Bares e restaurantes seguem firmes no apoio contra o assédio às mulheres


Lei que segue protocolo similiar ao No Callem, de Barcelona, completa um ano

Por Chris Campos
Atualização:

Um ano depois da lei que torna obrigatória a capacitação de funcionários de bares, restaurantes, boates e casas noturnas no combate a caso de assédio sexual e violência contra mulheres, Paladar conversou com alguns estabelecimentos da cidade para checar como está o cenário atual.

O amparo a mulheres que se sintam intimidadas de alguma maneira dentro desses estabelecimentos ocorre por meio do treinamento da equipe e da veiculação de mensagens que deixem claro que ela está segura naquele ambiente. Bares como o Caledônia, em Pinheiros, mantém a equipe treinada para ficar atenta a clientes que eventualmente façam os já conhecidos sinais com as mãos. “Os treinamentos são extremamente importantes porque instrumentalizam a equipe para saber como atuar caso aconteça algum episódio de assédio dentro do bar”, afirma o sócio-proprietário da casa, Maurício Porto. “Ao notar a sinalização das clientes, podemos agir da melhor maneira para protegê-las”.

A lei que determina treinamentos anuais para equipes de estabelecimentos comerciais como bares e restaurantes no combate ao assédio é a de número 17.635/2023. A exemplo do protocolo No Callem, implementado pela boate onde uma mulher denunciou o jogado Daniel Alves, na Espalha, a lei visa garantir que vítimas em situação de agressão ou assédio sexual sejam rapidamente amparadas. O ponto central do protocolo é voltar a atenção para as vítimas do abuso ou da agressão sexual e não para o agressor.

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Aqui no Brasil, o treinamento é oferecido pela Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp) e por projetos como o da startup Livre de Assédio. São abordadas no treinamento situações práticas e o passo-a-passo sobre como a brigada deve reagir. Observar a linguagem corporal dos clientes, perguntar se está tudo bem, oferecer à pessoa incomodada que troque de lugar e pedir para que o assediador pare com a abordagem ofensiva e até que ele seja convidado a se retirar do estabelecimento estão entre os tópicos principais dos treinamentos.

Julia Zocchi, gerente operacional do Giro Bar, em Pinheiros, estabelecimento que já está adequado às normas da lei contra o assédio sexual em bares e restaurantes Foto: FELIPE RAU

“Vamos começar, junto com a prefeitura, pelo protocolo Não se Cale a dar o treinamento gratuito para os bares”, explica Inana Maria Caldeira Muritiba, da Livre de Assédio. Ivana complementa dizendo que, aos poucos, os bares estão absorvendo as novas condutas. Não só com relação às clientes dos bares e restaurantes, mas também às mulheres que trabalham nesses lugares. “É um trabalho de desconstrução de toda uma cultura e de construção de uma nova forma de se divertir sem medo, sem a preocupação de ser assediada”, diz Inana.

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Giulia Simokomaki, sócia do bar Cambará, na Barra Funda aderiu às placas de sinalização desde a abertura do bar, há um ano: “Ainda não fizemos o treinamento, mas desde o início oferecemos apoio as nossas clientes, seja por meio da escuta qualitativa em espaços mais reservados no bar até mensagens nos banheiros explicado que estamos dispostos a ajudar a mulher em qualquer tipo de situação que ela se sinta insegura”.

Drinques e sinais com as mãos

No Giro Bar, em Pinheiros, há sinalizadores nas cabines dos banheiros femininos apontando os gestos a serem feitos caso a mulher esteja sendo vítima de assédio ou sendo importunada no estabelecimento. Há também a possibilidade de a mulher pedir um drinque com nome fantasia para que a equipe do bar reconheça que ela sendo vítima de assédio. “Nesse caso, entendemos que a mulher está passando por situações de risco e vamos protegê-la e acompanhá-la até que elas esteja segura”, explica a gerente operacional da casa, Júlia Zocchi. “O treinamento nos incentivou a aprender e a acolher de uma maneira discreta e segura as vítimas de violências verbais e físicas”.

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No restaurante Animus, em Pinheiros, é muito comum as clientes mulheres avisarem à equipe quando estão em um primeiro encontro. O local também tem plaquinhas que orientam sobre os sinais que as mulheres devem fazer em caso de assédio. “Apesar de sermos um restaurante, espaço considerado seguro de maneira geral, nos preocupamos com a segurança e bem-estar das mulheres que passam por aqui”, conta a chef e sócia da casa, Giovana Grossi. “Temos uma equipe treinada para perceber os sinais das clientes e agir imediatamente”.

