Conheça a bartender mais influente das Américas


Saiba quem é Inés de los Santos, a mixologista argentina por trás dos drinks do novo Kotchi

Por Fernanda Meneguetti

Alta, magra, os cabelos curtos impecavelmente ajeitados, terninho, postura de bailarina. Quando Inés de los Santos adentra um ambiente, não se sabe se é uma CEO, alguém do mundo da moda ou simplesmente a dona da bagaça toda. Em São Paulo é quem manda no serviço e nos coquetéis do Kotchi, novo listening bar nos Jardins.

No entanto, a argentina de Buenos Aires só chegou aqui por acumular cases de sucesso no mundo dos bares – e não só no país vizinho. Mais da metade de seus 47 anos, Inés passou detrás de balcões. Começou no clássico Gran Bar Danzón (como outro craque mundial, Tato Giovannoni) e estourou na Casa Cruz.

De 2005 a 2008, era o lugar para jetsetters de todo o cone sul. A Casa Cruz reunia seus drinks, cozinha do chef Germán Martitegui, vinhos do sommelier Aldo Graziani e a hospitalidade de Juan Santa Cruz. Apesar da quantidade de garrafas de Dom Perignon que circulavam, a moça se destacava, a ponto de um de seus clientes, Luigi Cardoso, passar a xavecá-la. Profissionalmente, que fique bem claro.

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Balcão do novo Kotchi, listening bar nos Jardins com coquetéis criados por Inés de los Santos. FOTO ALEX SILVA/ESTADÃO Foto: Alex Silva

Atual sócio do Makoto e do L’Avenue, o empresário trouxe a bartender diversas vezes a São Paulo, ora com Tegui, ora com Juan, para ver se engatava um bar, mas a coisa sempre empacava. Três anos atrás, quando conheceu o CoChinChina, determinou-se a concretizar a parceria.

Com a ajuda do sócio e restaurateur Roger Rodrigues, que nunca passou para frente o ponto da extinta Brasserie des Artes, logrou trazer a mestra das coqueteleiras para os Jardins. “Eles queriam um CoChinChina, mas eu não vejo o CoChinChina num espaço tão pequeno. Pode ter algo em comum, mas o Kotchi é único”, garante Inés.

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O projeto a que a barwoman se refere nasceu em tempos pandêmicos, como a viagem mais completa que se poderia fazer sem sair de Palermo. Sucesso imediato, a casa até hoje conta (embora não esteja mais no menu) com um dos melhores coquetéis das Américas, o Umami Martini, um dry à base de gim com cogumelos, algas e especiarias. Não à toa, acaba de ser coroado o 22º melhor bar do mundo pelo 50 Best.

Mas não é só por isso que Inés é influente nesse universo tão pouco afeito a lideranças femininas. A bartender desenvolveu e desenvolve bebidas (seus novos vermutes são de altíssimo nível). Treinou e treina brigadas com maestria. Apresentou realities de coquetelaria (é estrela na série “El Gran Bartender”). Assinou e assina bares de chefs famosos, incluindo o do triplamente estrelado Mauro Colagreco em Xangai.

Atualmente, é sócia da chefona Narda Lepes no Kona, um bar asiático que em noites inspiradas se converte em karaokê. E, há um par de meses, abriu ao lado de outro cozinheiro, o talentoso Pedro Bargero, o Costa 7070, um espaço gigante próximo ao aeroporto urbano Aeroparque, feito para beber, comer e bailar.

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A mixologista argentina Inés de los Santos no novo Kotchi, em São Paulo, FOTO ALEX SILVA/ESTADÃO Foto: Alex Silva

“No final de semana atendi quase mil pessoas por lá e dancei, óbvio. Estou morta, não tenho mais idade para isso”, confessou enquanto perguntava, animadíssima, pela saideira às quase duas da manhã. Inés é assim: tem sempre a energia inabalada, cuida para que todo mundo esteja bem e, de preferência, com um copinho na mão.

O sorriso largo encobre dores constantes no joelho, castigado pelas jornadas longuíssimas detrás de balcões e condenado durante a adolescência, quando foi brutalmente atropelada na Avenida 9 de Julho, no centro de Buenos Aires.

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No seu orgulho de fênix, Inés de los Santos não reclama jamais. Imagina vinhos e coquetéis, desfruta da companhia da filha pré-adolescente, Cora, e de boa comida como se não houvesse amanhã. Ah, e quando em São Paulo, tem sempre tempo para um omakase e para um fim de noite no Baretto.

