Qual é o melhor suco de laranja pronto do mercado?


A convite do ‘Paladar’, júri avaliou às cegas 11 opções 100% suco; confira o ranking

Por Danielle Nagase
Atualização:

A praticidade cobra um preço alto quando o assunto é suco de laranja. Optar por uma versão comprada pronta no mercado, em vez de fazer um suco fresquinho na hora, pode amargar a sua experiência, literalmente. Mais do que outras frutas, a laranja sente o passar do tempo e, aparentemente, até a indústria pena para evitar a oxidação e fermentação do produto. Por isso, é tão difícil encontrar um suco de laranja industrializado que não seja amargo e nem tenha aquele cheirinho indesejado de fruta passada.

Em socorro aos consumidores que não têm tempo nem disposição para espremer meia dúzia de laranjas toda vez que bate a vontade de tomar um suco, o Paladar organizou um teste com opções de suco 100% laranja encontradas no mercado. Com esse recorte, ficaram de fora da avaliação os refrescos (que têm, em volume, ao menos 30% de suco natural) e os néctares (com 50% de suco natural), além de versões adicionadas de açúcar, conservantes e outros ingredientes artificiais.

Alternativas adoçadas com suco de maçã também ficaram de fora. Na seleção, portanto, entraram apenas opções integrais (sem adição de água ou qualquer outra coisa), concentradas (quando o suco é parcialmente desidratado) e reconstituídas (quando adiciona-se água à versão concentrada), com, no máximo, acidulante ácido cítrico, vitamina C e aroma natural somados à enxuta lista de ingredientes.

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À convite do Paladar, o júri, formado por Mario Panezo, chef do restaurante Feriae, Nicholas Fullen, sócio do Locale Caffè, Rachel Louise, bartender do Tuju, Ricardo Takahashi, bartender do Beefbar, e Ygor Lopes, chef do AE Café, avaliou às cegas 11 amostras. Aspecto visual, aroma e sabor estavam em jogo na degustação.

Mario Panezo, Nicholas Fullen, Ygor Lopes, Rachel Louise e Ricardo Takahashi formaram o júri da degustação. Foto: Leo Martins
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Confira, a seguir, quais marcas se saíram melhor na degustação, além de detalhes sobre o que os jurados acharam sobre cada uma das amostras.

Quais as melhores marcas de suco de laranja do mercado?

  1. Fazenda Bela Vista
  2. OQ
  3. Prat’s
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Suco campeão do Selo Paladar Foto: Leo Martins

As 11 marcas avaliadas em ordem alfabética

Campo Largo

O amargor acentuado foi o grande responsável por tirar a amostra do páreo. No mais, o suco “fugiu dos erros”, como pontuou um jurado. Apresentou cor alaranjada, parecida com a de um suco natural, textura homogênea e aroma agradável (R$ 11,99; 900 ml).

Del Valle 100%

Não fosse o aroma artificial e o leve amargor que deu as caras no final da degustação, a amostra poderia ter conquistado um lugar mais alto no ranking. Além da boa aparência, homogênea e brilhante, o suco apresentou acidez e dulçor na medida (R$ 11,75, 1l).

Do Bem

Apesar do bom aspecto visual, na boca, o suco da marca não passou pelo paladar crítico dos jurados. Eles reclamaram do corpo denso da bebida, do aroma de fruta levemente passada, além da acidez e amargor intensos, que arruinaram a experiência (R$ 11,98, 1l).

Fazenda Bela Vista

“De tudo o que provamos, esse é o que mais lembra um suco natural de laranja espremido em casa”, definiu um jurado. Não à toa, a amostra conquistou o primeiro lugar no pódio da degustação e, com isso, arrematou o cobiçado selo Paladar. Culpa de sua boa aparência, do aroma agradável, da acidez e do dulçor na medida certa e do amargor quase inexistente, que não chega a atrapalhar o sabor (R$ 12,49; 900 ml).

