Conheça os chocolates vencedores do prêmio Bean to Bar Brasil


Degustação às cegas premia chocolate artesanal com cacau de origem nacional e identificada; quem vota são os próprios produtores

Por Ana Paula Boni

Ninguém levou troféu ou cheque para casa, mas o reconhecimento dos próprios pares foi o que contou no prêmio Bean to Bar Brasil, que elegeu nesta semana dentre os inscritos os melhores chocolates amargos e ao leite nacionais feitos de modo artesanal - da amêndoa à barra e com cacau brasileiro de origem identificada.

Na premiação organizada pela segunda vez pela especialista Zélia Frangioni, quem avalia os chocolates são os próprios fazedores (os “chocolate makers”). Assim, estavam na degustação às cegas no último sábado, acompanhada pelo Paladar, tanto Arcelia Gallardo, da Mission, quanto Gislaine Gallette, da Gallette, que levaram o ouro na duas categorias. Ambas são marcas de chocolate produzido em São Paulo com cacau principalmente da Bahia: a Mission ganhou entre os amargos (barra 70%, R$ 20, 60g) e a Gallette, entre os ao leite (barra 40%, R$ 19,90, 100g).

A Mission foi criada há cerca de três anos por Arcelia, quando a americana de família mexicana veio morar em São Paulo. Já havia trabalhado com chocolate nos Estados Unidos e montou sua própria produção de bean to bar na cozinha de casa, pesquisando produtores na Bahia - hoje trabalha com amêndoas orgânicas da baiana Fazenda Camboa.

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As 41 barrinhas participantes da degustação às cegas, sendo 26 amargas e 15 ao leite Foto: Gabriela Biló|Estadão

a Gallette tem mais tempo: nasceu há sete anos para fazer bombons e outros doces com chocolate belga, e só no ano passado, de olho na sustentabilidade de toda a cadeia, começou a fazer bean to bar com cacau nacional - hoje, representa 40% de sua produção.

“A ideia do prêmio é também os ‘makers’ aprimorarem o próprio chocolate, provando diferentes barras”, conta Zélia, para quem a degustação às cegas proporciona cenas engraçadas, como ter visto Arcelia provando o próprio chocolate vencedor sem perceber que era o seu. “Eu fiquei muito surpresa porque sou a maior crítica do meu chocolate”, diz Arcelia. “Quando provei, achava que era de outra pessoa, porque eu amei”, diverte-se.

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Fundadora dos sites Chocoweb (para o público profissional) e Chocólatras Online (público amador), e colecionadora de chocolates do mundo todo, Zélia diz ter se inspirado em premiações como a americana Maker’s Cup, em que os próprios chocolateiros são os jurados e da qual a própria Arcelia já participou.

Foram 26 marcas participantes entre os amargos (três a mais que no ano passado) e 15 inscritas em barras ao leite (categoria criada neste ano), de vários cantos do País. Cada marca pode indicar dois jurados, mas, para que ninguém identifique o próprio chocolate, Zélia envia previamente a fôrma onde a barra deve ser feita, igual para todo mundo.

Além das marcas inscritas, também avaliaram as 41 barrinhas as chocolateiras Hazel Lee e Mireille Discher, que receberam as amostras em Londres. No ano passado, o prêmio contou com a participação do especialista Clay Gordon.

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Amostras de barras da Mission Chocolate, que venceu entre os amargos Foto: Alex Silva|Estadão

Outros vencedores

Entre os amargos, a prata ficou com a curitibana Cuore di Cacao (com a barra 70%, R$ 13, 50g), que existe há 14 anos e começou a experimentar cacau de origem em 2012, com amêndoas baianas. Já o bronze foi dividido entre as marcas Saramento’s (Itapema, SC), Cacau do Céu (Ilhéus, BA) e Negro Doce (Caxias do Sul, RS).

