10 melhores cachaças para tomar pura e para drinques, segundo os bartenders


Bartenders, mixologistas e especialistas elegeram as suas cachaças preferidas, seja para beber ou para preparar um bom drinque

Por Matheus Mans

Existe bebida mais brasileira do que a cachaça? Feita da cana, a “branquinha” passou por uma certa reinvenção nos últimos anos. Deixou de ser vista como uma coisa de boteco barato, sem marca e sem complexidade, para se tornar até mesmo protagonista em bares, em cartas de drinques e no dia a dia de mixologistas e de bartenders ao redor do Brasil.

A seguir, Paladar convidou especialistas, bartenders e mixologistas para que escolham as suas cachaças preferidas. São 10 marcas citadas pelos entrevistados, que deram detalhes sobre sabor, aroma e potência de cada uma delas -- e o porquê de serem as escolhidas perfeitas.

Manoel Beato, sommelier executivo do Grupo Fasano | Matriarca Amburana

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“Eu escolho a cachaça Matriarca Amburana, uma bebida muito saborosa, redonda, opulenta e perfumada, produzida há mais de 30 anos pela fazenda Cio da Terra, no sul da Bahia. Baiana de nascença, ela está presente na carta de cachaças que hoje trabalhamos no Hotel Fasano Salvador. Quem quiser fazer um drinque com ela, fica aqui a minha dica: sua textura e sabor garantem um ótimo Rabo de Galo, um clássico que fica ainda melhor com esta cachaça”.

Especialistas escolheram diferentes tipos de cachaças Foto: Tiago Queiroz

Isadora Fornari, especialista em cachaça | Tulha e Princesa Isabel

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“A cachaça é muito versátil e bastante fácil de impressionar com ela. Como possui muita complexidade, suas misturas podem caminhar para diversas direções. Essa versatilidade vem pura com uma pedra de gelo numa cachaça de armazenamento em Jequitibá, como a da Tulha. Com o contato com o gelo, ela forma uma espécie de via láctea no copo devido à integração dos óleos, revelando, através da diluição, os aromas mais delicados e florais da madeira com ritmo e elegância. Para drinques, gosto de uma boa amburana, como, por exemplo, a da Princesa Isabel. O perfil dela é o de cachaças que adoro para fazer um drinque universal e que acompanha muito a tendência de pouco álcool (por exemplo, ao misturar uma parte dela com três partes de espumante seco). Ao mesmo tempo, ela é perfeita para um drinque de perfil oposto - potente e com amargor - como o rabo de galo (se usar vermute de jabuticaba, então, é o puro luxo tropical). Não é todo mundo que está preparado para apreciar a alegria e a profundidade dessa bebida. É preciso ousar e descobrir”.

Pamela Cavaleiro, bartender do Koral | Magnífica Soleira e Sete Engenhos Cerejeira

“Citar minhas cachaças favoritas em poucos parágrafos é uma tarefa difícil, mas vou tentar. Começando pela minha número um: Magnífica Soleira. Eu costumo dizer que é uma cachaça macia, que faz carinho ao degustar. Ela traz notas de mel, caramelo e baunilha, resultado de um processo longo e delicado de envelhecimento em soleira. Sou simplesmente apaixonada por isso. Gosto de tomá-la como aperitivo, mas também adoro usá-la em uma versão do clássico Old Fashioned, que fica simplesmente incrível! Outra cachaça que tem meu coração é a Sete Engenhos Cerejeira. Ela apresenta notas de canela e castanhas, com uma acidez que se encaixa perfeitamente na clássica caipirinha. Além disso, fica ótima em uma versão do Fitz com cachaça. Sério, a combinação é simplesmente incrível”.

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Marlon Silva, bartender chef e sócio do Drunks | Porto Vianna Tradicional

“Minha cachaça favorita é a Porto Vianna Tradicional, de Turvolândia, em Minas Gerais. É uma cachaça leve, suave no aroma e fácil de beber mesmo com 40% de graduação alcoólica. E, por incrível que pareça, mesmo sem conter mel em nenhum processo da produção, ela tem um retrogosto suave de mel, que o mestre cachaceiro Armando Del Bianco diz que é um segredo de produção. A Porto Vianna Tradicional é uma cachaça branca, boa tanto para beber sozinha, quanto em coquetéis clássicos como a nossa Caipirinha, o Macunaíma ou o tradicional Rabo de Galo”.

