Além do saquê: Harmonização de sushis com bebidas alcoólicas pode ser descomplicada e proveitosa


Leve e delicada, a culinária japonesa pode ser combinada com cervejas, vinhos e drinques sem perder o protagonismo

Por Beatriz Olivetti
Atualização:
Niguiri de Hokkigai do Oguro Foto: Mario Rodrigues

Não é nenhuma novidade que o Brasil incorporou a culinária oriental. Leve e saborosa, a gastronomia japonesa é marcada pelo equilíbrio e contraste de sabores, geralmente combinada com banchás ou saquês. 

Entretanto, o que poucas pessoas sabem é que é possível combinar esse tipo de comida com cervejas, vinhos e até mesmo drinques alcoólicos sem esconder o protagonismo dos peixes e frutos do mar.

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Drinques alcoólicos

Peixes gordurosos, como salmão e atum, além de frituras são dois elementos frequentes na cozinha nipônica. Por se tratarem de alimentos macios no paladar, podem gerar dúvidas na hora de escolher uma bebida para acompanhar.

De acordo com a chef de bar e mixologista Adriana Pino, do Flora, a harmonização acontece por semelhança ou contraste, e a partir disso é possível combinar qualquer prato oriental com drinques.

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"Vale lembrar que esses peixes mais gordurosos combinam com bebidas cítricas como caipirinhas e margaritas, já crustáceos, ostras e camarões podem ser acompanhados de drinques mais secos e levemente amargos como dry martini e vésper", ressalta Adriana.

Drinque Raichi do Oguro Foto: Mario Rodrigues

Quanto ao rodízio, Nicholas Fullen, sócio-proprietário do Oguro explica que uma forma de combinar a modalidade com bebidas alcoólicas é manter uma carta didática para quem vai escolher e está disposto a pedir apenas um drinque para acompanhar a refeição.

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“Acredito que ingredientes parecidos com o que se vê na mesa pode ser uma saída para quem quer pedir apenas uma bebida no rodízio. Então bebidas que contenham gengibre e até mesmo wassabi mostram o caminho a se seguir”, afirma.

Cervejas

Além dos amantes de drinques, há também quem não abra mão da boa e velha cerveja quando o assunto é comer fora. 

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Visando brincar com a versatilidade e nuances em suas harmonizações, o cervejeiro Junior Bottura, embaixador do espaço priceless, afirma que a ideia das combinações é criar novos sabores, texturas e sensações.

"Quando falamos emcomida japonesa, dependendo da intenção da combinação. Gosto de apostar em cervejas que tenham comoatributo a presença do álcool no paladar ou toque cítrico, mas isso não é necessariamente uma regra", explica.

Já Júlia Fraga, sócia-proprietária da cervejaria  Âmbar e da Tank Brew Pub, acredita que a harmonização é uma forma de valorizar tanto a bebida quanto o alimento, mas é importante analisar o contexto do prato.

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Copo de cerveja hoppy lager Foto: Pedro Pontes | Cervejaria Avós

"Não acho que uma cerveja precise ser leve para acompanhar um sushi, mas também não adianta servir uma bebida repleta de notas e matar a delicadeza do peixe", afirma. 

Os dois, porém, afirmam que uma boa aposta são cervejas carbonatadas, que faz com que a bebida seja gaseificada e adquira perfil sensorial, ou seja, proporcionar aos sentidos humanos elementos como aroma, sabor e textura. 

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Cervejas com essa característica têm, também, a capacidade de limpar o paladar, aguçado os sentidos e a vontade para a próxima peça. German pilsners, witbiers e cervejas sours são apenas algumas opções para quem quer apostar na cerveja na hora de comer sushi.

Vinhos

Apesar de constantemente serem associados a pratos pungentes, os vinhos também podem acompanhar barcas de sushi e sashimi. 

Quando pensamos em comida japonesa, o ideal é olhar para os universos de brancos e rosés, que tendem a ser mais leves e delicados. A sommelière Suzana Barelli recomenda, no caso dos vinhos rosés, sempre atentar-se à cor.

"Vinhos que possuem um rosado mais intenso indicam que aquela bebida tem mais corpo. Os rosas clarinhos tendem a ter menos estrutura, menos taninos que estão presentes na pele das uvas", explica.

Taça de vinho branco Foto: FOTO FERNANDO SCIARRA/ESTADAO

Há também algumas regras básicas que ajudam na hora da combinação. Uma delas é que pratos que levam elementos mais gordurosos, com peixes mais macios ao paladar, pedem por vinhos de acidez mais elevada. Já crustáceos, lulas, camarões e ostras combinam melhor com vinhos que não tiveram passagens por barricas de carvalho, e por isso são menos complexos em aromas e sabores, deixando o protagonismo para o alimento.