Laranja Legal

Por não ser pasteurizado e não ter conservantes, o suco de laranja da marca é distribuído congelado e há toda uma cartilha de descongelamento para preservar suas características. Na prova, o excesso de sedimentos, que não sumiram após agitação da garrafa, causou má impressão nos jurados. “Parece um líquido talhado.” A amostra em questão, vale dizer, foi adquirida no mercado já descongelada, mas dentro do prazo estipulado de cinco dias para o consumo (R$ 21,69; 1l).

Natural One

Denso, ácido, amargo, artificial. Não houve quesito que salvasse o desempenho dessa amostra na degustação. “Nem parece laranja”, reclamou um jurado (R$ 12,99; 900 ml).

OQ

O equilíbrio entre acidez, dulçor e amargor garantiu à amostra, que também tem boa aparência e textura em boca, o segundo lugar no pódio da degustação. “Lembra suco de laranja feito em casa”, afirmou um jurado. “Compraria tranquilidade para consumo próprio”, confessou outro (R$ 13,99; 1l).

Prat's

A textura com gominhos conquistou o coração dos jurados, é verdade, mas a amostra também se saiu bem em outros aspectos e, por isso, conquistou o último lugar do pódio. Além da cor, que condiz com a de um suco natural, a bebida tem sabor agradável com acidez e dulçor na medida. Perdeu alguns pontinhos pelo leve aroma de fruta um pouco passada (R$ 12,98; 900 ml).

Tial 100%

Por pouco o suco da marca não conquistou um lugar no pódio e a culpa foi, especialmente, da acidez elevada, que dominou o sabor, e do aroma levemente lácteo detectado por parte dos jurados (R$ 9,19; 1l).

Tropisuco

“Agite antes de beber”, orienta o rótulo. E, assim, deu-se o desarranjo. Tão logo a tampa foi aberta, o suco, aparentemente fermentado, fez aquele “tssss” característico de bebidas gaseificadas e transbordou. Suspeita-se que a amostra (que estava dentro do prazo de validade e foi mantida em geladeira após a compra) tenha sofrido com problemas de armazenamento no mercado, prejudicando a avaliação (R$ 13,99; 900 ml).

Xandô

O sabor suave, com acidez controlada e dulçor na medida certa, quase foi suficiente para colocar o suco integral da marca no pódio. O problema é que o retrogosto um pouco amargo e o leve aroma de fruta passada não passaram despercebidos pelos jurados (R$ 10,98, 900 ml).

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A praticidade cobra um preço alto quando o assunto é suco de laranja. Optar por uma versão comprada pronta no mercado, em vez de fazer um suco fresquinho na hora, pode amargar a sua experiência, literalmente. Mais do que outras frutas, a laranja sente o passar do tempo e, aparentemente, até a indústria pena para evitar a oxidação e fermentação do produto. Por isso, é tão difícil encontrar um suco de laranja industrializado que não seja amargo e nem tenha aquele cheirinho indesejado de fruta passada.

Em socorro aos consumidores que não têm tempo nem disposição para espremer meia dúzia de laranjas toda vez que bate a vontade de tomar um suco, o Paladar organizou um teste com opções de suco 100% laranja encontradas no mercado. Com esse recorte, ficaram de fora da avaliação os refrescos (que têm, em volume, ao menos 30% de suco natural) e os néctares (com 50% de suco natural), além de versões adicionadas de açúcar, conservantes e outros ingredientes artificiais.

Alternativas adoçadas com suco de maçã também ficaram de fora. Na seleção, portanto, entraram apenas opções integrais (sem adição de água ou qualquer outra coisa), concentradas (quando o suco é parcialmente desidratado) e reconstituídas (quando adiciona-se água à versão concentrada), com, no máximo, acidulante ácido cítrico, vitamina C e aroma natural somados à enxuta lista de ingredientes.

