Cozinha autoral de chef vai parar até no sanduíche


Maionese de coentro, picles de maxixe, confit de pato, siri, kimchi: restaurantes como Evvai, Ema, Extásia e Bia Hoi abrem espaço para sanduíches nada comuns

Por Renata Mesquita

A gastronomia está às voltas com altos sanduíches. No Brasil e no exterior, está cada vez mais fácil encontrá-los em cardápios de restaurantes de cozinha autoral – e alguns já figuram até em menus-degustação.

Mas esqueça o queijo quente, o hot-dog e o hambúrguer, o que você vai ver nesse tipo de restaurante são sanduíches elaborados, feitos com técnica, produtos nobres e combinações surpreendentes. Pão de mandioca, picles de maxixe, maionese de tinta de lula, pato confitado, kimchi, ostras e até lagosta já aparecem nos sandubas da cidade. Coisa de chef. 

Bombe de vitello tonnato do menu do Evvai Foto: Tadeu Brunelli
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Luiz Filipe Souza colocou no menu-degustação do Evvai um sanduíche chamado bombe. Em vez de pão, usa uma massa frita, recheada com vieiras e lardo, vinagrete, tomate confitado e pancs. Para comer com as mãos, é claro. À la carte, o chef serve o mesmo pão recheado com vitello tonnato. 

N’A Casa do Porco, além do clássico sanduba de carne de porco a sanzé com avocado e cebola, vendido na janelinha, o menu tem o siri-bacon, uma combinação de pão de batata, siri mole frito, muito bacon, maionese de limão, tudo feito na cozinha de Jefferson Rueda.

O foco do Tan Tan, de Thiago Bañares, são os lámens, mas os sanduíches têm lugar cativo. O dono da casa acha que “todo restaurante tem que ter pelo menos um sanduba”. Ele considera divertido e emocionante o ato de deixar garfo e faca para pegar a comida com as mãos. Se para o cliente comer com as mãos deixa a refeição mais divertida, para os chefs os sanduíches são uma forma de se expressar com mais liberdade, uma chance de brincar com ingredientes que não se encaixam no perfil ou no cardápio da casa.

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No Ema, o restaurante mais criativo de Renata Vanzetto, o sanduíche de frango frito com maionese de beterraba está em cartaz no menu-degustação desde a inauguração, mas a chef diz que sofreu preconceito no início. A chef gosta tanto de sanduíches que acabou abrindo uma casa focada neles, o Matilda Lanches.

O chef Gustavo Rozzino fez o mesmo, abriu há pouco mais de um ano o Sandoui, com ingredientes que passam longe do lugar-comum. Em seu restaurante, o TonTon, tem um sanduíche que faz sucesso: é o duck tales, que leva coxa de pato confitada com compota de cebola roxa servida em brioche. 

O crazy crispy chicken, de frango frito com maionese de beterraba e couve-flor, está no menu-degustação do Ema desde a inaugura da casa Foto: Wellington Nemeth
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O menu autoral do Extásia, comandado por Flávio Miyamura, passeia por sabores asiáticos de vanguarda, e o sanduíche de brisket com kimchi e maionese de alho reflete exatamente essa pegada do chef. Só que com a descontração de comer com as mãos. Outro encontro pouco provável, mas muito feliz, está no menu do Così, do chef Renato Carioni. Em meio a receitas de acento italiano, tem o “americano” lobster roll, sanduíche de lagosta com maionese, que ali vem no pão de mandioquinha. 

O banh-mi, do Bia Hoi, é outro sanduba imperdível na cidade, assim como o BRT, do Futuro Refeitório, que leva berinjela marinada com rúcula e compota de tomate e pimenta. O Teus tem o mollete, de lula à dorê no pão espanhol. No Ici Brasserie tem frango assado desfiado com mostarda de Dijon e maionese de jalapeño. E tem muito mais por aí. Da próxima vez que for a um restaurante, experimente levar o sanduíche a sério.

Abaixo confira os segredos para o sanduíche perfeitos e em seguida as receitas dos chefs, para colocar em prática as dicas e fugir do queijo quente e do hambúguer. 