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Entre as barras ao leite, não houve pontuação suficiente para a prata, e o bronze foi dividido entre a paulistana Casa Lasevicius e a brasiliense LaBarr. É a segunda vez que Bruno Lasevicius vê seu chocolate premiado no Bean to Bar Brasil - no ano passado, ele ficou com o bronze entre os amargos. A barra premiada neste ano (Catongo 42% ao leite, cerca de R$ 20, 40g), com cacau da fazenda baiana Lajedo do Ouro, foi a segunda barra bean to bar que Bruno fez na vida, há cerca de três anos.

Entre esses oito vencedores nas duas categorias, seis deles fazem parte da Associação Bean to Bar Brasil (que coincidentemente tem o mesmo nome do prêmio, mas não guarda relação com a organização da premiação): Mission, Gallette, Cuore, Cacau do Céu, Lasevicius e LaBarr. Além deles, indiretamente também abocanharam o prêmio desta semana duas outras marcas da associação, Mestiço (da fazenda Bonanza) e VAR (fazenda Lajedo do Ouro), que pertencem a famílias de cacauicultores que fornecem amêndoas para Gallette e Lasevicius, entre outros.

A barra 40% ao leite com a qual a Gallette ganhou o ouro Foto: Gabriela Biló|Estadão

Ninguém levou troféu ou cheque para casa, mas o reconhecimento dos próprios pares foi o que contou no prêmio Bean to Bar Brasil, que elegeu nesta semana dentre os inscritos os melhores chocolates amargos e ao leite nacionais feitos de modo artesanal - da amêndoa à barra e com cacau brasileiro de origem identificada.

Na premiação organizada pela segunda vez pela especialista Zélia Frangioni, quem avalia os chocolates são os próprios fazedores (os “chocolate makers”). Assim, estavam na degustação às cegas no último sábado, acompanhada pelo Paladar, tanto Arcelia Gallardo, da Mission, quanto Gislaine Gallette, da Gallette, que levaram o ouro na duas categorias. Ambas são marcas de chocolate produzido em São Paulo com cacau principalmente da Bahia: a Mission ganhou entre os amargos (barra 70%, R$ 20, 60g) e a Gallette, entre os ao leite (barra 40%, R$ 19,90, 100g).

A Mission foi criada há cerca de três anos por Arcelia, quando a americana de família mexicana veio morar em São Paulo. Já havia trabalhado com chocolate nos Estados Unidos e montou sua própria produção de bean to bar na cozinha de casa, pesquisando produtores na Bahia - hoje trabalha com amêndoas orgânicas da baiana Fazenda Camboa.

As 41 barrinhas participantes da degustação às cegas, sendo 26 amargas e 15 ao leite Foto: Gabriela Biló|Estadão

a Gallette tem mais tempo: nasceu há sete anos para fazer bombons e outros doces com chocolate belga, e só no ano passado, de olho na sustentabilidade de toda a cadeia, começou a fazer bean to bar com cacau nacional - hoje, representa 40% de sua produção.

“A ideia do prêmio é também os ‘makers’ aprimorarem o próprio chocolate, provando diferentes barras”, conta Zélia, para quem a degustação às cegas proporciona cenas engraçadas, como ter visto Arcelia provando o próprio chocolate vencedor sem perceber que era o seu. “Eu fiquei muito surpresa porque sou a maior crítica do meu chocolate”, diz Arcelia. “Quando provei, achava que era de outra pessoa, porque eu amei”, diverte-se.

Fundadora dos sites Chocoweb (para o público profissional) e Chocólatras Online (público amador), e colecionadora de chocolates do mundo todo, Zélia diz ter se inspirado em premiações como a americana Maker’s Cup, em que os próprios chocolateiros são os jurados e da qual a própria Arcelia já participou.

Foram 26 marcas participantes entre os amargos (três a mais que no ano passado) e 15 inscritas em barras ao leite (categoria criada neste ano), de vários cantos do País. Cada marca pode indicar dois jurados, mas, para que ninguém identifique o próprio chocolate, Zélia envia previamente a fôrma onde a barra deve ser feita, igual para todo mundo.

Além das marcas inscritas, também avaliaram as 41 barrinhas as chocolateiras Hazel Lee e Mireille Discher, que receberam as amostras em Londres. No ano passado, o prêmio contou com a participação do especialista Clay Gordon.

