Sobre dois nascimentos (Pina e Lardo) e um fim (Frank Bar)
Vamos brindar a chegada do novos bares Pina e do Lardo e lamentar o fechamento do Frank Bar
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Por Gilberto Amendola
Como já cantou Lulu Santos: "Tudo que se vê não é/Igual ao que a gente viu há um segundo/ Tudo muda o tempo todo no mundo"
Nada mais dinâmico e em eterna ebulição do que o mundo dos bares. Estabelecimentos nascem e morrem todos os dias. Novos balcões refrescam nosso cardápio de experiências e memórias. Casas que encerram suas operações levam embora parte de nossas vidas.
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Hoje vou falar de dois nascimentos e um fim.
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Vamos brindar a chegada dos novos Pina e Lardo. E lamentar o fim de um dos bares mais importantes da cidade, o Frank (dentro do hotel Maksoud).
Primeiro, os recém-nascidos:
O Pina tem a democratização do balcão como princípio. A cara é de um boteco popular, os preços acompanham a ideia de tornar a coquetelaria acessível. Pina parece um bar com propósito. Não é só sobre vender álcool. Bar também é política. Sempre foi.
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Pina é o resultado do trabalho de Alex Ferreira e Gabriel Szklo. Os drinques são servidos em copos baixos, bojudinhos e outros pouco usuais em um universo de taças coupé e Nick Noras. Além disso, em alguns casos, as doses são um pouco menores - com preços muito menores também. A ótima sacada possibilita um consumo mais responsável e, principalmente, a possibilidade de experimentar drinques diferentes.
Na minha visita, fui nos autorais e não me arrependi. Destaque para o Pina Martini (R$ 26), Plantador (R$ 22) e Galo de Rabo (R$ 24). Um dos carros chefes da casa, o Plantador, leva rum 3 anos, rum 7 anos, limão taiti, açúcar orgânico e Angustura.
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Detalhe, Pina não tem a ver com a Pinacoteca ou com a dançarina e coreógrafa Pina Bausch. O Pina vem da palavra monjopina - que está relacionada à primeira cachaça industrializada produzida no Brasil, no engenho de Monjope (Pernambuco).
O Pina Drinques fica na Rua Brigadeiro Galvão, 177, Barra Funda.
Outro nascimento para ser celebrado é do Lardo Bar e Sebo. Como o próprio nome já diz, trata-se de um charmoso sebo dentro de uma garagem. O clima é despojado. A trilha sonora é excelente (tocou Wilco no dia da minha visita). A cozinha fica por conta de Fernando Pedote (ex-Tuju). O cardápio é enxuto e certeiro. Leiam o que nossa colunista Patrícia Ferraz já escreveu sobre a casa.
A carta de coquetéis é do ótimo Rafael Pires Domingues. Não deixe de experimentar o Lardo Martini, que leva fatwash de lardo (gordura curado e temperada) e o Spiced Negroni, com spiced rum, porto dry, Campari, Cynar e salmoura de picles. Quem estava atrás da barra no dia da minha visita era o bartender Elias Balbino.
O Lardo Bar e Sebo fica na Rua Guiará, 376, Pompéia.
O fim do Frank Bar
Você, provavelmente, já leu aqui no próprio Estadão sobre o fechamento do hotel Maksoud Plaza, um marco da cidade de São Paulo. Com o encerramento das atividades do hotel, perdemos também um bar icônico, o Frank Bar. Sem dúvida, um dos bares responsáveis pelo crescimento da coquetelaria em São Paulo e no Brasil.
A casa, que já esteve na lista dos 100 melhores (2018/2019) bares do mundo, nos apresentou excelentes cartas do bartender Spencer Amereno e agora seguia com o talento de Rafael Pires Domingues (que é responsável pela carta do bar Lardo). Vai fazer muita falta. Bares como o Frank não deviam morrer. Perdemos todos.