Um ano depois da lei que torna obrigatória a capacitação de funcionários de bares, restaurantes, boates e casas noturnas no combate a caso de assédio sexual e violência contra mulheres, Paladar conversou com alguns estabelecimentos da cidade para checar como está o cenário atual.

O amparo a mulheres que se sintam intimidadas de alguma maneira dentro desses estabelecimentos ocorre por meio do treinamento da equipe e da veiculação de mensagens que deixem claro que ela está segura naquele ambiente. Bares como o Caledônia, em Pinheiros, mantém a equipe treinada para ficar atenta a clientes que eventualmente façam os já conhecidos sinais com as mãos. “Os treinamentos são extremamente importantes porque instrumentalizam a equipe para saber como atuar caso aconteça algum episódio de assédio dentro do bar”, afirma o sócio-proprietário da casa, Maurício Porto. “Ao notar a sinalização das clientes, podemos agir da melhor maneira para protegê-las”.

A lei que determina treinamentos anuais para equipes de estabelecimentos comerciais como bares e restaurantes no combate ao assédio é a de número 17.635/2023. A exemplo do protocolo No Callem, implementado pela boate onde uma mulher denunciou o jogado Daniel Alves, na Espalha, a lei visa garantir que vítimas em situação de agressão ou assédio sexual sejam rapidamente amparadas. O ponto central do protocolo é voltar a atenção para as vítimas do abuso ou da agressão sexual e não para o agressor.

Aqui no Brasil, o treinamento é oferecido pela Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp) e por projetos como o da startup Livre de Assédio. São abordadas no treinamento situações práticas e o passo-a-passo sobre como a brigada deve reagir. Observar a linguagem corporal dos clientes, perguntar se está tudo bem, oferecer à pessoa incomodada que troque de lugar e pedir para que o assediador pare com a abordagem ofensiva e até que ele seja convidado a se retirar do estabelecimento estão entre os tópicos principais dos treinamentos.

Julia Zocchi, gerente operacional do Giro Bar, em Pinheiros, estabelecimento que já está adequado às normas da lei contra o assédio sexual em bares e restaurantes Foto: FELIPE RAU

“Vamos começar, junto com a prefeitura, pelo protocolo Não se Cale a dar o treinamento gratuito para os bares”, explica Inana Maria Caldeira Muritiba, da Livre de Assédio. Ivana complementa dizendo que, aos poucos, os bares estão absorvendo as novas condutas. Não só com relação às clientes dos bares e restaurantes, mas também às mulheres que trabalham nesses lugares. “É um trabalho de desconstrução de toda uma cultura e de construção de uma nova forma de se divertir sem medo, sem a preocupação de ser assediada”, diz Inana.

Giulia Simokomaki, sócia do bar Cambará, na Barra Funda aderiu às placas de sinalização desde a abertura do bar, há um ano: “Ainda não fizemos o treinamento, mas desde o início oferecemos apoio as nossas clientes, seja por meio da escuta qualitativa em espaços mais reservados no bar até mensagens nos banheiros explicado que estamos dispostos a ajudar a mulher em qualquer tipo de situação que ela se sinta insegura”.

Drinques e sinais com as mãos

No Giro Bar, em Pinheiros, há sinalizadores nas cabines dos banheiros femininos apontando os gestos a serem feitos caso a mulher esteja sendo vítima de assédio ou sendo importunada no estabelecimento. Há também a possibilidade de a mulher pedir um drinque com nome fantasia para que a equipe do bar reconheça que ela sendo vítima de assédio. “Nesse caso, entendemos que a mulher está passando por situações de risco e vamos protegê-la e acompanhá-la até que elas esteja segura”, explica a gerente operacional da casa, Júlia Zocchi. “O treinamento nos incentivou a aprender e a acolher de uma maneira discreta e segura as vítimas de violências verbais e físicas”.

No restaurante Animus, em Pinheiros, é muito comum as clientes mulheres avisarem à equipe quando estão em um primeiro encontro. O local também tem plaquinhas que orientam sobre os sinais que as mulheres devem fazer em caso de assédio. “Apesar de sermos um restaurante, espaço considerado seguro de maneira geral, nos preocupamos com a segurança e bem-estar das mulheres que passam por aqui”, conta a chef e sócia da casa, Giovana Grossi. “Temos uma equipe treinada para perceber os sinais das clientes e agir imediatamente”.

