Como o enoturismo está tomando conta do norte de Portugal


Douro, Porto e região dos Vinhos Verdes se transformaram nos últimos anos para ser um polo global de enoturismo

Por Matheus Mans

Andar pelas tortuosas estradas da região do Douro, no norte de Portugal, até causa uma certa vertigem nos viajantes -- são curvas para todos os lados, a todos os momentos. No entanto, duas coisas compensam: a paisagem tomada por vinhedos, que irão produzir as uvas com características só encontradas na região, e os ótimos vinhos produzidos por lá.

Não há, hoje, outra conversa possível no norte de Portugal senão os vinhos típicos do norte. São três regiões (Porto, Douro e Vinhos Verdes) que são o lar de vinhos únicos. O do Porto, como já explicamos, “é licoroso, produzido na Região Demarcada do Douro, sob condições peculiares derivadas de fatores naturais e humanos”, conforme explica o IVDP.

Já o Vinho do Douro é outra indicação geográfica -- mas, agora, de vinhos secos. Também contam com características particulares, vindas do tipo de solo. Por fim, a região dos vinhos verdes, entre Douro e Porto, é marcada por produzir vinhos mais ácidos do que a média (e que podem não agradar). Tem esse nome pela grande presença de vegetação ao redor.

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Os campos da Quinta da Aveleda, região dos ácidos vinhos verdes Foto: José Caldeira/Quinta da Aveleda

E a região vai muito além disso. “[Há] uma concentração única de experiências ligadas aos quatro terroirs distintos da região”, contextualiza o presidente de turismo do Norte de Portugal, Luís Pedro Martins. “As experiências de enoturismo permitem aos visitantes explorar a singularidade dos vinhos do Douro, Minho, Trás-os-Montes e Távora-Varosa, cada um refletindo as características únicas do solo, clima e tradições vitivinícolas”.

Números do enoturismo do Norte de Portugal

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Essas características únicas, somadas com um esforço considerável de publicidade do enoturismo que existe por ali, trouxeram números interessantes para a região.

O ano de 2023 marcou um crescimento impressionante para o turismo no Porto e Norte de Portugal, com quase 7 milhões de hóspedes e 13,3 milhões de dormidas, refletindo um aumento de 48% em proveitos globais comparado a 2019, alcançando cerca de 950 milhões de euros. O mercado brasileiro, um dos pilares estratégicos, registou 258 mil hóspedes brasileiros e 587 mil dormidas, significando um crescimento de 15,2% e 11,2%, respetivamente. “Estes números demonstram a robustez da nossa região como destino preferido, evidenciando, também, a recuperação pós-pandemia”, afirma Luiz Pedro Martins.

Indo além da degustação

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Hoje, o grande destaque da região, para turistas, vai para a Rota dos Vinhos, com mais de 100 aderentes. “É uma rota que agrega as nossas quatro regiões vínicas, as grandes responsáveis pela produção dos excelentes vinhos do Douro e do Porto, vinhos verdes, vinhos e espumantes de Távora-Varosa e vinhos de Trás-os-Montes, combinando o potencial de um dos nossos atributos mais valiosos com experiências turística”, diz Luiz.

Nos passeios pelas quintas, que são essas áreas de produção de vinho, fica evidente como há uma preocupação em ir além de provas e passeios esquecíveis por entre as vinhas.

A Quinta da Pacheca é o melhor exemplo disso: por lá, tem pintura com vinho (50 euros), colheita de uvas na vindima (em setembro; a partir de 105 euros), pisa (40 euros), visitas pela região (a partir de 115 euros) e, principalmente, ficar hospedado no hotel que fica junto aos vinhedos do espaço -- você abre a porta e se depara com vinhas. Há, inclusive, os concorridos barris de vinho que foram transformados em quartos, com vista pra toda a área.