Notícias do universo da coquetelaria
The World's 50 Best Bars 2021Pelo segundo ano consecutivo, o melhor bar do mundo, segundo o ranking da The World 's 50 Best Bars 2021, é o The Connaught Bar. Desta vez, o único brasileiro a aparecer na lista foi Tan Tan. A casa do chef Thiago Bañares, que tem o mixologista Alex Mesquita como o responsável pela carta de coquetéis, ficou com a 87ª posição. A lista, divulgada nesta terça-feira, 7, também mostrou a força dos bares asiáticos, o crescimento dos gregos e mexicanos. E, claro, nossos vizinhos argentinos emplacando três bares entre os 50 melhores. Leia a matéria completa aqui.
Vitrus Pop-up Vamos sair um pouco do eixo Rio-São Paulo para falar do Vitrus Pop-up, projeto do mixologista e consultor de bares, Tom Oliveira (que quando vem para São Paulo sempre participa de guests concorridos). Desde 2019, ele está à frente do Vitrus Pop-up, um projeto de bar itinerante que desenvolve cardápios sazonais e experiências etílicas diferenciadas. Agora, em Florianópolis, Tom encontrou uma morada.
reference
Cestas de Natal e ano novo
O Top Cocktails criou cestas de presente para o Natal e o Ano Novo. São duas opções com vermute e uma com Negroni. Todos os produtos são artesanais (a começar pelas cestas). As opções para montar a cesta são: 1 vermute Aureah 750ml tinto/ rosé ou Negroni N45 pronto para beber (1 litro) 1 Conserva da Jais Handmade (beringela, mix de cogumelos, manteiga com alho negro ou tapenade de azeitonas) 1 barra de Chocolate artesanal 2 copos 2 tônicas Riverside (somente nas opções com vermute)
Pedidos até 20/12. Entregas a partir de 20/12. Para mais informações e preços: via Instagram @
Como já cantou Lulu Santos: "Tudo que se vê não é/Igual ao que a gente viu há um segundo/ Tudo muda o tempo todo no mundo"
Nada mais dinâmico e em eterna ebulição do que o mundo dos bares. Estabelecimentos nascem e morrem todos os dias. Novos balcões refrescam nosso cardápio de experiências e memórias. Casas que encerram suas operações levam embora parte de nossas vidas.
Hoje vou falar de dois nascimentos e um fim.
Vamos brindar a chegada dos novos Pina e Lardo. E lamentar o fim de um dos bares mais importantes da cidade, o Frank (dentro do hotel Maksoud).
Primeiro, os recém-nascidos:
O Pina tem a democratização do balcão como princípio. A cara é de um boteco popular, os preços acompanham a ideia de tornar a coquetelaria acessível. Pina parece um bar com propósito. Não é só sobre vender álcool. Bar também é política. Sempre foi.
Pina é o resultado do trabalho de Alex Ferreira e Gabriel Szklo. Os drinques são servidos em copos baixos, bojudinhos e outros pouco usuais em um universo de taças coupé e Nick Noras. Além disso, em alguns casos, as doses são um pouco menores - com preços muito menores também. A ótima sacada possibilita um consumo mais responsável e, principalmente, a possibilidade de experimentar drinques diferentes.
Na minha visita, fui nos autorais e não me arrependi. Destaque para o Pina Martini (R$ 26), Plantador (R$ 22) e Galo de Rabo (R$ 24). Um dos carros chefes da casa, o Plantador, leva rum 3 anos, rum 7 anos, limão taiti, açúcar orgânico e Angustura.
Detalhe, Pina não tem a ver com a Pinacoteca ou com a dançarina e coreógrafa Pina Bausch. O Pina vem da palavra monjopina - que está relacionada à primeira cachaça industrializada produzida no Brasil, no engenho de Monjope (Pernambuco).
O Pina Drinques fica na Rua Brigadeiro Galvão, 177, Barra Funda.
Outro nascimento para ser celebrado é do Lardo Bar e Sebo. Como o próprio nome já diz, trata-se de um charmoso sebo dentro de uma garagem. O clima é despojado. A trilha sonora é excelente (tocou Wilco no dia da minha visita). A cozinha fica por conta de Fernando Pedote (ex-Tuju). O cardápio é enxuto e certeiro. Leiam o que nossa colunista Patrícia Ferraz já escreveu sobre a casa.
