Todos os gins do Brasil: confira a avaliação das marcas produzidas no País


Dez novos rótulos artesanais nacionais foram lançados no último ano. Provamos todos eles, numa degustação que concluiu: a exuberância é o que os une

Por Renata Mesquita

O gim está em alta pelo mundo - a mania começou uns dez anos atrás, quando os espanhóis fizeram do gim tônica uma espécie de coquetel nacional. A tendência acabou instigando a produção de gins artesanais em diversos países. O Brasil embarcou tarde, porém firme, na história desse destilado produzido a partir da infusão de zimbro e vários botânicos aromáticos. Em apenas 14 meses a produção nacional de gim foi de um a dez.

Dez novos gins artesanais brasileiros foram lançados no último ano. Foto: Gabriela Biló

O único rótulo nacional, antes dessa onda, oSeager’s, da Stock, era barato, mas tinha pouco prestígio. O cenário começou a mudar com o lançamento do Draco, em julho de 2016, duas ou três semanas depois surgiram o Virga e o Arapuru e vieram outras em seguida. Mas a virada mesmo aconteceu em 2017, com a chegada de seis novas marcas: Ammazoni, Vitória Régia, Minnie Marie, Torquay, Jungle e Beg. E há promessas de mais por aí. A própria Stock tratou de deixar de lado o rótulo de bebida barata e sem prestígio e apresentou um gim premium, o Seager’s Silver.

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+ O bar do barman que não queria ter um bar+ Este drinque é batido ou é mexido?

O cenáriomudou tão rapidamente que ainda nem houve tempo para desvendar a personalidade do gim brasileiro. E foi com esta missão que reunimos os 10 rótulos da bebida disponíveis e convidamos especialistas para provar e avaliar todos eles (bem, é possível que quando você termine de ler esta reportagem já exista uma nova marca despontando, mas ela vai ter de ficar para a próxima prova…). 

O gim brasileiro tem personalidade, talvez exageradamente marcante. A impressão que se tem é que a maior parte dos produtores se empenhou tanto em dar caráter próprio à sua bebida, com adição de imbiriba, pacová, caju, receitas de cachaça, etc… que o gim tupiniquim se parece pouco com o gim inglês. E, aliás, os menos exuberantes foram os que se destacaram nessa prova. Mas de modo geral, os novos gins são bons produtos. O problema é que com a personalidade forte, fica difícil combiná-los em coquetéis.

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Além da moda internacional, um outro motivo explica o florescimento de uma indústria nacional: a bebida pode ser produzida a partir de qualquer destilado alcoólico de origem agrícola (como cereais e cana-de-açúcar) e muitos estão sendo produzidos em alambiques de cachaça e em destilarias já famosas, aproveitando o tempo ocioso entre as safras. O único ingrediente obrigatório na produção do gim são as bagas de zimbro, isso permite que se aproveite o que há ao redor para criar novos aromas e sabores, com a adição dos botânicos, como são chamadas as misturas de especiarias, ervas, flores e frutas. Os tipos e quantidades de botânicos a serem utilizados variam conforme o produtor.

+ Chef brasileiro cria marca de água tônica

Aprova foi feita às cegas. Participaram dela José Osvaldo Amarante, autor do livro Os Segredos do Gim; Marcos Lee, sócio do Bar.; Mário Rodrigues, amante de gim e proprietário do Empório Frei Caneca; e Ale D’ Agostino, bartender e proprietário do bar Apothek.