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Tasting Room da Quinta do Bomfim Foto: Photographer: Dreamer

Por fim, há uma preocupação crescente em agregar boas experiências gastronômicas com as visitas às quintas. Na Quinta do Bomfim, por exemplo, tem o excelente restaurante Bomfim 1896, do chef Pedro Lemos e reconhecido pelo Guia Michelin (mas saindo por um preço bastante salgado de 175 euros por pessoa). Por lá, todos os pratos são preparados na lenha. O arroz chega com casquinha, enquanto o leitão é de comer rezando.

“Pratos típicos e vinhos exclusivos podem ser degustados em restaurantes e vinícolas, onde chefs renomados e viticultores compartilham as suas paixões”, explica o presidente do Turismo do Norte. “Iniciativas como os festivais gastronómicos e eventos de vinho, destacam a riqueza e diversidade da nossa oferta culinária e vitivinícola. Gosto sempre de recordar que é em Portugal e no Norte, que está a mais antiga região demarcada do mundo - o Douro - datada de 10 de Setembro de 1756, pela mão do Marquês de Pombal”.

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* O repórter viajou a convite do Turismo de Portugal, do Turismo do Norte de Portugal e da TAP.

Andar pelas tortuosas estradas da região do Douro, no norte de Portugal, até causa uma certa vertigem nos viajantes -- são curvas para todos os lados, a todos os momentos. No entanto, duas coisas compensam: a paisagem tomada por vinhedos, que irão produzir as uvas com características só encontradas na região, e os ótimos vinhos produzidos por lá.

Não há, hoje, outra conversa possível no norte de Portugal senão os vinhos típicos do norte. São três regiões (Porto, Douro e Vinhos Verdes) que são o lar de vinhos únicos. O do Porto, como já explicamos, “é licoroso, produzido na Região Demarcada do Douro, sob condições peculiares derivadas de fatores naturais e humanos”, conforme explica o IVDP.

Já o Vinho do Douro é outra indicação geográfica -- mas, agora, de vinhos secos. Também contam com características particulares, vindas do tipo de solo. Por fim, a região dos vinhos verdes, entre Douro e Porto, é marcada por produzir vinhos mais ácidos do que a média (e que podem não agradar). Tem esse nome pela grande presença de vegetação ao redor.

Os campos da Quinta da Aveleda, região dos ácidos vinhos verdes Foto: José Caldeira/Quinta da Aveleda

E a região vai muito além disso. “[Há] uma concentração única de experiências ligadas aos quatro terroirs distintos da região”, contextualiza o presidente de turismo do Norte de Portugal, Luís Pedro Martins. “As experiências de enoturismo permitem aos visitantes explorar a singularidade dos vinhos do Douro, Minho, Trás-os-Montes e Távora-Varosa, cada um refletindo as características únicas do solo, clima e tradições vitivinícolas”.

Números do enoturismo do Norte de Portugal

Essas características únicas, somadas com um esforço considerável de publicidade do enoturismo que existe por ali, trouxeram números interessantes para a região.

O ano de 2023 marcou um crescimento impressionante para o turismo no Porto e Norte de Portugal, com quase 7 milhões de hóspedes e 13,3 milhões de dormidas, refletindo um aumento de 48% em proveitos globais comparado a 2019, alcançando cerca de 950 milhões de euros. O mercado brasileiro, um dos pilares estratégicos, registou 258 mil hóspedes brasileiros e 587 mil dormidas, significando um crescimento de 15,2% e 11,2%, respetivamente. “Estes números demonstram a robustez da nossa região como destino preferido, evidenciando, também, a recuperação pós-pandemia”, afirma Luiz Pedro Martins.

Indo além da degustação

Hoje, o grande destaque da região, para turistas, vai para a Rota dos Vinhos, com mais de 100 aderentes. “É uma rota que agrega as nossas quatro regiões vínicas, as grandes responsáveis pela produção dos excelentes vinhos do Douro e do Porto, vinhos verdes, vinhos e espumantes de Távora-Varosa e vinhos de Trás-os-Montes, combinando o potencial de um dos nossos atributos mais valiosos com experiências turística”, diz Luiz.

Nos passeios pelas quintas, que são essas áreas de produção de vinho, fica evidente como há uma preocupação em ir além de provas e passeios esquecíveis por entre as vinhas.