Alex Mesquita, diretor criativo do Elena | Magnífica Solera

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“Minha cachaça favorita é a Magnífica Solera. Além de ser uma cachaça maravilhosa, que passa por carvalho, tem notas de mel, frutas secas e baunilha. Na minha opinião é excelente para beber bem fria ou em coquetéis. Super aveludada e ajuda a melhorar o paladar”.

Pedro Píton, chefe do bar do restaurante Animus | Gouveia Brasil 44 e Princesa Isabel Bálsamo e Jaqueira

“Minhas cachaças preferidas do momento são a Gouveia Brasil 44, envelhecida em barril de carvalho novo, que trazem notas semelhantes a de um bourbon, e possibilitam brincar com a possibilidade de incorporar em coquetéis substituindo o bourbon por ela, em releituras. E a Princesa Isabel Bálsamo e Jaqueira, uma cachaça frutada, com notas de especiarias e bastante complexidade no paladar. Essa última gosto de consumir pura, mas funciona bem em drinques também”.

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Priscila Pulcherio, bartender do Dainer | Arbórea Branca, Caña e 5 Madeiras

“Para cocktails gosto muito da Arbórea Branca e da Caña, acredito que elas harmonizam muito bem, principalmente com cocktails com perfis cítricos e/ou secos e torrados. Já para beber pura, aposto na 5 Madeiras da Fazenda Soledade, essa ganhou meu coração; os aromas são dominados por notas florais; já no paladar ela chega suave, macia e trás uma sensação aveludada; com notas de castanha e baunilha. Finaliza com um retrogosto intenso e duradouro. São pedidas perfeitas”.

Bar e restaurante carioca Academia da Cachaça e a marca portuguesa Vista Alegre desenvolveram copo especial para a cachaça Foto: Rodrigo Azevedo/ Divulgaç
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Eduardo Alves Rodrigues, bartender do D.O.M. | Tie, Weber Haus e Dalva e Dito

“Eu utilizo essas cachaças principalmente pelo perfil sensorial que elas trazem para os meus coquetéis. Cada tipo de envelhecimento confere características únicas e complexas que enriquecem a experiência de degustação. A cachaça Tie, envelhecida em jequitibá, traz notas suaves e levemente adocicadas, com um toque de baunilha e nuances florais. O jequitibá é uma madeira neutra que permite que os sabores naturais da cachaça se destaquem, adicionando apenas uma sutil complexidade. Eu gosto de usar essa cachaça quando quero realçar a pureza e a delicadeza da bebida base, sem sobrecarregar o paladar com influências excessivas da madeira. Já a cachaça Weber Haus, envelhecida em amburana, é uma das minhas preferidas pelo seu perfil aromático inconfundível. A amburana adiciona notas de especiarias doces como canela e cravo, além de um agradável fundo amadeirado. É uma cachaça que traz um caráter marcante e é perfeita para coquetéis que pedem um toque mais exótico e envolvente. Essa cachaça é ótima para criar bebidas com um perfil sensorial mais quente e complexo. A cachaça Dalva e Dito envelhecida em canela sassafrás oferece uma experiência única, com aromas intensos de canela e um toque de mentolado do sassafrás. Essa combinação proporciona uma sensação refrescante e ao mesmo tempo acolhedora, perfeita para coquetéis que buscam um equilíbrio entre frescor e calor. Utilizo essa cachaça para dar um diferencial interessante e inovador às minhas criações, especialmente em bebidas que precisam de um punch de sabor”.

Existe bebida mais brasileira do que a cachaça? Feita da cana, a “branquinha” passou por uma certa reinvenção nos últimos anos. Deixou de ser vista como uma coisa de boteco barato, sem marca e sem complexidade, para se tornar até mesmo protagonista em bares, em cartas de drinques e no dia a dia de mixologistas e de bartenders ao redor do Brasil.

A seguir, Paladar convidou especialistas, bartenders e mixologistas para que escolham as suas cachaças preferidas. São 10 marcas citadas pelos entrevistados, que deram detalhes sobre sabor, aroma e potência de cada uma delas -- e o porquê de serem as escolhidas perfeitas.

