Se você não vê muita graça em vinhos rosados ou acha que são todos iguais, você não sabe de nada, inocente. Brincando, é possível encontrar mais de 50 tons de rosé.
A seleção a seguir mostra 14 rótulos com perfis completamente distintos, desde os que têm alma de vinho branco até os que são ótimos acompanhantes para carnes.
E o melhor é que, além da diversidade, eles oferecem bom preço. Se tem sido difícil achar rótulos interessantes a um custo mais baixo, o rosé é surpreendente também neste quesito, com excelentes exemplares a partir de R$ 46 até R$ 99.
Com fama de mau no passado (muitos rótulos eram produzidos com refugos), os rosés vivem sua década de ouro. Caíram no gosto do povo e hoje gozam de uma reputação de vinho descontraído, charmoso, bom para acompanhar momentos festivos e bastante versáteis para ir à mesa.
São também relativamente fáceis de comprar: como não há rosés supercomplexos, ou vinhos de guarda, a ideia é focar na safra, que idealmente deve ser recente. Região e uva também dão pistas sobre o estilo que vai se encontrar ao abrir a garrafa – regiões mais quentes e uvas mais potentes podem fazer vinhos mais intensos; regiões mais frias e uvas em que a acidez é a maior característica podem fazer vinhos mais elegantes.
Para esta prova, reuni rótulos do velho e do novo mundo ao longo dos dois últimos meses e convidei dois sommeliers para prová-los comigo: Adiu Bastos, do Tuju, e Ivy Suda, do D.O.M.. Chamei também o enófilo e chef do Esther Rooftop, Benoit Mathurin.
Descartamos poucas garrafas (aquelas cujo preço não condizia com o produto, e também aquelas que apresentaram defeito). E nos alegramos a cada nova rolha sacada.