A dona da fábrica de chocolates


Conheça a trajetória da criadora dos chocolates Mica

Por Chris Campos
Atualização:
Michelle Kallas, proprietária da Mica Crafted Chocolates no bairro de Pinheiros Foto: Taba Benedicto/ Estadão

A empresária Michele Kallas, 38 anos, atuou durante 10 anos em escritórios de advocacia. Formada em Direito, sabia que essa não seria a sua praia desde o primeiro dia de aula na faculdade. Há quatro anos iniciou oficialmente os trabalhos na Mica, um pequeno e charmoso ateliê com jeito de fábrica de chocolates no bairro de Pinheiros. A marca foi batizada com seu apelido de infância e isso diz muito sobre sua criadora...

A crise existencial gerada pelo trabalho em uma profissão com a qual não mantinha um elo emocional, a fez procurar uma especialista em carreiras. “Venho de uma família de comerciantes e a gastronomia é uma coisa que eu sempre amei, adoro cozinhar, gosto de comer bem, mas sabia que não ia conseguir decidir sozinha o que queria fazer profissionalmente”, conta. “Passei um ano com uma especialista em carreiras discutindo possibilidades; segui trabalhando como advogada e fazia cursos de gastronomia depois do trabalho”.

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Mas sigamos com a história... Durante o processo de lapidação de desejos e habilidades, entre um curso e outro, Mica sentiu aquele quentinho do coração ao encarar o primeiro curso de chocolates, algo que só acontece quando encontramos algo que gostamos ou nos encontramos.

Bombons artísticos da Mica Foto: Juliana Frug

“Comecei a estudar o tema e, nesse ponto, sou meio obsessiva”, lembra. “Durante a pesquisa descobri os chocolates artísticos, parecidos com os bolos espelhados que viraram febre no Pinterest há alguns anos”. Mica só sossegou quando descobriu uma mulher nos Estados Unidos que era a mestra dos chocolates artísticos. Pediu férias no trabalho e foi pra Las Vegas se aventurar em um curso para profissionais sem saber direito como realizar processos básicos, como a temperagem. Quando voltou, teve a certeza do caminho. Isso foi em 2018. Disse sim para ela mesma e se despediu da especialista em carreiras.

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Começou a fazer os primeiros bombons na cozinha de casa. Dormia duas horas por noite. Chegava do escritório e ia fazer chocolate. Um processo de confecção que leva três dias e inclui uma etapa de pintura feita com compressor. “Improvisei uma caixa de papelão na cozinha de dois metros quadrados, com uma geladeira pequena e fui!”, conta. Começou a pegar encomendas para casamentos, empresas e vendia os bombons com defeito no escritório por um R$ 1. Hoje um único bombom em sua loja é comercializado a R$ 6,50.

Embalagens caprichadas que entregam o conceito da marca Foto: Juliana Frug

Veio a pandemia e ela começou a vender muito chocolate pelo Instagram. Largou o emprego quando abriu o primeiro ateliê. Ficou grávida na sequência e, desde então, só voou. O investimento inicial veio de suas próprias economias. Nos primeiro anos, tudo o que ganhava era reinvestido na marca. Delegou o processo de feitura dos chocolates a confeiteiros treinados por ela, que pesquisa pessoalmente as referências para as artes que enfeitam as embalagens da Mica e cria novos sabores de bombons todos os meses. Quem entra em sua loja encontra sempre uma surpresa. Pode ser um bombom com recheio de batata chips, de torta de limão, de donuts, de coentro... Chocolate com pimenta, drágeas crocantes, fatias recheadas, barrinhas especiais. A imaginação de Mica e de convidados que, vira e mexe, fazem parcerias criativas com a marca, parece desconhecer limites.

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Ainda este mês ela deve expandir o espaço que ocupa atualmente para um imóvel vizinho à loja de Pinheiros. Há planos para novas lojas em São Paulo também. A advogada que criou sua própria fábrica de chocolates parece ter feito pazes com seus desejos criando outros tantos.