Alta, magra, os cabelos curtos impecavelmente ajeitados, terninho, postura de bailarina. Quando Inés de los Santos adentra um ambiente, não se sabe se é uma CEO, alguém do mundo da moda ou simplesmente a dona da bagaça toda. Em São Paulo é quem manda no serviço e nos coquetéis do Kotchi, novo listening bar nos Jardins.

No entanto, a argentina de Buenos Aires só chegou aqui por acumular cases de sucesso no mundo dos bares – e não só no país vizinho. Mais da metade de seus 47 anos, Inés passou detrás de balcões. Começou no clássico Gran Bar Danzón (como outro craque mundial, Tato Giovannoni) e estourou na Casa Cruz.

De 2005 a 2008, era o lugar para jetsetters de todo o cone sul. A Casa Cruz reunia seus drinks, cozinha do chef Germán Martitegui, vinhos do sommelier Aldo Graziani e a hospitalidade de Juan Santa Cruz. Apesar da quantidade de garrafas de Dom Perignon que circulavam, a moça se destacava, a ponto de um de seus clientes, Luigi Cardoso, passar a xavecá-la. Profissionalmente, que fique bem claro.

Balcão do novo Kotchi, listening bar nos Jardins com coquetéis criados por Inés de los Santos. FOTO ALEX SILVA/ESTADÃO Foto: Alex Silva

Atual sócio do Makoto e do L’Avenue, o empresário trouxe a bartender diversas vezes a São Paulo, ora com Tegui, ora com Juan, para ver se engatava um bar, mas a coisa sempre empacava. Três anos atrás, quando conheceu o CoChinChina, determinou-se a concretizar a parceria.

Com a ajuda do sócio e restaurateur Roger Rodrigues, que nunca passou para frente o ponto da extinta Brasserie des Artes, logrou trazer a mestra das coqueteleiras para os Jardins. “Eles queriam um CoChinChina, mas eu não vejo o CoChinChina num espaço tão pequeno. Pode ter algo em comum, mas o Kotchi é único”, garante Inés.

O projeto a que a barwoman se refere nasceu em tempos pandêmicos, como a viagem mais completa que se poderia fazer sem sair de Palermo. Sucesso imediato, a casa até hoje conta (embora não esteja mais no menu) com um dos melhores coquetéis das Américas, o Umami Martini, um dry à base de gim com cogumelos, algas e especiarias. Não à toa, acaba de ser coroado o 22º melhor bar do mundo pelo 50 Best.

Mas não é só por isso que Inés é influente nesse universo tão pouco afeito a lideranças femininas. A bartender desenvolveu e desenvolve bebidas (seus novos vermutes são de altíssimo nível). Treinou e treina brigadas com maestria. Apresentou realities de coquetelaria (é estrela na série “El Gran Bartender”). Assinou e assina bares de chefs famosos, incluindo o do triplamente estrelado Mauro Colagreco em Xangai.

Atualmente, é sócia da chefona Narda Lepes no Kona, um bar asiático que em noites inspiradas se converte em karaokê. E, há um par de meses, abriu ao lado de outro cozinheiro, o talentoso Pedro Bargero, o Costa 7070, um espaço gigante próximo ao aeroporto urbano Aeroparque, feito para beber, comer e bailar.

A mixologista argentina Inés de los Santos no novo Kotchi, em São Paulo, FOTO ALEX SILVA/ESTADÃO Foto: Alex Silva

“No final de semana atendi quase mil pessoas por lá e dancei, óbvio. Estou morta, não tenho mais idade para isso”, confessou enquanto perguntava, animadíssima, pela saideira às quase duas da manhã. Inés é assim: tem sempre a energia inabalada, cuida para que todo mundo esteja bem e, de preferência, com um copinho na mão.

O sorriso largo encobre dores constantes no joelho, castigado pelas jornadas longuíssimas detrás de balcões e condenado durante a adolescência, quando foi brutalmente atropelada na Avenida 9 de Julho, no centro de Buenos Aires.

No seu orgulho de fênix, Inés de los Santos não reclama jamais. Imagina vinhos e coquetéis, desfruta da companhia da filha pré-adolescente, Cora, e de boa comida como se não houvesse amanhã. Ah, e quando em São Paulo, tem sempre tempo para um omakase e para um fim de noite no Baretto.