Amostras de barras da Mission Chocolate, que venceu entre os amargos Foto: Alex Silva|Estadão

Outros vencedores

Entre os amargos, a prata ficou com a curitibana Cuore di Cacao (com a barra 70%, R$ 13, 50g), que existe há 14 anos e começou a experimentar cacau de origem em 2012, com amêndoas baianas. Já o bronze foi dividido entre as marcas Saramento’s (Itapema, SC), Cacau do Céu (Ilhéus, BA) e Negro Doce (Caxias do Sul, RS).

Entre as barras ao leite, não houve pontuação suficiente para a prata, e o bronze foi dividido entre a paulistana Casa Lasevicius e a brasiliense LaBarr. É a segunda vez que Bruno Lasevicius vê seu chocolate premiado no Bean to Bar Brasil - no ano passado, ele ficou com o bronze entre os amargos. A barra premiada neste ano (Catongo 42% ao leite, cerca de R$ 20, 40g), com cacau da fazenda baiana Lajedo do Ouro, foi a segunda barra bean to bar que Bruno fez na vida, há cerca de três anos.

Entre esses oito vencedores nas duas categorias, seis deles fazem parte da Associação Bean to Bar Brasil (que coincidentemente tem o mesmo nome do prêmio, mas não guarda relação com a organização da premiação): Mission, Gallette, Cuore, Cacau do Céu, Lasevicius e LaBarr. Além deles, indiretamente também abocanharam o prêmio desta semana duas outras marcas da associação, Mestiço (da fazenda Bonanza) e VAR (fazenda Lajedo do Ouro), que pertencem a famílias de cacauicultores que fornecem amêndoas para Gallette e Lasevicius, entre outros.

A barra 40% ao leite com a qual a Gallette ganhou o ouro Foto: Gabriela Biló|Estadão

Ninguém levou troféu ou cheque para casa, mas o reconhecimento dos próprios pares foi o que contou no prêmio Bean to Bar Brasil, que elegeu nesta semana dentre os inscritos os melhores chocolates amargos e ao leite nacionais feitos de modo artesanal - da amêndoa à barra e com cacau brasileiro de origem identificada.

Na premiação organizada pela segunda vez pela especialista Zélia Frangioni, quem avalia os chocolates são os próprios fazedores (os “chocolate makers”). Assim, estavam na degustação às cegas no último sábado, acompanhada pelo Paladar, tanto Arcelia Gallardo, da Mission, quanto Gislaine Gallette, da Gallette, que levaram o ouro na duas categorias. Ambas são marcas de chocolate produzido em São Paulo com cacau principalmente da Bahia: a Mission ganhou entre os amargos (barra 70%, R$ 20, 60g) e a Gallette, entre os ao leite (barra 40%, R$ 19,90, 100g).

A Mission foi criada há cerca de três anos por Arcelia, quando a americana de família mexicana veio morar em São Paulo. Já havia trabalhado com chocolate nos Estados Unidos e montou sua própria produção de bean to bar na cozinha de casa, pesquisando produtores na Bahia - hoje trabalha com amêndoas orgânicas da baiana Fazenda Camboa.

As 41 barrinhas participantes da degustação às cegas, sendo 26 amargas e 15 ao leite Foto: Gabriela Biló|Estadão

a Gallette tem mais tempo: nasceu há sete anos para fazer bombons e outros doces com chocolate belga, e só no ano passado, de olho na sustentabilidade de toda a cadeia, começou a fazer bean to bar com cacau nacional - hoje, representa 40% de sua produção.

“A ideia do prêmio é também os ‘makers’ aprimorarem o próprio chocolate, provando diferentes barras”, conta Zélia, para quem a degustação às cegas proporciona cenas engraçadas, como ter visto Arcelia provando o próprio chocolate vencedor sem perceber que era o seu. “Eu fiquei muito surpresa porque sou a maior crítica do meu chocolate”, diz Arcelia. “Quando provei, achava que era de outra pessoa, porque eu amei”, diverte-se.

