A primeira safra pós covid


Vinícolas do sudeste brasileiro serão as primeiras a ter uma safra inteira sob os efeitos da codiv-19

Por Suzana Barelli
Atualização:

As vinícolas do sudeste brasileiro serão as primeiras a ter uma safra inteira sob os efeitos da codiv-19. Com um calendário invertido em relação às demais vinícolas do hemisfério Sul, que, desprevenidas, viram o coronavírus chegar por aqui no meio da colheita, no final de março, estas empresas tiveram tempo para se planejar para o período mais importante na elaboração de um vinho.

Isso porque, com técnicas de poda e de irrigação, elas conseguem fazer as videiras darem frutos nos meses de inverno, quando a região é marcada pela ausência de chuvas e pela maior amplitude térmica, que favorece o completo amadurecimento das uvas. É o processo conhecido como dupla poda ou poda invertida, que vem resultando em vinhos de qualidade fora das tradicionais regiões vinícolas do Brasil.

Neste ano, com início de colheita previsto para as próximas duas semanas, já no começo de junho, estas empresas estão nos ajustes finais das escalas e dos procedimentos para que as uvas sejam apanhadas e encaminhadas para a vinificação sem colocar em risco a saúde de seus funcionários.

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Vinhedos da Guaspari, vinícola em Espírito Santo do Pinhal, a 200 km de São Paulo. Foto: Reinaldo Cozzer|Divulgação

“Definimos um maior distanciamento entre as pessoas nos vinhedos. Agora, cada funcionário trabalha sozinho em uma fileira de vinhas e há sempre o intervalo de uma fileira de vinhedo entre eles”, conta o enólogo chileno Cristian Sepulvera, que assessora 15 vinícolas que seguem a filosofia da poda invertida, entre o interior de São Paulo, Minas Gerais e até de Goiás.

Sem contar que a própria vinha também funciona como uma barreira natural para o vírus. Isso, além de seguir as normas básicas de segurança, como o uso de máscaras e do álcool em gel e a escala no refeitório para evitar muito contato físico, acrescenta Marcio Verone, dono da Casa Verrone, com 12 hectares de vinhedos em Itubi, na Serra da Mantiqueira.

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Para estas pequenas vinícolas, o maior impacto deve ser na vinificação. A Epamig, empresa do governo do Minas Gerais que processa as uvas de muitas delas, reduziu de 60 toneladas para 40 toneladas a sua capacidade de receber uvas nesta safra. “Com o coronavírus, não podemos contar com estagiários e trabalharemos apenas o cantineiro e eu”, conta a enóloga Isabela Peregrino. Em safras passadas, cinco estagiários ajudavam nesta elaboração, como forma de aprender o ofício.

Na Guaspari, vinícola referência em dupla poda, inclusive com prêmios internacionais pelos seus vinhos, a maior dificuldade será a ausência de seu principal enólogo, o norte-americano Gustavo Gonzalez. “As conversas agora acontecem diariamente pela internet. Ele já não veio em março e não sabemos se poderá vir em novembro, para fazer os blends dos vinhos”, conta Fabrizia Zucherato, diretora-executiva da Guaspari, que fica em Espirito Santo do Pinhal, na parte paulista da Serra da Mantiqueira. O mais provável, diz ela, é que os vinhos fiquem mais tempo em barricas, a espera do enólogo.

Com a safra planejada e todos os protocolos de segurança seguidos, os produtores comemoram a previsão de um ano de qualidade. O tempo seco, sem chuvas, e as baixas temperaturas de madrugada e o tempo quente durante o dia são fatores que contribuem para o completo amadurecimento das uvas. “Vai ser um ótimo ano, como se para compensar as ações do vírus”, afirma Sepulveda.

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Ou, como acrescenta Adriano Miolo, o principal enólogo da vinícola que leva seu sobrenome, “não será o caos da safra tradicional, que foi uma loucura, pela falta de informação e de saber como se prevenir durante a colheita e a vinificação”.

Um dos quatro projetos da Miolo, no lado baiano do Vale do São Francisco, segue uma técnica semelhante, que permite a videira ter duas safras por ano. “Estamos começando o primeiro ciclo desta nova safra, devemos colher 1,5 milhão de tonelada de uva, mas desta vez, com o planejamento para evitar qualquer contágio”, conta ele.

