Coado, na cafeteira elétrica ou na italiana: como fazer o melhor café


Especialista em cafés Gisele Coutinho dá dicas para preparar a bebida em casa

Atualização:

Gisele Coutinho, do Pura Caffeína: barista, provadora e classificadora de cafés Foto: RENATO NASCIMENTO

Quem não adora aquele cheirinho de café que invade a casa todo dia de manhã ou à tarde? Quando acompanhado por uma fatia de bolo então, nos traz imediatamente uma sensação de conforto e aconchego. Pois em tempos de cafeterias onde pedir café virou um verdadeiro desafio - tamanha quantidade de torras e variedades infinitas da bebida - fazer em casa o melhor cafezinho coado tem lá seus segredos.

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Quem ensina é a barista Gisele Coutinho, do Pura Caffeína. De tão expert (e fã da bebida), ela virou professora e ministra nos cursos presenciais e online onde dá dicas do preparo do café coado, uso do coador e quantidade de café entre outras coisas. Também compartilha dicas em seu Instagram, o @puracaffeina, e ainda no podcast homônimo, disponível em todas as plataformas de streaming.

Para começar, Gisele conta que, não importa o método escolhido, o principal é a matéria-prima, ou seja, café e água. A especialista revela que temos no Brasil, mais de 30 regiões produtoras de café. E que o clima e maneira de fazer de cada região influencia no sabor. “Temos cafés no Sul de Minas, Cerrado Mineiro, Serra da Canastra, Montanhas Capixabas, da região amazônica, da Bahia, da Mogiana Paulista, entre muitos outros”, explica. “Por isso, procure sempre um café que você saiba de onde veio. Nessas embalagens, quase sempre você terá informações sobre a região ou seu terroir, que diz muito sobre seus sabores”, explica.

Para quem tem dúvidas sobre qual pó comprar, ela ensina. “No supermercado encontramos cafés com a qualidade extra-forte e tradicional, que são os mais em conta e com torras muito escuras. Com eles, não importa o método de preparo, o café ficará sempre amargo e você nunca saberá sua origem”, diz. “Depois, temos a qualidade superior, indicada por selos da Abic (Associação Brasileira da Indústria do Café). Neles, a torra é menos escura e muitas marcas indicam a região produtora. Acima, desta está o gourmet, com torras menos escuras e notas mais adocicadas e agradáveis ao paladar. Em cafeterias especializadas, além de vender, eles ainda informam quem produziu, as notas sensoriais presentes na bebida, a data de torra e ainda moem na hora”, finaliza.

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Quando o assunto é a água, há uma regra: “Cada água tem suas particularidades e composição química com variações de sódio, magnésio, cálcio e muito disso influencia no sabor final do café. Então, para obter o melhor sabor, use sempre água filtrada ou mineral”.E, ao contrário do que dizem sobre ferver ou não a água, ela pode, sim, ser fervida. “Independente do método de preparo, água fervendo não queima o café.”Mas, se, ao invés do cafezinho coado de todo dia você preferir as icônicas cafeteiras italianas, Gisele também ensina como tirar o melhor proveito do utensílio. E atenção: para quem tiver apenas a boa, velha e prática cafeteira elétrica - tão execrada pelos puristas - tem dicas também. Confira abaixo.

NO COADOR

WS7 SÃO PAULO 14/01/2014 - RESTAURANTE JIQUITIA / CAFÉ COADO - PALADAR - Café coado do restaurante Jequitia, na Rua Antonio Carlos na Bela Vista .Foto: Werther Santana/AE 
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- Ao escolher seu coador, saiba que ele pode ser de diversos materiais - inox, plástico, vidro, cerâmica. O que você precisa saber escolher é o tamanho.

- Se você prepara um café individual, o ideal é um coador de tamanho pequeno. Se o café é feito para a família, o ideal é um tamanho maior. - Antes de colocar o café, “lave” o filtro com água filtrada para retirar impurezas antes de preparar o café.

- Evite encher de café em pó um coador pequeno: a água demora muito para passar, esfria e o café fica com sabor desagradável.

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- Já usar pouca quantidade de café em um coador grande faz com que a água passe rápido demais, não dando tempo para a extração dos sabores acontecer. O resultado será uma bebida fraca demais.