Alta, magra, os cabelos curtos impecavelmente ajeitados, terninho, postura de bailarina. Quando Inés de los Santos adentra um ambiente, não se sabe se é uma CEO, alguém do mundo da moda ou simplesmente a dona da bagaça toda. Em São Paulo é quem manda no serviço e nos coquetéis do Kotchi, novo listening bar nos Jardins.

No entanto, a argentina de Buenos Aires só chegou aqui por acumular cases de sucesso no mundo dos bares – e não só no país vizinho. Mais da metade de seus 47 anos, Inés passou detrás de balcões. Começou no clássico Gran Bar Danzón (como outro craque mundial, Tato Giovannoni) e estourou na Casa Cruz.

De 2005 a 2008, era o lugar para jetsetters de todo o cone sul. A Casa Cruz reunia seus drinks, cozinha do chef Germán Martitegui, vinhos do sommelier Aldo Graziani e a hospitalidade de Juan Santa Cruz. Apesar da quantidade de garrafas de Dom Perignon que circulavam, a moça se destacava, a ponto de um de seus clientes, Luigi Cardoso, passar a xavecá-la. Profissionalmente, que fique bem claro.

Balcão do novo Kotchi, listening bar nos Jardins com coquetéis criados por Inés de los Santos. FOTO ALEX SILVA/ESTADÃO Foto: Alex Silva

Atual sócio do Makoto e do L’Avenue, o empresário trouxe a bartender diversas vezes a São Paulo, ora com Tegui, ora com Juan, para ver se engatava um bar, mas a coisa sempre empacava. Três anos atrás, quando conheceu o CoChinChina, determinou-se a concretizar a parceria.

Com a ajuda do sócio e restaurateur Roger Rodrigues, que nunca passou para frente o ponto da extinta Brasserie des Artes, logrou trazer a mestra das coqueteleiras para os Jardins. “Eles queriam um CoChinChina, mas eu não vejo o CoChinChina num espaço tão pequeno. Pode ter algo em comum, mas o Kotchi é único”, garante Inés.

O projeto a que a barwoman se refere nasceu em tempos pandêmicos, como a viagem mais completa que se poderia fazer sem sair de Palermo. Sucesso imediato, a casa até hoje conta (embora não esteja mais no menu) com um dos melhores coquetéis das Américas, o Umami Martini, um dry à base de gim com cogumelos, algas e especiarias. Não à toa, acaba de ser coroado o 22º melhor bar do mundo pelo 50 Best.

Mas não é só por isso que Inés é influente nesse universo tão pouco afeito a lideranças femininas. A bartender desenvolveu e desenvolve bebidas (seus novos vermutes são de altíssimo nível). Treinou e treina brigadas com maestria. Apresentou realities de coquetelaria (é estrela na série “El Gran Bartender”). Assinou e assina bares de chefs famosos, incluindo o do triplamente estrelado Mauro Colagreco em Xangai.

Atualmente, é sócia da chefona Narda Lepes no Kona, um bar asiático que em noites inspiradas se converte em karaokê. E, há um par de meses, abriu ao lado de outro cozinheiro, o talentoso Pedro Bargero, o Costa 7070, um espaço gigante próximo ao aeroporto urbano Aeroparque, feito para beber, comer e bailar.

A mixologista argentina Inés de los Santos no novo Kotchi, em São Paulo, FOTO ALEX SILVA/ESTADÃO Foto: Alex Silva

“No final de semana atendi quase mil pessoas por lá e dancei, óbvio. Estou morta, não tenho mais idade para isso”, confessou enquanto perguntava, animadíssima, pela saideira às quase duas da manhã. Inés é assim: tem sempre a energia inabalada, cuida para que todo mundo esteja bem e, de preferência, com um copinho na mão.

O sorriso largo encobre dores constantes no joelho, castigado pelas jornadas longuíssimas detrás de balcões e condenado durante a adolescência, quando foi brutalmente atropelada na Avenida 9 de Julho, no centro de Buenos Aires.

No seu orgulho de fênix, Inés de los Santos não reclama jamais. Imagina vinhos e coquetéis, desfruta da companhia da filha pré-adolescente, Cora, e de boa comida como se não houvesse amanhã. Ah, e quando em São Paulo, tem sempre tempo para um omakase e para um fim de noite no Baretto.

