Descubra a cachaça de jambu


Os bartenders Lucas Uchôa, Yvens Penna e João Ícaro te ensinam a fazer drinques com o destilado

Por Luiza Nobre
Atualização:
Cachaça de jambu meu garoto, criada pelo cachacista Leonardo Porto. Foto: Vinicius Fleury Foto: Vinicius Fleury

O corpo esquenta, a língua adormece. O suor escorre pela testa. A cachaça de jambu é uma bebida que se toma não exatamente pelo gosto, mas pela sensação. Tradicionalmente nortista, o destilado de sabor amazônico caiu na graça dos bares de todo o Brasil. “Se essa cachaça fosse uma festa, seria o carnaval”, resume a chef amapaense Clara Helena.

Conhecida como agrião-do-pará, a erva contém um composto químico chamado espilantol, responsável pelo curioso formigamento na boca. Além de ser utilizado na gastronomia, o jambu é reconhecido como um remédio tradicional entre os indígenas, com propriedades anestésicas, afrodisíacas, antioxidantes e como fonte de Vitamina C.

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De modo geral, a infusão é feita com cachaça branca e aproveita todos os elementos da planta: flor, talos e folhas. Para que o sabor e o efeito de dormência se incorpore no líquido, é preciso apurar, no mínimo, cinco dias. A recomendação é que ela seja degustada em pequenos goles, deixando alguns segundos na boca antes de engolir, como um vinho.

Foi durante o Círio de Nazaré de 2011, em Belém do Pará, que o cachacista Leonardo Porto decidiu misturar os ingredientes. “Eu estava comendo um pato no tucupi e tomando uma cachacinha, e pensei em criar algo que transmitisse essa sensação”, explica ele, proprietário da Meu Garoto, primeira cachaçaria no país a lançar uma cachaça de jambu.

Hoje, a Meu Garoto trabalha com outros sabores de frutas amazônicas, com cupuaçu, açaí, bacuri e castanha do Pará, além de cultivar uma plantação de jambu na fábrica da cachaçaria. A marca também tem trabalhado na pesquisa para desenvolver uma cachaça com jambu envelhecida em carvalho, refinando a produção

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O Paladar selecionou três driques autorais com cachaça de jambu feitos por bartenders da região Norte do Brasil para você conhecer o destilado.

'Pedreira', drink de cachaça de Jambu assinado por Lucas Uchôa. Foto: Natália Menezes  Foto: Natália Menezes

Pedreira

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Premiado como melhor bartender do Amapá 2023 pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o chef Lucas Uchôa se inspirou no quilombo Abacate da Pedreira, em Macapá, para criar uma versão regional do clássico moscow mule.

Ingredientes

  • 30 ml de cachaça prata
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- 30 ml de cachaça de jambu

- 30 ml xarope de gengibre

- 30 ml de suco de limão taiti

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-Espuma de gengibre

Preparo

1 - Em um copo com gelo, coloque a cachaça de jambu, o xarope de gengibre, o suco de limão e a cachaça prata.

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2 - Misture com uma colher bailarina.

3 - Finalize com a espuma de gengibre.

'Jurandir', drink de cachaça de Jambu assinado por Yvens Penna. Foto: Kauê Barp Foto: Kauê Barp

Jurandir

Com o desejo de unir o exótico destilado amazônico e um ícone da coquetelaria moderna brasileira, o bartender paraense Yvens Penna recriou o Macunaíma, do bar Boca de Ouro.

Ingredientes:

- 40 ml cachaça de Jambu

- 30 ml xarope de canela

- 20 ml tahiti

- 20 ml Brasilberg

Preparo

1 - Coloque todos os ingredientes em uma coqueteleira com bastante gelo e bata bem.

2 - Coe duplamente para um copo “barriquinha” e sirva sem canudo e sem decoração.

'Jurandir', drink de cachaça de Jambu assinado por Yvens Penna. Foto: Kauê Barp Foto: Kauê Barp

Zagury

Servido na cuia, o coquetel do bartender amapaense João Ícaro faz referência a praça Zagury, lugar histórico e um dos centros da boemia na cidade de Macapá.

Ingredientes:

-35ml de cachaça Branca

- 25ml de cachaça de Jambú

- 50g de polpa Fresca de Taperebá

- 25ml de xarope de Açúcar

- 20ml de suco de Limão Galego

- 3 drops de Tintura de Sal

- 25ml de clara de Ovo Pasteurizada

Preparo:

1 - Em uma coqueteleira, coloque a cachaça de jambu, a cachaça branca, o suco de limão, a polpa de fruta, o xarope de açúcar e a tintura sal.

2 - Bata vigorosamente por 5 segundos.

3 - Complete a coqueteleira com gelo e bata por mais 15 segundos.