Para quem não está disposto a tomar mais de uma taça na hora da refeição, a especialista recomenda opções que não briguem com nenhum dos pratos.

"Eu recorreria a espumantes brut. Eles costumam combinar com a maioria das receitas japonesas", afirma por fim.

Niguiri de Hokkigai do Oguro Foto: Mario Rodrigues

Não é nenhuma novidade que o Brasil incorporou a culinária oriental. Leve e saborosa, a gastronomia japonesa é marcada pelo equilíbrio e contraste de sabores, geralmente combinada com banchás ou saquês. 

Entretanto, o que poucas pessoas sabem é que é possível combinar esse tipo de comida com cervejas, vinhos e até mesmo drinques alcoólicos sem esconder o protagonismo dos peixes e frutos do mar.

Drinques alcoólicos

Peixes gordurosos, como salmão e atum, além de frituras são dois elementos frequentes na cozinha nipônica. Por se tratarem de alimentos macios no paladar, podem gerar dúvidas na hora de escolher uma bebida para acompanhar.

De acordo com a chef de bar e mixologista Adriana Pino, do Flora, a harmonização acontece por semelhança ou contraste, e a partir disso é possível combinar qualquer prato oriental com drinques.

"Vale lembrar que esses peixes mais gordurosos combinam com bebidas cítricas como caipirinhas e margaritas, já crustáceos, ostras e camarões podem ser acompanhados de drinques mais secos e levemente amargos como dry martini e vésper", ressalta Adriana.

Drinque Raichi do Oguro Foto: Mario Rodrigues

Quanto ao rodízio, Nicholas Fullen, sócio-proprietário do Oguro explica que uma forma de combinar a modalidade com bebidas alcoólicas é manter uma carta didática para quem vai escolher e está disposto a pedir apenas um drinque para acompanhar a refeição.

“Acredito que ingredientes parecidos com o que se vê na mesa pode ser uma saída para quem quer pedir apenas uma bebida no rodízio. Então bebidas que contenham gengibre e até mesmo wassabi mostram o caminho a se seguir”, afirma.

Cervejas

Além dos amantes de drinques, há também quem não abra mão da boa e velha cerveja quando o assunto é comer fora. 

Visando brincar com a versatilidade e nuances em suas harmonizações, o cervejeiro Junior Bottura, embaixador do espaço priceless, afirma que a ideia das combinações é criar novos sabores, texturas e sensações.

"Quando falamos emcomida japonesa, dependendo da intenção da combinação. Gosto de apostar em cervejas que tenham comoatributo a presença do álcool no paladar ou toque cítrico, mas isso não é necessariamente uma regra", explica.

Já Júlia Fraga, sócia-proprietária da cervejaria  Âmbar e da Tank Brew Pub, acredita que a harmonização é uma forma de valorizar tanto a bebida quanto o alimento, mas é importante analisar o contexto do prato.

Copo de cerveja hoppy lager Foto: Pedro Pontes | Cervejaria Avós

"Não acho que uma cerveja precise ser leve para acompanhar um sushi, mas também não adianta servir uma bebida repleta de notas e matar a delicadeza do peixe", afirma. 

Os dois, porém, afirmam que uma boa aposta são cervejas carbonatadas, que faz com que a bebida seja gaseificada e adquira perfil sensorial, ou seja, proporcionar aos sentidos humanos elementos como aroma, sabor e textura. 

Cervejas com essa característica têm, também, a capacidade de limpar o paladar, aguçado os sentidos e a vontade para a próxima peça. German pilsners, witbiers e cervejas sours são apenas algumas opções para quem quer apostar na cerveja na hora de comer sushi.

Vinhos

Apesar de constantemente serem associados a pratos pungentes, os vinhos também podem acompanhar barcas de sushi e sashimi. 

Quando pensamos em comida japonesa, o ideal é olhar para os universos de brancos e rosés, que tendem a ser mais leves e delicados. A sommelière Suzana Barelli recomenda, no caso dos vinhos rosés, sempre atentar-se à cor.

"Vinhos que possuem um rosado mais intenso indicam que aquela bebida tem mais corpo. Os rosas clarinhos tendem a ter menos estrutura, menos taninos que estão presentes na pele das uvas", explica.

Taça de vinho branco Foto: FOTO FERNANDO SCIARRA/ESTADAO

Há também algumas regras básicas que ajudam na hora da combinação. Uma delas é que pratos que levam elementos mais gordurosos, com peixes mais macios ao paladar, pedem por vinhos de acidez mais elevada. Já crustáceos, lulas, camarões e ostras combinam melhor com vinhos que não tiveram passagens por barricas de carvalho, e por isso são menos complexos em aromas e sabores, deixando o protagonismo para o alimento.

Para quem não está disposto a tomar mais de uma taça na hora da refeição, a especialista recomenda opções que não briguem com nenhum dos pratos.