A carta de coquetéis é do ótimo Rafael Pires Domingues. Não deixe de experimentar o Lardo Martini, que leva fatwash de lardo (gordura curado e temperada) e o Spiced Negroni, com spiced rum, porto dry, Campari, Cynar e salmoura de picles. Quem estava atrás da barra no dia da minha visita era o bartender Elias Balbino.
O Lardo Bar e Sebo fica na Rua Guiará, 376, Pompéia.
O fim do Frank Bar
Você, provavelmente, já leu aqui no próprio Estadão sobre o fechamento do hotel Maksoud Plaza, um marco da cidade de São Paulo. Com o encerramento das atividades do hotel, perdemos também um bar icônico, o Frank Bar. Sem dúvida, um dos bares responsáveis pelo crescimento da coquetelaria em São Paulo e no Brasil.
A casa, que já esteve na lista dos 100 melhores (2018/2019) bares do mundo, nos apresentou excelentes cartas do bartender Spencer Amereno e agora seguia com o talento de Rafael Pires Domingues (que é responsável pela carta do bar Lardo). Vai fazer muita falta. Bares como o Frank não deviam morrer. Perdemos todos.
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The World's 50 Best Bars 2021Pelo segundo ano consecutivo, o melhor bar do mundo, segundo o ranking da The World 's 50 Best Bars 2021, é o The Connaught Bar. Desta vez, o único brasileiro a aparecer na lista foi Tan Tan. A casa do chef Thiago Bañares, que tem o mixologista Alex Mesquita como o responsável pela carta de coquetéis, ficou com a 87ª posição. A lista, divulgada nesta terça-feira, 7, também mostrou a força dos bares asiáticos, o crescimento dos gregos e mexicanos. E, claro, nossos vizinhos argentinos emplacando três bares entre os 50 melhores. Leia a matéria completa aqui.
Vitrus Pop-up Vamos sair um pouco do eixo Rio-São Paulo para falar do Vitrus Pop-up, projeto do mixologista e consultor de bares, Tom Oliveira (que quando vem para São Paulo sempre participa de guests concorridos). Desde 2019, ele está à frente do Vitrus Pop-up, um projeto de bar itinerante que desenvolve cardápios sazonais e experiências etílicas diferenciadas. Agora, em Florianópolis, Tom encontrou uma morada.
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O Top Cocktails criou cestas de presente para o Natal e o Ano Novo. São duas opções com vermute e uma com Negroni. Todos os produtos são artesanais (a começar pelas cestas). As opções para montar a cesta são: 1 vermute Aureah 750ml tinto/ rosé ou Negroni N45 pronto para beber (1 litro) 1 Conserva da Jais Handmade (beringela, mix de cogumelos, manteiga com alho negro ou tapenade de azeitonas) 1 barra de Chocolate artesanal 2 copos 2 tônicas Riverside (somente nas opções com vermute)
Pedidos até 20/12. Entregas a partir de 20/12. Para mais informações e preços: via Instagram @
Como já cantou Lulu Santos: "Tudo que se vê não é/Igual ao que a gente viu há um segundo/ Tudo muda o tempo todo no mundo"
Nada mais dinâmico e em eterna ebulição do que o mundo dos bares. Estabelecimentos nascem e morrem todos os dias. Novos balcões refrescam nosso cardápio de experiências e memórias. Casas que encerram suas operações levam embora parte de nossas vidas.
Hoje vou falar de dois nascimentos e um fim.
Vamos brindar a chegada dos novos Pina e Lardo. E lamentar o fim de um dos bares mais importantes da cidade, o Frank (dentro do hotel Maksoud).
Primeiro, os recém-nascidos:
O Pina tem a democratização do balcão como princípio. A cara é de um boteco popular, os preços acompanham a ideia de tornar a coquetelaria acessível. Pina parece um bar com propósito. Não é só sobre vender álcool. Bar também é política. Sempre foi.