Manoel Beato, sommelier executivo do Grupo Fasano | Matriarca Amburana

“Eu escolho a cachaça Matriarca Amburana, uma bebida muito saborosa, redonda, opulenta e perfumada, produzida há mais de 30 anos pela fazenda Cio da Terra, no sul da Bahia. Baiana de nascença, ela está presente na carta de cachaças que hoje trabalhamos no Hotel Fasano Salvador. Quem quiser fazer um drinque com ela, fica aqui a minha dica: sua textura e sabor garantem um ótimo Rabo de Galo, um clássico que fica ainda melhor com esta cachaça”.

Especialistas escolheram diferentes tipos de cachaças Foto: Tiago Queiroz

Isadora Fornari, especialista em cachaça | Tulha e Princesa Isabel

“A cachaça é muito versátil e bastante fácil de impressionar com ela. Como possui muita complexidade, suas misturas podem caminhar para diversas direções. Essa versatilidade vem pura com uma pedra de gelo numa cachaça de armazenamento em Jequitibá, como a da Tulha. Com o contato com o gelo, ela forma uma espécie de via láctea no copo devido à integração dos óleos, revelando, através da diluição, os aromas mais delicados e florais da madeira com ritmo e elegância. Para drinques, gosto de uma boa amburana, como, por exemplo, a da Princesa Isabel. O perfil dela é o de cachaças que adoro para fazer um drinque universal e que acompanha muito a tendência de pouco álcool (por exemplo, ao misturar uma parte dela com três partes de espumante seco). Ao mesmo tempo, ela é perfeita para um drinque de perfil oposto - potente e com amargor - como o rabo de galo (se usar vermute de jabuticaba, então, é o puro luxo tropical). Não é todo mundo que está preparado para apreciar a alegria e a profundidade dessa bebida. É preciso ousar e descobrir”.

Pamela Cavaleiro, bartender do Koral | Magnífica Soleira e Sete Engenhos Cerejeira

“Citar minhas cachaças favoritas em poucos parágrafos é uma tarefa difícil, mas vou tentar. Começando pela minha número um: Magnífica Soleira. Eu costumo dizer que é uma cachaça macia, que faz carinho ao degustar. Ela traz notas de mel, caramelo e baunilha, resultado de um processo longo e delicado de envelhecimento em soleira. Sou simplesmente apaixonada por isso. Gosto de tomá-la como aperitivo, mas também adoro usá-la em uma versão do clássico Old Fashioned, que fica simplesmente incrível! Outra cachaça que tem meu coração é a Sete Engenhos Cerejeira. Ela apresenta notas de canela e castanhas, com uma acidez que se encaixa perfeitamente na clássica caipirinha. Além disso, fica ótima em uma versão do Fitz com cachaça. Sério, a combinação é simplesmente incrível”.

Marlon Silva, bartender chef e sócio do Drunks | Porto Vianna Tradicional

“Minha cachaça favorita é a Porto Vianna Tradicional, de Turvolândia, em Minas Gerais. É uma cachaça leve, suave no aroma e fácil de beber mesmo com 40% de graduação alcoólica. E, por incrível que pareça, mesmo sem conter mel em nenhum processo da produção, ela tem um retrogosto suave de mel, que o mestre cachaceiro Armando Del Bianco diz que é um segredo de produção. A Porto Vianna Tradicional é uma cachaça branca, boa tanto para beber sozinha, quanto em coquetéis clássicos como a nossa Caipirinha, o Macunaíma ou o tradicional Rabo de Galo”.

Alex Mesquita, diretor criativo do Elena | Magnífica Solera

“Minha cachaça favorita é a Magnífica Solera. Além de ser uma cachaça maravilhosa, que passa por carvalho, tem notas de mel, frutas secas e baunilha. Na minha opinião é excelente para beber bem fria ou em coquetéis. Super aveludada e ajuda a melhorar o paladar”.

Pedro Píton, chefe do bar do restaurante Animus | Gouveia Brasil 44 e Princesa Isabel Bálsamo e Jaqueira

“Minhas cachaças preferidas do momento são a Gouveia Brasil 44, envelhecida em barril de carvalho novo, que trazem notas semelhantes a de um bourbon, e possibilitam brincar com a possibilidade de incorporar em coquetéis substituindo o bourbon por ela, em releituras. E a Princesa Isabel Bálsamo e Jaqueira, uma cachaça frutada, com notas de especiarias e bastante complexidade no paladar. Essa última gosto de consumir pura, mas funciona bem em drinques também”.