Alta, magra, os cabelos curtos impecavelmente ajeitados, terninho, postura de bailarina. Quando Inés de los Santos adentra um ambiente, não se sabe se é uma CEO, alguém do mundo da moda ou simplesmente a dona da bagaça toda. Em São Paulo é quem manda no serviço e nos coquetéis do Kotchi, novo listening bar nos Jardins.

No entanto, a argentina de Buenos Aires só chegou aqui por acumular cases de sucesso no mundo dos bares – e não só no país vizinho. Mais da metade de seus 47 anos, Inés passou detrás de balcões. Começou no clássico Gran Bar Danzón (como outro craque mundial, Tato Giovannoni) e estourou na Casa Cruz.

De 2005 a 2008, era o lugar para jetsetters de todo o cone sul. A Casa Cruz reunia seus drinks, cozinha do chef Germán Martitegui, vinhos do sommelier Aldo Graziani e a hospitalidade de Juan Santa Cruz. Apesar da quantidade de garrafas de Dom Perignon que circulavam, a moça se destacava, a ponto de um de seus clientes, Luigi Cardoso, passar a xavecá-la. Profissionalmente, que fique bem claro.

Balcão do novo Kotchi, listening bar nos Jardins com coquetéis criados por Inés de los Santos. FOTO ALEX SILVA/ESTADÃO Foto: Alex Silva

Atual sócio do Makoto e do L’Avenue, o empresário trouxe a bartender diversas vezes a São Paulo, ora com Tegui, ora com Juan, para ver se engatava um bar, mas a coisa sempre empacava. Três anos atrás, quando conheceu o CoChinChina, determinou-se a concretizar a parceria.

Com a ajuda do sócio e restaurateur Roger Rodrigues, que nunca passou para frente o ponto da extinta Brasserie des Artes, logrou trazer a mestra das coqueteleiras para os Jardins. “Eles queriam um CoChinChina, mas eu não vejo o CoChinChina num espaço tão pequeno. Pode ter algo em comum, mas o Kotchi é único”, garante Inés.

O projeto a que a barwoman se refere nasceu em tempos pandêmicos, como a viagem mais completa que se poderia fazer sem sair de Palermo. Sucesso imediato, a casa até hoje conta (embora não esteja mais no menu) com um dos melhores coquetéis das Américas, o Umami Martini, um dry à base de gim com cogumelos, algas e especiarias. Não à toa, acaba de ser coroado o 22º melhor bar do mundo pelo 50 Best.

Mas não é só por isso que Inés é influente nesse universo tão pouco afeito a lideranças femininas. A bartender desenvolveu e desenvolve bebidas (seus novos vermutes são de altíssimo nível). Treinou e treina brigadas com maestria. Apresentou realities de coquetelaria (é estrela na série “El Gran Bartender”). Assinou e assina bares de chefs famosos, incluindo o do triplamente estrelado Mauro Colagreco em Xangai.

Atualmente, é sócia da chefona Narda Lepes no Kona, um bar asiático que em noites inspiradas se converte em karaokê. E, há um par de meses, abriu ao lado de outro cozinheiro, o talentoso Pedro Bargero, o Costa 7070, um espaço gigante próximo ao aeroporto urbano Aeroparque, feito para beber, comer e bailar.

A mixologista argentina Inés de los Santos no novo Kotchi, em São Paulo, FOTO ALEX SILVA/ESTADÃO Foto: Alex Silva

“No final de semana atendi quase mil pessoas por lá e dancei, óbvio. Estou morta, não tenho mais idade para isso”, confessou enquanto perguntava, animadíssima, pela saideira às quase duas da manhã. Inés é assim: tem sempre a energia inabalada, cuida para que todo mundo esteja bem e, de preferência, com um copinho na mão.

O sorriso largo encobre dores constantes no joelho, castigado pelas jornadas longuíssimas detrás de balcões e condenado durante a adolescência, quando foi brutalmente atropelada na Avenida 9 de Julho, no centro de Buenos Aires.

No seu orgulho de fênix, Inés de los Santos não reclama jamais. Imagina vinhos e coquetéis, desfruta da companhia da filha pré-adolescente, Cora, e de boa comida como se não houvesse amanhã. Ah, e quando em São Paulo, tem sempre tempo para um omakase e para um fim de noite no Baretto.