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Prova de gins brasileiros

1 | 8

SEAGER'S SILVER

Foto: Gabriela Biló/Estadão
2 | 8

TORQUAY

Foto: Gabriela Biló/Estadão
3 | 8

JUNGLE

Foto: Gabriela Biló/Estadão
4 | 8

BEG

Foto: Gabriela Biló/Estadão
5 | 8

DRACO

Foto: Gabriela Biló/Estadão
6 | 8

AMÁZZONI

Foto: Gabriela Biló/Estadão
7 | 8

VITÓRIA RÉGIA

Foto: Gabriela Biló/Estadão
8 | 8

MINNA MARIE

Foto: Gabriela Biló/Estadão

O gim está em alta pelo mundo - a mania começou uns dez anos atrás, quando os espanhóis fizeram do gim tônica uma espécie de coquetel nacional. A tendência acabou instigando a produção de gins artesanais em diversos países. O Brasil embarcou tarde, porém firme, na história desse destilado produzido a partir da infusão de zimbro e vários botânicos aromáticos. Em apenas 14 meses a produção nacional de gim foi de um a dez.

Dez novos gins artesanais brasileiros foram lançados no último ano. Foto: Gabriela Biló

O único rótulo nacional, antes dessa onda, oSeager’s, da Stock, era barato, mas tinha pouco prestígio. O cenário começou a mudar com o lançamento do Draco, em julho de 2016, duas ou três semanas depois surgiram o Virga e o Arapuru e vieram outras em seguida. Mas a virada mesmo aconteceu em 2017, com a chegada de seis novas marcas: Ammazoni, Vitória Régia, Minnie Marie, Torquay, Jungle e Beg. E há promessas de mais por aí. A própria Stock tratou de deixar de lado o rótulo de bebida barata e sem prestígio e apresentou um gim premium, o Seager’s Silver.

+ O bar do barman que não queria ter um bar+ Este drinque é batido ou é mexido?

O cenáriomudou tão rapidamente que ainda nem houve tempo para desvendar a personalidade do gim brasileiro. E foi com esta missão que reunimos os 10 rótulos da bebida disponíveis e convidamos especialistas para provar e avaliar todos eles (bem, é possível que quando você termine de ler esta reportagem já exista uma nova marca despontando, mas ela vai ter de ficar para a próxima prova…). 

O gim brasileiro tem personalidade, talvez exageradamente marcante. A impressão que se tem é que a maior parte dos produtores se empenhou tanto em dar caráter próprio à sua bebida, com adição de imbiriba, pacová, caju, receitas de cachaça, etc… que o gim tupiniquim se parece pouco com o gim inglês. E, aliás, os menos exuberantes foram os que se destacaram nessa prova. Mas de modo geral, os novos gins são bons produtos. O problema é que com a personalidade forte, fica difícil combiná-los em coquetéis.

Além da moda internacional, um outro motivo explica o florescimento de uma indústria nacional: a bebida pode ser produzida a partir de qualquer destilado alcoólico de origem agrícola (como cereais e cana-de-açúcar) e muitos estão sendo produzidos em alambiques de cachaça e em destilarias já famosas, aproveitando o tempo ocioso entre as safras. O único ingrediente obrigatório na produção do gim são as bagas de zimbro, isso permite que se aproveite o que há ao redor para criar novos aromas e sabores, com a adição dos botânicos, como são chamadas as misturas de especiarias, ervas, flores e frutas. Os tipos e quantidades de botânicos a serem utilizados variam conforme o produtor.

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Aprova foi feita às cegas. Participaram dela José Osvaldo Amarante, autor do livro Os Segredos do Gim; Marcos Lee, sócio do Bar.; Mário Rodrigues, amante de gim e proprietário do Empório Frei Caneca; e Ale D’ Agostino, bartender e proprietário do bar Apothek.

Prova de gins brasileiros

1 | 8

SEAGER'S SILVER

Foto: Gabriela Biló/Estadão
2 | 8

TORQUAY

Foto: Gabriela Biló/Estadão
3 | 8

JUNGLE

Foto: Gabriela Biló/Estadão
4 | 8

BEG

Foto: Gabriela Biló/Estadão
5 | 8

DRACO

Foto: Gabriela Biló/Estadão
6 | 8

AMÁZZONI

Foto: Gabriela Biló/Estadão
7 | 8

VITÓRIA RÉGIA

Foto: Gabriela Biló/Estadão
8 | 8

MINNA MARIE

Foto: Gabriela Biló/Estadão

O gim está em alta pelo mundo - a mania começou uns dez anos atrás, quando os espanhóis fizeram do gim tônica uma espécie de coquetel nacional. A tendência acabou instigando a produção de gins artesanais em diversos países. O Brasil embarcou tarde, porém firme, na história desse destilado produzido a partir da infusão de zimbro e vários botânicos aromáticos. Em apenas 14 meses a produção nacional de gim foi de um a dez.

