Amazônia tem milhares de variedades de cacau selvagem


Mais importante que achar uma variedade nova é encontrar uma boa mancha de árvores da mesma variedade que renda uma produção regular de chocolate

Por Ana Paula Boni

Até conseguir carregar o barquinho com um lote de cacau selvagem da amazônia foram 24 horas de viagem desde Belém, pegando avião, van, barco e carro e mais cinco dias conhecendo cacaueiros praticamente intocados. Nativo da Amazônia e explorador voraz da região, o chocolateiro De Mendes tem feito expedições frequentes em busca de cacau amazônico. Volta e meia encontra um “novo” cacau. Foi o que aconteceu há um ano numa viagem pelo rio Jari, na fronteira entre Pará e Amapá – lugar de difícil acesso e com quase pouquíssimos recursos.

 Foto:

FOTO: Kin Dias/Divulgação

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O chocolateiro ficou surpreso com o que havia encontrado: aqueles frutos não se pareciam com as variedades que havia nos arredores de Belém, das comunidades extrativistas que fornecem amêndoas para sua fábrica. “Encontramos esse cacau no pé das montanhas. Quando chegamos lá havia uma nuvem de araras. Me senti o próprio Indiana Jones, o explorador da floresta”, brinca.

Para se certificar de que estava diante de algo novo, De Mendes levou o cacau a geneticistas que ao longo de um ano fizeram análises de fenótipo (tamanho do fruto, cor da casca, peso) e de fertilidade, apontando para um fruto diferente do grupo predominante na região. O exame de DNA, que define se a variedade é nova ou não, deve ficar pronto nesta semana.

LEIA MAIS + O ciclo do cacau amazônico + Indiana Jones do chocolate 

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Descobrir uma variedade nova de cacau, porém, não é tão relevante no Brasil. Só o banco de germoplasma da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), órgão federal, tem material genético de cerca de 25 mil variedades. “Mas na floresta deve haver mais de 1 milhão. Achar uma nova não quer dizer nada”, relativiza o engenheiro agrônomo Paulo Albuquerque, fiscal agropecuário da Ceplac no Pará.

Mais importante é achar uma boa mancha de árvores da mesma variedade para garantir a fabricação do chocolate, como explica o ambientalista e colunista do Paladar Roberto Smeraldi, que dará palestra sobre o tema ao lado de De Mendes no Paladar Cozinha do Brasil.

De Mendes se entusiasma com o resultado das pesquisas dos botânicos do Museu Emílio Goeldi, do Pará, que fazem a taxonomia vegetal da região. Eles estimam que só na área visitada haja cerca de 30 mil cacaueiros apenas numa das margens do rio, ao longo de 30 km.

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Ao longo de 50 anos, o Serviço de Pesquisas da Ceplac do Pará realizou 17 expedições botânicas na região, segundo o chefe de pesquisas, Fernando Antonio Teixeira Mendes. “Nesse período, cobrimos 20% das bacias e chegamos a 25 mil genótipos de cacau. Imagine o que ainda tem. Imagine o que o meu bisneto vai ter a dizer.”

Para De Mendes, além da variedade, a grande vantagem desse cacau selvagem é a qualidade sensorial. Depois de torrar as amêndoas em sua fábrica e fazer o chocolate, o produtor ficou ainda mais surpreso. “Ele é bem incomum, tende a ser mais frutado que o normal”, diz. Fez o chocolate com 63% de cacau e diz, sem falsa modéstia: “Ficou um negócio divino”.

>>Veja a íntegra da edição do Paladar de 10/9/2015

Até conseguir carregar o barquinho com um lote de cacau selvagem da amazônia foram 24 horas de viagem desde Belém, pegando avião, van, barco e carro e mais cinco dias conhecendo cacaueiros praticamente intocados. Nativo da Amazônia e explorador voraz da região, o chocolateiro De Mendes tem feito expedições frequentes em busca de cacau amazônico. Volta e meia encontra um “novo” cacau. Foi o que aconteceu há um ano numa viagem pelo rio Jari, na fronteira entre Pará e Amapá – lugar de difícil acesso e com quase pouquíssimos recursos.