CAFETEIRA ELÉTRICA

Sabendo usar, cafeteira elétrica também produz bons cafés Foto: Camicado
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- Muitos pensam na cafeteira elétrica como vilã, mas com ela, basta programar e dá para acordar com o cheirinho do café sendo coado. E dá sim para ter um bom café: é só olhar o manual para descobrir o segredo: prepare e em seguida, desligue a cafeteira. Simples.

- Nada de deixar a bebida ‘cozinhando’ no eletrodoméstico. Isso fará com que o aroma e o sabor sejam de café queimado.

- Claro que é essencial usar café de qualidade, mas, se desejar e puder, moa os grãos na hora. Isso faz muita diferença no sensorial e no frescor da bebida. Hoje, inclusive, temos cafeteiras elétricas que moem os grãos na hora e até modelos em que é possível programar o funcionamento.

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- Se a cafeteira requer filtro de papel, você pode, assim como no coador manual, jogar água filtrada para lavar esse filtro e retirar impurezas antes de preparar o café.

- Mantenha o eletrodoméstico sempre bem limpo. Pelo menos uma vez por semana, passe apenas a água quente pela cafeteira, sem café, para higienizar todas as partes.

CAFETEIRA ITALIANA

Moka, também conhecida por cafeteira italiana ou Bialetti. Foto: Gabriela Biló/Estadão

Se você curte café intenso, o melhor método de preparo que você pode ter é uma moka, a conhecida cafeteira italiana.

- Tanto no café coado quanto em uma cafeteira elétrica, o ideal é pesar em uma balança a as quantidades de água e café ou usar copos e colheres medidoras. Já na moka, tudo é mais fácil. O café moído vai até o topo do compartimento sem ser compactado.

- A água deve ser colocada até a válvula de segurança presente em todos os utensílios desse tipo.

- Leve a cafeteira ao fogo baixo. Quando o café subir e começar a ficar mais claro, desligue o fogo. O calor é suficiente para fazer subir o restante da água.

- Há quem goste de colocar um pouquinho de água fria na cafeteira antes de começar o preparo para evitar o contato da primeira parte com a base quente do utensílio. Já fiz testes e a diferença é mínima.

Serviço:

Curso “Domine Seu Café Coado”

Quando: 22 de julho, das 10h às 12h

Onde: Flipo Café - R. Dr. Vila Nova, 315 - Vila Buarque, São Paulo

Quanto: R$ 150 por pessoa

Inscrições pelo contatopuracaffeina@gmail.com ou instagram @puracaffeina

Curso “Domine Sua Prensa Francesa”

Quando: 15 de julho, das 10h às 11h30

Onde: Online e ao vivo

Quanto: R$ 120 por pessoa

Inscrições pelo contatopuracaffeina@gmail.com ou instagram @puracaffeina

Gisele Coutinho, do Pura Caffeína: barista, provadora e classificadora de cafés Foto: RENATO NASCIMENTO

Quem não adora aquele cheirinho de café que invade a casa todo dia de manhã ou à tarde? Quando acompanhado por uma fatia de bolo então, nos traz imediatamente uma sensação de conforto e aconchego. Pois em tempos de cafeterias onde pedir café virou um verdadeiro desafio - tamanha quantidade de torras e variedades infinitas da bebida - fazer em casa o melhor cafezinho coado tem lá seus segredos.

Quem ensina é a barista Gisele Coutinho, do Pura Caffeína. De tão expert (e fã da bebida), ela virou professora e ministra nos cursos presenciais e online onde dá dicas do preparo do café coado, uso do coador e quantidade de café entre outras coisas. Também compartilha dicas em seu Instagram, o @puracaffeina, e ainda no podcast homônimo, disponível em todas as plataformas de streaming.

Para começar, Gisele conta que, não importa o método escolhido, o principal é a matéria-prima, ou seja, café e água. A especialista revela que temos no Brasil, mais de 30 regiões produtoras de café. E que o clima e maneira de fazer de cada região influencia no sabor. “Temos cafés no Sul de Minas, Cerrado Mineiro, Serra da Canastra, Montanhas Capixabas, da região amazônica, da Bahia, da Mogiana Paulista, entre muitos outros”, explica. “Por isso, procure sempre um café que você saiba de onde veio. Nessas embalagens, quase sempre você terá informações sobre a região ou seu terroir, que diz muito sobre seus sabores”, explica.