Dez novos gins artesanais brasileiros foram lançados no último ano. Foto: Gabriela Biló

O único rótulo nacional, antes dessa onda, oSeager’s, da Stock, era barato, mas tinha pouco prestígio. O cenário começou a mudar com o lançamento do Draco, em julho de 2016, duas ou três semanas depois surgiram o Virga e o Arapuru e vieram outras em seguida. Mas a virada mesmo aconteceu em 2017, com a chegada de seis novas marcas: Ammazoni, Vitória Régia, Minnie Marie, Torquay, Jungle e Beg. E há promessas de mais por aí. A própria Stock tratou de deixar de lado o rótulo de bebida barata e sem prestígio e apresentou um gim premium, o Seager’s Silver.

+ O bar do barman que não queria ter um bar+ Este drinque é batido ou é mexido?

O cenáriomudou tão rapidamente que ainda nem houve tempo para desvendar a personalidade do gim brasileiro. E foi com esta missão que reunimos os 10 rótulos da bebida disponíveis e convidamos especialistas para provar e avaliar todos eles (bem, é possível que quando você termine de ler esta reportagem já exista uma nova marca despontando, mas ela vai ter de ficar para a próxima prova…). 

O gim brasileiro tem personalidade, talvez exageradamente marcante. A impressão que se tem é que a maior parte dos produtores se empenhou tanto em dar caráter próprio à sua bebida, com adição de imbiriba, pacová, caju, receitas de cachaça, etc… que o gim tupiniquim se parece pouco com o gim inglês. E, aliás, os menos exuberantes foram os que se destacaram nessa prova. Mas de modo geral, os novos gins são bons produtos. O problema é que com a personalidade forte, fica difícil combiná-los em coquetéis.

Além da moda internacional, um outro motivo explica o florescimento de uma indústria nacional: a bebida pode ser produzida a partir de qualquer destilado alcoólico de origem agrícola (como cereais e cana-de-açúcar) e muitos estão sendo produzidos em alambiques de cachaça e em destilarias já famosas, aproveitando o tempo ocioso entre as safras. O único ingrediente obrigatório na produção do gim são as bagas de zimbro, isso permite que se aproveite o que há ao redor para criar novos aromas e sabores, com a adição dos botânicos, como são chamadas as misturas de especiarias, ervas, flores e frutas. Os tipos e quantidades de botânicos a serem utilizados variam conforme o produtor.

+ Chef brasileiro cria marca de água tônica

Aprova foi feita às cegas. Participaram dela José Osvaldo Amarante, autor do livro Os Segredos do Gim; Marcos Lee, sócio do Bar.; Mário Rodrigues, amante de gim e proprietário do Empório Frei Caneca; e Ale D’ Agostino, bartender e proprietário do bar Apothek.

Prova de gins brasileiros

1 | 8

SEAGER'S SILVER

Foto: Gabriela Biló/Estadão
2 | 8

TORQUAY

Foto: Gabriela Biló/Estadão
3 | 8

JUNGLE

Foto: Gabriela Biló/Estadão
4 | 8

BEG

Foto: Gabriela Biló/Estadão
5 | 8

DRACO

Foto: Gabriela Biló/Estadão
6 | 8

AMÁZZONI

Foto: Gabriela Biló/Estadão
7 | 8

VITÓRIA RÉGIA

Foto: Gabriela Biló/Estadão
8 | 8

MINNA MARIE

Foto: Gabriela Biló/Estadão

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