De fácil este clássico não tem nada


Por Isabelle Moreira Lima

Por redacaopaladar
Atualização:

Delicado, adocicado, com forte presença de laranja e de manteiga, o crepe suzette é dócil, fácil de agradar. Mas basta colocar a sobremesa diante de uma taça de vinho para fazê-la perder o jeito de boazinha. O toque de laranja vira um forte apelo cítrico, a presença de Cointreau e de Grand Marnier se torna uma marca alcoólica exuberante e, para dificultar mais, a calda é quente, flambada. Às vezes, entra na brincadeira também o choque de temperaturas, com o sorvete de creme. E, aliás, foi exatamente o que aconteceu no La Casserole, clássico paulistano escolhido para esta prova. O crepe suzette atravessou ao menos um século sem perder o encanto. Mas é difícil afirmar exatamente quando surgiu. Há várias versões para sua origem, duas mais difundidas.

LEIA MAIS:+ Crepe Suzette do La Casserole

FOTO: Winfried Heinze/Getty Images  
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A primeira é a de que teria surgido no Café de Paris em Monte Carlo, no auge da Belle Époque. Henri Charpentier (1880-1961), um garçom ambicioso, então com 14 anos, estava preparando crepes com molho de laranja num réchaud ao lado da mesa do príncipe de Gales, futuro rei Eduardo VII da Inglaterra. Do alto de sua empolgação, Charpentier teria se atrapalhado e o fogo teria pegado nos crepes. Com presença de espírito, ele teria soltado um “voilà”, como se tivesse sido intencional. A história está nas memórias de Charpentier, publicadas em 1934, e é inegável que ele tenha sido fundamental para a difusão do prato. Mas daí a ter inventado os flambados é outra história – há indícios de que os mouros já flambavam no século 14. Outra versão dá crédito à atriz Suzane Reichenberg, apelidada de Suzette. Ela teria preparado o prato em cena, na Comédia Francesa. Representava uma empregada e teria aceitado a sugestão do chef Joseph, do Le Marivaux, que preparava os crepes e mandava para o teatro, de flambá-los para dar graça à cena. As histórias são improváveis, mas ele virou um clássico. Para testar o que vai bem com ele, participaram da degustação o especialista Marcel Miwa e os sommeliers Tom (La Casserole) e Aldo Assada (Bardega).

PONTO NERO ESPUMANTE MOSCATEL

Origem: Serra Gaúcha, Brasil Preço: R$ 36,00 no Specilitá  Bebidas Foto: Estadão
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Ótimo custo benefício, este espumante é despretensioso e correto, com boa acidez e ataque de perlage fino e imediato. Com aromas de lichia e pêra e pouco álcool (7,5%), dá a sensação de juventude, embora seja um rótulo não-safrado. Na harmonização, no entanto, faltou corpo e doçura e acabou ofuscado pelo crepe suzette. Iria melhor com um pão com uvas passas.

ROYAL TOKAJI LATE HARVEST 2013

Origem: Tokaj, Hungria Preço: R$ 115,00 na Inovini 
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Com aromas de casca de frutas cítricas e damasco fresco, este vinho é elaborado com uvas parcialmente botritizadas. Tem acidez em destaque, o que o torna excelente para acompanhar sobremesas. Mas a persistência na boca também chama a atenção. Foi o campeão deste painel: os aromas do vinho e do crepe se equivaleram; sua textura untuosa foi compatível com o sorvete; e sua doçura de arremate, ideal ao sabor do prato.

FALERNIA LATE HARVEST 2011

Origem: Vale de Elqui, Chile Preço: R$ 55,20, na Premium 
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Este corte de Moscatel (60%) e Sémillon (40%) foi talvez o exemplar mais leve deste painel, o que torna seus 13,5% de álcool surpreendentes. Com caráter mineral, notas defumadas e doçura discreta, lembra um Riesling Spätlese, dos mais delicados entres os vinhos de colheita tardia. Os aromas são de pêssego e damasco e a persistência é média. Com a sobremesa, sua mineralidade se sobressaiu. Vai melhor sozinho.

