Anna Angotti e Demian Takahashi (jornalistas) - Jeito de comer no Mocotó segundo o pessoal do bairro: peça um balde de baião, outro de mocofava ou de caldinho de feijão-de-corda, uma carne seca ou de escondidinho. Misture tudo no prato e vá ao céu. Jeito de comer no Mocotó segundo os forasteiros (incluindo o Bicho): coloque só o baião-de-dois no prato e passe a vida tentando entender por que ele vem seco, soltinho demais, com sabores apagados. Veja todos os vencedores do Prêmio Paladar Braulio Pasmanik (Empresário e gourmet) - Um prato bem feito que passa longe do meu paladar. Excessivamente árida, esta preparação pede um caldinho de feijão, ou uma salada de tomate, ou um ensopadinho de alguma coisa. Uma mistura bem feita de feijão, arroz, queijo de coalho e cebolinha que apesar da tradição brasileira é em minha opinião, muito seco e sem graça. Jacques Trefois (Consultor de vinhos e gourmet) - Esse baião é realmente um prato totalmente trivial. Provavelmente o mais trivial de todos apresentados nessa categoria. Arroz, feijão de corda, queijo coalho, verdurinhas e ervas, tudo misturado com esmero, de bom sabor, pecando por ser um pouco seco. De sabor original, o resultado é muito bom. Luiz Horta (Editor-assistente do Paladar) - Equilibrado e delicado, como costuma ser a cozinha do Mocotó. Miguel Fazanella (Médico-empresário) - Sem essa, senão arranha, simpático, sequinho, equilibrado. Os pequenos anéis de verdinha se destacam. Para mim como principal refeição requer algo mais molhadinho para acompanhar. Na casa há caldos deliciosos, fui corajoso e me aventurei no sarapatel inclusive os que me serviram, vendo que não era da terrinha, pois estava do tipo gringo fora d’água falaram que eu acharia muito forte e sugeriram outras. Era mesmo, mas adorei....., tem sustança. As sobremesas (...) Neide Rigo (Nutricionista e autora do blog Come-se) - O Baião de Dois, do Mocotó é feito com carinho, tempero bom, mas com arroz parboilizado, cujo sabor forte e enjoativo afetou negativamente meu julgamento. Patrícia Ferraz (Editora do Paladar) - Temperado com sabedoria. Uma combinação de delicadeza e personalidade marcante, o sabor ora revela o toque de coentro, ora puxa para a pimenta biquinho. Bel exemplo de um prato "revisitado" sem invencionices. Roberto Smeraldi (Diretor da ONG Amigos da Terra) - É um prato modesto, mas não deixa nada a desejar. Os ingredientes são bons, com destaque para feijão de corda e carne seca, um pouco menos a lingüiça. Mas desafio a encontrar outro prato que serve bem uma pessoa por R$ 4,50, com qualidade. Parabéns. Rosa Moraes (Diretora do centro de gastronomia da Anhembi-Morumbi) - O mocotó é tudo de bom. E esse prato também. A combinação dos crus com o feijão e o arroz agradam até os mais exigentes. Silvio Giannini (Editor do guia Time Out Brasil) - Para um brasileiro que sabe apreciar as raízes que constróem nossa identidade, qualquer baião de dois enche os olhos. Se for preparado por um chef zeloso por aprimorá-lo, dando-lhe mais leveza, o resultado só pode soar como música do Luis Gonzaga _ malemolente, alegre. O Baião de dois do Mocotó reúne todos os ingredientes de uma festa _ feijão de corda, arroz, queijo coalho, linguiça, toucinho e carne de sol de seleção criteriosa. É de se fartar de tão gostoso. Bateu na trave para levar o primeiro lugar. Luiz Américo Camargo (Editor de suplementos de O Estado de S. Paulo) - Rodrigo Oliveira tem se mostrado bom equilibrista, pois consegue caminhar entre a simplicidade ancestral e a cozinha com noção de técnicas, sem crise de identidade. Seu baião de dois tem alma, gosto, mas não pesa: nutre. O arroz é fresco, o feijão tem sabor, os temperos não passam da medida. Coisa de quem sabe cozinhar, enfim.
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