Pina é o resultado do trabalho de Alex Ferreira e Gabriel Szklo. Os drinques são servidos em copos baixos, bojudinhos e outros pouco usuais em um universo de taças coupé e Nick Noras. Além disso, em alguns casos, as doses são um pouco menores - com preços muito menores também. A ótima sacada possibilita um consumo mais responsável e, principalmente, a possibilidade de experimentar drinques diferentes.
Na minha visita, fui nos autorais e não me arrependi. Destaque para o Pina Martini (R$ 26), Plantador (R$ 22) e Galo de Rabo (R$ 24). Um dos carros chefes da casa, o Plantador, leva rum 3 anos, rum 7 anos, limão taiti, açúcar orgânico e Angustura.
Detalhe, Pina não tem a ver com a Pinacoteca ou com a dançarina e coreógrafa Pina Bausch. O Pina vem da palavra monjopina - que está relacionada à primeira cachaça industrializada produzida no Brasil, no engenho de Monjope (Pernambuco).
O Pina Drinques fica na Rua Brigadeiro Galvão, 177, Barra Funda.
Outro nascimento para ser celebrado é do Lardo Bar e Sebo. Como o próprio nome já diz, trata-se de um charmoso sebo dentro de uma garagem. O clima é despojado. A trilha sonora é excelente (tocou Wilco no dia da minha visita). A cozinha fica por conta de Fernando Pedote (ex-Tuju). O cardápio é enxuto e certeiro. Leiam o que nossa colunista Patrícia Ferraz já escreveu sobre a casa.
A carta de coquetéis é do ótimo Rafael Pires Domingues. Não deixe de experimentar o Lardo Martini, que leva fatwash de lardo (gordura curado e temperada) e o Spiced Negroni, com spiced rum, porto dry, Campari, Cynar e salmoura de picles. Quem estava atrás da barra no dia da minha visita era o bartender Elias Balbino.
O Lardo Bar e Sebo fica na Rua Guiará, 376, Pompéia.
O fim do Frank Bar
Você, provavelmente, já leu aqui no próprio Estadão sobre o fechamento do hotel Maksoud Plaza, um marco da cidade de São Paulo. Com o encerramento das atividades do hotel, perdemos também um bar icônico, o Frank Bar. Sem dúvida, um dos bares responsáveis pelo crescimento da coquetelaria em São Paulo e no Brasil.
A casa, que já esteve na lista dos 100 melhores (2018/2019) bares do mundo, nos apresentou excelentes cartas do bartender Spencer Amereno e agora seguia com o talento de Rafael Pires Domingues (que é responsável pela carta do bar Lardo). Vai fazer muita falta. Bares como o Frank não deviam morrer. Perdemos todos.
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The World's 50 Best Bars 2021Pelo segundo ano consecutivo, o melhor bar do mundo, segundo o ranking da The World 's 50 Best Bars 2021, é o The Connaught Bar. Desta vez, o único brasileiro a aparecer na lista foi Tan Tan. A casa do chef Thiago Bañares, que tem o mixologista Alex Mesquita como o responsável pela carta de coquetéis, ficou com a 87ª posição. A lista, divulgada nesta terça-feira, 7, também mostrou a força dos bares asiáticos, o crescimento dos gregos e mexicanos. E, claro, nossos vizinhos argentinos emplacando três bares entre os 50 melhores. Leia a matéria completa aqui.
Vitrus Pop-up Vamos sair um pouco do eixo Rio-São Paulo para falar do Vitrus Pop-up, projeto do mixologista e consultor de bares, Tom Oliveira (que quando vem para São Paulo sempre participa de guests concorridos). Desde 2019, ele está à frente do Vitrus Pop-up, um projeto de bar itinerante que desenvolve cardápios sazonais e experiências etílicas diferenciadas. Agora, em Florianópolis, Tom encontrou uma morada.