Um ano depois da lei que torna obrigatória a capacitação de funcionários de bares, restaurantes, boates e casas noturnas no combate a caso de assédio sexual e violência contra mulheres, Paladar conversou com alguns estabelecimentos da cidade para checar como está o cenário atual.

O amparo a mulheres que se sintam intimidadas de alguma maneira dentro desses estabelecimentos ocorre por meio do treinamento da equipe e da veiculação de mensagens que deixem claro que ela está segura naquele ambiente. Bares como o Caledônia, em Pinheiros, mantém a equipe treinada para ficar atenta a clientes que eventualmente façam os já conhecidos sinais com as mãos. “Os treinamentos são extremamente importantes porque instrumentalizam a equipe para saber como atuar caso aconteça algum episódio de assédio dentro do bar”, afirma o sócio-proprietário da casa, Maurício Porto. “Ao notar a sinalização das clientes, podemos agir da melhor maneira para protegê-las”.

A lei que determina treinamentos anuais para equipes de estabelecimentos comerciais como bares e restaurantes no combate ao assédio é a de número 17.635/2023. A exemplo do protocolo No Callem, implementado pela boate onde uma mulher denunciou o jogado Daniel Alves, na Espalha, a lei visa garantir que vítimas em situação de agressão ou assédio sexual sejam rapidamente amparadas. O ponto central do protocolo é voltar a atenção para as vítimas do abuso ou da agressão sexual e não para o agressor.

Aqui no Brasil, o treinamento é oferecido pela Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp) e por projetos como o da startup Livre de Assédio. São abordadas no treinamento situações práticas e o passo-a-passo sobre como a brigada deve reagir. Observar a linguagem corporal dos clientes, perguntar se está tudo bem, oferecer à pessoa incomodada que troque de lugar e pedir para que o assediador pare com a abordagem ofensiva e até que ele seja convidado a se retirar do estabelecimento estão entre os tópicos principais dos treinamentos.

Julia Zocchi, gerente operacional do Giro Bar, em Pinheiros, estabelecimento que já está adequado às normas da lei contra o assédio sexual em bares e restaurantes Foto: FELIPE RAU

“Vamos começar, junto com a prefeitura, pelo protocolo Não se Cale a dar o treinamento gratuito para os bares”, explica Inana Maria Caldeira Muritiba, da Livre de Assédio. Ivana complementa dizendo que, aos poucos, os bares estão absorvendo as novas condutas. Não só com relação às clientes dos bares e restaurantes, mas também às mulheres que trabalham nesses lugares. “É um trabalho de desconstrução de toda uma cultura e de construção de uma nova forma de se divertir sem medo, sem a preocupação de ser assediada”, diz Inana.

Giulia Simokomaki, sócia do bar Cambará, na Barra Funda aderiu às placas de sinalização desde a abertura do bar, há um ano: “Ainda não fizemos o treinamento, mas desde o início oferecemos apoio as nossas clientes, seja por meio da escuta qualitativa em espaços mais reservados no bar até mensagens nos banheiros explicado que estamos dispostos a ajudar a mulher em qualquer tipo de situação que ela se sinta insegura”.

Drinques e sinais com as mãos

No Giro Bar, em Pinheiros, há sinalizadores nas cabines dos banheiros femininos apontando os gestos a serem feitos caso a mulher esteja sendo vítima de assédio ou sendo importunada no estabelecimento. Há também a possibilidade de a mulher pedir um drinque com nome fantasia para que a equipe do bar reconheça que ela sendo vítima de assédio. “Nesse caso, entendemos que a mulher está passando por situações de risco e vamos protegê-la e acompanhá-la até que elas esteja segura”, explica a gerente operacional da casa, Júlia Zocchi. “O treinamento nos incentivou a aprender e a acolher de uma maneira discreta e segura as vítimas de violências verbais e físicas”.

No restaurante Animus, em Pinheiros, é muito comum as clientes mulheres avisarem à equipe quando estão em um primeiro encontro. O local também tem plaquinhas que orientam sobre os sinais que as mulheres devem fazer em caso de assédio. “Apesar de sermos um restaurante, espaço considerado seguro de maneira geral, nos preocupamos com a segurança e bem-estar das mulheres que passam por aqui”, conta a chef e sócia da casa, Giovana Grossi. “Temos uma equipe treinada para perceber os sinais das clientes e agir imediatamente”.

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