Para quem tem dúvidas sobre qual pó comprar, ela ensina. “No supermercado encontramos cafés com a qualidade extra-forte e tradicional, que são os mais em conta e com torras muito escuras. Com eles, não importa o método de preparo, o café ficará sempre amargo e você nunca saberá sua origem”, diz. “Depois, temos a qualidade superior, indicada por selos da Abic (Associação Brasileira da Indústria do Café). Neles, a torra é menos escura e muitas marcas indicam a região produtora. Acima, desta está o gourmet, com torras menos escuras e notas mais adocicadas e agradáveis ao paladar. Em cafeterias especializadas, além de vender, eles ainda informam quem produziu, as notas sensoriais presentes na bebida, a data de torra e ainda moem na hora”, finaliza.

Quando o assunto é a água, há uma regra: “Cada água tem suas particularidades e composição química com variações de sódio, magnésio, cálcio e muito disso influencia no sabor final do café. Então, para obter o melhor sabor, use sempre água filtrada ou mineral”.E, ao contrário do que dizem sobre ferver ou não a água, ela pode, sim, ser fervida. “Independente do método de preparo, água fervendo não queima o café.”Mas, se, ao invés do cafezinho coado de todo dia você preferir as icônicas cafeteiras italianas, Gisele também ensina como tirar o melhor proveito do utensílio. E atenção: para quem tiver apenas a boa, velha e prática cafeteira elétrica - tão execrada pelos puristas - tem dicas também. Confira abaixo.

NO COADOR

WS7 SÃO PAULO 14/01/2014 - RESTAURANTE JIQUITIA / CAFÉ COADO - PALADAR - Café coado do restaurante Jequitia, na Rua Antonio Carlos na Bela Vista .Foto: Werther Santana/AE 

- Ao escolher seu coador, saiba que ele pode ser de diversos materiais - inox, plástico, vidro, cerâmica. O que você precisa saber escolher é o tamanho.

- Se você prepara um café individual, o ideal é um coador de tamanho pequeno. Se o café é feito para a família, o ideal é um tamanho maior. - Antes de colocar o café, “lave” o filtro com água filtrada para retirar impurezas antes de preparar o café.

- Evite encher de café em pó um coador pequeno: a água demora muito para passar, esfria e o café fica com sabor desagradável.

- Já usar pouca quantidade de café em um coador grande faz com que a água passe rápido demais, não dando tempo para a extração dos sabores acontecer. O resultado será uma bebida fraca demais.

CAFETEIRA ELÉTRICA

Sabendo usar, cafeteira elétrica também produz bons cafés Foto: Camicado

- Muitos pensam na cafeteira elétrica como vilã, mas com ela, basta programar e dá para acordar com o cheirinho do café sendo coado. E dá sim para ter um bom café: é só olhar o manual para descobrir o segredo: prepare e em seguida, desligue a cafeteira. Simples.

- Nada de deixar a bebida ‘cozinhando’ no eletrodoméstico. Isso fará com que o aroma e o sabor sejam de café queimado.

- Claro que é essencial usar café de qualidade, mas, se desejar e puder, moa os grãos na hora. Isso faz muita diferença no sensorial e no frescor da bebida. Hoje, inclusive, temos cafeteiras elétricas que moem os grãos na hora e até modelos em que é possível programar o funcionamento.

- Se a cafeteira requer filtro de papel, você pode, assim como no coador manual, jogar água filtrada para lavar esse filtro e retirar impurezas antes de preparar o café.

- Mantenha o eletrodoméstico sempre bem limpo. Pelo menos uma vez por semana, passe apenas a água quente pela cafeteira, sem café, para higienizar todas as partes.

CAFETEIRA ITALIANA

Moka, também conhecida por cafeteira italiana ou Bialetti. Foto: Gabriela Biló/Estadão

Se você curte café intenso, o melhor método de preparo que você pode ter é uma moka, a conhecida cafeteira italiana.

- Tanto no café coado quanto em uma cafeteira elétrica, o ideal é pesar em uma balança a as quantidades de água e café ou usar copos e colheres medidoras. Já na moka, tudo é mais fácil. O café moído vai até o topo do compartimento sem ser compactado.

- A água deve ser colocada até a válvula de segurança presente em todos os utensílios desse tipo.