Fundadora dos sites Chocoweb (para o público profissional) e Chocólatras Online (público amador), e colecionadora de chocolates do mundo todo, Zélia diz ter se inspirado em premiações como a americana Maker’s Cup, em que os próprios chocolateiros são os jurados e da qual a própria Arcelia já participou.

Foram 26 marcas participantes entre os amargos (três a mais que no ano passado) e 15 inscritas em barras ao leite (categoria criada neste ano), de vários cantos do País. Cada marca pode indicar dois jurados, mas, para que ninguém identifique o próprio chocolate, Zélia envia previamente a fôrma onde a barra deve ser feita, igual para todo mundo.

Além das marcas inscritas, também avaliaram as 41 barrinhas as chocolateiras Hazel Lee e Mireille Discher, que receberam as amostras em Londres. No ano passado, o prêmio contou com a participação do especialista Clay Gordon.

Amostras de barras da Mission Chocolate, que venceu entre os amargos Foto: Alex Silva|Estadão

Outros vencedores

Entre os amargos, a prata ficou com a curitibana Cuore di Cacao (com a barra 70%, R$ 13, 50g), que existe há 14 anos e começou a experimentar cacau de origem em 2012, com amêndoas baianas. Já o bronze foi dividido entre as marcas Saramento’s (Itapema, SC), Cacau do Céu (Ilhéus, BA) e Negro Doce (Caxias do Sul, RS).

Entre as barras ao leite, não houve pontuação suficiente para a prata, e o bronze foi dividido entre a paulistana Casa Lasevicius e a brasiliense LaBarr. É a segunda vez que Bruno Lasevicius vê seu chocolate premiado no Bean to Bar Brasil - no ano passado, ele ficou com o bronze entre os amargos. A barra premiada neste ano (Catongo 42% ao leite, cerca de R$ 20, 40g), com cacau da fazenda baiana Lajedo do Ouro, foi a segunda barra bean to bar que Bruno fez na vida, há cerca de três anos.

Entre esses oito vencedores nas duas categorias, seis deles fazem parte da Associação Bean to Bar Brasil (que coincidentemente tem o mesmo nome do prêmio, mas não guarda relação com a organização da premiação): Mission, Gallette, Cuore, Cacau do Céu, Lasevicius e LaBarr. Além deles, indiretamente também abocanharam o prêmio desta semana duas outras marcas da associação, Mestiço (da fazenda Bonanza) e VAR (fazenda Lajedo do Ouro), que pertencem a famílias de cacauicultores que fornecem amêndoas para Gallette e Lasevicius, entre outros.

A barra 40% ao leite com a qual a Gallette ganhou o ouro Foto: Gabriela Biló|Estadão

Ninguém levou troféu ou cheque para casa, mas o reconhecimento dos próprios pares foi o que contou no prêmio Bean to Bar Brasil, que elegeu nesta semana dentre os inscritos os melhores chocolates amargos e ao leite nacionais feitos de modo artesanal - da amêndoa à barra e com cacau brasileiro de origem identificada.

Na premiação organizada pela segunda vez pela especialista Zélia Frangioni, quem avalia os chocolates são os próprios fazedores (os “chocolate makers”). Assim, estavam na degustação às cegas no último sábado, acompanhada pelo Paladar, tanto Arcelia Gallardo, da Mission, quanto Gislaine Gallette, da Gallette, que levaram o ouro na duas categorias. Ambas são marcas de chocolate produzido em São Paulo com cacau principalmente da Bahia: a Mission ganhou entre os amargos (barra 70%, R$ 20, 60g) e a Gallette, entre os ao leite (barra 40%, R$ 19,90, 100g).

A Mission foi criada há cerca de três anos por Arcelia, quando a americana de família mexicana veio morar em São Paulo. Já havia trabalhado com chocolate nos Estados Unidos e montou sua própria produção de bean to bar na cozinha de casa, pesquisando produtores na Bahia - hoje trabalha com amêndoas orgânicas da baiana Fazenda Camboa.

As 41 barrinhas participantes da degustação às cegas, sendo 26 amargas e 15 ao leite Foto: Gabriela Biló|Estadão

a Gallette tem mais tempo: nasceu há sete anos para fazer bombons e outros doces com chocolate belga, e só no ano passado, de olho na sustentabilidade de toda a cadeia, começou a fazer bean to bar com cacau nacional - hoje, representa 40% de sua produção.