À convite do Paladar, o júri, formado por Mario Panezo, chef do restaurante Feriae, Nicholas Fullen, sócio do Locale Caffè, Rachel Louise, bartender do Tuju, Ricardo Takahashi, bartender do Beefbar, e Ygor Lopes, chef do AE Café, avaliou às cegas 11 amostras. Aspecto visual, aroma e sabor estavam em jogo na degustação.

Mario Panezo, Nicholas Fullen, Ygor Lopes, Rachel Louise e Ricardo Takahashi formaram o júri da degustação. Foto: Leo Martins

Confira, a seguir, quais marcas se saíram melhor na degustação, além de detalhes sobre o que os jurados acharam sobre cada uma das amostras.

Quais as melhores marcas de suco de laranja do mercado?

  1. Fazenda Bela Vista
  2. OQ
  3. Prat’s
Suco campeão do Selo Paladar Foto: Leo Martins

As 11 marcas avaliadas em ordem alfabética

Campo Largo

O amargor acentuado foi o grande responsável por tirar a amostra do páreo. No mais, o suco “fugiu dos erros”, como pontuou um jurado. Apresentou cor alaranjada, parecida com a de um suco natural, textura homogênea e aroma agradável (R$ 11,99; 900 ml).

Del Valle 100%

Não fosse o aroma artificial e o leve amargor que deu as caras no final da degustação, a amostra poderia ter conquistado um lugar mais alto no ranking. Além da boa aparência, homogênea e brilhante, o suco apresentou acidez e dulçor na medida (R$ 11,75, 1l).

Do Bem

Apesar do bom aspecto visual, na boca, o suco da marca não passou pelo paladar crítico dos jurados. Eles reclamaram do corpo denso da bebida, do aroma de fruta levemente passada, além da acidez e amargor intensos, que arruinaram a experiência (R$ 11,98, 1l).

Fazenda Bela Vista

“De tudo o que provamos, esse é o que mais lembra um suco natural de laranja espremido em casa”, definiu um jurado. Não à toa, a amostra conquistou o primeiro lugar no pódio da degustação e, com isso, arrematou o cobiçado selo Paladar. Culpa de sua boa aparência, do aroma agradável, da acidez e do dulçor na medida certa e do amargor quase inexistente, que não chega a atrapalhar o sabor (R$ 12,49; 900 ml).

Laranja Legal

Por não ser pasteurizado e não ter conservantes, o suco de laranja da marca é distribuído congelado e há toda uma cartilha de descongelamento para preservar suas características. Na prova, o excesso de sedimentos, que não sumiram após agitação da garrafa, causou má impressão nos jurados. “Parece um líquido talhado.” A amostra em questão, vale dizer, foi adquirida no mercado já descongelada, mas dentro do prazo estipulado de cinco dias para o consumo (R$ 21,69; 1l).

Natural One

Denso, ácido, amargo, artificial. Não houve quesito que salvasse o desempenho dessa amostra na degustação. “Nem parece laranja”, reclamou um jurado (R$ 12,99; 900 ml).

OQ

O equilíbrio entre acidez, dulçor e amargor garantiu à amostra, que também tem boa aparência e textura em boca, o segundo lugar no pódio da degustação. “Lembra suco de laranja feito em casa”, afirmou um jurado. “Compraria tranquilidade para consumo próprio”, confessou outro (R$ 13,99; 1l).

Prat's

A textura com gominhos conquistou o coração dos jurados, é verdade, mas a amostra também se saiu bem em outros aspectos e, por isso, conquistou o último lugar do pódio. Além da cor, que condiz com a de um suco natural, a bebida tem sabor agradável com acidez e dulçor na medida. Perdeu alguns pontinhos pelo leve aroma de fruta um pouco passada (R$ 12,98; 900 ml).