Priscila Pulcherio, bartender do Dainer | Arbórea Branca, Caña e 5 Madeiras

“Para cocktails gosto muito da Arbórea Branca e da Caña, acredito que elas harmonizam muito bem, principalmente com cocktails com perfis cítricos e/ou secos e torrados. Já para beber pura, aposto na 5 Madeiras da Fazenda Soledade, essa ganhou meu coração; os aromas são dominados por notas florais; já no paladar ela chega suave, macia e trás uma sensação aveludada; com notas de castanha e baunilha. Finaliza com um retrogosto intenso e duradouro. São pedidas perfeitas”.

Bar e restaurante carioca Academia da Cachaça e a marca portuguesa Vista Alegre desenvolveram copo especial para a cachaça Foto: Rodrigo Azevedo/ Divulgaç

Eduardo Alves Rodrigues, bartender do D.O.M. | Tie, Weber Haus e Dalva e Dito

“Eu utilizo essas cachaças principalmente pelo perfil sensorial que elas trazem para os meus coquetéis. Cada tipo de envelhecimento confere características únicas e complexas que enriquecem a experiência de degustação. A cachaça Tie, envelhecida em jequitibá, traz notas suaves e levemente adocicadas, com um toque de baunilha e nuances florais. O jequitibá é uma madeira neutra que permite que os sabores naturais da cachaça se destaquem, adicionando apenas uma sutil complexidade. Eu gosto de usar essa cachaça quando quero realçar a pureza e a delicadeza da bebida base, sem sobrecarregar o paladar com influências excessivas da madeira. Já a cachaça Weber Haus, envelhecida em amburana, é uma das minhas preferidas pelo seu perfil aromático inconfundível. A amburana adiciona notas de especiarias doces como canela e cravo, além de um agradável fundo amadeirado. É uma cachaça que traz um caráter marcante e é perfeita para coquetéis que pedem um toque mais exótico e envolvente. Essa cachaça é ótima para criar bebidas com um perfil sensorial mais quente e complexo. A cachaça Dalva e Dito envelhecida em canela sassafrás oferece uma experiência única, com aromas intensos de canela e um toque de mentolado do sassafrás. Essa combinação proporciona uma sensação refrescante e ao mesmo tempo acolhedora, perfeita para coquetéis que buscam um equilíbrio entre frescor e calor. Utilizo essa cachaça para dar um diferencial interessante e inovador às minhas criações, especialmente em bebidas que precisam de um punch de sabor”.

Existe bebida mais brasileira do que a cachaça? Feita da cana, a “branquinha” passou por uma certa reinvenção nos últimos anos. Deixou de ser vista como uma coisa de boteco barato, sem marca e sem complexidade, para se tornar até mesmo protagonista em bares, em cartas de drinques e no dia a dia de mixologistas e de bartenders ao redor do Brasil.

A seguir, Paladar convidou especialistas, bartenders e mixologistas para que escolham as suas cachaças preferidas. São 10 marcas citadas pelos entrevistados, que deram detalhes sobre sabor, aroma e potência de cada uma delas -- e o porquê de serem as escolhidas perfeitas.

Manoel Beato, sommelier executivo do Grupo Fasano | Matriarca Amburana

“Eu escolho a cachaça Matriarca Amburana, uma bebida muito saborosa, redonda, opulenta e perfumada, produzida há mais de 30 anos pela fazenda Cio da Terra, no sul da Bahia. Baiana de nascença, ela está presente na carta de cachaças que hoje trabalhamos no Hotel Fasano Salvador. Quem quiser fazer um drinque com ela, fica aqui a minha dica: sua textura e sabor garantem um ótimo Rabo de Galo, um clássico que fica ainda melhor com esta cachaça”.

Especialistas escolheram diferentes tipos de cachaças Foto: Tiago Queiroz

Isadora Fornari, especialista em cachaça | Tulha e Princesa Isabel

“A cachaça é muito versátil e bastante fácil de impressionar com ela. Como possui muita complexidade, suas misturas podem caminhar para diversas direções. Essa versatilidade vem pura com uma pedra de gelo numa cachaça de armazenamento em Jequitibá, como a da Tulha. Com o contato com o gelo, ela forma uma espécie de via láctea no copo devido à integração dos óleos, revelando, através da diluição, os aromas mais delicados e florais da madeira com ritmo e elegância. Para drinques, gosto de uma boa amburana, como, por exemplo, a da Princesa Isabel. O perfil dela é o de cachaças que adoro para fazer um drinque universal e que acompanha muito a tendência de pouco álcool (por exemplo, ao misturar uma parte dela com três partes de espumante seco). Ao mesmo tempo, ela é perfeita para um drinque de perfil oposto - potente e com amargor - como o rabo de galo (se usar vermute de jabuticaba, então, é o puro luxo tropical). Não é todo mundo que está preparado para apreciar a alegria e a profundidade dessa bebida. É preciso ousar e descobrir”.