- Leve a cafeteira ao fogo baixo. Quando o café subir e começar a ficar mais claro, desligue o fogo. O calor é suficiente para fazer subir o restante da água.

- Há quem goste de colocar um pouquinho de água fria na cafeteira antes de começar o preparo para evitar o contato da primeira parte com a base quente do utensílio. Já fiz testes e a diferença é mínima.

Serviço:

Curso “Domine Seu Café Coado”

Quando: 22 de julho, das 10h às 12h

Onde: Flipo Café - R. Dr. Vila Nova, 315 - Vila Buarque, São Paulo

Quanto: R$ 150 por pessoa

Inscrições pelo contatopuracaffeina@gmail.com ou instagram @puracaffeina

Curso “Domine Sua Prensa Francesa”

Quando: 15 de julho, das 10h às 11h30

Onde: Online e ao vivo

Quanto: R$ 120 por pessoa

Inscrições pelo contatopuracaffeina@gmail.com ou instagram @puracaffeina

Gisele Coutinho, do Pura Caffeína: barista, provadora e classificadora de cafés Foto: RENATO NASCIMENTO

Quem não adora aquele cheirinho de café que invade a casa todo dia de manhã ou à tarde? Quando acompanhado por uma fatia de bolo então, nos traz imediatamente uma sensação de conforto e aconchego. Pois em tempos de cafeterias onde pedir café virou um verdadeiro desafio - tamanha quantidade de torras e variedades infinitas da bebida - fazer em casa o melhor cafezinho coado tem lá seus segredos.

Quem ensina é a barista Gisele Coutinho, do Pura Caffeína. De tão expert (e fã da bebida), ela virou professora e ministra nos cursos presenciais e online onde dá dicas do preparo do café coado, uso do coador e quantidade de café entre outras coisas. Também compartilha dicas em seu Instagram, o @puracaffeina, e ainda no podcast homônimo, disponível em todas as plataformas de streaming.

Para começar, Gisele conta que, não importa o método escolhido, o principal é a matéria-prima, ou seja, café e água. A especialista revela que temos no Brasil, mais de 30 regiões produtoras de café. E que o clima e maneira de fazer de cada região influencia no sabor. “Temos cafés no Sul de Minas, Cerrado Mineiro, Serra da Canastra, Montanhas Capixabas, da região amazônica, da Bahia, da Mogiana Paulista, entre muitos outros”, explica. “Por isso, procure sempre um café que você saiba de onde veio. Nessas embalagens, quase sempre você terá informações sobre a região ou seu terroir, que diz muito sobre seus sabores”, explica.

Para quem tem dúvidas sobre qual pó comprar, ela ensina. “No supermercado encontramos cafés com a qualidade extra-forte e tradicional, que são os mais em conta e com torras muito escuras. Com eles, não importa o método de preparo, o café ficará sempre amargo e você nunca saberá sua origem”, diz. “Depois, temos a qualidade superior, indicada por selos da Abic (Associação Brasileira da Indústria do Café). Neles, a torra é menos escura e muitas marcas indicam a região produtora. Acima, desta está o gourmet, com torras menos escuras e notas mais adocicadas e agradáveis ao paladar. Em cafeterias especializadas, além de vender, eles ainda informam quem produziu, as notas sensoriais presentes na bebida, a data de torra e ainda moem na hora”, finaliza.

Quando o assunto é a água, há uma regra: “Cada água tem suas particularidades e composição química com variações de sódio, magnésio, cálcio e muito disso influencia no sabor final do café. Então, para obter o melhor sabor, use sempre água filtrada ou mineral”.E, ao contrário do que dizem sobre ferver ou não a água, ela pode, sim, ser fervida. “Independente do método de preparo, água fervendo não queima o café.”Mas, se, ao invés do cafezinho coado de todo dia você preferir as icônicas cafeteiras italianas, Gisele também ensina como tirar o melhor proveito do utensílio. E atenção: para quem tiver apenas a boa, velha e prática cafeteira elétrica - tão execrada pelos puristas - tem dicas também. Confira abaixo.