VILLAGGIO GRANDO LATE HARVEST 2009

Origem: Santa Catarina, Brasil Preço: R$ 40,00 na loja própria da vinícola 
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Com Petit Manseng e Gros Manseng, este colheita tardia de altitude (uvas plantadas a 1,3 mil metros) é macerado por 30 minutos. É um vinho exótico, com aromas de caju e caramelo, embora não tenha estagiado em madeira. Na boca, não mostra seus 18% de álcool, é seco e leve. Seu nível de doçura é de médio para baixo, tem pouca acidez e algum amargor. Não foi bem com o crepe.

BACALHÔA MOSCATEL DE SETÚBAL 2012

Origem: Setúbal, Portugal Preço: R$ 62,40, na Portus 
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Este Moscatel cobreado é o único fortificado do painel. Os aromas são complexos e remetem a mel, própolis e ervas – especialmente hortelã e erva-doce. Na boca, traz untuosidade, textura e bom final. Na harmonização, no entanto, seu elevado nível de álcool (17,5%) tornou o sorvete amargo e travou embate com o Grand Marnier da sobremesa. Funciona bem como um digestivo alternativo a um Porto.

>>Veja a íntegra da edição do Paladar de 13/8/2015

Delicado, adocicado, com forte presença de laranja e de manteiga, o crepe suzette é dócil, fácil de agradar. Mas basta colocar a sobremesa diante de uma taça de vinho para fazê-la perder o jeito de boazinha. O toque de laranja vira um forte apelo cítrico, a presença de Cointreau e de Grand Marnier se torna uma marca alcoólica exuberante e, para dificultar mais, a calda é quente, flambada. Às vezes, entra na brincadeira também o choque de temperaturas, com o sorvete de creme. E, aliás, foi exatamente o que aconteceu no La Casserole, clássico paulistano escolhido para esta prova. O crepe suzette atravessou ao menos um século sem perder o encanto. Mas é difícil afirmar exatamente quando surgiu. Há várias versões para sua origem, duas mais difundidas.

LEIA MAIS:+ Crepe Suzette do La Casserole

FOTO: Winfried Heinze/Getty Images  

A primeira é a de que teria surgido no Café de Paris em Monte Carlo, no auge da Belle Époque. Henri Charpentier (1880-1961), um garçom ambicioso, então com 14 anos, estava preparando crepes com molho de laranja num réchaud ao lado da mesa do príncipe de Gales, futuro rei Eduardo VII da Inglaterra. Do alto de sua empolgação, Charpentier teria se atrapalhado e o fogo teria pegado nos crepes. Com presença de espírito, ele teria soltado um “voilà”, como se tivesse sido intencional. A história está nas memórias de Charpentier, publicadas em 1934, e é inegável que ele tenha sido fundamental para a difusão do prato. Mas daí a ter inventado os flambados é outra história – há indícios de que os mouros já flambavam no século 14. Outra versão dá crédito à atriz Suzane Reichenberg, apelidada de Suzette. Ela teria preparado o prato em cena, na Comédia Francesa. Representava uma empregada e teria aceitado a sugestão do chef Joseph, do Le Marivaux, que preparava os crepes e mandava para o teatro, de flambá-los para dar graça à cena. As histórias são improváveis, mas ele virou um clássico. Para testar o que vai bem com ele, participaram da degustação o especialista Marcel Miwa e os sommeliers Tom (La Casserole) e Aldo Assada (Bardega).

PONTO NERO ESPUMANTE MOSCATEL

Origem: Serra Gaúcha, Brasil Preço: R$ 36,00 no Specilitá  Bebidas Foto: Estadão

Ótimo custo benefício, este espumante é despretensioso e correto, com boa acidez e ataque de perlage fino e imediato. Com aromas de lichia e pêra e pouco álcool (7,5%), dá a sensação de juventude, embora seja um rótulo não-safrado. Na harmonização, no entanto, faltou corpo e doçura e acabou ofuscado pelo crepe suzette. Iria melhor com um pão com uvas passas.