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Todo sanduíche tem de ter

Tudo importa – o pão, o recheio, o molho. Mas, além disso, o sanduíche de chef tem requisitos básicos, como ensinam Thiago Bañares e Renata Vanzetto:Textura: pode ser uma carne empanada (com farinha panko, por exemplo) ou folhas frescas que dão crocânciaUntuosidade: algo que conduza a mordida e envolva os demais ingredientes – pode ser molho, maionese ou queijo cremoso Um bom pão: de proporção adequada ao recheio, que não seja muito maçudo nem se desmanche Acidez: picles, que atenua a gordura e chama a mordida seguinte 

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Receitas dos sanduíches de chef

Clique no nome das receitas abaixo para conferir como fazer os sanduíches na sua casa.

● Siri-bacon d'Casa do Porco

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  Foto: Mauro Holanda

● Lobster roll do Così

  Foto: Tadeu Brunelli

 ●Sanduíche de berinjela com tomate do Futuro Refeitório 

  Foto: Roberto Seba

● Sanduíche de confit de pato do TonTon 

  Foto: Lucas Terribili

● Sanduíche de frango assado do Ici Brasserie

  Foto: Angelo Dal Bó

● Sanduíche de brisket com kimchi do Extásia

  Foto: Danilo Aiko

● Sanduíche banh-mi do Bia Hoi

  Foto: Bia Hoi

● Bombe de vieira e lardo do Evvai 

  Foto: Tadeu Brunelli

A gastronomia está às voltas com altos sanduíches. No Brasil e no exterior, está cada vez mais fácil encontrá-los em cardápios de restaurantes de cozinha autoral – e alguns já figuram até em menus-degustação.

Mas esqueça o queijo quente, o hot-dog e o hambúrguer, o que você vai ver nesse tipo de restaurante são sanduíches elaborados, feitos com técnica, produtos nobres e combinações surpreendentes. Pão de mandioca, picles de maxixe, maionese de tinta de lula, pato confitado, kimchi, ostras e até lagosta já aparecem nos sandubas da cidade. Coisa de chef. 

Bombe de vitello tonnato do menu do Evvai Foto: Tadeu Brunelli

Luiz Filipe Souza colocou no menu-degustação do Evvai um sanduíche chamado bombe. Em vez de pão, usa uma massa frita, recheada com vieiras e lardo, vinagrete, tomate confitado e pancs. Para comer com as mãos, é claro. À la carte, o chef serve o mesmo pão recheado com vitello tonnato. 

N’A Casa do Porco, além do clássico sanduba de carne de porco a sanzé com avocado e cebola, vendido na janelinha, o menu tem o siri-bacon, uma combinação de pão de batata, siri mole frito, muito bacon, maionese de limão, tudo feito na cozinha de Jefferson Rueda.

O foco do Tan Tan, de Thiago Bañares, são os lámens, mas os sanduíches têm lugar cativo. O dono da casa acha que “todo restaurante tem que ter pelo menos um sanduba”. Ele considera divertido e emocionante o ato de deixar garfo e faca para pegar a comida com as mãos. Se para o cliente comer com as mãos deixa a refeição mais divertida, para os chefs os sanduíches são uma forma de se expressar com mais liberdade, uma chance de brincar com ingredientes que não se encaixam no perfil ou no cardápio da casa.

No Ema, o restaurante mais criativo de Renata Vanzetto, o sanduíche de frango frito com maionese de beterraba está em cartaz no menu-degustação desde a inauguração, mas a chef diz que sofreu preconceito no início. A chef gosta tanto de sanduíches que acabou abrindo uma casa focada neles, o Matilda Lanches.

O chef Gustavo Rozzino fez o mesmo, abriu há pouco mais de um ano o Sandoui, com ingredientes que passam longe do lugar-comum. Em seu restaurante, o TonTon, tem um sanduíche que faz sucesso: é o duck tales, que leva coxa de pato confitada com compota de cebola roxa servida em brioche. 