NO COADOR

WS7 SÃO PAULO 14/01/2014 - RESTAURANTE JIQUITIA / CAFÉ COADO - PALADAR - Café coado do restaurante Jequitia, na Rua Antonio Carlos na Bela Vista .Foto: Werther Santana/AE 

- Ao escolher seu coador, saiba que ele pode ser de diversos materiais - inox, plástico, vidro, cerâmica. O que você precisa saber escolher é o tamanho.

- Se você prepara um café individual, o ideal é um coador de tamanho pequeno. Se o café é feito para a família, o ideal é um tamanho maior. - Antes de colocar o café, “lave” o filtro com água filtrada para retirar impurezas antes de preparar o café.

- Evite encher de café em pó um coador pequeno: a água demora muito para passar, esfria e o café fica com sabor desagradável.

- Já usar pouca quantidade de café em um coador grande faz com que a água passe rápido demais, não dando tempo para a extração dos sabores acontecer. O resultado será uma bebida fraca demais.

CAFETEIRA ELÉTRICA

Sabendo usar, cafeteira elétrica também produz bons cafés Foto: Camicado

- Muitos pensam na cafeteira elétrica como vilã, mas com ela, basta programar e dá para acordar com o cheirinho do café sendo coado. E dá sim para ter um bom café: é só olhar o manual para descobrir o segredo: prepare e em seguida, desligue a cafeteira. Simples.

- Nada de deixar a bebida ‘cozinhando’ no eletrodoméstico. Isso fará com que o aroma e o sabor sejam de café queimado.

- Claro que é essencial usar café de qualidade, mas, se desejar e puder, moa os grãos na hora. Isso faz muita diferença no sensorial e no frescor da bebida. Hoje, inclusive, temos cafeteiras elétricas que moem os grãos na hora e até modelos em que é possível programar o funcionamento.

- Se a cafeteira requer filtro de papel, você pode, assim como no coador manual, jogar água filtrada para lavar esse filtro e retirar impurezas antes de preparar o café.

- Mantenha o eletrodoméstico sempre bem limpo. Pelo menos uma vez por semana, passe apenas a água quente pela cafeteira, sem café, para higienizar todas as partes.

CAFETEIRA ITALIANA

Moka, também conhecida por cafeteira italiana ou Bialetti. Foto: Gabriela Biló/Estadão

Se você curte café intenso, o melhor método de preparo que você pode ter é uma moka, a conhecida cafeteira italiana.

- Tanto no café coado quanto em uma cafeteira elétrica, o ideal é pesar em uma balança a as quantidades de água e café ou usar copos e colheres medidoras. Já na moka, tudo é mais fácil. O café moído vai até o topo do compartimento sem ser compactado.

- A água deve ser colocada até a válvula de segurança presente em todos os utensílios desse tipo.

- Leve a cafeteira ao fogo baixo. Quando o café subir e começar a ficar mais claro, desligue o fogo. O calor é suficiente para fazer subir o restante da água.

- Há quem goste de colocar um pouquinho de água fria na cafeteira antes de começar o preparo para evitar o contato da primeira parte com a base quente do utensílio. Já fiz testes e a diferença é mínima.

Serviço:

Curso “Domine Seu Café Coado”

Quando: 22 de julho, das 10h às 12h

Onde: Flipo Café - R. Dr. Vila Nova, 315 - Vila Buarque, São Paulo

Quanto: R$ 150 por pessoa

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Curso “Domine Sua Prensa Francesa”

Quando: 15 de julho, das 10h às 11h30

Onde: Online e ao vivo

Quanto: R$ 120 por pessoa

Inscrições pelo contatopuracaffeina@gmail.com ou instagram @puracaffeina

Gisele Coutinho, do Pura Caffeína: barista, provadora e classificadora de cafés Foto: RENATO NASCIMENTO

Quem não adora aquele cheirinho de café que invade a casa todo dia de manhã ou à tarde? Quando acompanhado por uma fatia de bolo então, nos traz imediatamente uma sensação de conforto e aconchego. Pois em tempos de cafeterias onde pedir café virou um verdadeiro desafio - tamanha quantidade de torras e variedades infinitas da bebida - fazer em casa o melhor cafezinho coado tem lá seus segredos.

Quem ensina é a barista Gisele Coutinho, do Pura Caffeína. De tão expert (e fã da bebida), ela virou professora e ministra nos cursos presenciais e online onde dá dicas do preparo do café coado, uso do coador e quantidade de café entre outras coisas. Também compartilha dicas em seu Instagram, o @puracaffeina, e ainda no podcast homônimo, disponível em todas as plataformas de streaming.