ROYAL TOKAJI LATE HARVEST 2013

Origem: Tokaj, Hungria Preço: R$ 115,00 na Inovini 

Com aromas de casca de frutas cítricas e damasco fresco, este vinho é elaborado com uvas parcialmente botritizadas. Tem acidez em destaque, o que o torna excelente para acompanhar sobremesas. Mas a persistência na boca também chama a atenção. Foi o campeão deste painel: os aromas do vinho e do crepe se equivaleram; sua textura untuosa foi compatível com o sorvete; e sua doçura de arremate, ideal ao sabor do prato.

FALERNIA LATE HARVEST 2011

Origem: Vale de Elqui, Chile Preço: R$ 55,20, na Premium 

Este corte de Moscatel (60%) e Sémillon (40%) foi talvez o exemplar mais leve deste painel, o que torna seus 13,5% de álcool surpreendentes. Com caráter mineral, notas defumadas e doçura discreta, lembra um Riesling Spätlese, dos mais delicados entres os vinhos de colheita tardia. Os aromas são de pêssego e damasco e a persistência é média. Com a sobremesa, sua mineralidade se sobressaiu. Vai melhor sozinho.

VILLAGGIO GRANDO LATE HARVEST 2009

Origem: Santa Catarina, Brasil Preço: R$ 40,00 na loja própria da vinícola 

Com Petit Manseng e Gros Manseng, este colheita tardia de altitude (uvas plantadas a 1,3 mil metros) é macerado por 30 minutos. É um vinho exótico, com aromas de caju e caramelo, embora não tenha estagiado em madeira. Na boca, não mostra seus 18% de álcool, é seco e leve. Seu nível de doçura é de médio para baixo, tem pouca acidez e algum amargor. Não foi bem com o crepe.

BACALHÔA MOSCATEL DE SETÚBAL 2012

Origem: Setúbal, Portugal Preço: R$ 62,40, na Portus 

Este Moscatel cobreado é o único fortificado do painel. Os aromas são complexos e remetem a mel, própolis e ervas – especialmente hortelã e erva-doce. Na boca, traz untuosidade, textura e bom final. Na harmonização, no entanto, seu elevado nível de álcool (17,5%) tornou o sorvete amargo e travou embate com o Grand Marnier da sobremesa. Funciona bem como um digestivo alternativo a um Porto.

>>Veja a íntegra da edição do Paladar de 13/8/2015

Delicado, adocicado, com forte presença de laranja e de manteiga, o crepe suzette é dócil, fácil de agradar. Mas basta colocar a sobremesa diante de uma taça de vinho para fazê-la perder o jeito de boazinha. O toque de laranja vira um forte apelo cítrico, a presença de Cointreau e de Grand Marnier se torna uma marca alcoólica exuberante e, para dificultar mais, a calda é quente, flambada. Às vezes, entra na brincadeira também o choque de temperaturas, com o sorvete de creme. E, aliás, foi exatamente o que aconteceu no La Casserole, clássico paulistano escolhido para esta prova. O crepe suzette atravessou ao menos um século sem perder o encanto. Mas é difícil afirmar exatamente quando surgiu. Há várias versões para sua origem, duas mais difundidas.

LEIA MAIS:+ Crepe Suzette do La Casserole

FOTO: Winfried Heinze/Getty Images  

A primeira é a de que teria surgido no Café de Paris em Monte Carlo, no auge da Belle Époque. Henri Charpentier (1880-1961), um garçom ambicioso, então com 14 anos, estava preparando crepes com molho de laranja num réchaud ao lado da mesa do príncipe de Gales, futuro rei Eduardo VII da Inglaterra. Do alto de sua empolgação, Charpentier teria se atrapalhado e o fogo teria pegado nos crepes. Com presença de espírito, ele teria soltado um “voilà”, como se tivesse sido intencional. A história está nas memórias de Charpentier, publicadas em 1934, e é inegável que ele tenha sido fundamental para a difusão do prato. Mas daí a ter inventado os flambados é outra história – há indícios de que os mouros já flambavam no século 14. Outra versão dá crédito à atriz Suzane Reichenberg, apelidada de Suzette. Ela teria preparado o prato em cena, na Comédia Francesa. Representava uma empregada e teria aceitado a sugestão do chef Joseph, do Le Marivaux, que preparava os crepes e mandava para o teatro, de flambá-los para dar graça à cena. As histórias são improváveis, mas ele virou um clássico. Para testar o que vai bem com ele, participaram da degustação o especialista Marcel Miwa e os sommeliers Tom (La Casserole) e Aldo Assada (Bardega).