4 - Coe duplamente em uma cuia de tacacá e finalize com a chicória e gotas de tucupi preto.

Cachaça de jambu meu garoto, criada pelo cachacista Leonardo Porto. Foto: Vinicius Fleury Foto: Vinicius Fleury

O corpo esquenta, a língua adormece. O suor escorre pela testa. A cachaça de jambu é uma bebida que se toma não exatamente pelo gosto, mas pela sensação. Tradicionalmente nortista, o destilado de sabor amazônico caiu na graça dos bares de todo o Brasil. “Se essa cachaça fosse uma festa, seria o carnaval”, resume a chef amapaense Clara Helena.

Conhecida como agrião-do-pará, a erva contém um composto químico chamado espilantol, responsável pelo curioso formigamento na boca. Além de ser utilizado na gastronomia, o jambu é reconhecido como um remédio tradicional entre os indígenas, com propriedades anestésicas, afrodisíacas, antioxidantes e como fonte de Vitamina C.

De modo geral, a infusão é feita com cachaça branca e aproveita todos os elementos da planta: flor, talos e folhas. Para que o sabor e o efeito de dormência se incorpore no líquido, é preciso apurar, no mínimo, cinco dias. A recomendação é que ela seja degustada em pequenos goles, deixando alguns segundos na boca antes de engolir, como um vinho.

Foi durante o Círio de Nazaré de 2011, em Belém do Pará, que o cachacista Leonardo Porto decidiu misturar os ingredientes. “Eu estava comendo um pato no tucupi e tomando uma cachacinha, e pensei em criar algo que transmitisse essa sensação”, explica ele, proprietário da Meu Garoto, primeira cachaçaria no país a lançar uma cachaça de jambu.

Hoje, a Meu Garoto trabalha com outros sabores de frutas amazônicas, com cupuaçu, açaí, bacuri e castanha do Pará, além de cultivar uma plantação de jambu na fábrica da cachaçaria. A marca também tem trabalhado na pesquisa para desenvolver uma cachaça com jambu envelhecida em carvalho, refinando a produção

O Paladar selecionou três driques autorais com cachaça de jambu feitos por bartenders da região Norte do Brasil para você conhecer o destilado.

'Pedreira', drink de cachaça de Jambu assinado por Lucas Uchôa. Foto: Natália Menezes  Foto: Natália Menezes

Pedreira

Premiado como melhor bartender do Amapá 2023 pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o chef Lucas Uchôa se inspirou no quilombo Abacate da Pedreira, em Macapá, para criar uma versão regional do clássico moscow mule.

Ingredientes

  • 30 ml de cachaça prata

- 30 ml de cachaça de jambu

- 30 ml xarope de gengibre

- 30 ml de suco de limão taiti

-Espuma de gengibre

Preparo

1 - Em um copo com gelo, coloque a cachaça de jambu, o xarope de gengibre, o suco de limão e a cachaça prata.

2 - Misture com uma colher bailarina.

3 - Finalize com a espuma de gengibre.

'Jurandir', drink de cachaça de Jambu assinado por Yvens Penna. Foto: Kauê Barp Foto: Kauê Barp

Jurandir

Com o desejo de unir o exótico destilado amazônico e um ícone da coquetelaria moderna brasileira, o bartender paraense Yvens Penna recriou o Macunaíma, do bar Boca de Ouro.

Ingredientes:

- 40 ml cachaça de Jambu

- 30 ml xarope de canela

- 20 ml tahiti

- 20 ml Brasilberg

Preparo

1 - Coloque todos os ingredientes em uma coqueteleira com bastante gelo e bata bem.

2 - Coe duplamente para um copo “barriquinha” e sirva sem canudo e sem decoração.

'Jurandir', drink de cachaça de Jambu assinado por Yvens Penna. Foto: Kauê Barp Foto: Kauê Barp

Zagury

Servido na cuia, o coquetel do bartender amapaense João Ícaro faz referência a praça Zagury, lugar histórico e um dos centros da boemia na cidade de Macapá.

Ingredientes:

-35ml de cachaça Branca

- 25ml de cachaça de Jambú

- 50g de polpa Fresca de Taperebá

- 25ml de xarope de Açúcar

- 20ml de suco de Limão Galego

- 3 drops de Tintura de Sal

- 25ml de clara de Ovo Pasteurizada

Preparo:

1 - Em uma coqueteleira, coloque a cachaça de jambu, a cachaça branca, o suco de limão, a polpa de fruta, o xarope de açúcar e a tintura sal.

2 - Bata vigorosamente por 5 segundos.

3 - Complete a coqueteleira com gelo e bata por mais 15 segundos.