Para começar, Gisele conta que, não importa o método escolhido, o principal é a matéria-prima, ou seja, café e água. A especialista revela que temos no Brasil, mais de 30 regiões produtoras de café. E que o clima e maneira de fazer de cada região influencia no sabor. “Temos cafés no Sul de Minas, Cerrado Mineiro, Serra da Canastra, Montanhas Capixabas, da região amazônica, da Bahia, da Mogiana Paulista, entre muitos outros”, explica. “Por isso, procure sempre um café que você saiba de onde veio. Nessas embalagens, quase sempre você terá informações sobre a região ou seu terroir, que diz muito sobre seus sabores”, explica.

Para quem tem dúvidas sobre qual pó comprar, ela ensina. “No supermercado encontramos cafés com a qualidade extra-forte e tradicional, que são os mais em conta e com torras muito escuras. Com eles, não importa o método de preparo, o café ficará sempre amargo e você nunca saberá sua origem”, diz. “Depois, temos a qualidade superior, indicada por selos da Abic (Associação Brasileira da Indústria do Café). Neles, a torra é menos escura e muitas marcas indicam a região produtora. Acima, desta está o gourmet, com torras menos escuras e notas mais adocicadas e agradáveis ao paladar. Em cafeterias especializadas, além de vender, eles ainda informam quem produziu, as notas sensoriais presentes na bebida, a data de torra e ainda moem na hora”, finaliza.

Quando o assunto é a água, há uma regra: “Cada água tem suas particularidades e composição química com variações de sódio, magnésio, cálcio e muito disso influencia no sabor final do café. Então, para obter o melhor sabor, use sempre água filtrada ou mineral”.E, ao contrário do que dizem sobre ferver ou não a água, ela pode, sim, ser fervida. “Independente do método de preparo, água fervendo não queima o café.”Mas, se, ao invés do cafezinho coado de todo dia você preferir as icônicas cafeteiras italianas, Gisele também ensina como tirar o melhor proveito do utensílio. E atenção: para quem tiver apenas a boa, velha e prática cafeteira elétrica - tão execrada pelos puristas - tem dicas também. Confira abaixo.

NO COADOR

WS7 SÃO PAULO 14/01/2014 - RESTAURANTE JIQUITIA / CAFÉ COADO - PALADAR - Café coado do restaurante Jequitia, na Rua Antonio Carlos na Bela Vista .Foto: Werther Santana/AE 

- Ao escolher seu coador, saiba que ele pode ser de diversos materiais - inox, plástico, vidro, cerâmica. O que você precisa saber escolher é o tamanho.

- Se você prepara um café individual, o ideal é um coador de tamanho pequeno. Se o café é feito para a família, o ideal é um tamanho maior. - Antes de colocar o café, “lave” o filtro com água filtrada para retirar impurezas antes de preparar o café.

- Evite encher de café em pó um coador pequeno: a água demora muito para passar, esfria e o café fica com sabor desagradável.

- Já usar pouca quantidade de café em um coador grande faz com que a água passe rápido demais, não dando tempo para a extração dos sabores acontecer. O resultado será uma bebida fraca demais.

CAFETEIRA ELÉTRICA

Sabendo usar, cafeteira elétrica também produz bons cafés Foto: Camicado

- Muitos pensam na cafeteira elétrica como vilã, mas com ela, basta programar e dá para acordar com o cheirinho do café sendo coado. E dá sim para ter um bom café: é só olhar o manual para descobrir o segredo: prepare e em seguida, desligue a cafeteira. Simples.

- Nada de deixar a bebida ‘cozinhando’ no eletrodoméstico. Isso fará com que o aroma e o sabor sejam de café queimado.

- Claro que é essencial usar café de qualidade, mas, se desejar e puder, moa os grãos na hora. Isso faz muita diferença no sensorial e no frescor da bebida. Hoje, inclusive, temos cafeteiras elétricas que moem os grãos na hora e até modelos em que é possível programar o funcionamento.

- Se a cafeteira requer filtro de papel, você pode, assim como no coador manual, jogar água filtrada para lavar esse filtro e retirar impurezas antes de preparar o café.