Alta, magra, os cabelos curtos impecavelmente ajeitados, terninho, postura de bailarina. Quando Inés de los Santos adentra um ambiente, não se sabe se é uma CEO, alguém do mundo da moda ou simplesmente a dona da bagaça toda. Em São Paulo é quem manda no serviço e nos coquetéis do Kotchi, novo listening bar nos Jardins.

No entanto, a argentina de Buenos Aires só chegou aqui por acumular cases de sucesso no mundo dos bares – e não só no país vizinho. Mais da metade de seus 47 anos, Inés passou detrás de balcões. Começou no clássico Gran Bar Danzón (como outro craque mundial, Tato Giovannoni) e estourou na Casa Cruz.

De 2005 a 2008, era o lugar para jetsetters de todo o cone sul. A Casa Cruz reunia seus drinks, cozinha do chef Germán Martitegui, vinhos do sommelier Aldo Graziani e a hospitalidade de Juan Santa Cruz. Apesar da quantidade de garrafas de Dom Perignon que circulavam, a moça se destacava, a ponto de um de seus clientes, Luigi Cardoso, passar a xavecá-la. Profissionalmente, que fique bem claro.

Balcão do novo Kotchi, listening bar nos Jardins com coquetéis criados por Inés de los Santos. FOTO ALEX SILVA/ESTADÃO Foto: Alex Silva

Atual sócio do Makoto e do L’Avenue, o empresário trouxe a bartender diversas vezes a São Paulo, ora com Tegui, ora com Juan, para ver se engatava um bar, mas a coisa sempre empacava. Três anos atrás, quando conheceu o CoChinChina, determinou-se a concretizar a parceria.

Com a ajuda do sócio e restaurateur Roger Rodrigues, que nunca passou para frente o ponto da extinta Brasserie des Artes, logrou trazer a mestra das coqueteleiras para os Jardins. “Eles queriam um CoChinChina, mas eu não vejo o CoChinChina num espaço tão pequeno. Pode ter algo em comum, mas o Kotchi é único”, garante Inés.

O projeto a que a barwoman se refere nasceu em tempos pandêmicos, como a viagem mais completa que se poderia fazer sem sair de Palermo. Sucesso imediato, a casa até hoje conta (embora não esteja mais no menu) com um dos melhores coquetéis das Américas, o Umami Martini, um dry à base de gim com cogumelos, algas e especiarias. Não à toa, acaba de ser coroado o 22º melhor bar do mundo pelo 50 Best.

Mas não é só por isso que Inés é influente nesse universo tão pouco afeito a lideranças femininas. A bartender desenvolveu e desenvolve bebidas (seus novos vermutes são de altíssimo nível). Treinou e treina brigadas com maestria. Apresentou realities de coquetelaria (é estrela na série “El Gran Bartender”). Assinou e assina bares de chefs famosos, incluindo o do triplamente estrelado Mauro Colagreco em Xangai.

Atualmente, é sócia da chefona Narda Lepes no Kona, um bar asiático que em noites inspiradas se converte em karaokê. E, há um par de meses, abriu ao lado de outro cozinheiro, o talentoso Pedro Bargero, o Costa 7070, um espaço gigante próximo ao aeroporto urbano Aeroparque, feito para beber, comer e bailar.

A mixologista argentina Inés de los Santos no novo Kotchi, em São Paulo, FOTO ALEX SILVA/ESTADÃO Foto: Alex Silva

“No final de semana atendi quase mil pessoas por lá e dancei, óbvio. Estou morta, não tenho mais idade para isso”, confessou enquanto perguntava, animadíssima, pela saideira às quase duas da manhã. Inés é assim: tem sempre a energia inabalada, cuida para que todo mundo esteja bem e, de preferência, com um copinho na mão.

O sorriso largo encobre dores constantes no joelho, castigado pelas jornadas longuíssimas detrás de balcões e condenado durante a adolescência, quando foi brutalmente atropelada na Avenida 9 de Julho, no centro de Buenos Aires.

No seu orgulho de fênix, Inés de los Santos não reclama jamais. Imagina vinhos e coquetéis, desfruta da companhia da filha pré-adolescente, Cora, e de boa comida como se não houvesse amanhã. Ah, e quando em São Paulo, tem sempre tempo para um omakase e para um fim de noite no Baretto.

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