Pamela Cavaleiro, bartender do Koral | Magnífica Soleira e Sete Engenhos Cerejeira

“Citar minhas cachaças favoritas em poucos parágrafos é uma tarefa difícil, mas vou tentar. Começando pela minha número um: Magnífica Soleira. Eu costumo dizer que é uma cachaça macia, que faz carinho ao degustar. Ela traz notas de mel, caramelo e baunilha, resultado de um processo longo e delicado de envelhecimento em soleira. Sou simplesmente apaixonada por isso. Gosto de tomá-la como aperitivo, mas também adoro usá-la em uma versão do clássico Old Fashioned, que fica simplesmente incrível! Outra cachaça que tem meu coração é a Sete Engenhos Cerejeira. Ela apresenta notas de canela e castanhas, com uma acidez que se encaixa perfeitamente na clássica caipirinha. Além disso, fica ótima em uma versão do Fitz com cachaça. Sério, a combinação é simplesmente incrível”.

Marlon Silva, bartender chef e sócio do Drunks | Porto Vianna Tradicional

“Minha cachaça favorita é a Porto Vianna Tradicional, de Turvolândia, em Minas Gerais. É uma cachaça leve, suave no aroma e fácil de beber mesmo com 40% de graduação alcoólica. E, por incrível que pareça, mesmo sem conter mel em nenhum processo da produção, ela tem um retrogosto suave de mel, que o mestre cachaceiro Armando Del Bianco diz que é um segredo de produção. A Porto Vianna Tradicional é uma cachaça branca, boa tanto para beber sozinha, quanto em coquetéis clássicos como a nossa Caipirinha, o Macunaíma ou o tradicional Rabo de Galo”.

Alex Mesquita, diretor criativo do Elena | Magnífica Solera

“Minha cachaça favorita é a Magnífica Solera. Além de ser uma cachaça maravilhosa, que passa por carvalho, tem notas de mel, frutas secas e baunilha. Na minha opinião é excelente para beber bem fria ou em coquetéis. Super aveludada e ajuda a melhorar o paladar”.

Pedro Píton, chefe do bar do restaurante Animus | Gouveia Brasil 44 e Princesa Isabel Bálsamo e Jaqueira

“Minhas cachaças preferidas do momento são a Gouveia Brasil 44, envelhecida em barril de carvalho novo, que trazem notas semelhantes a de um bourbon, e possibilitam brincar com a possibilidade de incorporar em coquetéis substituindo o bourbon por ela, em releituras. E a Princesa Isabel Bálsamo e Jaqueira, uma cachaça frutada, com notas de especiarias e bastante complexidade no paladar. Essa última gosto de consumir pura, mas funciona bem em drinques também”.

Priscila Pulcherio, bartender do Dainer | Arbórea Branca, Caña e 5 Madeiras

“Para cocktails gosto muito da Arbórea Branca e da Caña, acredito que elas harmonizam muito bem, principalmente com cocktails com perfis cítricos e/ou secos e torrados. Já para beber pura, aposto na 5 Madeiras da Fazenda Soledade, essa ganhou meu coração; os aromas são dominados por notas florais; já no paladar ela chega suave, macia e trás uma sensação aveludada; com notas de castanha e baunilha. Finaliza com um retrogosto intenso e duradouro. São pedidas perfeitas”.

Bar e restaurante carioca Academia da Cachaça e a marca portuguesa Vista Alegre desenvolveram copo especial para a cachaça Foto: Rodrigo Azevedo/ Divulgaç