PONTO NERO ESPUMANTE MOSCATEL

Origem: Serra Gaúcha, Brasil Preço: R$ 36,00 no Specilitá  Bebidas Foto: Estadão

Ótimo custo benefício, este espumante é despretensioso e correto, com boa acidez e ataque de perlage fino e imediato. Com aromas de lichia e pêra e pouco álcool (7,5%), dá a sensação de juventude, embora seja um rótulo não-safrado. Na harmonização, no entanto, faltou corpo e doçura e acabou ofuscado pelo crepe suzette. Iria melhor com um pão com uvas passas.

ROYAL TOKAJI LATE HARVEST 2013

Origem: Tokaj, Hungria Preço: R$ 115,00 na Inovini 

Com aromas de casca de frutas cítricas e damasco fresco, este vinho é elaborado com uvas parcialmente botritizadas. Tem acidez em destaque, o que o torna excelente para acompanhar sobremesas. Mas a persistência na boca também chama a atenção. Foi o campeão deste painel: os aromas do vinho e do crepe se equivaleram; sua textura untuosa foi compatível com o sorvete; e sua doçura de arremate, ideal ao sabor do prato.

FALERNIA LATE HARVEST 2011

Origem: Vale de Elqui, Chile Preço: R$ 55,20, na Premium 

Este corte de Moscatel (60%) e Sémillon (40%) foi talvez o exemplar mais leve deste painel, o que torna seus 13,5% de álcool surpreendentes. Com caráter mineral, notas defumadas e doçura discreta, lembra um Riesling Spätlese, dos mais delicados entres os vinhos de colheita tardia. Os aromas são de pêssego e damasco e a persistência é média. Com a sobremesa, sua mineralidade se sobressaiu. Vai melhor sozinho.

VILLAGGIO GRANDO LATE HARVEST 2009

Origem: Santa Catarina, Brasil Preço: R$ 40,00 na loja própria da vinícola 

Com Petit Manseng e Gros Manseng, este colheita tardia de altitude (uvas plantadas a 1,3 mil metros) é macerado por 30 minutos. É um vinho exótico, com aromas de caju e caramelo, embora não tenha estagiado em madeira. Na boca, não mostra seus 18% de álcool, é seco e leve. Seu nível de doçura é de médio para baixo, tem pouca acidez e algum amargor. Não foi bem com o crepe.

BACALHÔA MOSCATEL DE SETÚBAL 2012

Origem: Setúbal, Portugal Preço: R$ 62,40, na Portus 

Este Moscatel cobreado é o único fortificado do painel. Os aromas são complexos e remetem a mel, própolis e ervas – especialmente hortelã e erva-doce. Na boca, traz untuosidade, textura e bom final. Na harmonização, no entanto, seu elevado nível de álcool (17,5%) tornou o sorvete amargo e travou embate com o Grand Marnier da sobremesa. Funciona bem como um digestivo alternativo a um Porto.

>>Veja a íntegra da edição do Paladar de 13/8/2015

Delicado, adocicado, com forte presença de laranja e de manteiga, o crepe suzette é dócil, fácil de agradar. Mas basta colocar a sobremesa diante de uma taça de vinho para fazê-la perder o jeito de boazinha. O toque de laranja vira um forte apelo cítrico, a presença de Cointreau e de Grand Marnier se torna uma marca alcoólica exuberante e, para dificultar mais, a calda é quente, flambada. Às vezes, entra na brincadeira também o choque de temperaturas, com o sorvete de creme. E, aliás, foi exatamente o que aconteceu no La Casserole, clássico paulistano escolhido para esta prova. O crepe suzette atravessou ao menos um século sem perder o encanto. Mas é difícil afirmar exatamente quando surgiu. Há várias versões para sua origem, duas mais difundidas.

