Pinot Noir alemã. Se essa combinação de palavras desperta desconfiança, é hora de se desarmar. O Spätburgunder, como a cepa é chamada na Alemanha, tem impressionado críticos e vencido complexos painéis de degustação, como o que reuniu 80 rótulos de fora da Borgonha pela revista Decanter.
Sua maiores qualidades: juventude elegante, com toques frutados discretos e certa despretensão. São geralmente macerados por longos períodos e maturam em barricas ou grandes tonéis de madeira. A Alemanha é o terceiro maior produtor de Pinot Noir do mundo, graças ao clima frio com eventuais picos de calor – o que, supõe-se, tem sido favorecido pela mudança climática global.
FÜRST HOHENLOHE OEHRINGEN SPÄTBURGUNDER 2012
Origem: Württemberg, AlemanhaPreço: R$ 129 na Vind’Ame
Num lugar de clima e terroir semelhantes aos da Borgonha, a casa fundada em 1253 (e que está na 27ª geração produtora) tem Pinot Noir expressivos e encorpados, cultivados a partir da agricultura orgânica. Este rótulo estagia por seis meses em grandes tonéis de madeira, resultando em uma bebida frutada e elegante. Fechado com screwcap, ele deve ser bebido ainda jovem (melhor até 2018). Vai bem com pratos que levam cordeiro.
DR. LOOSEN VILLA WOLF PINOT NOIR QUALITATSWEIN 2014
Origem: Pfalz, AlemanhaPreço: R$ 99 na wine.com.br
Para os fãs do polêmico e divertido dr. Loosen, colecionador de títulos do mundo do vinho, esta pode ser uma oportunidade dupla: conhecer o tratamento alemão dado à cepa e, mais especificamente, dado ao vinho por este alemão. É produzido na centenária vinícola J.L. Wolf, adquirida por Loosen em 1996. Estagia por 12 meses em barricas usadas. Tem 13% de álcool, é frutado, tem corpo leve, boa acidez, taninos finos e dulçor agradável. Harmoniza com vitela e cogumelos.