativa claramente desprezada pelo outro lado. A resposta chinesa foi proporcional à ação americana: confirmada a imposição de tarifas, o governo da China anunciou que "todas as conquistas econômicas e comerciais negociadas pelas duas partes serão anuladas". Em outras palavras, compromissos como o de aumentar as compras de produtos americanos e esforços para reduzir o desequilíbrio comercial entre os dois países serão abandonados. 

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Duas semanas antes, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, havia anunciado a suspensão da guerra comercial. A trégua serviria para a construção de um acordo e alguns pontos de convergência - como o aumento das importações pela China - foram logo anunciados. Houve manifestações de alívio nos mercados, mas o esforço de conciliação foi breve, porque a guerra entre os auxiliares de Trump nunca foi interrompida. Os defensores do protecionismo ganharam mais uma batalha. No dia 30 o presidente sacramentou essa vitória ao anunciar a imposição de barreiras a partir do dia 1.º. 

Foram confirmadas barreiras a produtos da China, da União Europeia, do Canadá, do México e do Brasil. Nem os países-membros do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) foram poupados. No caso destes, o objetivo do presidente americano ultrapassa os da proteção dos setores de aço e alumínio. Trump continua pressionando mexicanos e canadenses para conseguir uma revisão do acordo regional de comércio, por ele qualificado como desvantajoso para os Estados Unidos. 

Mas ele aplica a mesma qualificação a outros acordos comerciais e a outras categorias de intercâmbio. Ontem, o presidente americano prometeu aos fazendeiros melhores condições de comércio com China, Canadá e México. Segundo ele, os produtores agropecuários dos Estados Unidos são tratados de forma injusta por esses países.

Ao confirmar as medidas protecionistas contra as importações de aço e alumínio, Trump conseguiu dividir o Grupo dos 7 (G7), formado por sete das maiores economias capitalistas, em duas facções. No fim de uma reunião de ministros de Finanças na cidade canadense de Whistler, seis deles assinaram um comunicado contra a decisão americana de restringir importações de aço e alumínio. O texto menciona "preocupação e desapontamento unânime" diante da iniciativa do governo dos Estados Unidos. A declaração foi assinada pelos ministros canadense, francês, alemão, britânico, italiano e japonês. Com isso, o G7 virou G6+1.

O rompimento da trégua com a China reabre as hostilidades entre as duas maiores economias e é difícil, por enquanto, estimar todas as consequências possíveis para os demais participantes do mercado. Pode até haver ganhos parciais - por exemplo, com aumento das vendas de produtos agrícolas de outros países para a China, para cobrir o espaço perdido pelos Estados Unidos. Mas o resultado geral tende a ser negativo, se o sistema multilateral sair enfraquecido. Isso ocorrerá se a Organização Mundial do Comércio (OMC) perder autoridade. 

A ordem multilateral será menos prejudicada, no entanto, se a maioria dos envolvidos na controvérsia apelar para a OMC. Europeus e japoneses, por exemplo, comunicaram à entidade a disposição de retaliar, se forem prejudicados pelas barreiras americanas. O governo brasileiro nem sequer deixou claro se recorrerá à OMC contra as medidas impostas pelo presidente Trump. Apenas mencionou a intenção de "reservar" direitos "nos âmbitos bilateral e multilateral". Excesso de diplomacia na linguagem diplomática? 

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