LEIA MAIS:+ Crepe Suzette do La Casserole

FOTO: Winfried Heinze/Getty Images  

A primeira é a de que teria surgido no Café de Paris em Monte Carlo, no auge da Belle Époque. Henri Charpentier (1880-1961), um garçom ambicioso, então com 14 anos, estava preparando crepes com molho de laranja num réchaud ao lado da mesa do príncipe de Gales, futuro rei Eduardo VII da Inglaterra. Do alto de sua empolgação, Charpentier teria se atrapalhado e o fogo teria pegado nos crepes. Com presença de espírito, ele teria soltado um “voilà”, como se tivesse sido intencional. A história está nas memórias de Charpentier, publicadas em 1934, e é inegável que ele tenha sido fundamental para a difusão do prato. Mas daí a ter inventado os flambados é outra história – há indícios de que os mouros já flambavam no século 14. Outra versão dá crédito à atriz Suzane Reichenberg, apelidada de Suzette. Ela teria preparado o prato em cena, na Comédia Francesa. Representava uma empregada e teria aceitado a sugestão do chef Joseph, do Le Marivaux, que preparava os crepes e mandava para o teatro, de flambá-los para dar graça à cena. As histórias são improváveis, mas ele virou um clássico. Para testar o que vai bem com ele, participaram da degustação o especialista Marcel Miwa e os sommeliers Tom (La Casserole) e Aldo Assada (Bardega).

PONTO NERO ESPUMANTE MOSCATEL

Origem: Serra Gaúcha, Brasil Preço: R$ 36,00 no Specilitá  Bebidas Foto: Estadão

Ótimo custo benefício, este espumante é despretensioso e correto, com boa acidez e ataque de perlage fino e imediato. Com aromas de lichia e pêra e pouco álcool (7,5%), dá a sensação de juventude, embora seja um rótulo não-safrado. Na harmonização, no entanto, faltou corpo e doçura e acabou ofuscado pelo crepe suzette. Iria melhor com um pão com uvas passas.

ROYAL TOKAJI LATE HARVEST 2013

Origem: Tokaj, Hungria Preço: R$ 115,00 na Inovini 

Com aromas de casca de frutas cítricas e damasco fresco, este vinho é elaborado com uvas parcialmente botritizadas. Tem acidez em destaque, o que o torna excelente para acompanhar sobremesas. Mas a persistência na boca também chama a atenção. Foi o campeão deste painel: os aromas do vinho e do crepe se equivaleram; sua textura untuosa foi compatível com o sorvete; e sua doçura de arremate, ideal ao sabor do prato.

FALERNIA LATE HARVEST 2011

Origem: Vale de Elqui, Chile Preço: R$ 55,20, na Premium 

Este corte de Moscatel (60%) e Sémillon (40%) foi talvez o exemplar mais leve deste painel, o que torna seus 13,5% de álcool surpreendentes. Com caráter mineral, notas defumadas e doçura discreta, lembra um Riesling Spätlese, dos mais delicados entres os vinhos de colheita tardia. Os aromas são de pêssego e damasco e a persistência é média. Com a sobremesa, sua mineralidade se sobressaiu. Vai melhor sozinho.

VILLAGGIO GRANDO LATE HARVEST 2009

Origem: Santa Catarina, Brasil Preço: R$ 40,00 na loja própria da vinícola 

Com Petit Manseng e Gros Manseng, este colheita tardia de altitude (uvas plantadas a 1,3 mil metros) é macerado por 30 minutos. É um vinho exótico, com aromas de caju e caramelo, embora não tenha estagiado em madeira. Na boca, não mostra seus 18% de álcool, é seco e leve. Seu nível de doçura é de médio para baixo, tem pouca acidez e algum amargor. Não foi bem com o crepe.

BACALHÔA MOSCATEL DE SETÚBAL 2012

Origem: Setúbal, Portugal Preço: R$ 62,40, na Portus 

Este Moscatel cobreado é o único fortificado do painel. Os aromas são complexos e remetem a mel, própolis e ervas – especialmente hortelã e erva-doce. Na boca, traz untuosidade, textura e bom final. Na harmonização, no entanto, seu elevado nível de álcool (17,5%) tornou o sorvete amargo e travou embate com o Grand Marnier da sobremesa. Funciona bem como um digestivo alternativo a um Porto.

>>Veja a íntegra da edição do Paladar de 13/8/2015

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