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O Top Cocktails criou cestas de presente para o Natal e o Ano Novo. São duas opções com vermute e uma com Negroni. Todos os produtos são artesanais (a começar pelas cestas). As opções para montar a cesta são: 1 vermute Aureah 750ml tinto/ rosé ou Negroni N45 pronto para beber (1 litro) 1 Conserva da Jais Handmade (beringela, mix de cogumelos, manteiga com alho negro ou tapenade de azeitonas) 1 barra de Chocolate artesanal 2 copos 2 tônicas Riverside (somente nas opções com vermute)
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Nada mais dinâmico e em eterna ebulição do que o mundo dos bares. Estabelecimentos nascem e morrem todos os dias. Novos balcões refrescam nosso cardápio de experiências e memórias. Casas que encerram suas operações levam embora parte de nossas vidas.
Hoje vou falar de dois nascimentos e um fim.
Vamos brindar a chegada dos novos Pina e Lardo. E lamentar o fim de um dos bares mais importantes da cidade, o Frank (dentro do hotel Maksoud).
Primeiro, os recém-nascidos:
O Pina tem a democratização do balcão como princípio. A cara é de um boteco popular, os preços acompanham a ideia de tornar a coquetelaria acessível. Pina parece um bar com propósito. Não é só sobre vender álcool. Bar também é política. Sempre foi.
Pina é o resultado do trabalho de Alex Ferreira e Gabriel Szklo. Os drinques são servidos em copos baixos, bojudinhos e outros pouco usuais em um universo de taças coupé e Nick Noras. Além disso, em alguns casos, as doses são um pouco menores - com preços muito menores também. A ótima sacada possibilita um consumo mais responsável e, principalmente, a possibilidade de experimentar drinques diferentes.
Na minha visita, fui nos autorais e não me arrependi. Destaque para o Pina Martini (R$ 26), Plantador (R$ 22) e Galo de Rabo (R$ 24). Um dos carros chefes da casa, o Plantador, leva rum 3 anos, rum 7 anos, limão taiti, açúcar orgânico e Angustura.
Detalhe, Pina não tem a ver com a Pinacoteca ou com a dançarina e coreógrafa Pina Bausch. O Pina vem da palavra monjopina - que está relacionada à primeira cachaça industrializada produzida no Brasil, no engenho de Monjope (Pernambuco).
O Pina Drinques fica na Rua Brigadeiro Galvão, 177, Barra Funda.
Outro nascimento para ser celebrado é do Lardo Bar e Sebo. Como o próprio nome já diz, trata-se de um charmoso sebo dentro de uma garagem. O clima é despojado. A trilha sonora é excelente (tocou Wilco no dia da minha visita). A cozinha fica por conta de Fernando Pedote (ex-Tuju). O cardápio é enxuto e certeiro. Leiam o que nossa colunista Patrícia Ferraz já escreveu sobre a casa.
A carta de coquetéis é do ótimo Rafael Pires Domingues. Não deixe de experimentar o Lardo Martini, que leva fatwash de lardo (gordura curado e temperada) e o Spiced Negroni, com spiced rum, porto dry, Campari, Cynar e salmoura de picles. Quem estava atrás da barra no dia da minha visita era o bartender Elias Balbino.
O Lardo Bar e Sebo fica na Rua Guiará, 376, Pompéia.
O fim do Frank Bar
Você, provavelmente, já leu aqui no próprio Estadão sobre o fechamento do hotel Maksoud Plaza, um marco da cidade de São Paulo. Com o encerramento das atividades do hotel, perdemos também um bar icônico, o Frank Bar. Sem dúvida, um dos bares responsáveis pelo crescimento da coquetelaria em São Paulo e no Brasil.
A casa, que já esteve na lista dos 100 melhores (2018/2019) bares do mundo, nos apresentou excelentes cartas do bartender Spencer Amereno e agora seguia com o talento de Rafael Pires Domingues (que é responsável pela carta do bar Lardo). Vai fazer muita falta. Bares como o Frank não deviam morrer. Perdemos todos.