4 - Coe duplamente em uma cuia de tacacá e finalize com a chicória e gotas de tucupi preto.

Cachaça de jambu meu garoto, criada pelo cachacista Leonardo Porto. Foto: Vinicius Fleury Foto: Vinicius Fleury

O corpo esquenta, a língua adormece. O suor escorre pela testa. A cachaça de jambu é uma bebida que se toma não exatamente pelo gosto, mas pela sensação. Tradicionalmente nortista, o destilado de sabor amazônico caiu na graça dos bares de todo o Brasil. “Se essa cachaça fosse uma festa, seria o carnaval”, resume a chef amapaense Clara Helena.

Conhecida como agrião-do-pará, a erva contém um composto químico chamado espilantol, responsável pelo curioso formigamento na boca. Além de ser utilizado na gastronomia, o jambu é reconhecido como um remédio tradicional entre os indígenas, com propriedades anestésicas, afrodisíacas, antioxidantes e como fonte de Vitamina C.

De modo geral, a infusão é feita com cachaça branca e aproveita todos os elementos da planta: flor, talos e folhas. Para que o sabor e o efeito de dormência se incorpore no líquido, é preciso apurar, no mínimo, cinco dias. A recomendação é que ela seja degustada em pequenos goles, deixando alguns segundos na boca antes de engolir, como um vinho.

Foi durante o Círio de Nazaré de 2011, em Belém do Pará, que o cachacista Leonardo Porto decidiu misturar os ingredientes. “Eu estava comendo um pato no tucupi e tomando uma cachacinha, e pensei em criar algo que transmitisse essa sensação”, explica ele, proprietário da Meu Garoto, primeira cachaçaria no país a lançar uma cachaça de jambu.

Hoje, a Meu Garoto trabalha com outros sabores de frutas amazônicas, com cupuaçu, açaí, bacuri e castanha do Pará, além de cultivar uma plantação de jambu na fábrica da cachaçaria. A marca também tem trabalhado na pesquisa para desenvolver uma cachaça com jambu envelhecida em carvalho, refinando a produção

O Paladar selecionou três driques autorais com cachaça de jambu feitos por bartenders da região Norte do Brasil para você conhecer o destilado.

'Pedreira', drink de cachaça de Jambu assinado por Lucas Uchôa. Foto: Natália Menezes  Foto: Natália Menezes

Pedreira

Premiado como melhor bartender do Amapá 2023 pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o chef Lucas Uchôa se inspirou no quilombo Abacate da Pedreira, em Macapá, para criar uma versão regional do clássico moscow mule.

Ingredientes

  • 30 ml de cachaça prata

- 30 ml de cachaça de jambu

- 30 ml xarope de gengibre

- 30 ml de suco de limão taiti

-Espuma de gengibre

Preparo

1 - Em um copo com gelo, coloque a cachaça de jambu, o xarope de gengibre, o suco de limão e a cachaça prata.

2 - Misture com uma colher bailarina.

3 - Finalize com a espuma de gengibre.

'Jurandir', drink de cachaça de Jambu assinado por Yvens Penna. Foto: Kauê Barp Foto: Kauê Barp

Jurandir

Com o desejo de unir o exótico destilado amazônico e um ícone da coquetelaria moderna brasileira, o bartender paraense Yvens Penna recriou o Macunaíma, do bar Boca de Ouro.

Ingredientes:

- 40 ml cachaça de Jambu

- 30 ml xarope de canela

- 20 ml tahiti

- 20 ml Brasilberg

Preparo

1 - Coloque todos os ingredientes em uma coqueteleira com bastante gelo e bata bem.

2 - Coe duplamente para um copo “barriquinha” e sirva sem canudo e sem decoração.

'Jurandir', drink de cachaça de Jambu assinado por Yvens Penna. Foto: Kauê Barp Foto: Kauê Barp

Zagury

Servido na cuia, o coquetel do bartender amapaense João Ícaro faz referência a praça Zagury, lugar histórico e um dos centros da boemia na cidade de Macapá.

Ingredientes:

-35ml de cachaça Branca

- 25ml de cachaça de Jambú

- 50g de polpa Fresca de Taperebá

- 25ml de xarope de Açúcar

- 20ml de suco de Limão Galego

- 3 drops de Tintura de Sal

- 25ml de clara de Ovo Pasteurizada

Preparo:

1 - Em uma coqueteleira, coloque a cachaça de jambu, a cachaça branca, o suco de limão, a polpa de fruta, o xarope de açúcar e a tintura sal.

2 - Bata vigorosamente por 5 segundos.

3 - Complete a coqueteleira com gelo e bata por mais 15 segundos.

4 - Coe duplamente em uma cuia de tacacá e finalize com a chicória e gotas de tucupi preto.

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