As vinícolas do sudeste brasileiro serão as primeiras a ter uma safra inteira sob os efeitos da codiv-19. Com um calendário invertido em relação às demais vinícolas do hemisfério Sul, que, desprevenidas, viram o coronavírus chegar por aqui no meio da colheita, no final de março, estas empresas tiveram tempo para se planejar para o período mais importante na elaboração de um vinho.

Isso porque, com técnicas de poda e de irrigação, elas conseguem fazer as videiras darem frutos nos meses de inverno, quando a região é marcada pela ausência de chuvas e pela maior amplitude térmica, que favorece o completo amadurecimento das uvas. É o processo conhecido como dupla poda ou poda invertida, que vem resultando em vinhos de qualidade fora das tradicionais regiões vinícolas do Brasil.

Neste ano, com início de colheita previsto para as próximas duas semanas, já no começo de junho, estas empresas estão nos ajustes finais das escalas e dos procedimentos para que as uvas sejam apanhadas e encaminhadas para a vinificação sem colocar em risco a saúde de seus funcionários.

Vinhedos da Guaspari, vinícola em Espírito Santo do Pinhal, a 200 km de São Paulo. Foto: Reinaldo Cozzer|Divulgação

“Definimos um maior distanciamento entre as pessoas nos vinhedos. Agora, cada funcionário trabalha sozinho em uma fileira de vinhas e há sempre o intervalo de uma fileira de vinhedo entre eles”, conta o enólogo chileno Cristian Sepulvera, que assessora 15 vinícolas que seguem a filosofia da poda invertida, entre o interior de São Paulo, Minas Gerais e até de Goiás.

Sem contar que a própria vinha também funciona como uma barreira natural para o vírus. Isso, além de seguir as normas básicas de segurança, como o uso de máscaras e do álcool em gel e a escala no refeitório para evitar muito contato físico, acrescenta Marcio Verone, dono da Casa Verrone, com 12 hectares de vinhedos em Itubi, na Serra da Mantiqueira.

Para estas pequenas vinícolas, o maior impacto deve ser na vinificação. A Epamig, empresa do governo do Minas Gerais que processa as uvas de muitas delas, reduziu de 60 toneladas para 40 toneladas a sua capacidade de receber uvas nesta safra. “Com o coronavírus, não podemos contar com estagiários e trabalharemos apenas o cantineiro e eu”, conta a enóloga Isabela Peregrino. Em safras passadas, cinco estagiários ajudavam nesta elaboração, como forma de aprender o ofício.

Na Guaspari, vinícola referência em dupla poda, inclusive com prêmios internacionais pelos seus vinhos, a maior dificuldade será a ausência de seu principal enólogo, o norte-americano Gustavo Gonzalez. “As conversas agora acontecem diariamente pela internet. Ele já não veio em março e não sabemos se poderá vir em novembro, para fazer os blends dos vinhos”, conta Fabrizia Zucherato, diretora-executiva da Guaspari, que fica em Espirito Santo do Pinhal, na parte paulista da Serra da Mantiqueira. O mais provável, diz ela, é que os vinhos fiquem mais tempo em barricas, a espera do enólogo.

Com a safra planejada e todos os protocolos de segurança seguidos, os produtores comemoram a previsão de um ano de qualidade. O tempo seco, sem chuvas, e as baixas temperaturas de madrugada e o tempo quente durante o dia são fatores que contribuem para o completo amadurecimento das uvas. “Vai ser um ótimo ano, como se para compensar as ações do vírus”, afirma Sepulveda.

Ou, como acrescenta Adriano Miolo, o principal enólogo da vinícola que leva seu sobrenome, “não será o caos da safra tradicional, que foi uma loucura, pela falta de informação e de saber como se prevenir durante a colheita e a vinificação”.

Um dos quatro projetos da Miolo, no lado baiano do Vale do São Francisco, segue uma técnica semelhante, que permite a videira ter duas safras por ano. “Estamos começando o primeiro ciclo desta nova safra, devemos colher 1,5 milhão de tonelada de uva, mas desta vez, com o planejamento para evitar qualquer contágio”, conta ele.