“A ideia do prêmio é também os ‘makers’ aprimorarem o próprio chocolate, provando diferentes barras”, conta Zélia, para quem a degustação às cegas proporciona cenas engraçadas, como ter visto Arcelia provando o próprio chocolate vencedor sem perceber que era o seu. “Eu fiquei muito surpresa porque sou a maior crítica do meu chocolate”, diz Arcelia. “Quando provei, achava que era de outra pessoa, porque eu amei”, diverte-se.

Fundadora dos sites Chocoweb (para o público profissional) e Chocólatras Online (público amador), e colecionadora de chocolates do mundo todo, Zélia diz ter se inspirado em premiações como a americana Maker’s Cup, em que os próprios chocolateiros são os jurados e da qual a própria Arcelia já participou.

Foram 26 marcas participantes entre os amargos (três a mais que no ano passado) e 15 inscritas em barras ao leite (categoria criada neste ano), de vários cantos do País. Cada marca pode indicar dois jurados, mas, para que ninguém identifique o próprio chocolate, Zélia envia previamente a fôrma onde a barra deve ser feita, igual para todo mundo.

Além das marcas inscritas, também avaliaram as 41 barrinhas as chocolateiras Hazel Lee e Mireille Discher, que receberam as amostras em Londres. No ano passado, o prêmio contou com a participação do especialista Clay Gordon.

Amostras de barras da Mission Chocolate, que venceu entre os amargos Foto: Alex Silva|Estadão

Outros vencedores

Entre os amargos, a prata ficou com a curitibana Cuore di Cacao (com a barra 70%, R$ 13, 50g), que existe há 14 anos e começou a experimentar cacau de origem em 2012, com amêndoas baianas. Já o bronze foi dividido entre as marcas Saramento’s (Itapema, SC), Cacau do Céu (Ilhéus, BA) e Negro Doce (Caxias do Sul, RS).

Entre as barras ao leite, não houve pontuação suficiente para a prata, e o bronze foi dividido entre a paulistana Casa Lasevicius e a brasiliense LaBarr. É a segunda vez que Bruno Lasevicius vê seu chocolate premiado no Bean to Bar Brasil - no ano passado, ele ficou com o bronze entre os amargos. A barra premiada neste ano (Catongo 42% ao leite, cerca de R$ 20, 40g), com cacau da fazenda baiana Lajedo do Ouro, foi a segunda barra bean to bar que Bruno fez na vida, há cerca de três anos.

Entre esses oito vencedores nas duas categorias, seis deles fazem parte da Associação Bean to Bar Brasil (que coincidentemente tem o mesmo nome do prêmio, mas não guarda relação com a organização da premiação): Mission, Gallette, Cuore, Cacau do Céu, Lasevicius e LaBarr. Além deles, indiretamente também abocanharam o prêmio desta semana duas outras marcas da associação, Mestiço (da fazenda Bonanza) e VAR (fazenda Lajedo do Ouro), que pertencem a famílias de cacauicultores que fornecem amêndoas para Gallette e Lasevicius, entre outros.

A barra 40% ao leite com a qual a Gallette ganhou o ouro Foto: Gabriela Biló|Estadão

Ninguém levou troféu ou cheque para casa, mas o reconhecimento dos próprios pares foi o que contou no prêmio Bean to Bar Brasil, que elegeu nesta semana dentre os inscritos os melhores chocolates amargos e ao leite nacionais feitos de modo artesanal - da amêndoa à barra e com cacau brasileiro de origem identificada.

Na premiação organizada pela segunda vez pela especialista Zélia Frangioni, quem avalia os chocolates são os próprios fazedores (os “chocolate makers”). Assim, estavam na degustação às cegas no último sábado, acompanhada pelo Paladar, tanto Arcelia Gallardo, da Mission, quanto Gislaine Gallette, da Gallette, que levaram o ouro na duas categorias. Ambas são marcas de chocolate produzido em São Paulo com cacau principalmente da Bahia: a Mission ganhou entre os amargos (barra 70%, R$ 20, 60g) e a Gallette, entre os ao leite (barra 40%, R$ 19,90, 100g).