A Quinta da Pacheca é o melhor exemplo disso: por lá, tem pintura com vinho (50 euros), colheita de uvas na vindima (em setembro; a partir de 105 euros), pisa (40 euros), visitas pela região (a partir de 115 euros) e, principalmente, ficar hospedado no hotel que fica junto aos vinhedos do espaço -- você abre a porta e se depara com vinhas. Há, inclusive, os concorridos barris de vinho que foram transformados em quartos, com vista pra toda a área.

Tasting Room da Quinta do Bomfim Foto: Photographer: Dreamer

Por fim, há uma preocupação crescente em agregar boas experiências gastronômicas com as visitas às quintas. Na Quinta do Bomfim, por exemplo, tem o excelente restaurante Bomfim 1896, do chef Pedro Lemos e reconhecido pelo Guia Michelin (mas saindo por um preço bastante salgado de 175 euros por pessoa). Por lá, todos os pratos são preparados na lenha. O arroz chega com casquinha, enquanto o leitão é de comer rezando.

“Pratos típicos e vinhos exclusivos podem ser degustados em restaurantes e vinícolas, onde chefs renomados e viticultores compartilham as suas paixões”, explica o presidente do Turismo do Norte. “Iniciativas como os festivais gastronómicos e eventos de vinho, destacam a riqueza e diversidade da nossa oferta culinária e vitivinícola. Gosto sempre de recordar que é em Portugal e no Norte, que está a mais antiga região demarcada do mundo - o Douro - datada de 10 de Setembro de 1756, pela mão do Marquês de Pombal”.

* O repórter viajou a convite do Turismo de Portugal, do Turismo do Norte de Portugal e da TAP.

Andar pelas tortuosas estradas da região do Douro, no norte de Portugal, até causa uma certa vertigem nos viajantes -- são curvas para todos os lados, a todos os momentos. No entanto, duas coisas compensam: a paisagem tomada por vinhedos, que irão produzir as uvas com características só encontradas na região, e os ótimos vinhos produzidos por lá.

Não há, hoje, outra conversa possível no norte de Portugal senão os vinhos típicos do norte. São três regiões (Porto, Douro e Vinhos Verdes) que são o lar de vinhos únicos. O do Porto, como já explicamos, “é licoroso, produzido na Região Demarcada do Douro, sob condições peculiares derivadas de fatores naturais e humanos”, conforme explica o IVDP.

Já o Vinho do Douro é outra indicação geográfica -- mas, agora, de vinhos secos. Também contam com características particulares, vindas do tipo de solo. Por fim, a região dos vinhos verdes, entre Douro e Porto, é marcada por produzir vinhos mais ácidos do que a média (e que podem não agradar). Tem esse nome pela grande presença de vegetação ao redor.

Os campos da Quinta da Aveleda, região dos ácidos vinhos verdes Foto: José Caldeira/Quinta da Aveleda

E a região vai muito além disso. “[Há] uma concentração única de experiências ligadas aos quatro terroirs distintos da região”, contextualiza o presidente de turismo do Norte de Portugal, Luís Pedro Martins. “As experiências de enoturismo permitem aos visitantes explorar a singularidade dos vinhos do Douro, Minho, Trás-os-Montes e Távora-Varosa, cada um refletindo as características únicas do solo, clima e tradições vitivinícolas”.

Números do enoturismo do Norte de Portugal

Essas características únicas, somadas com um esforço considerável de publicidade do enoturismo que existe por ali, trouxeram números interessantes para a região.

O ano de 2023 marcou um crescimento impressionante para o turismo no Porto e Norte de Portugal, com quase 7 milhões de hóspedes e 13,3 milhões de dormidas, refletindo um aumento de 48% em proveitos globais comparado a 2019, alcançando cerca de 950 milhões de euros. O mercado brasileiro, um dos pilares estratégicos, registou 258 mil hóspedes brasileiros e 587 mil dormidas, significando um crescimento de 15,2% e 11,2%, respetivamente. “Estes números demonstram a robustez da nossa região como destino preferido, evidenciando, também, a recuperação pós-pandemia”, afirma Luiz Pedro Martins.