O crazy crispy chicken, de frango frito com maionese de beterraba e couve-flor, está no menu-degustação do Ema desde a inaugura da casa Foto: Wellington Nemeth

O menu autoral do Extásia, comandado por Flávio Miyamura, passeia por sabores asiáticos de vanguarda, e o sanduíche de brisket com kimchi e maionese de alho reflete exatamente essa pegada do chef. Só que com a descontração de comer com as mãos. Outro encontro pouco provável, mas muito feliz, está no menu do Così, do chef Renato Carioni. Em meio a receitas de acento italiano, tem o “americano” lobster roll, sanduíche de lagosta com maionese, que ali vem no pão de mandioquinha. 

O banh-mi, do Bia Hoi, é outro sanduba imperdível na cidade, assim como o BRT, do Futuro Refeitório, que leva berinjela marinada com rúcula e compota de tomate e pimenta. O Teus tem o mollete, de lula à dorê no pão espanhol. No Ici Brasserie tem frango assado desfiado com mostarda de Dijon e maionese de jalapeño. E tem muito mais por aí. Da próxima vez que for a um restaurante, experimente levar o sanduíche a sério.

Abaixo confira os segredos para o sanduíche perfeitos e em seguida as receitas dos chefs, para colocar em prática as dicas e fugir do queijo quente e do hambúguer. 

 

Todo sanduíche tem de ter

Tudo importa – o pão, o recheio, o molho. Mas, além disso, o sanduíche de chef tem requisitos básicos, como ensinam Thiago Bañares e Renata Vanzetto:Textura: pode ser uma carne empanada (com farinha panko, por exemplo) ou folhas frescas que dão crocânciaUntuosidade: algo que conduza a mordida e envolva os demais ingredientes – pode ser molho, maionese ou queijo cremoso Um bom pão: de proporção adequada ao recheio, que não seja muito maçudo nem se desmanche Acidez: picles, que atenua a gordura e chama a mordida seguinte 

Receitas dos sanduíches de chef

Clique no nome das receitas abaixo para conferir como fazer os sanduíches na sua casa.

● Siri-bacon d'Casa do Porco

  Foto: Mauro Holanda

● Lobster roll do Così

  Foto: Tadeu Brunelli

 ●Sanduíche de berinjela com tomate do Futuro Refeitório 

  Foto: Roberto Seba

● Sanduíche de confit de pato do TonTon 

  Foto: Lucas Terribili

● Sanduíche de frango assado do Ici Brasserie

  Foto: Angelo Dal Bó

● Sanduíche de brisket com kimchi do Extásia

  Foto: Danilo Aiko

● Sanduíche banh-mi do Bia Hoi

  Foto: Bia Hoi

● Bombe de vieira e lardo do Evvai 

  Foto: Tadeu Brunelli

A gastronomia está às voltas com altos sanduíches. No Brasil e no exterior, está cada vez mais fácil encontrá-los em cardápios de restaurantes de cozinha autoral – e alguns já figuram até em menus-degustação.

Mas esqueça o queijo quente, o hot-dog e o hambúrguer, o que você vai ver nesse tipo de restaurante são sanduíches elaborados, feitos com técnica, produtos nobres e combinações surpreendentes. Pão de mandioca, picles de maxixe, maionese de tinta de lula, pato confitado, kimchi, ostras e até lagosta já aparecem nos sandubas da cidade. Coisa de chef. 

Bombe de vitello tonnato do menu do Evvai Foto: Tadeu Brunelli

Luiz Filipe Souza colocou no menu-degustação do Evvai um sanduíche chamado bombe. Em vez de pão, usa uma massa frita, recheada com vieiras e lardo, vinagrete, tomate confitado e pancs. Para comer com as mãos, é claro. À la carte, o chef serve o mesmo pão recheado com vitello tonnato. 

N’A Casa do Porco, além do clássico sanduba de carne de porco a sanzé com avocado e cebola, vendido na janelinha, o menu tem o siri-bacon, uma combinação de pão de batata, siri mole frito, muito bacon, maionese de limão, tudo feito na cozinha de Jefferson Rueda.