Tial 100%

Por pouco o suco da marca não conquistou um lugar no pódio e a culpa foi, especialmente, da acidez elevada, que dominou o sabor, e do aroma levemente lácteo detectado por parte dos jurados (R$ 9,19; 1l).

Tropisuco

“Agite antes de beber”, orienta o rótulo. E, assim, deu-se o desarranjo. Tão logo a tampa foi aberta, o suco, aparentemente fermentado, fez aquele “tssss” característico de bebidas gaseificadas e transbordou. Suspeita-se que a amostra (que estava dentro do prazo de validade e foi mantida em geladeira após a compra) tenha sofrido com problemas de armazenamento no mercado, prejudicando a avaliação (R$ 13,99; 900 ml).

Xandô

O sabor suave, com acidez controlada e dulçor na medida certa, quase foi suficiente para colocar o suco integral da marca no pódio. O problema é que o retrogosto um pouco amargo e o leve aroma de fruta passada não passaram despercebidos pelos jurados (R$ 10,98, 900 ml).

A praticidade cobra um preço alto quando o assunto é suco de laranja. Optar por uma versão comprada pronta no mercado, em vez de fazer um suco fresquinho na hora, pode amargar a sua experiência, literalmente. Mais do que outras frutas, a laranja sente o passar do tempo e, aparentemente, até a indústria pena para evitar a oxidação e fermentação do produto. Por isso, é tão difícil encontrar um suco de laranja industrializado que não seja amargo e nem tenha aquele cheirinho indesejado de fruta passada.

Em socorro aos consumidores que não têm tempo nem disposição para espremer meia dúzia de laranjas toda vez que bate a vontade de tomar um suco, o Paladar organizou um teste com opções de suco 100% laranja encontradas no mercado. Com esse recorte, ficaram de fora da avaliação os refrescos (que têm, em volume, ao menos 30% de suco natural) e os néctares (com 50% de suco natural), além de versões adicionadas de açúcar, conservantes e outros ingredientes artificiais.

Alternativas adoçadas com suco de maçã também ficaram de fora. Na seleção, portanto, entraram apenas opções integrais (sem adição de água ou qualquer outra coisa), concentradas (quando o suco é parcialmente desidratado) e reconstituídas (quando adiciona-se água à versão concentrada), com, no máximo, acidulante ácido cítrico, vitamina C e aroma natural somados à enxuta lista de ingredientes.

À convite do Paladar, o júri, formado por Mario Panezo, chef do restaurante Feriae, Nicholas Fullen, sócio do Locale Caffè, Rachel Louise, bartender do Tuju, Ricardo Takahashi, bartender do Beefbar, e Ygor Lopes, chef do AE Café, avaliou às cegas 11 amostras. Aspecto visual, aroma e sabor estavam em jogo na degustação.

Mario Panezo, Nicholas Fullen, Ygor Lopes, Rachel Louise e Ricardo Takahashi formaram o júri da degustação. Foto: Leo Martins

Confira, a seguir, quais marcas se saíram melhor na degustação, além de detalhes sobre o que os jurados acharam sobre cada uma das amostras.

Quais as melhores marcas de suco de laranja do mercado?

  1. Fazenda Bela Vista
  2. OQ
  3. Prat’s
Suco campeão do Selo Paladar Foto: Leo Martins

As 11 marcas avaliadas em ordem alfabética

Campo Largo

O amargor acentuado foi o grande responsável por tirar a amostra do páreo. No mais, o suco “fugiu dos erros”, como pontuou um jurado. Apresentou cor alaranjada, parecida com a de um suco natural, textura homogênea e aroma agradável (R$ 11,99; 900 ml).

Del Valle 100%

Não fosse o aroma artificial e o leve amargor que deu as caras no final da degustação, a amostra poderia ter conquistado um lugar mais alto no ranking. Além da boa aparência, homogênea e brilhante, o suco apresentou acidez e dulçor na medida (R$ 11,75, 1l).