Indo além da degustação

Hoje, o grande destaque da região, para turistas, vai para a Rota dos Vinhos, com mais de 100 aderentes. “É uma rota que agrega as nossas quatro regiões vínicas, as grandes responsáveis pela produção dos excelentes vinhos do Douro e do Porto, vinhos verdes, vinhos e espumantes de Távora-Varosa e vinhos de Trás-os-Montes, combinando o potencial de um dos nossos atributos mais valiosos com experiências turística”, diz Luiz.

Nos passeios pelas quintas, que são essas áreas de produção de vinho, fica evidente como há uma preocupação em ir além de provas e passeios esquecíveis por entre as vinhas.

A Quinta da Pacheca é o melhor exemplo disso: por lá, tem pintura com vinho (50 euros), colheita de uvas na vindima (em setembro; a partir de 105 euros), pisa (40 euros), visitas pela região (a partir de 115 euros) e, principalmente, ficar hospedado no hotel que fica junto aos vinhedos do espaço -- você abre a porta e se depara com vinhas. Há, inclusive, os concorridos barris de vinho que foram transformados em quartos, com vista pra toda a área.

Tasting Room da Quinta do Bomfim Foto: Photographer: Dreamer

Por fim, há uma preocupação crescente em agregar boas experiências gastronômicas com as visitas às quintas. Na Quinta do Bomfim, por exemplo, tem o excelente restaurante Bomfim 1896, do chef Pedro Lemos e reconhecido pelo Guia Michelin (mas saindo por um preço bastante salgado de 175 euros por pessoa). Por lá, todos os pratos são preparados na lenha. O arroz chega com casquinha, enquanto o leitão é de comer rezando.

“Pratos típicos e vinhos exclusivos podem ser degustados em restaurantes e vinícolas, onde chefs renomados e viticultores compartilham as suas paixões”, explica o presidente do Turismo do Norte. “Iniciativas como os festivais gastronómicos e eventos de vinho, destacam a riqueza e diversidade da nossa oferta culinária e vitivinícola. Gosto sempre de recordar que é em Portugal e no Norte, que está a mais antiga região demarcada do mundo - o Douro - datada de 10 de Setembro de 1756, pela mão do Marquês de Pombal”.

* O repórter viajou a convite do Turismo de Portugal, do Turismo do Norte de Portugal e da TAP.

Andar pelas tortuosas estradas da região do Douro, no norte de Portugal, até causa uma certa vertigem nos viajantes -- são curvas para todos os lados, a todos os momentos. No entanto, duas coisas compensam: a paisagem tomada por vinhedos, que irão produzir as uvas com características só encontradas na região, e os ótimos vinhos produzidos por lá.

Não há, hoje, outra conversa possível no norte de Portugal senão os vinhos típicos do norte. São três regiões (Porto, Douro e Vinhos Verdes) que são o lar de vinhos únicos. O do Porto, como já explicamos, “é licoroso, produzido na Região Demarcada do Douro, sob condições peculiares derivadas de fatores naturais e humanos”, conforme explica o IVDP.

Já o Vinho do Douro é outra indicação geográfica -- mas, agora, de vinhos secos. Também contam com características particulares, vindas do tipo de solo. Por fim, a região dos vinhos verdes, entre Douro e Porto, é marcada por produzir vinhos mais ácidos do que a média (e que podem não agradar). Tem esse nome pela grande presença de vegetação ao redor.

Os campos da Quinta da Aveleda, região dos ácidos vinhos verdes Foto: José Caldeira/Quinta da Aveleda

E a região vai muito além disso. “[Há] uma concentração única de experiências ligadas aos quatro terroirs distintos da região”, contextualiza o presidente de turismo do Norte de Portugal, Luís Pedro Martins. “As experiências de enoturismo permitem aos visitantes explorar a singularidade dos vinhos do Douro, Minho, Trás-os-Montes e Távora-Varosa, cada um refletindo as características únicas do solo, clima e tradições vitivinícolas”.

