Cozinheiros seguem na busca eterna por patrocínio


Comitê nacional do Bocuse d'Or estima precisar de R$ 40 mil por mês para manter estrutura de treinos; até agora, dinheiro recebido vai só até a etapa continental, que será realizada na semana que vem no México

Por Ana Paula Boni

Luiz Filipe Souza é a cara que está no front do Bocuse d’Or, mas existe uma equipe por trás lhe dando suporte. Gente que trabalha, como ele, sem ganhar um tostão, por amor à profissão, lutando por patrocínio. Giovanna Grossi, hoje presidente do comitê no lugar de Laurent Suaudeau, dedica-se à competição desde 2015 sem ganhar nada. Victor Vasconcellos, vice do comitê, idem.

O próprio Laurent, que cuidou décadas do Bocuse d’Or no Brasil antes de passar o bastão neste ano, dedicou não só horas, mas o espaço de sua escola, funcionários e insumos em nome do concurso e da profissão. Em 2017, quando foram à final na França, gastaram cerca de R$ 500 mil com os treinos ao longo de meses, sem incentivo público ou privado.

Luiz Filipe em meio ao treino para a etapa do México do Bocuse D'Or Foto: Alex Silva|Estadão
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Hoje, estimam precisar de R$ 40 mil por mês para manter a estrutura de treinos. Até agora, conseguiram patrocínio da Cielo, que vai cobrir os custos até a etapa do México, depois acaba o dinheiro. Ainda tiveram apoio com insumos do frigorífico VPJ e, em menor escala, Nordsee e Agrobonfim.

Eles fazem questão de frisar que o investimento é na profissão. “Aqui não é o indivíduo, estamos representando o Brasil, formando profissionais. Os estagiários vêm aqui com curiosidade, se engajam”, diz Giovanna, dando conta de que os estagiários dos treinos se apresentaram, voluntariamente, após chamada no Instagram.

LEIA MAIS:+ Brasil disputa mais uma etapa do Bocuse d'Or com chef de casa badalada

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Laurent ironiza a distribuição de dinheiro privado no País: “Acha-se melhor pagar cachês milionários para uma pessoa vender um pedaço de bife do que incentivar uma profissão, para se ter uma sociedade melhor.”

Segundo Victor, as faculdades de gastronomia, comprometidas com a melhoria do ensino, deveriam levar a mão ao bolso. “Se as universidades, que são muitas, se comprometessem com R$ 1.000 por mês, teríamos os custos cobertos sem ter que pedir esmola.” Para quem quiser apoiar a causa, o e-mail do comitê é contato@bocusedorbrasil.com.

Sem dinheiro para um treino decente, avaliam, dificilmente o competidor do Brasil pode bater um concorrente da Europa (onde os governos investem) ou dos Estados Unidos, que recebem aportes privados e no ano passado levaram o pódio pela primeira vez. Nos EUA, a Fundação Ment’Or, criada em 2008, recebe doações de cerca de 50 chefs e conta com patrocínios da monta de Mercedes Benz. “Lá, o cara sai do emprego para treinar e ainda recebe salário”, diz Renato Carioni.

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Ao lado de Luiz Filipe, Vinícius e Renato, viajam ao México Giovanna, Victor e outros integrantes do comitê nacional, Andrews Valentim, Onildo Rocha e Guga Rocha. O comitê ainda é formado pelos chefs Thomas Troisgros (Olympe), Ivan Ralston (Tuju), Bel Coelho (Clandestino) e Geovane Carneiro (D.O.M.).

Parte do time. Luiz Filipe com o treinador Renato Carioni (à esq.), o cumim Vinícius Alves (atrás), a presidente do comitê, Giovanna Grossi, e seu vice, Victor Vasconcellos Foto: Alex Silva|Estadão

Luiz Filipe Souza é a cara que está no front do Bocuse d’Or, mas existe uma equipe por trás lhe dando suporte. Gente que trabalha, como ele, sem ganhar um tostão, por amor à profissão, lutando por patrocínio. Giovanna Grossi, hoje presidente do comitê no lugar de Laurent Suaudeau, dedica-se à competição desde 2015 sem ganhar nada. Victor Vasconcellos, vice do comitê, idem.