A Mission foi criada há cerca de três anos por Arcelia, quando a americana de família mexicana veio morar em São Paulo. Já havia trabalhado com chocolate nos Estados Unidos e montou sua própria produção de bean to bar na cozinha de casa, pesquisando produtores na Bahia - hoje trabalha com amêndoas orgânicas da baiana Fazenda Camboa.

As 41 barrinhas participantes da degustação às cegas, sendo 26 amargas e 15 ao leite Foto: Gabriela Biló|Estadão

a Gallette tem mais tempo: nasceu há sete anos para fazer bombons e outros doces com chocolate belga, e só no ano passado, de olho na sustentabilidade de toda a cadeia, começou a fazer bean to bar com cacau nacional - hoje, representa 40% de sua produção.

“A ideia do prêmio é também os ‘makers’ aprimorarem o próprio chocolate, provando diferentes barras”, conta Zélia, para quem a degustação às cegas proporciona cenas engraçadas, como ter visto Arcelia provando o próprio chocolate vencedor sem perceber que era o seu. “Eu fiquei muito surpresa porque sou a maior crítica do meu chocolate”, diz Arcelia. “Quando provei, achava que era de outra pessoa, porque eu amei”, diverte-se.

Fundadora dos sites Chocoweb (para o público profissional) e Chocólatras Online (público amador), e colecionadora de chocolates do mundo todo, Zélia diz ter se inspirado em premiações como a americana Maker’s Cup, em que os próprios chocolateiros são os jurados e da qual a própria Arcelia já participou.

Foram 26 marcas participantes entre os amargos (três a mais que no ano passado) e 15 inscritas em barras ao leite (categoria criada neste ano), de vários cantos do País. Cada marca pode indicar dois jurados, mas, para que ninguém identifique o próprio chocolate, Zélia envia previamente a fôrma onde a barra deve ser feita, igual para todo mundo.

Além das marcas inscritas, também avaliaram as 41 barrinhas as chocolateiras Hazel Lee e Mireille Discher, que receberam as amostras em Londres. No ano passado, o prêmio contou com a participação do especialista Clay Gordon.

Amostras de barras da Mission Chocolate, que venceu entre os amargos Foto: Alex Silva|Estadão

Outros vencedores

Entre os amargos, a prata ficou com a curitibana Cuore di Cacao (com a barra 70%, R$ 13, 50g), que existe há 14 anos e começou a experimentar cacau de origem em 2012, com amêndoas baianas. Já o bronze foi dividido entre as marcas Saramento’s (Itapema, SC), Cacau do Céu (Ilhéus, BA) e Negro Doce (Caxias do Sul, RS).

Entre as barras ao leite, não houve pontuação suficiente para a prata, e o bronze foi dividido entre a paulistana Casa Lasevicius e a brasiliense LaBarr. É a segunda vez que Bruno Lasevicius vê seu chocolate premiado no Bean to Bar Brasil - no ano passado, ele ficou com o bronze entre os amargos. A barra premiada neste ano (Catongo 42% ao leite, cerca de R$ 20, 40g), com cacau da fazenda baiana Lajedo do Ouro, foi a segunda barra bean to bar que Bruno fez na vida, há cerca de três anos.

Entre esses oito vencedores nas duas categorias, seis deles fazem parte da Associação Bean to Bar Brasil (que coincidentemente tem o mesmo nome do prêmio, mas não guarda relação com a organização da premiação): Mission, Gallette, Cuore, Cacau do Céu, Lasevicius e LaBarr. Além deles, indiretamente também abocanharam o prêmio desta semana duas outras marcas da associação, Mestiço (da fazenda Bonanza) e VAR (fazenda Lajedo do Ouro), que pertencem a famílias de cacauicultores que fornecem amêndoas para Gallette e Lasevicius, entre outros.

A barra 40% ao leite com a qual a Gallette ganhou o ouro Foto: Gabriela Biló|Estadão
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