- Mantenha o eletrodoméstico sempre bem limpo. Pelo menos uma vez por semana, passe apenas a água quente pela cafeteira, sem café, para higienizar todas as partes.

CAFETEIRA ITALIANA

Moka, também conhecida por cafeteira italiana ou Bialetti. Foto: Gabriela Biló/Estadão

Se você curte café intenso, o melhor método de preparo que você pode ter é uma moka, a conhecida cafeteira italiana.

- Tanto no café coado quanto em uma cafeteira elétrica, o ideal é pesar em uma balança a as quantidades de água e café ou usar copos e colheres medidoras. Já na moka, tudo é mais fácil. O café moído vai até o topo do compartimento sem ser compactado.

- A água deve ser colocada até a válvula de segurança presente em todos os utensílios desse tipo.

- Leve a cafeteira ao fogo baixo. Quando o café subir e começar a ficar mais claro, desligue o fogo. O calor é suficiente para fazer subir o restante da água.

- Há quem goste de colocar um pouquinho de água fria na cafeteira antes de começar o preparo para evitar o contato da primeira parte com a base quente do utensílio. Já fiz testes e a diferença é mínima.

Serviço:

Curso “Domine Seu Café Coado”

Quando: 22 de julho, das 10h às 12h

Onde: Flipo Café - R. Dr. Vila Nova, 315 - Vila Buarque, São Paulo

Quanto: R$ 150 por pessoa

Inscrições pelo contatopuracaffeina@gmail.com ou instagram @puracaffeina

Curso “Domine Sua Prensa Francesa”

Quando: 15 de julho, das 10h às 11h30

Onde: Online e ao vivo

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Inscrições pelo contatopuracaffeina@gmail.com ou instagram @puracaffeina

Gisele Coutinho, do Pura Caffeína: barista, provadora e classificadora de cafés Foto: RENATO NASCIMENTO

Quem não adora aquele cheirinho de café que invade a casa todo dia de manhã ou à tarde? Quando acompanhado por uma fatia de bolo então, nos traz imediatamente uma sensação de conforto e aconchego. Pois em tempos de cafeterias onde pedir café virou um verdadeiro desafio - tamanha quantidade de torras e variedades infinitas da bebida - fazer em casa o melhor cafezinho coado tem lá seus segredos.

Quem ensina é a barista Gisele Coutinho, do Pura Caffeína. De tão expert (e fã da bebida), ela virou professora e ministra nos cursos presenciais e online onde dá dicas do preparo do café coado, uso do coador e quantidade de café entre outras coisas. Também compartilha dicas em seu Instagram, o @puracaffeina, e ainda no podcast homônimo, disponível em todas as plataformas de streaming.

Para começar, Gisele conta que, não importa o método escolhido, o principal é a matéria-prima, ou seja, café e água. A especialista revela que temos no Brasil, mais de 30 regiões produtoras de café. E que o clima e maneira de fazer de cada região influencia no sabor. “Temos cafés no Sul de Minas, Cerrado Mineiro, Serra da Canastra, Montanhas Capixabas, da região amazônica, da Bahia, da Mogiana Paulista, entre muitos outros”, explica. “Por isso, procure sempre um café que você saiba de onde veio. Nessas embalagens, quase sempre você terá informações sobre a região ou seu terroir, que diz muito sobre seus sabores”, explica.

Para quem tem dúvidas sobre qual pó comprar, ela ensina. “No supermercado encontramos cafés com a qualidade extra-forte e tradicional, que são os mais em conta e com torras muito escuras. Com eles, não importa o método de preparo, o café ficará sempre amargo e você nunca saberá sua origem”, diz. “Depois, temos a qualidade superior, indicada por selos da Abic (Associação Brasileira da Indústria do Café). Neles, a torra é menos escura e muitas marcas indicam a região produtora. Acima, desta está o gourmet, com torras menos escuras e notas mais adocicadas e agradáveis ao paladar. Em cafeterias especializadas, além de vender, eles ainda informam quem produziu, as notas sensoriais presentes na bebida, a data de torra e ainda moem na hora”, finaliza.