Eduardo Alves Rodrigues, bartender do D.O.M. | Tie, Weber Haus e Dalva e Dito

“Eu utilizo essas cachaças principalmente pelo perfil sensorial que elas trazem para os meus coquetéis. Cada tipo de envelhecimento confere características únicas e complexas que enriquecem a experiência de degustação. A cachaça Tie, envelhecida em jequitibá, traz notas suaves e levemente adocicadas, com um toque de baunilha e nuances florais. O jequitibá é uma madeira neutra que permite que os sabores naturais da cachaça se destaquem, adicionando apenas uma sutil complexidade. Eu gosto de usar essa cachaça quando quero realçar a pureza e a delicadeza da bebida base, sem sobrecarregar o paladar com influências excessivas da madeira. Já a cachaça Weber Haus, envelhecida em amburana, é uma das minhas preferidas pelo seu perfil aromático inconfundível. A amburana adiciona notas de especiarias doces como canela e cravo, além de um agradável fundo amadeirado. É uma cachaça que traz um caráter marcante e é perfeita para coquetéis que pedem um toque mais exótico e envolvente. Essa cachaça é ótima para criar bebidas com um perfil sensorial mais quente e complexo. A cachaça Dalva e Dito envelhecida em canela sassafrás oferece uma experiência única, com aromas intensos de canela e um toque de mentolado do sassafrás. Essa combinação proporciona uma sensação refrescante e ao mesmo tempo acolhedora, perfeita para coquetéis que buscam um equilíbrio entre frescor e calor. Utilizo essa cachaça para dar um diferencial interessante e inovador às minhas criações, especialmente em bebidas que precisam de um punch de sabor”.

Existe bebida mais brasileira do que a cachaça? Feita da cana, a “branquinha” passou por uma certa reinvenção nos últimos anos. Deixou de ser vista como uma coisa de boteco barato, sem marca e sem complexidade, para se tornar até mesmo protagonista em bares, em cartas de drinques e no dia a dia de mixologistas e de bartenders ao redor do Brasil.

A seguir, Paladar convidou especialistas, bartenders e mixologistas para que escolham as suas cachaças preferidas. São 10 marcas citadas pelos entrevistados, que deram detalhes sobre sabor, aroma e potência de cada uma delas -- e o porquê de serem as escolhidas perfeitas.

Manoel Beato, sommelier executivo do Grupo Fasano | Matriarca Amburana

“Eu escolho a cachaça Matriarca Amburana, uma bebida muito saborosa, redonda, opulenta e perfumada, produzida há mais de 30 anos pela fazenda Cio da Terra, no sul da Bahia. Baiana de nascença, ela está presente na carta de cachaças que hoje trabalhamos no Hotel Fasano Salvador. Quem quiser fazer um drinque com ela, fica aqui a minha dica: sua textura e sabor garantem um ótimo Rabo de Galo, um clássico que fica ainda melhor com esta cachaça”.

Especialistas escolheram diferentes tipos de cachaças Foto: Tiago Queiroz

Isadora Fornari, especialista em cachaça | Tulha e Princesa Isabel

“A cachaça é muito versátil e bastante fácil de impressionar com ela. Como possui muita complexidade, suas misturas podem caminhar para diversas direções. Essa versatilidade vem pura com uma pedra de gelo numa cachaça de armazenamento em Jequitibá, como a da Tulha. Com o contato com o gelo, ela forma uma espécie de via láctea no copo devido à integração dos óleos, revelando, através da diluição, os aromas mais delicados e florais da madeira com ritmo e elegância. Para drinques, gosto de uma boa amburana, como, por exemplo, a da Princesa Isabel. O perfil dela é o de cachaças que adoro para fazer um drinque universal e que acompanha muito a tendência de pouco álcool (por exemplo, ao misturar uma parte dela com três partes de espumante seco). Ao mesmo tempo, ela é perfeita para um drinque de perfil oposto - potente e com amargor - como o rabo de galo (se usar vermute de jabuticaba, então, é o puro luxo tropical). Não é todo mundo que está preparado para apreciar a alegria e a profundidade dessa bebida. É preciso ousar e descobrir”.

Pamela Cavaleiro, bartender do Koral | Magnífica Soleira e Sete Engenhos Cerejeira

“Citar minhas cachaças favoritas em poucos parágrafos é uma tarefa difícil, mas vou tentar. Começando pela minha número um: Magnífica Soleira. Eu costumo dizer que é uma cachaça macia, que faz carinho ao degustar. Ela traz notas de mel, caramelo e baunilha, resultado de um processo longo e delicado de envelhecimento em soleira. Sou simplesmente apaixonada por isso. Gosto de tomá-la como aperitivo, mas também adoro usá-la em uma versão do clássico Old Fashioned, que fica simplesmente incrível! Outra cachaça que tem meu coração é a Sete Engenhos Cerejeira. Ela apresenta notas de canela e castanhas, com uma acidez que se encaixa perfeitamente na clássica caipirinha. Além disso, fica ótima em uma versão do Fitz com cachaça. Sério, a combinação é simplesmente incrível”.