As vinícolas do sudeste brasileiro serão as primeiras a ter uma safra inteira sob os efeitos da codiv-19. Com um calendário invertido em relação às demais vinícolas do hemisfério Sul, que, desprevenidas, viram o coronavírus chegar por aqui no meio da colheita, no final de março, estas empresas tiveram tempo para se planejar para o período mais importante na elaboração de um vinho.

Isso porque, com técnicas de poda e de irrigação, elas conseguem fazer as videiras darem frutos nos meses de inverno, quando a região é marcada pela ausência de chuvas e pela maior amplitude térmica, que favorece o completo amadurecimento das uvas. É o processo conhecido como dupla poda ou poda invertida, que vem resultando em vinhos de qualidade fora das tradicionais regiões vinícolas do Brasil.

Neste ano, com início de colheita previsto para as próximas duas semanas, já no começo de junho, estas empresas estão nos ajustes finais das escalas e dos procedimentos para que as uvas sejam apanhadas e encaminhadas para a vinificação sem colocar em risco a saúde de seus funcionários.

Vinhedos da Guaspari, vinícola em Espírito Santo do Pinhal, a 200 km de São Paulo. Foto: Reinaldo Cozzer|Divulgação

“Definimos um maior distanciamento entre as pessoas nos vinhedos. Agora, cada funcionário trabalha sozinho em uma fileira de vinhas e há sempre o intervalo de uma fileira de vinhedo entre eles”, conta o enólogo chileno Cristian Sepulvera, que assessora 15 vinícolas que seguem a filosofia da poda invertida, entre o interior de São Paulo, Minas Gerais e até de Goiás.

Sem contar que a própria vinha também funciona como uma barreira natural para o vírus. Isso, além de seguir as normas básicas de segurança, como o uso de máscaras e do álcool em gel e a escala no refeitório para evitar muito contato físico, acrescenta Marcio Verone, dono da Casa Verrone, com 12 hectares de vinhedos em Itubi, na Serra da Mantiqueira.

Para estas pequenas vinícolas, o maior impacto deve ser na vinificação. A Epamig, empresa do governo do Minas Gerais que processa as uvas de muitas delas, reduziu de 60 toneladas para 40 toneladas a sua capacidade de receber uvas nesta safra. “Com o coronavírus, não podemos contar com estagiários e trabalharemos apenas o cantineiro e eu”, conta a enóloga Isabela Peregrino. Em safras passadas, cinco estagiários ajudavam nesta elaboração, como forma de aprender o ofício.

Na Guaspari, vinícola referência em dupla poda, inclusive com prêmios internacionais pelos seus vinhos, a maior dificuldade será a ausência de seu principal enólogo, o norte-americano Gustavo Gonzalez. “As conversas agora acontecem diariamente pela internet. Ele já não veio em março e não sabemos se poderá vir em novembro, para fazer os blends dos vinhos”, conta Fabrizia Zucherato, diretora-executiva da Guaspari, que fica em Espirito Santo do Pinhal, na parte paulista da Serra da Mantiqueira. O mais provável, diz ela, é que os vinhos fiquem mais tempo em barricas, a espera do enólogo.

Com a safra planejada e todos os protocolos de segurança seguidos, os produtores comemoram a previsão de um ano de qualidade. O tempo seco, sem chuvas, e as baixas temperaturas de madrugada e o tempo quente durante o dia são fatores que contribuem para o completo amadurecimento das uvas. “Vai ser um ótimo ano, como se para compensar as ações do vírus”, afirma Sepulveda.

Ou, como acrescenta Adriano Miolo, o principal enólogo da vinícola que leva seu sobrenome, “não será o caos da safra tradicional, que foi uma loucura, pela falta de informação e de saber como se prevenir durante a colheita e a vinificação”.

Um dos quatro projetos da Miolo, no lado baiano do Vale do São Francisco, segue uma técnica semelhante, que permite a videira ter duas safras por ano. “Estamos começando o primeiro ciclo desta nova safra, devemos colher 1,5 milhão de tonelada de uva, mas desta vez, com o planejamento para evitar qualquer contágio”, conta ele.