Do Bem

Apesar do bom aspecto visual, na boca, o suco da marca não passou pelo paladar crítico dos jurados. Eles reclamaram do corpo denso da bebida, do aroma de fruta levemente passada, além da acidez e amargor intensos, que arruinaram a experiência (R$ 11,98, 1l).

Fazenda Bela Vista

“De tudo o que provamos, esse é o que mais lembra um suco natural de laranja espremido em casa”, definiu um jurado. Não à toa, a amostra conquistou o primeiro lugar no pódio da degustação e, com isso, arrematou o cobiçado selo Paladar. Culpa de sua boa aparência, do aroma agradável, da acidez e do dulçor na medida certa e do amargor quase inexistente, que não chega a atrapalhar o sabor (R$ 12,49; 900 ml).

Laranja Legal

Por não ser pasteurizado e não ter conservantes, o suco de laranja da marca é distribuído congelado e há toda uma cartilha de descongelamento para preservar suas características. Na prova, o excesso de sedimentos, que não sumiram após agitação da garrafa, causou má impressão nos jurados. “Parece um líquido talhado.” A amostra em questão, vale dizer, foi adquirida no mercado já descongelada, mas dentro do prazo estipulado de cinco dias para o consumo (R$ 21,69; 1l).

Natural One

Denso, ácido, amargo, artificial. Não houve quesito que salvasse o desempenho dessa amostra na degustação. “Nem parece laranja”, reclamou um jurado (R$ 12,99; 900 ml).

OQ

O equilíbrio entre acidez, dulçor e amargor garantiu à amostra, que também tem boa aparência e textura em boca, o segundo lugar no pódio da degustação. “Lembra suco de laranja feito em casa”, afirmou um jurado. “Compraria tranquilidade para consumo próprio”, confessou outro (R$ 13,99; 1l).

Prat's

A textura com gominhos conquistou o coração dos jurados, é verdade, mas a amostra também se saiu bem em outros aspectos e, por isso, conquistou o último lugar do pódio. Além da cor, que condiz com a de um suco natural, a bebida tem sabor agradável com acidez e dulçor na medida. Perdeu alguns pontinhos pelo leve aroma de fruta um pouco passada (R$ 12,98; 900 ml).

Tial 100%

Por pouco o suco da marca não conquistou um lugar no pódio e a culpa foi, especialmente, da acidez elevada, que dominou o sabor, e do aroma levemente lácteo detectado por parte dos jurados (R$ 9,19; 1l).

Tropisuco

“Agite antes de beber”, orienta o rótulo. E, assim, deu-se o desarranjo. Tão logo a tampa foi aberta, o suco, aparentemente fermentado, fez aquele “tssss” característico de bebidas gaseificadas e transbordou. Suspeita-se que a amostra (que estava dentro do prazo de validade e foi mantida em geladeira após a compra) tenha sofrido com problemas de armazenamento no mercado, prejudicando a avaliação (R$ 13,99; 900 ml).

Xandô

O sabor suave, com acidez controlada e dulçor na medida certa, quase foi suficiente para colocar o suco integral da marca no pódio. O problema é que o retrogosto um pouco amargo e o leve aroma de fruta passada não passaram despercebidos pelos jurados (R$ 10,98, 900 ml).

A praticidade cobra um preço alto quando o assunto é suco de laranja. Optar por uma versão comprada pronta no mercado, em vez de fazer um suco fresquinho na hora, pode amargar a sua experiência, literalmente. Mais do que outras frutas, a laranja sente o passar do tempo e, aparentemente, até a indústria pena para evitar a oxidação e fermentação do produto. Por isso, é tão difícil encontrar um suco de laranja industrializado que não seja amargo e nem tenha aquele cheirinho indesejado de fruta passada.