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FOTO: Kin Dias/Divulgação

O chocolateiro ficou surpreso com o que havia encontrado: aqueles frutos não se pareciam com as variedades que havia nos arredores de Belém, das comunidades extrativistas que fornecem amêndoas para sua fábrica. “Encontramos esse cacau no pé das montanhas. Quando chegamos lá havia uma nuvem de araras. Me senti o próprio Indiana Jones, o explorador da floresta”, brinca.

Para se certificar de que estava diante de algo novo, De Mendes levou o cacau a geneticistas que ao longo de um ano fizeram análises de fenótipo (tamanho do fruto, cor da casca, peso) e de fertilidade, apontando para um fruto diferente do grupo predominante na região. O exame de DNA, que define se a variedade é nova ou não, deve ficar pronto nesta semana.

LEIA MAIS + O ciclo do cacau amazônico + Indiana Jones do chocolate 

Descobrir uma variedade nova de cacau, porém, não é tão relevante no Brasil. Só o banco de germoplasma da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), órgão federal, tem material genético de cerca de 25 mil variedades. “Mas na floresta deve haver mais de 1 milhão. Achar uma nova não quer dizer nada”, relativiza o engenheiro agrônomo Paulo Albuquerque, fiscal agropecuário da Ceplac no Pará.

Mais importante é achar uma boa mancha de árvores da mesma variedade para garantir a fabricação do chocolate, como explica o ambientalista e colunista do Paladar Roberto Smeraldi, que dará palestra sobre o tema ao lado de De Mendes no Paladar Cozinha do Brasil.

De Mendes se entusiasma com o resultado das pesquisas dos botânicos do Museu Emílio Goeldi, do Pará, que fazem a taxonomia vegetal da região. Eles estimam que só na área visitada haja cerca de 30 mil cacaueiros apenas numa das margens do rio, ao longo de 30 km.

Ao longo de 50 anos, o Serviço de Pesquisas da Ceplac do Pará realizou 17 expedições botânicas na região, segundo o chefe de pesquisas, Fernando Antonio Teixeira Mendes. “Nesse período, cobrimos 20% das bacias e chegamos a 25 mil genótipos de cacau. Imagine o que ainda tem. Imagine o que o meu bisneto vai ter a dizer.”

Para De Mendes, além da variedade, a grande vantagem desse cacau selvagem é a qualidade sensorial. Depois de torrar as amêndoas em sua fábrica e fazer o chocolate, o produtor ficou ainda mais surpreso. “Ele é bem incomum, tende a ser mais frutado que o normal”, diz. Fez o chocolate com 63% de cacau e diz, sem falsa modéstia: “Ficou um negócio divino”.

>>Veja a íntegra da edição do Paladar de 10/9/2015

Até conseguir carregar o barquinho com um lote de cacau selvagem da amazônia foram 24 horas de viagem desde Belém, pegando avião, van, barco e carro e mais cinco dias conhecendo cacaueiros praticamente intocados. Nativo da Amazônia e explorador voraz da região, o chocolateiro De Mendes tem feito expedições frequentes em busca de cacau amazônico. Volta e meia encontra um “novo” cacau. Foi o que aconteceu há um ano numa viagem pelo rio Jari, na fronteira entre Pará e Amapá – lugar de difícil acesso e com quase pouquíssimos recursos.

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FOTO: Kin Dias/Divulgação

O chocolateiro ficou surpreso com o que havia encontrado: aqueles frutos não se pareciam com as variedades que havia nos arredores de Belém, das comunidades extrativistas que fornecem amêndoas para sua fábrica. “Encontramos esse cacau no pé das montanhas. Quando chegamos lá havia uma nuvem de araras. Me senti o próprio Indiana Jones, o explorador da floresta”, brinca.

Para se certificar de que estava diante de algo novo, De Mendes levou o cacau a geneticistas que ao longo de um ano fizeram análises de fenótipo (tamanho do fruto, cor da casca, peso) e de fertilidade, apontando para um fruto diferente do grupo predominante na região. O exame de DNA, que define se a variedade é nova ou não, deve ficar pronto nesta semana.