As vinícolas do sudeste brasileiro serão as primeiras a ter uma safra inteira sob os efeitos da codiv-19. Com um calendário invertido em relação às demais vinícolas do hemisfério Sul, que, desprevenidas, viram o coronavírus chegar por aqui no meio da colheita, no final de março, estas empresas tiveram tempo para se planejar para o período mais importante na elaboração de um vinho.

Isso porque, com técnicas de poda e de irrigação, elas conseguem fazer as videiras darem frutos nos meses de inverno, quando a região é marcada pela ausência de chuvas e pela maior amplitude térmica, que favorece o completo amadurecimento das uvas. É o processo conhecido como dupla poda ou poda invertida, que vem resultando em vinhos de qualidade fora das tradicionais regiões vinícolas do Brasil.

Neste ano, com início de colheita previsto para as próximas duas semanas, já no começo de junho, estas empresas estão nos ajustes finais das escalas e dos procedimentos para que as uvas sejam apanhadas e encaminhadas para a vinificação sem colocar em risco a saúde de seus funcionários.

Vinhedos da Guaspari, vinícola em Espírito Santo do Pinhal, a 200 km de São Paulo. Foto: Reinaldo Cozzer|Divulgação

“Definimos um maior distanciamento entre as pessoas nos vinhedos. Agora, cada funcionário trabalha sozinho em uma fileira de vinhas e há sempre o intervalo de uma fileira de vinhedo entre eles”, conta o enólogo chileno Cristian Sepulvera, que assessora 15 vinícolas que seguem a filosofia da poda invertida, entre o interior de São Paulo, Minas Gerais e até de Goiás.

Sem contar que a própria vinha também funciona como uma barreira natural para o vírus. Isso, além de seguir as normas básicas de segurança, como o uso de máscaras e do álcool em gel e a escala no refeitório para evitar muito contato físico, acrescenta Marcio Verone, dono da Casa Verrone, com 12 hectares de vinhedos em Itubi, na Serra da Mantiqueira.

Para estas pequenas vinícolas, o maior impacto deve ser na vinificação. A Epamig, empresa do governo do Minas Gerais que processa as uvas de muitas delas, reduziu de 60 toneladas para 40 toneladas a sua capacidade de receber uvas nesta safra. “Com o coronavírus, não podemos contar com estagiários e trabalharemos apenas o cantineiro e eu”, conta a enóloga Isabela Peregrino. Em safras passadas, cinco estagiários ajudavam nesta elaboração, como forma de aprender o ofício.

Na Guaspari, vinícola referência em dupla poda, inclusive com prêmios internacionais pelos seus vinhos, a maior dificuldade será a ausência de seu principal enólogo, o norte-americano Gustavo Gonzalez. “As conversas agora acontecem diariamente pela internet. Ele já não veio em março e não sabemos se poderá vir em novembro, para fazer os blends dos vinhos”, conta Fabrizia Zucherato, diretora-executiva da Guaspari, que fica em Espirito Santo do Pinhal, na parte paulista da Serra da Mantiqueira. O mais provável, diz ela, é que os vinhos fiquem mais tempo em barricas, a espera do enólogo.

Com a safra planejada e todos os protocolos de segurança seguidos, os produtores comemoram a previsão de um ano de qualidade. O tempo seco, sem chuvas, e as baixas temperaturas de madrugada e o tempo quente durante o dia são fatores que contribuem para o completo amadurecimento das uvas. “Vai ser um ótimo ano, como se para compensar as ações do vírus”, afirma Sepulveda.

Ou, como acrescenta Adriano Miolo, o principal enólogo da vinícola que leva seu sobrenome, “não será o caos da safra tradicional, que foi uma loucura, pela falta de informação e de saber como se prevenir durante a colheita e a vinificação”.

Um dos quatro projetos da Miolo, no lado baiano do Vale do São Francisco, segue uma técnica semelhante, que permite a videira ter duas safras por ano. “Estamos começando o primeiro ciclo desta nova safra, devemos colher 1,5 milhão de tonelada de uva, mas desta vez, com o planejamento para evitar qualquer contágio”, conta ele.