Michelle Kallas, proprietária da Mica Crafted Chocolates no bairro de Pinheiros Foto: Taba Benedicto/ Estadão

A empresária Michele Kallas, 38 anos, atuou durante 10 anos em escritórios de advocacia. Formada em Direito, sabia que essa não seria a sua praia desde o primeiro dia de aula na faculdade. Há quatro anos iniciou oficialmente os trabalhos na Mica, um pequeno e charmoso ateliê com jeito de fábrica de chocolates no bairro de Pinheiros. A marca foi batizada com seu apelido de infância e isso diz muito sobre sua criadora...

A crise existencial gerada pelo trabalho em uma profissão com a qual não mantinha um elo emocional, a fez procurar uma especialista em carreiras. “Venho de uma família de comerciantes e a gastronomia é uma coisa que eu sempre amei, adoro cozinhar, gosto de comer bem, mas sabia que não ia conseguir decidir sozinha o que queria fazer profissionalmente”, conta. “Passei um ano com uma especialista em carreiras discutindo possibilidades; segui trabalhando como advogada e fazia cursos de gastronomia depois do trabalho”.

Mas sigamos com a história... Durante o processo de lapidação de desejos e habilidades, entre um curso e outro, Mica sentiu aquele quentinho do coração ao encarar o primeiro curso de chocolates, algo que só acontece quando encontramos algo que gostamos ou nos encontramos.

Bombons artísticos da Mica Foto: Juliana Frug

“Comecei a estudar o tema e, nesse ponto, sou meio obsessiva”, lembra. “Durante a pesquisa descobri os chocolates artísticos, parecidos com os bolos espelhados que viraram febre no Pinterest há alguns anos”. Mica só sossegou quando descobriu uma mulher nos Estados Unidos que era a mestra dos chocolates artísticos. Pediu férias no trabalho e foi pra Las Vegas se aventurar em um curso para profissionais sem saber direito como realizar processos básicos, como a temperagem. Quando voltou, teve a certeza do caminho. Isso foi em 2018. Disse sim para ela mesma e se despediu da especialista em carreiras.

Começou a fazer os primeiros bombons na cozinha de casa. Dormia duas horas por noite. Chegava do escritório e ia fazer chocolate. Um processo de confecção que leva três dias e inclui uma etapa de pintura feita com compressor. “Improvisei uma caixa de papelão na cozinha de dois metros quadrados, com uma geladeira pequena e fui!”, conta. Começou a pegar encomendas para casamentos, empresas e vendia os bombons com defeito no escritório por um R$ 1. Hoje um único bombom em sua loja é comercializado a R$ 6,50.

Embalagens caprichadas que entregam o conceito da marca Foto: Juliana Frug

Veio a pandemia e ela começou a vender muito chocolate pelo Instagram. Largou o emprego quando abriu o primeiro ateliê. Ficou grávida na sequência e, desde então, só voou. O investimento inicial veio de suas próprias economias. Nos primeiro anos, tudo o que ganhava era reinvestido na marca. Delegou o processo de feitura dos chocolates a confeiteiros treinados por ela, que pesquisa pessoalmente as referências para as artes que enfeitam as embalagens da Mica e cria novos sabores de bombons todos os meses. Quem entra em sua loja encontra sempre uma surpresa. Pode ser um bombom com recheio de batata chips, de torta de limão, de donuts, de coentro... Chocolate com pimenta, drágeas crocantes, fatias recheadas, barrinhas especiais. A imaginação de Mica e de convidados que, vira e mexe, fazem parcerias criativas com a marca, parece desconhecer limites.

Ainda este mês ela deve expandir o espaço que ocupa atualmente para um imóvel vizinho à loja de Pinheiros. Há planos para novas lojas em São Paulo também. A advogada que criou sua própria fábrica de chocolates parece ter feito pazes com seus desejos criando outros tantos.