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Descobrir uma variedade nova de cacau, porém, não é tão relevante no Brasil. Só o banco de germoplasma da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), órgão federal, tem material genético de cerca de 25 mil variedades. “Mas na floresta deve haver mais de 1 milhão. Achar uma nova não quer dizer nada”, relativiza o engenheiro agrônomo Paulo Albuquerque, fiscal agropecuário da Ceplac no Pará.

Mais importante é achar uma boa mancha de árvores da mesma variedade para garantir a fabricação do chocolate, como explica o ambientalista e colunista do Paladar Roberto Smeraldi, que dará palestra sobre o tema ao lado de De Mendes no Paladar Cozinha do Brasil.

De Mendes se entusiasma com o resultado das pesquisas dos botânicos do Museu Emílio Goeldi, do Pará, que fazem a taxonomia vegetal da região. Eles estimam que só na área visitada haja cerca de 30 mil cacaueiros apenas numa das margens do rio, ao longo de 30 km.

Ao longo de 50 anos, o Serviço de Pesquisas da Ceplac do Pará realizou 17 expedições botânicas na região, segundo o chefe de pesquisas, Fernando Antonio Teixeira Mendes. “Nesse período, cobrimos 20% das bacias e chegamos a 25 mil genótipos de cacau. Imagine o que ainda tem. Imagine o que o meu bisneto vai ter a dizer.”

Para De Mendes, além da variedade, a grande vantagem desse cacau selvagem é a qualidade sensorial. Depois de torrar as amêndoas em sua fábrica e fazer o chocolate, o produtor ficou ainda mais surpreso. “Ele é bem incomum, tende a ser mais frutado que o normal”, diz. Fez o chocolate com 63% de cacau e diz, sem falsa modéstia: “Ficou um negócio divino”.

>>Veja a íntegra da edição do Paladar de 10/9/2015

Até conseguir carregar o barquinho com um lote de cacau selvagem da amazônia foram 24 horas de viagem desde Belém, pegando avião, van, barco e carro e mais cinco dias conhecendo cacaueiros praticamente intocados. Nativo da Amazônia e explorador voraz da região, o chocolateiro De Mendes tem feito expedições frequentes em busca de cacau amazônico. Volta e meia encontra um “novo” cacau. Foi o que aconteceu há um ano numa viagem pelo rio Jari, na fronteira entre Pará e Amapá – lugar de difícil acesso e com quase pouquíssimos recursos.

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FOTO: Kin Dias/Divulgação

O chocolateiro ficou surpreso com o que havia encontrado: aqueles frutos não se pareciam com as variedades que havia nos arredores de Belém, das comunidades extrativistas que fornecem amêndoas para sua fábrica. “Encontramos esse cacau no pé das montanhas. Quando chegamos lá havia uma nuvem de araras. Me senti o próprio Indiana Jones, o explorador da floresta”, brinca.

Para se certificar de que estava diante de algo novo, De Mendes levou o cacau a geneticistas que ao longo de um ano fizeram análises de fenótipo (tamanho do fruto, cor da casca, peso) e de fertilidade, apontando para um fruto diferente do grupo predominante na região. O exame de DNA, que define se a variedade é nova ou não, deve ficar pronto nesta semana.

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Descobrir uma variedade nova de cacau, porém, não é tão relevante no Brasil. Só o banco de germoplasma da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), órgão federal, tem material genético de cerca de 25 mil variedades. “Mas na floresta deve haver mais de 1 milhão. Achar uma nova não quer dizer nada”, relativiza o engenheiro agrônomo Paulo Albuquerque, fiscal agropecuário da Ceplac no Pará.

Mais importante é achar uma boa mancha de árvores da mesma variedade para garantir a fabricação do chocolate, como explica o ambientalista e colunista do Paladar Roberto Smeraldi, que dará palestra sobre o tema ao lado de De Mendes no Paladar Cozinha do Brasil.

De Mendes se entusiasma com o resultado das pesquisas dos botânicos do Museu Emílio Goeldi, do Pará, que fazem a taxonomia vegetal da região. Eles estimam que só na área visitada haja cerca de 30 mil cacaueiros apenas numa das margens do rio, ao longo de 30 km.