As vinícolas do sudeste brasileiro serão as primeiras a ter uma safra inteira sob os efeitos da codiv-19. Com um calendário invertido em relação às demais vinícolas do hemisfério Sul, que, desprevenidas, viram o coronavírus chegar por aqui no meio da colheita, no final de março, estas empresas tiveram tempo para se planejar para o período mais importante na elaboração de um vinho.

Isso porque, com técnicas de poda e de irrigação, elas conseguem fazer as videiras darem frutos nos meses de inverno, quando a região é marcada pela ausência de chuvas e pela maior amplitude térmica, que favorece o completo amadurecimento das uvas. É o processo conhecido como dupla poda ou poda invertida, que vem resultando em vinhos de qualidade fora das tradicionais regiões vinícolas do Brasil.

Neste ano, com início de colheita previsto para as próximas duas semanas, já no começo de junho, estas empresas estão nos ajustes finais das escalas e dos procedimentos para que as uvas sejam apanhadas e encaminhadas para a vinificação sem colocar em risco a saúde de seus funcionários.

Vinhedos da Guaspari, vinícola em Espírito Santo do Pinhal, a 200 km de São Paulo. Foto: Reinaldo Cozzer|Divulgação

“Definimos um maior distanciamento entre as pessoas nos vinhedos. Agora, cada funcionário trabalha sozinho em uma fileira de vinhas e há sempre o intervalo de uma fileira de vinhedo entre eles”, conta o enólogo chileno Cristian Sepulvera, que assessora 15 vinícolas que seguem a filosofia da poda invertida, entre o interior de São Paulo, Minas Gerais e até de Goiás.

Sem contar que a própria vinha também funciona como uma barreira natural para o vírus. Isso, além de seguir as normas básicas de segurança, como o uso de máscaras e do álcool em gel e a escala no refeitório para evitar muito contato físico, acrescenta Marcio Verone, dono da Casa Verrone, com 12 hectares de vinhedos em Itubi, na Serra da Mantiqueira.

Para estas pequenas vinícolas, o maior impacto deve ser na vinificação. A Epamig, empresa do governo do Minas Gerais que processa as uvas de muitas delas, reduziu de 60 toneladas para 40 toneladas a sua capacidade de receber uvas nesta safra. “Com o coronavírus, não podemos contar com estagiários e trabalharemos apenas o cantineiro e eu”, conta a enóloga Isabela Peregrino. Em safras passadas, cinco estagiários ajudavam nesta elaboração, como forma de aprender o ofício.

Na Guaspari, vinícola referência em dupla poda, inclusive com prêmios internacionais pelos seus vinhos, a maior dificuldade será a ausência de seu principal enólogo, o norte-americano Gustavo Gonzalez. “As conversas agora acontecem diariamente pela internet. Ele já não veio em março e não sabemos se poderá vir em novembro, para fazer os blends dos vinhos”, conta Fabrizia Zucherato, diretora-executiva da Guaspari, que fica em Espirito Santo do Pinhal, na parte paulista da Serra da Mantiqueira. O mais provável, diz ela, é que os vinhos fiquem mais tempo em barricas, a espera do enólogo.

Com a safra planejada e todos os protocolos de segurança seguidos, os produtores comemoram a previsão de um ano de qualidade. O tempo seco, sem chuvas, e as baixas temperaturas de madrugada e o tempo quente durante o dia são fatores que contribuem para o completo amadurecimento das uvas. “Vai ser um ótimo ano, como se para compensar as ações do vírus”, afirma Sepulveda.

Ou, como acrescenta Adriano Miolo, o principal enólogo da vinícola que leva seu sobrenome, “não será o caos da safra tradicional, que foi uma loucura, pela falta de informação e de saber como se prevenir durante a colheita e a vinificação”.

Um dos quatro projetos da Miolo, no lado baiano do Vale do São Francisco, segue uma técnica semelhante, que permite a videira ter duas safras por ano. “Estamos começando o primeiro ciclo desta nova safra, devemos colher 1,5 milhão de tonelada de uva, mas desta vez, com o planejamento para evitar qualquer contágio”, conta ele.

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