Prepare-se para tomar muito vinho português


Brancos e tintos da terrinha ganham mercado brasileiro; em abril, Portugal foi o único exportador a registrar crescimento em volume de venda de garrafas

Por Suzana Barelli

Ainda é uma incógnita o que acontecerá com os vinhos quando a quarentena acabar e, espera-se, o dólar e o euro abaixarem. Mas uma tendência já aparece clara: o aumento da importância dos brancos e tintos portugueses no mercado consumidor brasileiro.

Relatório da consultoria Ideal, recém-saído do forno, mostra que em abril, o primeiro mês inteiro sob o efeito da covid-19, a importação dos rótulos da terrinha aumentou 10,6% em volume, e 5,5% em valor, na comparação com o mesmo mês de 2019. Foi o único país, entre os cinco maiores exportadores de vinho para o Brasil, que registrou crescimento tanto em volume de garrafas enviadas como em valor.

Vinhos mais básicos, com notas frutadas, fazem sucesso entre os brasileiros iniciantes no mundo de Baco. Foto: Benoit Tessier/Reuters
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O Chile, hoje o líder no mercado brasileiro, registrou queda de 15,2% em volume e de 19,2% em valor. A Argentina, que disputa com Portugal a vice-liderança neste ranking, a retração foi de 30,7% e de 47,4%, respectivamente em volume e em valor. Incluído todos os países, a redução de importação em abril foi de 11,9% em volume e de 23% em valor, sempre na comparação com abril de 2019.

São vários os fatores que explicam este crescimento de Portugal. Primeiro, o país tem estoque de vinho para vender, não necessariamente de suas marcas mais conhecidas. Há cooperativas e grandes produtores com muito vinho em suas adegas, ainda mais agora que o turismo, que estava bombando no país, parou abruptamente com a chegada do coronavírus.

O segundo ponto é que estes vinhos mais básicos, com notas frutadas, fazem sucesso entre os brasileiros iniciantes no mundo de Baco. “É possível achar em Portugal vinhos por 1,5 euro, até 1 euro FOB”, conta Carlos Cabral, especialista de vinhos do Grupo Pão de Açúcar e uma das referências dos rótulos de lá (Cabral é um dos maiores experts mundiais de vinho do Porto, uma das joias do Douro). São vinhos que chegam ao consumidor por um preço abaixo dos R$ 40, com os impostos e taxas pagos.

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Um exemplo é o rótulo Dom João 1, elaborado na região de Beiras. O vinho fez sucesso ao ficar em segundo lugar em uma degustação às cegas (quando não se sabe qual rótulo está provando) realizada pela Confraria dos Sommeliers, grupo que reúne, em São Paulo, profissionais especializados no serviço do vinho em restaurantes. Na prova, deixou para trás rótulos conhecidos de produtores portugueses. Atualmente, o tinto é vendido pelo Pão de Açúcar por R$ 27. “A safra que venceu a confraria era de vinhos mais frescos. A atual tem mais notas de madeira”, conta Didu Russo, que preside esta confraria.

A favor de Portugal tem o fato de as diversas associações de produtores do país estarem investindo fortemente em campanhas para o consumidor brasileiro (sabe-se que a oportunidade de provar um vinho aumenta seu consumo). O fato de o brasileiro ter certa sintonia com os nossos antigos colonizadores também ajuda. E, como diz Cabral, o mundo do vinho gosta de novidades, e Portugal está ocupando este espaço. “Há muito rótulo chileno no Brasil, e os consumidores começam a migrar para outras origens”, afirma ele.

Felipe Galtaroça, sócio da Ideal, traz uma explicação mais técnica para a aposta em Portugal. Com a desvalorização do real frente ao dólar e ao euro, os importadores estão focando em vinhos de preços mais baixos para que não tenham de repassar o aumento do câmbio no preço da garrafa. “Na hora de repor estoques, o trabalho é para conseguir oferecer um novo vinho com o mesmo preço ou com o menor aumento possível”, diz Galtaroça. (Explica-se: com esta alta do dólar e do euro, todas as importadoras estão reajustando os seus preços). Portugal, ao que parece, está conseguindo oferecer rótulos nesta categoria de preço. A conferir.