Números do enoturismo do Norte de Portugal

Essas características únicas, somadas com um esforço considerável de publicidade do enoturismo que existe por ali, trouxeram números interessantes para a região.

O ano de 2023 marcou um crescimento impressionante para o turismo no Porto e Norte de Portugal, com quase 7 milhões de hóspedes e 13,3 milhões de dormidas, refletindo um aumento de 48% em proveitos globais comparado a 2019, alcançando cerca de 950 milhões de euros. O mercado brasileiro, um dos pilares estratégicos, registou 258 mil hóspedes brasileiros e 587 mil dormidas, significando um crescimento de 15,2% e 11,2%, respetivamente. “Estes números demonstram a robustez da nossa região como destino preferido, evidenciando, também, a recuperação pós-pandemia”, afirma Luiz Pedro Martins.

Indo além da degustação

Hoje, o grande destaque da região, para turistas, vai para a Rota dos Vinhos, com mais de 100 aderentes. “É uma rota que agrega as nossas quatro regiões vínicas, as grandes responsáveis pela produção dos excelentes vinhos do Douro e do Porto, vinhos verdes, vinhos e espumantes de Távora-Varosa e vinhos de Trás-os-Montes, combinando o potencial de um dos nossos atributos mais valiosos com experiências turística”, diz Luiz.

Nos passeios pelas quintas, que são essas áreas de produção de vinho, fica evidente como há uma preocupação em ir além de provas e passeios esquecíveis por entre as vinhas.

A Quinta da Pacheca é o melhor exemplo disso: por lá, tem pintura com vinho (50 euros), colheita de uvas na vindima (em setembro; a partir de 105 euros), pisa (40 euros), visitas pela região (a partir de 115 euros) e, principalmente, ficar hospedado no hotel que fica junto aos vinhedos do espaço -- você abre a porta e se depara com vinhas. Há, inclusive, os concorridos barris de vinho que foram transformados em quartos, com vista pra toda a área.

Tasting Room da Quinta do Bomfim Foto: Photographer: Dreamer

Por fim, há uma preocupação crescente em agregar boas experiências gastronômicas com as visitas às quintas. Na Quinta do Bomfim, por exemplo, tem o excelente restaurante Bomfim 1896, do chef Pedro Lemos e reconhecido pelo Guia Michelin (mas saindo por um preço bastante salgado de 175 euros por pessoa). Por lá, todos os pratos são preparados na lenha. O arroz chega com casquinha, enquanto o leitão é de comer rezando.

“Pratos típicos e vinhos exclusivos podem ser degustados em restaurantes e vinícolas, onde chefs renomados e viticultores compartilham as suas paixões”, explica o presidente do Turismo do Norte. “Iniciativas como os festivais gastronómicos e eventos de vinho, destacam a riqueza e diversidade da nossa oferta culinária e vitivinícola. Gosto sempre de recordar que é em Portugal e no Norte, que está a mais antiga região demarcada do mundo - o Douro - datada de 10 de Setembro de 1756, pela mão do Marquês de Pombal”.

* O repórter viajou a convite do Turismo de Portugal, do Turismo do Norte de Portugal e da TAP.

Andar pelas tortuosas estradas da região do Douro, no norte de Portugal, até causa uma certa vertigem nos viajantes -- são curvas para todos os lados, a todos os momentos. No entanto, duas coisas compensam: a paisagem tomada por vinhedos, que irão produzir as uvas com características só encontradas na região, e os ótimos vinhos produzidos por lá.

Não há, hoje, outra conversa possível no norte de Portugal senão os vinhos típicos do norte. São três regiões (Porto, Douro e Vinhos Verdes) que são o lar de vinhos únicos. O do Porto, como já explicamos, “é licoroso, produzido na Região Demarcada do Douro, sob condições peculiares derivadas de fatores naturais e humanos”, conforme explica o IVDP.