"Eu recorreria a espumantes brut. Eles costumam combinar com a maioria das receitas japonesas", afirma por fim.

Niguiri de Hokkigai do Oguro Foto: Mario Rodrigues

Não é nenhuma novidade que o Brasil incorporou a culinária oriental. Leve e saborosa, a gastronomia japonesa é marcada pelo equilíbrio e contraste de sabores, geralmente combinada com banchás ou saquês. 

Entretanto, o que poucas pessoas sabem é que é possível combinar esse tipo de comida com cervejas, vinhos e até mesmo drinques alcoólicos sem esconder o protagonismo dos peixes e frutos do mar.

Drinques alcoólicos

Peixes gordurosos, como salmão e atum, além de frituras são dois elementos frequentes na cozinha nipônica. Por se tratarem de alimentos macios no paladar, podem gerar dúvidas na hora de escolher uma bebida para acompanhar.

De acordo com a chef de bar e mixologista Adriana Pino, do Flora, a harmonização acontece por semelhança ou contraste, e a partir disso é possível combinar qualquer prato oriental com drinques.

"Vale lembrar que esses peixes mais gordurosos combinam com bebidas cítricas como caipirinhas e margaritas, já crustáceos, ostras e camarões podem ser acompanhados de drinques mais secos e levemente amargos como dry martini e vésper", ressalta Adriana.

Drinque Raichi do Oguro Foto: Mario Rodrigues

Quanto ao rodízio, Nicholas Fullen, sócio-proprietário do Oguro explica que uma forma de combinar a modalidade com bebidas alcoólicas é manter uma carta didática para quem vai escolher e está disposto a pedir apenas um drinque para acompanhar a refeição.

“Acredito que ingredientes parecidos com o que se vê na mesa pode ser uma saída para quem quer pedir apenas uma bebida no rodízio. Então bebidas que contenham gengibre e até mesmo wassabi mostram o caminho a se seguir”, afirma.

Cervejas

Além dos amantes de drinques, há também quem não abra mão da boa e velha cerveja quando o assunto é comer fora. 

Visando brincar com a versatilidade e nuances em suas harmonizações, o cervejeiro Junior Bottura, embaixador do espaço priceless, afirma que a ideia das combinações é criar novos sabores, texturas e sensações.

"Quando falamos emcomida japonesa, dependendo da intenção da combinação. Gosto de apostar em cervejas que tenham comoatributo a presença do álcool no paladar ou toque cítrico, mas isso não é necessariamente uma regra", explica.

Já Júlia Fraga, sócia-proprietária da cervejaria  Âmbar e da Tank Brew Pub, acredita que a harmonização é uma forma de valorizar tanto a bebida quanto o alimento, mas é importante analisar o contexto do prato.

Copo de cerveja hoppy lager Foto: Pedro Pontes | Cervejaria Avós

"Não acho que uma cerveja precise ser leve para acompanhar um sushi, mas também não adianta servir uma bebida repleta de notas e matar a delicadeza do peixe", afirma. 

Os dois, porém, afirmam que uma boa aposta são cervejas carbonatadas, que faz com que a bebida seja gaseificada e adquira perfil sensorial, ou seja, proporcionar aos sentidos humanos elementos como aroma, sabor e textura. 

Cervejas com essa característica têm, também, a capacidade de limpar o paladar, aguçado os sentidos e a vontade para a próxima peça. German pilsners, witbiers e cervejas sours são apenas algumas opções para quem quer apostar na cerveja na hora de comer sushi.

Vinhos

Apesar de constantemente serem associados a pratos pungentes, os vinhos também podem acompanhar barcas de sushi e sashimi. 

Quando pensamos em comida japonesa, o ideal é olhar para os universos de brancos e rosés, que tendem a ser mais leves e delicados. A sommelière Suzana Barelli recomenda, no caso dos vinhos rosés, sempre atentar-se à cor.

"Vinhos que possuem um rosado mais intenso indicam que aquela bebida tem mais corpo. Os rosas clarinhos tendem a ter menos estrutura, menos taninos que estão presentes na pele das uvas", explica.

Taça de vinho branco Foto: FOTO FERNANDO SCIARRA/ESTADAO

Há também algumas regras básicas que ajudam na hora da combinação. Uma delas é que pratos que levam elementos mais gordurosos, com peixes mais macios ao paladar, pedem por vinhos de acidez mais elevada. Já crustáceos, lulas, camarões e ostras combinam melhor com vinhos que não tiveram passagens por barricas de carvalho, e por isso são menos complexos em aromas e sabores, deixando o protagonismo para o alimento.

Para quem não está disposto a tomar mais de uma taça na hora da refeição, a especialista recomenda opções que não briguem com nenhum dos pratos.

"Eu recorreria a espumantes brut. Eles costumam combinar com a maioria das receitas japonesas", afirma por fim.

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