Ainda é uma incógnita o que acontecerá com os vinhos quando a quarentena acabar e, espera-se, o dólar e o euro abaixarem. Mas uma tendência já aparece clara: o aumento da importância dos brancos e tintos portugueses no mercado consumidor brasileiro.

Relatório da consultoria Ideal, recém-saído do forno, mostra que em abril, o primeiro mês inteiro sob o efeito da covid-19, a importação dos rótulos da terrinha aumentou 10,6% em volume, e 5,5% em valor, na comparação com o mesmo mês de 2019. Foi o único país, entre os cinco maiores exportadores de vinho para o Brasil, que registrou crescimento tanto em volume de garrafas enviadas como em valor.

Vinhos mais básicos, com notas frutadas, fazem sucesso entre os brasileiros iniciantes no mundo de Baco. Foto: Benoit Tessier/Reuters

O Chile, hoje o líder no mercado brasileiro, registrou queda de 15,2% em volume e de 19,2% em valor. A Argentina, que disputa com Portugal a vice-liderança neste ranking, a retração foi de 30,7% e de 47,4%, respectivamente em volume e em valor. Incluído todos os países, a redução de importação em abril foi de 11,9% em volume e de 23% em valor, sempre na comparação com abril de 2019.

São vários os fatores que explicam este crescimento de Portugal. Primeiro, o país tem estoque de vinho para vender, não necessariamente de suas marcas mais conhecidas. Há cooperativas e grandes produtores com muito vinho em suas adegas, ainda mais agora que o turismo, que estava bombando no país, parou abruptamente com a chegada do coronavírus.

O segundo ponto é que estes vinhos mais básicos, com notas frutadas, fazem sucesso entre os brasileiros iniciantes no mundo de Baco. “É possível achar em Portugal vinhos por 1,5 euro, até 1 euro FOB”, conta Carlos Cabral, especialista de vinhos do Grupo Pão de Açúcar e uma das referências dos rótulos de lá (Cabral é um dos maiores experts mundiais de vinho do Porto, uma das joias do Douro). São vinhos que chegam ao consumidor por um preço abaixo dos R$ 40, com os impostos e taxas pagos.

Um exemplo é o rótulo Dom João 1, elaborado na região de Beiras. O vinho fez sucesso ao ficar em segundo lugar em uma degustação às cegas (quando não se sabe qual rótulo está provando) realizada pela Confraria dos Sommeliers, grupo que reúne, em São Paulo, profissionais especializados no serviço do vinho em restaurantes. Na prova, deixou para trás rótulos conhecidos de produtores portugueses. Atualmente, o tinto é vendido pelo Pão de Açúcar por R$ 27. “A safra que venceu a confraria era de vinhos mais frescos. A atual tem mais notas de madeira”, conta Didu Russo, que preside esta confraria.

A favor de Portugal tem o fato de as diversas associações de produtores do país estarem investindo fortemente em campanhas para o consumidor brasileiro (sabe-se que a oportunidade de provar um vinho aumenta seu consumo). O fato de o brasileiro ter certa sintonia com os nossos antigos colonizadores também ajuda. E, como diz Cabral, o mundo do vinho gosta de novidades, e Portugal está ocupando este espaço. “Há muito rótulo chileno no Brasil, e os consumidores começam a migrar para outras origens”, afirma ele.

Felipe Galtaroça, sócio da Ideal, traz uma explicação mais técnica para a aposta em Portugal. Com a desvalorização do real frente ao dólar e ao euro, os importadores estão focando em vinhos de preços mais baixos para que não tenham de repassar o aumento do câmbio no preço da garrafa. “Na hora de repor estoques, o trabalho é para conseguir oferecer um novo vinho com o mesmo preço ou com o menor aumento possível”, diz Galtaroça. (Explica-se: com esta alta do dólar e do euro, todas as importadoras estão reajustando os seus preços). Portugal, ao que parece, está conseguindo oferecer rótulos nesta categoria de preço. A conferir.