Em socorro aos consumidores que não têm tempo nem disposição para espremer meia dúzia de laranjas toda vez que bate a vontade de tomar um suco, o Paladar organizou um teste com opções de suco 100% laranja encontradas no mercado. Com esse recorte, ficaram de fora da avaliação os refrescos (que têm, em volume, ao menos 30% de suco natural) e os néctares (com 50% de suco natural), além de versões adicionadas de açúcar, conservantes e outros ingredientes artificiais.

Alternativas adoçadas com suco de maçã também ficaram de fora. Na seleção, portanto, entraram apenas opções integrais (sem adição de água ou qualquer outra coisa), concentradas (quando o suco é parcialmente desidratado) e reconstituídas (quando adiciona-se água à versão concentrada), com, no máximo, acidulante ácido cítrico, vitamina C e aroma natural somados à enxuta lista de ingredientes.

À convite do Paladar, o júri, formado por Mario Panezo, chef do restaurante Feriae, Nicholas Fullen, sócio do Locale Caffè, Rachel Louise, bartender do Tuju, Ricardo Takahashi, bartender do Beefbar, e Ygor Lopes, chef do AE Café, avaliou às cegas 11 amostras. Aspecto visual, aroma e sabor estavam em jogo na degustação.

Mario Panezo, Nicholas Fullen, Ygor Lopes, Rachel Louise e Ricardo Takahashi formaram o júri da degustação. Foto: Leo Martins

Confira, a seguir, quais marcas se saíram melhor na degustação, além de detalhes sobre o que os jurados acharam sobre cada uma das amostras.

Quais as melhores marcas de suco de laranja do mercado?

  1. Fazenda Bela Vista
  2. OQ
  3. Prat’s
Suco campeão do Selo Paladar Foto: Leo Martins

As 11 marcas avaliadas em ordem alfabética

Campo Largo

O amargor acentuado foi o grande responsável por tirar a amostra do páreo. No mais, o suco “fugiu dos erros”, como pontuou um jurado. Apresentou cor alaranjada, parecida com a de um suco natural, textura homogênea e aroma agradável (R$ 11,99; 900 ml).

Del Valle 100%

Não fosse o aroma artificial e o leve amargor que deu as caras no final da degustação, a amostra poderia ter conquistado um lugar mais alto no ranking. Além da boa aparência, homogênea e brilhante, o suco apresentou acidez e dulçor na medida (R$ 11,75, 1l).

Do Bem

Apesar do bom aspecto visual, na boca, o suco da marca não passou pelo paladar crítico dos jurados. Eles reclamaram do corpo denso da bebida, do aroma de fruta levemente passada, além da acidez e amargor intensos, que arruinaram a experiência (R$ 11,98, 1l).

Fazenda Bela Vista

“De tudo o que provamos, esse é o que mais lembra um suco natural de laranja espremido em casa”, definiu um jurado. Não à toa, a amostra conquistou o primeiro lugar no pódio da degustação e, com isso, arrematou o cobiçado selo Paladar. Culpa de sua boa aparência, do aroma agradável, da acidez e do dulçor na medida certa e do amargor quase inexistente, que não chega a atrapalhar o sabor (R$ 12,49; 900 ml).

Laranja Legal

Por não ser pasteurizado e não ter conservantes, o suco de laranja da marca é distribuído congelado e há toda uma cartilha de descongelamento para preservar suas características. Na prova, o excesso de sedimentos, que não sumiram após agitação da garrafa, causou má impressão nos jurados. “Parece um líquido talhado.” A amostra em questão, vale dizer, foi adquirida no mercado já descongelada, mas dentro do prazo estipulado de cinco dias para o consumo (R$ 21,69; 1l).

Natural One

Denso, ácido, amargo, artificial. Não houve quesito que salvasse o desempenho dessa amostra na degustação. “Nem parece laranja”, reclamou um jurado (R$ 12,99; 900 ml).