Ao longo de 50 anos, o Serviço de Pesquisas da Ceplac do Pará realizou 17 expedições botânicas na região, segundo o chefe de pesquisas, Fernando Antonio Teixeira Mendes. “Nesse período, cobrimos 20% das bacias e chegamos a 25 mil genótipos de cacau. Imagine o que ainda tem. Imagine o que o meu bisneto vai ter a dizer.”

Para De Mendes, além da variedade, a grande vantagem desse cacau selvagem é a qualidade sensorial. Depois de torrar as amêndoas em sua fábrica e fazer o chocolate, o produtor ficou ainda mais surpreso. “Ele é bem incomum, tende a ser mais frutado que o normal”, diz. Fez o chocolate com 63% de cacau e diz, sem falsa modéstia: “Ficou um negócio divino”.

>>Veja a íntegra da edição do Paladar de 10/9/2015

Até conseguir carregar o barquinho com um lote de cacau selvagem da amazônia foram 24 horas de viagem desde Belém, pegando avião, van, barco e carro e mais cinco dias conhecendo cacaueiros praticamente intocados. Nativo da Amazônia e explorador voraz da região, o chocolateiro De Mendes tem feito expedições frequentes em busca de cacau amazônico. Volta e meia encontra um “novo” cacau. Foi o que aconteceu há um ano numa viagem pelo rio Jari, na fronteira entre Pará e Amapá – lugar de difícil acesso e com quase pouquíssimos recursos.

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O chocolateiro ficou surpreso com o que havia encontrado: aqueles frutos não se pareciam com as variedades que havia nos arredores de Belém, das comunidades extrativistas que fornecem amêndoas para sua fábrica. “Encontramos esse cacau no pé das montanhas. Quando chegamos lá havia uma nuvem de araras. Me senti o próprio Indiana Jones, o explorador da floresta”, brinca.

Para se certificar de que estava diante de algo novo, De Mendes levou o cacau a geneticistas que ao longo de um ano fizeram análises de fenótipo (tamanho do fruto, cor da casca, peso) e de fertilidade, apontando para um fruto diferente do grupo predominante na região. O exame de DNA, que define se a variedade é nova ou não, deve ficar pronto nesta semana.

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Descobrir uma variedade nova de cacau, porém, não é tão relevante no Brasil. Só o banco de germoplasma da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), órgão federal, tem material genético de cerca de 25 mil variedades. “Mas na floresta deve haver mais de 1 milhão. Achar uma nova não quer dizer nada”, relativiza o engenheiro agrônomo Paulo Albuquerque, fiscal agropecuário da Ceplac no Pará.

Mais importante é achar uma boa mancha de árvores da mesma variedade para garantir a fabricação do chocolate, como explica o ambientalista e colunista do Paladar Roberto Smeraldi, que dará palestra sobre o tema ao lado de De Mendes no Paladar Cozinha do Brasil.

De Mendes se entusiasma com o resultado das pesquisas dos botânicos do Museu Emílio Goeldi, do Pará, que fazem a taxonomia vegetal da região. Eles estimam que só na área visitada haja cerca de 30 mil cacaueiros apenas numa das margens do rio, ao longo de 30 km.

Ao longo de 50 anos, o Serviço de Pesquisas da Ceplac do Pará realizou 17 expedições botânicas na região, segundo o chefe de pesquisas, Fernando Antonio Teixeira Mendes. “Nesse período, cobrimos 20% das bacias e chegamos a 25 mil genótipos de cacau. Imagine o que ainda tem. Imagine o que o meu bisneto vai ter a dizer.”

Para De Mendes, além da variedade, a grande vantagem desse cacau selvagem é a qualidade sensorial. Depois de torrar as amêndoas em sua fábrica e fazer o chocolate, o produtor ficou ainda mais surpreso. “Ele é bem incomum, tende a ser mais frutado que o normal”, diz. Fez o chocolate com 63% de cacau e diz, sem falsa modéstia: “Ficou um negócio divino”.

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