Ainda é uma incógnita o que acontecerá com os vinhos quando a quarentena acabar e, espera-se, o dólar e o euro abaixarem. Mas uma tendência já aparece clara: o aumento da importância dos brancos e tintos portugueses no mercado consumidor brasileiro.

Relatório da consultoria Ideal, recém-saído do forno, mostra que em abril, o primeiro mês inteiro sob o efeito da covid-19, a importação dos rótulos da terrinha aumentou 10,6% em volume, e 5,5% em valor, na comparação com o mesmo mês de 2019. Foi o único país, entre os cinco maiores exportadores de vinho para o Brasil, que registrou crescimento tanto em volume de garrafas enviadas como em valor.

Vinhos mais básicos, com notas frutadas, fazem sucesso entre os brasileiros iniciantes no mundo de Baco. Foto: Benoit Tessier/Reuters

O Chile, hoje o líder no mercado brasileiro, registrou queda de 15,2% em volume e de 19,2% em valor. A Argentina, que disputa com Portugal a vice-liderança neste ranking, a retração foi de 30,7% e de 47,4%, respectivamente em volume e em valor. Incluído todos os países, a redução de importação em abril foi de 11,9% em volume e de 23% em valor, sempre na comparação com abril de 2019.

São vários os fatores que explicam este crescimento de Portugal. Primeiro, o país tem estoque de vinho para vender, não necessariamente de suas marcas mais conhecidas. Há cooperativas e grandes produtores com muito vinho em suas adegas, ainda mais agora que o turismo, que estava bombando no país, parou abruptamente com a chegada do coronavírus.

O segundo ponto é que estes vinhos mais básicos, com notas frutadas, fazem sucesso entre os brasileiros iniciantes no mundo de Baco. “É possível achar em Portugal vinhos por 1,5 euro, até 1 euro FOB”, conta Carlos Cabral, especialista de vinhos do Grupo Pão de Açúcar e uma das referências dos rótulos de lá (Cabral é um dos maiores experts mundiais de vinho do Porto, uma das joias do Douro). São vinhos que chegam ao consumidor por um preço abaixo dos R$ 40, com os impostos e taxas pagos.

Um exemplo é o rótulo Dom João 1, elaborado na região de Beiras. O vinho fez sucesso ao ficar em segundo lugar em uma degustação às cegas (quando não se sabe qual rótulo está provando) realizada pela Confraria dos Sommeliers, grupo que reúne, em São Paulo, profissionais especializados no serviço do vinho em restaurantes. Na prova, deixou para trás rótulos conhecidos de produtores portugueses. Atualmente, o tinto é vendido pelo Pão de Açúcar por R$ 27. “A safra que venceu a confraria era de vinhos mais frescos. A atual tem mais notas de madeira”, conta Didu Russo, que preside esta confraria.

A favor de Portugal tem o fato de as diversas associações de produtores do país estarem investindo fortemente em campanhas para o consumidor brasileiro (sabe-se que a oportunidade de provar um vinho aumenta seu consumo). O fato de o brasileiro ter certa sintonia com os nossos antigos colonizadores também ajuda. E, como diz Cabral, o mundo do vinho gosta de novidades, e Portugal está ocupando este espaço. “Há muito rótulo chileno no Brasil, e os consumidores começam a migrar para outras origens”, afirma ele.

Felipe Galtaroça, sócio da Ideal, traz uma explicação mais técnica para a aposta em Portugal. Com a desvalorização do real frente ao dólar e ao euro, os importadores estão focando em vinhos de preços mais baixos para que não tenham de repassar o aumento do câmbio no preço da garrafa. “Na hora de repor estoques, o trabalho é para conseguir oferecer um novo vinho com o mesmo preço ou com o menor aumento possível”, diz Galtaroça. (Explica-se: com esta alta do dólar e do euro, todas as importadoras estão reajustando os seus preços). Portugal, ao que parece, está conseguindo oferecer rótulos nesta categoria de preço. A conferir.