Quando o assunto é a água, há uma regra: “Cada água tem suas particularidades e composição química com variações de sódio, magnésio, cálcio e muito disso influencia no sabor final do café. Então, para obter o melhor sabor, use sempre água filtrada ou mineral”.E, ao contrário do que dizem sobre ferver ou não a água, ela pode, sim, ser fervida. “Independente do método de preparo, água fervendo não queima o café.”Mas, se, ao invés do cafezinho coado de todo dia você preferir as icônicas cafeteiras italianas, Gisele também ensina como tirar o melhor proveito do utensílio. E atenção: para quem tiver apenas a boa, velha e prática cafeteira elétrica - tão execrada pelos puristas - tem dicas também. Confira abaixo.

NO COADOR

WS7 SÃO PAULO 14/01/2014 - RESTAURANTE JIQUITIA / CAFÉ COADO - PALADAR - Café coado do restaurante Jequitia, na Rua Antonio Carlos na Bela Vista .Foto: Werther Santana/AE 

- Ao escolher seu coador, saiba que ele pode ser de diversos materiais - inox, plástico, vidro, cerâmica. O que você precisa saber escolher é o tamanho.

- Se você prepara um café individual, o ideal é um coador de tamanho pequeno. Se o café é feito para a família, o ideal é um tamanho maior. - Antes de colocar o café, “lave” o filtro com água filtrada para retirar impurezas antes de preparar o café.

- Evite encher de café em pó um coador pequeno: a água demora muito para passar, esfria e o café fica com sabor desagradável.

- Já usar pouca quantidade de café em um coador grande faz com que a água passe rápido demais, não dando tempo para a extração dos sabores acontecer. O resultado será uma bebida fraca demais.

CAFETEIRA ELÉTRICA

Sabendo usar, cafeteira elétrica também produz bons cafés Foto: Camicado

- Muitos pensam na cafeteira elétrica como vilã, mas com ela, basta programar e dá para acordar com o cheirinho do café sendo coado. E dá sim para ter um bom café: é só olhar o manual para descobrir o segredo: prepare e em seguida, desligue a cafeteira. Simples.

- Nada de deixar a bebida ‘cozinhando’ no eletrodoméstico. Isso fará com que o aroma e o sabor sejam de café queimado.

- Claro que é essencial usar café de qualidade, mas, se desejar e puder, moa os grãos na hora. Isso faz muita diferença no sensorial e no frescor da bebida. Hoje, inclusive, temos cafeteiras elétricas que moem os grãos na hora e até modelos em que é possível programar o funcionamento.

- Se a cafeteira requer filtro de papel, você pode, assim como no coador manual, jogar água filtrada para lavar esse filtro e retirar impurezas antes de preparar o café.

- Mantenha o eletrodoméstico sempre bem limpo. Pelo menos uma vez por semana, passe apenas a água quente pela cafeteira, sem café, para higienizar todas as partes.

CAFETEIRA ITALIANA

Moka, também conhecida por cafeteira italiana ou Bialetti. Foto: Gabriela Biló/Estadão

Se você curte café intenso, o melhor método de preparo que você pode ter é uma moka, a conhecida cafeteira italiana.

- Tanto no café coado quanto em uma cafeteira elétrica, o ideal é pesar em uma balança a as quantidades de água e café ou usar copos e colheres medidoras. Já na moka, tudo é mais fácil. O café moído vai até o topo do compartimento sem ser compactado.

- A água deve ser colocada até a válvula de segurança presente em todos os utensílios desse tipo.

- Leve a cafeteira ao fogo baixo. Quando o café subir e começar a ficar mais claro, desligue o fogo. O calor é suficiente para fazer subir o restante da água.

- Há quem goste de colocar um pouquinho de água fria na cafeteira antes de começar o preparo para evitar o contato da primeira parte com a base quente do utensílio. Já fiz testes e a diferença é mínima.

Serviço:

Curso “Domine Seu Café Coado”

Quando: 22 de julho, das 10h às 12h

Onde: Flipo Café - R. Dr. Vila Nova, 315 - Vila Buarque, São Paulo

Quanto: R$ 150 por pessoa

Inscrições pelo contatopuracaffeina@gmail.com ou instagram @puracaffeina

Curso “Domine Sua Prensa Francesa”

Quando: 15 de julho, das 10h às 11h30

Onde: Online e ao vivo

Quanto: R$ 120 por pessoa

Inscrições pelo contatopuracaffeina@gmail.com ou instagram @puracaffeina

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