Marlon Silva, bartender chef e sócio do Drunks | Porto Vianna Tradicional

“Minha cachaça favorita é a Porto Vianna Tradicional, de Turvolândia, em Minas Gerais. É uma cachaça leve, suave no aroma e fácil de beber mesmo com 40% de graduação alcoólica. E, por incrível que pareça, mesmo sem conter mel em nenhum processo da produção, ela tem um retrogosto suave de mel, que o mestre cachaceiro Armando Del Bianco diz que é um segredo de produção. A Porto Vianna Tradicional é uma cachaça branca, boa tanto para beber sozinha, quanto em coquetéis clássicos como a nossa Caipirinha, o Macunaíma ou o tradicional Rabo de Galo”.

Alex Mesquita, diretor criativo do Elena | Magnífica Solera

“Minha cachaça favorita é a Magnífica Solera. Além de ser uma cachaça maravilhosa, que passa por carvalho, tem notas de mel, frutas secas e baunilha. Na minha opinião é excelente para beber bem fria ou em coquetéis. Super aveludada e ajuda a melhorar o paladar”.

Pedro Píton, chefe do bar do restaurante Animus | Gouveia Brasil 44 e Princesa Isabel Bálsamo e Jaqueira

“Minhas cachaças preferidas do momento são a Gouveia Brasil 44, envelhecida em barril de carvalho novo, que trazem notas semelhantes a de um bourbon, e possibilitam brincar com a possibilidade de incorporar em coquetéis substituindo o bourbon por ela, em releituras. E a Princesa Isabel Bálsamo e Jaqueira, uma cachaça frutada, com notas de especiarias e bastante complexidade no paladar. Essa última gosto de consumir pura, mas funciona bem em drinques também”.

Priscila Pulcherio, bartender do Dainer | Arbórea Branca, Caña e 5 Madeiras

“Para cocktails gosto muito da Arbórea Branca e da Caña, acredito que elas harmonizam muito bem, principalmente com cocktails com perfis cítricos e/ou secos e torrados. Já para beber pura, aposto na 5 Madeiras da Fazenda Soledade, essa ganhou meu coração; os aromas são dominados por notas florais; já no paladar ela chega suave, macia e trás uma sensação aveludada; com notas de castanha e baunilha. Finaliza com um retrogosto intenso e duradouro. São pedidas perfeitas”.

Bar e restaurante carioca Academia da Cachaça e a marca portuguesa Vista Alegre desenvolveram copo especial para a cachaça Foto: Rodrigo Azevedo/ Divulgaç

Eduardo Alves Rodrigues, bartender do D.O.M. | Tie, Weber Haus e Dalva e Dito

“Eu utilizo essas cachaças principalmente pelo perfil sensorial que elas trazem para os meus coquetéis. Cada tipo de envelhecimento confere características únicas e complexas que enriquecem a experiência de degustação. A cachaça Tie, envelhecida em jequitibá, traz notas suaves e levemente adocicadas, com um toque de baunilha e nuances florais. O jequitibá é uma madeira neutra que permite que os sabores naturais da cachaça se destaquem, adicionando apenas uma sutil complexidade. Eu gosto de usar essa cachaça quando quero realçar a pureza e a delicadeza da bebida base, sem sobrecarregar o paladar com influências excessivas da madeira. Já a cachaça Weber Haus, envelhecida em amburana, é uma das minhas preferidas pelo seu perfil aromático inconfundível. A amburana adiciona notas de especiarias doces como canela e cravo, além de um agradável fundo amadeirado. É uma cachaça que traz um caráter marcante e é perfeita para coquetéis que pedem um toque mais exótico e envolvente. Essa cachaça é ótima para criar bebidas com um perfil sensorial mais quente e complexo. A cachaça Dalva e Dito envelhecida em canela sassafrás oferece uma experiência única, com aromas intensos de canela e um toque de mentolado do sassafrás. Essa combinação proporciona uma sensação refrescante e ao mesmo tempo acolhedora, perfeita para coquetéis que buscam um equilíbrio entre frescor e calor. Utilizo essa cachaça para dar um diferencial interessante e inovador às minhas criações, especialmente em bebidas que precisam de um punch de sabor”.

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