OQ

O equilíbrio entre acidez, dulçor e amargor garantiu à amostra, que também tem boa aparência e textura em boca, o segundo lugar no pódio da degustação. “Lembra suco de laranja feito em casa”, afirmou um jurado. “Compraria tranquilidade para consumo próprio”, confessou outro (R$ 13,99; 1l).

Prat's

A textura com gominhos conquistou o coração dos jurados, é verdade, mas a amostra também se saiu bem em outros aspectos e, por isso, conquistou o último lugar do pódio. Além da cor, que condiz com a de um suco natural, a bebida tem sabor agradável com acidez e dulçor na medida. Perdeu alguns pontinhos pelo leve aroma de fruta um pouco passada (R$ 12,98; 900 ml).

Tial 100%

Por pouco o suco da marca não conquistou um lugar no pódio e a culpa foi, especialmente, da acidez elevada, que dominou o sabor, e do aroma levemente lácteo detectado por parte dos jurados (R$ 9,19; 1l).

Tropisuco

“Agite antes de beber”, orienta o rótulo. E, assim, deu-se o desarranjo. Tão logo a tampa foi aberta, o suco, aparentemente fermentado, fez aquele “tssss” característico de bebidas gaseificadas e transbordou. Suspeita-se que a amostra (que estava dentro do prazo de validade e foi mantida em geladeira após a compra) tenha sofrido com problemas de armazenamento no mercado, prejudicando a avaliação (R$ 13,99; 900 ml).

Xandô

O sabor suave, com acidez controlada e dulçor na medida certa, quase foi suficiente para colocar o suco integral da marca no pódio. O problema é que o retrogosto um pouco amargo e o leve aroma de fruta passada não passaram despercebidos pelos jurados (R$ 10,98, 900 ml).

A praticidade cobra um preço alto quando o assunto é suco de laranja. Optar por uma versão comprada pronta no mercado, em vez de fazer um suco fresquinho na hora, pode amargar a sua experiência, literalmente. Mais do que outras frutas, a laranja sente o passar do tempo e, aparentemente, até a indústria pena para evitar a oxidação e fermentação do produto. Por isso, é tão difícil encontrar um suco de laranja industrializado que não seja amargo e nem tenha aquele cheirinho indesejado de fruta passada.

Em socorro aos consumidores que não têm tempo nem disposição para espremer meia dúzia de laranjas toda vez que bate a vontade de tomar um suco, o Paladar organizou um teste com opções de suco 100% laranja encontradas no mercado. Com esse recorte, ficaram de fora da avaliação os refrescos (que têm, em volume, ao menos 30% de suco natural) e os néctares (com 50% de suco natural), além de versões adicionadas de açúcar, conservantes e outros ingredientes artificiais.

Alternativas adoçadas com suco de maçã também ficaram de fora. Na seleção, portanto, entraram apenas opções integrais (sem adição de água ou qualquer outra coisa), concentradas (quando o suco é parcialmente desidratado) e reconstituídas (quando adiciona-se água à versão concentrada), com, no máximo, acidulante ácido cítrico, vitamina C e aroma natural somados à enxuta lista de ingredientes.

À convite do Paladar, o júri, formado por Mario Panezo, chef do restaurante Feriae, Nicholas Fullen, sócio do Locale Caffè, Rachel Louise, bartender do Tuju, Ricardo Takahashi, bartender do Beefbar, e Ygor Lopes, chef do AE Café, avaliou às cegas 11 amostras. Aspecto visual, aroma e sabor estavam em jogo na degustação.

Mario Panezo, Nicholas Fullen, Ygor Lopes, Rachel Louise e Ricardo Takahashi formaram o júri da degustação. Foto: Leo Martins

Confira, a seguir, quais marcas se saíram melhor na degustação, além de detalhes sobre o que os jurados acharam sobre cada uma das amostras.

Quais as melhores marcas de suco de laranja do mercado?