O próprio Laurent, que cuidou décadas do Bocuse d’Or no Brasil antes de passar o bastão neste ano, dedicou não só horas, mas o espaço de sua escola, funcionários e insumos em nome do concurso e da profissão. Em 2017, quando foram à final na França, gastaram cerca de R$ 500 mil com os treinos ao longo de meses, sem incentivo público ou privado.

Luiz Filipe em meio ao treino para a etapa do México do Bocuse D'Or Foto: Alex Silva|Estadão

Hoje, estimam precisar de R$ 40 mil por mês para manter a estrutura de treinos. Até agora, conseguiram patrocínio da Cielo, que vai cobrir os custos até a etapa do México, depois acaba o dinheiro. Ainda tiveram apoio com insumos do frigorífico VPJ e, em menor escala, Nordsee e Agrobonfim.

Eles fazem questão de frisar que o investimento é na profissão. “Aqui não é o indivíduo, estamos representando o Brasil, formando profissionais. Os estagiários vêm aqui com curiosidade, se engajam”, diz Giovanna, dando conta de que os estagiários dos treinos se apresentaram, voluntariamente, após chamada no Instagram.

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Laurent ironiza a distribuição de dinheiro privado no País: “Acha-se melhor pagar cachês milionários para uma pessoa vender um pedaço de bife do que incentivar uma profissão, para se ter uma sociedade melhor.”

Segundo Victor, as faculdades de gastronomia, comprometidas com a melhoria do ensino, deveriam levar a mão ao bolso. “Se as universidades, que são muitas, se comprometessem com R$ 1.000 por mês, teríamos os custos cobertos sem ter que pedir esmola.” Para quem quiser apoiar a causa, o e-mail do comitê é contato@bocusedorbrasil.com.

Sem dinheiro para um treino decente, avaliam, dificilmente o competidor do Brasil pode bater um concorrente da Europa (onde os governos investem) ou dos Estados Unidos, que recebem aportes privados e no ano passado levaram o pódio pela primeira vez. Nos EUA, a Fundação Ment’Or, criada em 2008, recebe doações de cerca de 50 chefs e conta com patrocínios da monta de Mercedes Benz. “Lá, o cara sai do emprego para treinar e ainda recebe salário”, diz Renato Carioni.

Ao lado de Luiz Filipe, Vinícius e Renato, viajam ao México Giovanna, Victor e outros integrantes do comitê nacional, Andrews Valentim, Onildo Rocha e Guga Rocha. O comitê ainda é formado pelos chefs Thomas Troisgros (Olympe), Ivan Ralston (Tuju), Bel Coelho (Clandestino) e Geovane Carneiro (D.O.M.).

Parte do time. Luiz Filipe com o treinador Renato Carioni (à esq.), o cumim Vinícius Alves (atrás), a presidente do comitê, Giovanna Grossi, e seu vice, Victor Vasconcellos Foto: Alex Silva|Estadão

Luiz Filipe Souza é a cara que está no front do Bocuse d’Or, mas existe uma equipe por trás lhe dando suporte. Gente que trabalha, como ele, sem ganhar um tostão, por amor à profissão, lutando por patrocínio. Giovanna Grossi, hoje presidente do comitê no lugar de Laurent Suaudeau, dedica-se à competição desde 2015 sem ganhar nada. Victor Vasconcellos, vice do comitê, idem.

O próprio Laurent, que cuidou décadas do Bocuse d’Or no Brasil antes de passar o bastão neste ano, dedicou não só horas, mas o espaço de sua escola, funcionários e insumos em nome do concurso e da profissão. Em 2017, quando foram à final na França, gastaram cerca de R$ 500 mil com os treinos ao longo de meses, sem incentivo público ou privado.