Ainda é uma incógnita o que acontecerá com os vinhos quando a quarentena acabar e, espera-se, o dólar e o euro abaixarem. Mas uma tendência já aparece clara: o aumento da importância dos brancos e tintos portugueses no mercado consumidor brasileiro.

Relatório da consultoria Ideal, recém-saído do forno, mostra que em abril, o primeiro mês inteiro sob o efeito da covid-19, a importação dos rótulos da terrinha aumentou 10,6% em volume, e 5,5% em valor, na comparação com o mesmo mês de 2019. Foi o único país, entre os cinco maiores exportadores de vinho para o Brasil, que registrou crescimento tanto em volume de garrafas enviadas como em valor.

Vinhos mais básicos, com notas frutadas, fazem sucesso entre os brasileiros iniciantes no mundo de Baco. Foto: Benoit Tessier/Reuters

O Chile, hoje o líder no mercado brasileiro, registrou queda de 15,2% em volume e de 19,2% em valor. A Argentina, que disputa com Portugal a vice-liderança neste ranking, a retração foi de 30,7% e de 47,4%, respectivamente em volume e em valor. Incluído todos os países, a redução de importação em abril foi de 11,9% em volume e de 23% em valor, sempre na comparação com abril de 2019.

São vários os fatores que explicam este crescimento de Portugal. Primeiro, o país tem estoque de vinho para vender, não necessariamente de suas marcas mais conhecidas. Há cooperativas e grandes produtores com muito vinho em suas adegas, ainda mais agora que o turismo, que estava bombando no país, parou abruptamente com a chegada do coronavírus.

O segundo ponto é que estes vinhos mais básicos, com notas frutadas, fazem sucesso entre os brasileiros iniciantes no mundo de Baco. “É possível achar em Portugal vinhos por 1,5 euro, até 1 euro FOB”, conta Carlos Cabral, especialista de vinhos do Grupo Pão de Açúcar e uma das referências dos rótulos de lá (Cabral é um dos maiores experts mundiais de vinho do Porto, uma das joias do Douro). São vinhos que chegam ao consumidor por um preço abaixo dos R$ 40, com os impostos e taxas pagos.

Um exemplo é o rótulo Dom João 1, elaborado na região de Beiras. O vinho fez sucesso ao ficar em segundo lugar em uma degustação às cegas (quando não se sabe qual rótulo está provando) realizada pela Confraria dos Sommeliers, grupo que reúne, em São Paulo, profissionais especializados no serviço do vinho em restaurantes. Na prova, deixou para trás rótulos conhecidos de produtores portugueses. Atualmente, o tinto é vendido pelo Pão de Açúcar por R$ 27. “A safra que venceu a confraria era de vinhos mais frescos. A atual tem mais notas de madeira”, conta Didu Russo, que preside esta confraria.

A favor de Portugal tem o fato de as diversas associações de produtores do país estarem investindo fortemente em campanhas para o consumidor brasileiro (sabe-se que a oportunidade de provar um vinho aumenta seu consumo). O fato de o brasileiro ter certa sintonia com os nossos antigos colonizadores também ajuda. E, como diz Cabral, o mundo do vinho gosta de novidades, e Portugal está ocupando este espaço. “Há muito rótulo chileno no Brasil, e os consumidores começam a migrar para outras origens”, afirma ele.

Felipe Galtaroça, sócio da Ideal, traz uma explicação mais técnica para a aposta em Portugal. Com a desvalorização do real frente ao dólar e ao euro, os importadores estão focando em vinhos de preços mais baixos para que não tenham de repassar o aumento do câmbio no preço da garrafa. “Na hora de repor estoques, o trabalho é para conseguir oferecer um novo vinho com o mesmo preço ou com o menor aumento possível”, diz Galtaroça. (Explica-se: com esta alta do dólar e do euro, todas as importadoras estão reajustando os seus preços). Portugal, ao que parece, está conseguindo oferecer rótulos nesta categoria de preço. A conferir.

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