Notícias do universo da coquetelaria
The World's 50 Best Bars 2021Pelo segundo ano consecutivo, o melhor bar do mundo, segundo o ranking da The World 's 50 Best Bars 2021, é o The Connaught Bar. Desta vez, o único brasileiro a aparecer na lista foi Tan Tan. A casa do chef Thiago Bañares, que tem o mixologista Alex Mesquita como o responsável pela carta de coquetéis, ficou com a 87ª posição. A lista, divulgada nesta terça-feira, 7, também mostrou a força dos bares asiáticos, o crescimento dos gregos e mexicanos. E, claro, nossos vizinhos argentinos emplacando três bares entre os 50 melhores. Leia a matéria completa aqui.
Vitrus Pop-up Vamos sair um pouco do eixo Rio-São Paulo para falar do Vitrus Pop-up, projeto do mixologista e consultor de bares, Tom Oliveira (que quando vem para São Paulo sempre participa de guests concorridos). Desde 2019, ele está à frente do Vitrus Pop-up, um projeto de bar itinerante que desenvolve cardápios sazonais e experiências etílicas diferenciadas. Agora, em Florianópolis, Tom encontrou uma morada.
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O Top Cocktails criou cestas de presente para o Natal e o Ano Novo. São duas opções com vermute e uma com Negroni. Todos os produtos são artesanais (a começar pelas cestas). As opções para montar a cesta são: 1 vermute Aureah 750ml tinto/ rosé ou Negroni N45 pronto para beber (1 litro) 1 Conserva da Jais Handmade (beringela, mix de cogumelos, manteiga com alho negro ou tapenade de azeitonas) 1 barra de Chocolate artesanal 2 copos 2 tônicas Riverside (somente nas opções com vermute)
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Como já cantou Lulu Santos: "Tudo que se vê não é/Igual ao que a gente viu há um segundo/ Tudo muda o tempo todo no mundo"
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Hoje vou falar de dois nascimentos e um fim.
Vamos brindar a chegada dos novos Pina e Lardo. E lamentar o fim de um dos bares mais importantes da cidade, o Frank (dentro do hotel Maksoud).
Primeiro, os recém-nascidos:
O Pina tem a democratização do balcão como princípio. A cara é de um boteco popular, os preços acompanham a ideia de tornar a coquetelaria acessível. Pina parece um bar com propósito. Não é só sobre vender álcool. Bar também é política. Sempre foi.
Pina é o resultado do trabalho de Alex Ferreira e Gabriel Szklo. Os drinques são servidos em copos baixos, bojudinhos e outros pouco usuais em um universo de taças coupé e Nick Noras. Além disso, em alguns casos, as doses são um pouco menores - com preços muito menores também. A ótima sacada possibilita um consumo mais responsável e, principalmente, a possibilidade de experimentar drinques diferentes.
Na minha visita, fui nos autorais e não me arrependi. Destaque para o Pina Martini (R$ 26), Plantador (R$ 22) e Galo de Rabo (R$ 24). Um dos carros chefes da casa, o Plantador, leva rum 3 anos, rum 7 anos, limão taiti, açúcar orgânico e Angustura.
Detalhe, Pina não tem a ver com a Pinacoteca ou com a dançarina e coreógrafa Pina Bausch. O Pina vem da palavra monjopina - que está relacionada à primeira cachaça industrializada produzida no Brasil, no engenho de Monjope (Pernambuco).
O Pina Drinques fica na Rua Brigadeiro Galvão, 177, Barra Funda.
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A casa, que já esteve na lista dos 100 melhores (2018/2019) bares do mundo, nos apresentou excelentes cartas do bartender Spencer Amereno e agora seguia com o talento de Rafael Pires Domingues (que é responsável pela carta do bar Lardo). Vai fazer muita falta. Bares como o Frank não deviam morrer. Perdemos todos.
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Vitrus Pop-up Vamos sair um pouco do eixo Rio-São Paulo para falar do Vitrus Pop-up, projeto do mixologista e consultor de bares, Tom Oliveira (que quando vem para São Paulo sempre participa de guests concorridos). Desde 2019, ele está à frente do Vitrus Pop-up, um projeto de bar itinerante que desenvolve cardápios sazonais e experiências etílicas diferenciadas. Agora, em Florianópolis, Tom encontrou uma morada.
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