Já o Vinho do Douro é outra indicação geográfica -- mas, agora, de vinhos secos. Também contam com características particulares, vindas do tipo de solo. Por fim, a região dos vinhos verdes, entre Douro e Porto, é marcada por produzir vinhos mais ácidos do que a média (e que podem não agradar). Tem esse nome pela grande presença de vegetação ao redor.

Os campos da Quinta da Aveleda, região dos ácidos vinhos verdes Foto: José Caldeira/Quinta da Aveleda

E a região vai muito além disso. “[Há] uma concentração única de experiências ligadas aos quatro terroirs distintos da região”, contextualiza o presidente de turismo do Norte de Portugal, Luís Pedro Martins. “As experiências de enoturismo permitem aos visitantes explorar a singularidade dos vinhos do Douro, Minho, Trás-os-Montes e Távora-Varosa, cada um refletindo as características únicas do solo, clima e tradições vitivinícolas”.

Números do enoturismo do Norte de Portugal

Essas características únicas, somadas com um esforço considerável de publicidade do enoturismo que existe por ali, trouxeram números interessantes para a região.

O ano de 2023 marcou um crescimento impressionante para o turismo no Porto e Norte de Portugal, com quase 7 milhões de hóspedes e 13,3 milhões de dormidas, refletindo um aumento de 48% em proveitos globais comparado a 2019, alcançando cerca de 950 milhões de euros. O mercado brasileiro, um dos pilares estratégicos, registou 258 mil hóspedes brasileiros e 587 mil dormidas, significando um crescimento de 15,2% e 11,2%, respetivamente. “Estes números demonstram a robustez da nossa região como destino preferido, evidenciando, também, a recuperação pós-pandemia”, afirma Luiz Pedro Martins.

Indo além da degustação

Hoje, o grande destaque da região, para turistas, vai para a Rota dos Vinhos, com mais de 100 aderentes. “É uma rota que agrega as nossas quatro regiões vínicas, as grandes responsáveis pela produção dos excelentes vinhos do Douro e do Porto, vinhos verdes, vinhos e espumantes de Távora-Varosa e vinhos de Trás-os-Montes, combinando o potencial de um dos nossos atributos mais valiosos com experiências turística”, diz Luiz.

Nos passeios pelas quintas, que são essas áreas de produção de vinho, fica evidente como há uma preocupação em ir além de provas e passeios esquecíveis por entre as vinhas.

A Quinta da Pacheca é o melhor exemplo disso: por lá, tem pintura com vinho (50 euros), colheita de uvas na vindima (em setembro; a partir de 105 euros), pisa (40 euros), visitas pela região (a partir de 115 euros) e, principalmente, ficar hospedado no hotel que fica junto aos vinhedos do espaço -- você abre a porta e se depara com vinhas. Há, inclusive, os concorridos barris de vinho que foram transformados em quartos, com vista pra toda a área.

Tasting Room da Quinta do Bomfim Foto: Photographer: Dreamer

Por fim, há uma preocupação crescente em agregar boas experiências gastronômicas com as visitas às quintas. Na Quinta do Bomfim, por exemplo, tem o excelente restaurante Bomfim 1896, do chef Pedro Lemos e reconhecido pelo Guia Michelin (mas saindo por um preço bastante salgado de 175 euros por pessoa). Por lá, todos os pratos são preparados na lenha. O arroz chega com casquinha, enquanto o leitão é de comer rezando.

“Pratos típicos e vinhos exclusivos podem ser degustados em restaurantes e vinícolas, onde chefs renomados e viticultores compartilham as suas paixões”, explica o presidente do Turismo do Norte. “Iniciativas como os festivais gastronómicos e eventos de vinho, destacam a riqueza e diversidade da nossa oferta culinária e vitivinícola. Gosto sempre de recordar que é em Portugal e no Norte, que está a mais antiga região demarcada do mundo - o Douro - datada de 10 de Setembro de 1756, pela mão do Marquês de Pombal”.

* O repórter viajou a convite do Turismo de Portugal, do Turismo do Norte de Portugal e da TAP.

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