  1. Fazenda Bela Vista
  2. OQ
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Suco campeão do Selo Paladar Foto: Leo Martins

As 11 marcas avaliadas em ordem alfabética

Campo Largo

O amargor acentuado foi o grande responsável por tirar a amostra do páreo. No mais, o suco “fugiu dos erros”, como pontuou um jurado. Apresentou cor alaranjada, parecida com a de um suco natural, textura homogênea e aroma agradável (R$ 11,99; 900 ml).

Del Valle 100%

Não fosse o aroma artificial e o leve amargor que deu as caras no final da degustação, a amostra poderia ter conquistado um lugar mais alto no ranking. Além da boa aparência, homogênea e brilhante, o suco apresentou acidez e dulçor na medida (R$ 11,75, 1l).

Do Bem

Apesar do bom aspecto visual, na boca, o suco da marca não passou pelo paladar crítico dos jurados. Eles reclamaram do corpo denso da bebida, do aroma de fruta levemente passada, além da acidez e amargor intensos, que arruinaram a experiência (R$ 11,98, 1l).

Fazenda Bela Vista

“De tudo o que provamos, esse é o que mais lembra um suco natural de laranja espremido em casa”, definiu um jurado. Não à toa, a amostra conquistou o primeiro lugar no pódio da degustação e, com isso, arrematou o cobiçado selo Paladar. Culpa de sua boa aparência, do aroma agradável, da acidez e do dulçor na medida certa e do amargor quase inexistente, que não chega a atrapalhar o sabor (R$ 12,49; 900 ml).

Laranja Legal

Por não ser pasteurizado e não ter conservantes, o suco de laranja da marca é distribuído congelado e há toda uma cartilha de descongelamento para preservar suas características. Na prova, o excesso de sedimentos, que não sumiram após agitação da garrafa, causou má impressão nos jurados. “Parece um líquido talhado.” A amostra em questão, vale dizer, foi adquirida no mercado já descongelada, mas dentro do prazo estipulado de cinco dias para o consumo (R$ 21,69; 1l).

Natural One

Denso, ácido, amargo, artificial. Não houve quesito que salvasse o desempenho dessa amostra na degustação. “Nem parece laranja”, reclamou um jurado (R$ 12,99; 900 ml).

OQ

O equilíbrio entre acidez, dulçor e amargor garantiu à amostra, que também tem boa aparência e textura em boca, o segundo lugar no pódio da degustação. “Lembra suco de laranja feito em casa”, afirmou um jurado. “Compraria tranquilidade para consumo próprio”, confessou outro (R$ 13,99; 1l).

Prat's

A textura com gominhos conquistou o coração dos jurados, é verdade, mas a amostra também se saiu bem em outros aspectos e, por isso, conquistou o último lugar do pódio. Além da cor, que condiz com a de um suco natural, a bebida tem sabor agradável com acidez e dulçor na medida. Perdeu alguns pontinhos pelo leve aroma de fruta um pouco passada (R$ 12,98; 900 ml).

Tial 100%

Por pouco o suco da marca não conquistou um lugar no pódio e a culpa foi, especialmente, da acidez elevada, que dominou o sabor, e do aroma levemente lácteo detectado por parte dos jurados (R$ 9,19; 1l).

Tropisuco

“Agite antes de beber”, orienta o rótulo. E, assim, deu-se o desarranjo. Tão logo a tampa foi aberta, o suco, aparentemente fermentado, fez aquele “tssss” característico de bebidas gaseificadas e transbordou. Suspeita-se que a amostra (que estava dentro do prazo de validade e foi mantida em geladeira após a compra) tenha sofrido com problemas de armazenamento no mercado, prejudicando a avaliação (R$ 13,99; 900 ml).

Xandô

O sabor suave, com acidez controlada e dulçor na medida certa, quase foi suficiente para colocar o suco integral da marca no pódio. O problema é que o retrogosto um pouco amargo e o leve aroma de fruta passada não passaram despercebidos pelos jurados (R$ 10,98, 900 ml).

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