Michelle Kallas, proprietária da Mica Crafted Chocolates no bairro de Pinheiros Foto: Taba Benedicto/ Estadão

A empresária Michele Kallas, 38 anos, atuou durante 10 anos em escritórios de advocacia. Formada em Direito, sabia que essa não seria a sua praia desde o primeiro dia de aula na faculdade. Há quatro anos iniciou oficialmente os trabalhos na Mica, um pequeno e charmoso ateliê com jeito de fábrica de chocolates no bairro de Pinheiros. A marca foi batizada com seu apelido de infância e isso diz muito sobre sua criadora...

A crise existencial gerada pelo trabalho em uma profissão com a qual não mantinha um elo emocional, a fez procurar uma especialista em carreiras. “Venho de uma família de comerciantes e a gastronomia é uma coisa que eu sempre amei, adoro cozinhar, gosto de comer bem, mas sabia que não ia conseguir decidir sozinha o que queria fazer profissionalmente”, conta. “Passei um ano com uma especialista em carreiras discutindo possibilidades; segui trabalhando como advogada e fazia cursos de gastronomia depois do trabalho”.

Mas sigamos com a história... Durante o processo de lapidação de desejos e habilidades, entre um curso e outro, Mica sentiu aquele quentinho do coração ao encarar o primeiro curso de chocolates, algo que só acontece quando encontramos algo que gostamos ou nos encontramos.

Bombons artísticos da Mica Foto: Juliana Frug

“Comecei a estudar o tema e, nesse ponto, sou meio obsessiva”, lembra. “Durante a pesquisa descobri os chocolates artísticos, parecidos com os bolos espelhados que viraram febre no Pinterest há alguns anos”. Mica só sossegou quando descobriu uma mulher nos Estados Unidos que era a mestra dos chocolates artísticos. Pediu férias no trabalho e foi pra Las Vegas se aventurar em um curso para profissionais sem saber direito como realizar processos básicos, como a temperagem. Quando voltou, teve a certeza do caminho. Isso foi em 2018. Disse sim para ela mesma e se despediu da especialista em carreiras.

Começou a fazer os primeiros bombons na cozinha de casa. Dormia duas horas por noite. Chegava do escritório e ia fazer chocolate. Um processo de confecção que leva três dias e inclui uma etapa de pintura feita com compressor. “Improvisei uma caixa de papelão na cozinha de dois metros quadrados, com uma geladeira pequena e fui!”, conta. Começou a pegar encomendas para casamentos, empresas e vendia os bombons com defeito no escritório por um R$ 1. Hoje um único bombom em sua loja é comercializado a R$ 6,50.

Embalagens caprichadas que entregam o conceito da marca Foto: Juliana Frug

Veio a pandemia e ela começou a vender muito chocolate pelo Instagram. Largou o emprego quando abriu o primeiro ateliê. Ficou grávida na sequência e, desde então, só voou. O investimento inicial veio de suas próprias economias. Nos primeiro anos, tudo o que ganhava era reinvestido na marca. Delegou o processo de feitura dos chocolates a confeiteiros treinados por ela, que pesquisa pessoalmente as referências para as artes que enfeitam as embalagens da Mica e cria novos sabores de bombons todos os meses. Quem entra em sua loja encontra sempre uma surpresa. Pode ser um bombom com recheio de batata chips, de torta de limão, de donuts, de coentro... Chocolate com pimenta, drágeas crocantes, fatias recheadas, barrinhas especiais. A imaginação de Mica e de convidados que, vira e mexe, fazem parcerias criativas com a marca, parece desconhecer limites.

Ainda este mês ela deve expandir o espaço que ocupa atualmente para um imóvel vizinho à loja de Pinheiros. Há planos para novas lojas em São Paulo também. A advogada que criou sua própria fábrica de chocolates parece ter feito pazes com seus desejos criando outros tantos.

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