O foco do Tan Tan, de Thiago Bañares, são os lámens, mas os sanduíches têm lugar cativo. O dono da casa acha que “todo restaurante tem que ter pelo menos um sanduba”. Ele considera divertido e emocionante o ato de deixar garfo e faca para pegar a comida com as mãos. Se para o cliente comer com as mãos deixa a refeição mais divertida, para os chefs os sanduíches são uma forma de se expressar com mais liberdade, uma chance de brincar com ingredientes que não se encaixam no perfil ou no cardápio da casa.

No Ema, o restaurante mais criativo de Renata Vanzetto, o sanduíche de frango frito com maionese de beterraba está em cartaz no menu-degustação desde a inauguração, mas a chef diz que sofreu preconceito no início. A chef gosta tanto de sanduíches que acabou abrindo uma casa focada neles, o Matilda Lanches.

O chef Gustavo Rozzino fez o mesmo, abriu há pouco mais de um ano o Sandoui, com ingredientes que passam longe do lugar-comum. Em seu restaurante, o TonTon, tem um sanduíche que faz sucesso: é o duck tales, que leva coxa de pato confitada com compota de cebola roxa servida em brioche. 

O crazy crispy chicken, de frango frito com maionese de beterraba e couve-flor, está no menu-degustação do Ema desde a inaugura da casa Foto: Wellington Nemeth

O menu autoral do Extásia, comandado por Flávio Miyamura, passeia por sabores asiáticos de vanguarda, e o sanduíche de brisket com kimchi e maionese de alho reflete exatamente essa pegada do chef. Só que com a descontração de comer com as mãos. Outro encontro pouco provável, mas muito feliz, está no menu do Così, do chef Renato Carioni. Em meio a receitas de acento italiano, tem o “americano” lobster roll, sanduíche de lagosta com maionese, que ali vem no pão de mandioquinha. 

O banh-mi, do Bia Hoi, é outro sanduba imperdível na cidade, assim como o BRT, do Futuro Refeitório, que leva berinjela marinada com rúcula e compota de tomate e pimenta. O Teus tem o mollete, de lula à dorê no pão espanhol. No Ici Brasserie tem frango assado desfiado com mostarda de Dijon e maionese de jalapeño. E tem muito mais por aí. Da próxima vez que for a um restaurante, experimente levar o sanduíche a sério.

Abaixo confira os segredos para o sanduíche perfeitos e em seguida as receitas dos chefs, para colocar em prática as dicas e fugir do queijo quente e do hambúguer. 

 

Todo sanduíche tem de ter

Tudo importa – o pão, o recheio, o molho. Mas, além disso, o sanduíche de chef tem requisitos básicos, como ensinam Thiago Bañares e Renata Vanzetto:Textura: pode ser uma carne empanada (com farinha panko, por exemplo) ou folhas frescas que dão crocânciaUntuosidade: algo que conduza a mordida e envolva os demais ingredientes – pode ser molho, maionese ou queijo cremoso Um bom pão: de proporção adequada ao recheio, que não seja muito maçudo nem se desmanche Acidez: picles, que atenua a gordura e chama a mordida seguinte 

Receitas dos sanduíches de chef

Clique no nome das receitas abaixo para conferir como fazer os sanduíches na sua casa.

● Siri-bacon d'Casa do Porco

  Foto: Mauro Holanda

● Lobster roll do Così

  Foto: Tadeu Brunelli

 ●Sanduíche de berinjela com tomate do Futuro Refeitório 

  Foto: Roberto Seba

● Sanduíche de confit de pato do TonTon 

  Foto: Lucas Terribili

● Sanduíche de frango assado do Ici Brasserie

  Foto: Angelo Dal Bó

● Sanduíche de brisket com kimchi do Extásia

  Foto: Danilo Aiko

● Sanduíche banh-mi do Bia Hoi

  Foto: Bia Hoi

● Bombe de vieira e lardo do Evvai 

  Foto: Tadeu Brunelli

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