Luiz Filipe em meio ao treino para a etapa do México do Bocuse D'Or Foto: Alex Silva|Estadão

Hoje, estimam precisar de R$ 40 mil por mês para manter a estrutura de treinos. Até agora, conseguiram patrocínio da Cielo, que vai cobrir os custos até a etapa do México, depois acaba o dinheiro. Ainda tiveram apoio com insumos do frigorífico VPJ e, em menor escala, Nordsee e Agrobonfim.

Eles fazem questão de frisar que o investimento é na profissão. “Aqui não é o indivíduo, estamos representando o Brasil, formando profissionais. Os estagiários vêm aqui com curiosidade, se engajam”, diz Giovanna, dando conta de que os estagiários dos treinos se apresentaram, voluntariamente, após chamada no Instagram.

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Laurent ironiza a distribuição de dinheiro privado no País: “Acha-se melhor pagar cachês milionários para uma pessoa vender um pedaço de bife do que incentivar uma profissão, para se ter uma sociedade melhor.”

Segundo Victor, as faculdades de gastronomia, comprometidas com a melhoria do ensino, deveriam levar a mão ao bolso. “Se as universidades, que são muitas, se comprometessem com R$ 1.000 por mês, teríamos os custos cobertos sem ter que pedir esmola.” Para quem quiser apoiar a causa, o e-mail do comitê é contato@bocusedorbrasil.com.

Sem dinheiro para um treino decente, avaliam, dificilmente o competidor do Brasil pode bater um concorrente da Europa (onde os governos investem) ou dos Estados Unidos, que recebem aportes privados e no ano passado levaram o pódio pela primeira vez. Nos EUA, a Fundação Ment’Or, criada em 2008, recebe doações de cerca de 50 chefs e conta com patrocínios da monta de Mercedes Benz. “Lá, o cara sai do emprego para treinar e ainda recebe salário”, diz Renato Carioni.

Ao lado de Luiz Filipe, Vinícius e Renato, viajam ao México Giovanna, Victor e outros integrantes do comitê nacional, Andrews Valentim, Onildo Rocha e Guga Rocha. O comitê ainda é formado pelos chefs Thomas Troisgros (Olympe), Ivan Ralston (Tuju), Bel Coelho (Clandestino) e Geovane Carneiro (D.O.M.).

Parte do time. Luiz Filipe com o treinador Renato Carioni (à esq.), o cumim Vinícius Alves (atrás), a presidente do comitê, Giovanna Grossi, e seu vice, Victor Vasconcellos Foto: Alex Silva|Estadão

Luiz Filipe Souza é a cara que está no front do Bocuse d’Or, mas existe uma equipe por trás lhe dando suporte. Gente que trabalha, como ele, sem ganhar um tostão, por amor à profissão, lutando por patrocínio. Giovanna Grossi, hoje presidente do comitê no lugar de Laurent Suaudeau, dedica-se à competição desde 2015 sem ganhar nada. Victor Vasconcellos, vice do comitê, idem.

O próprio Laurent, que cuidou décadas do Bocuse d’Or no Brasil antes de passar o bastão neste ano, dedicou não só horas, mas o espaço de sua escola, funcionários e insumos em nome do concurso e da profissão. Em 2017, quando foram à final na França, gastaram cerca de R$ 500 mil com os treinos ao longo de meses, sem incentivo público ou privado.

Luiz Filipe em meio ao treino para a etapa do México do Bocuse D'Or Foto: Alex Silva|Estadão

Hoje, estimam precisar de R$ 40 mil por mês para manter a estrutura de treinos. Até agora, conseguiram patrocínio da Cielo, que vai cobrir os custos até a etapa do México, depois acaba o dinheiro. Ainda tiveram apoio com insumos do frigorífico VPJ e, em menor escala, Nordsee e Agrobonfim.

Eles fazem questão de frisar que o investimento é na profissão. “Aqui não é o indivíduo, estamos representando o Brasil, formando profissionais. Os estagiários vêm aqui com curiosidade, se engajam”, diz Giovanna, dando conta de que os estagiários dos treinos se apresentaram, voluntariamente, após chamada no Instagram.

LEIA MAIS:+ Brasil disputa mais uma etapa do Bocuse d'Or com chef de casa badalada

Laurent ironiza a distribuição de dinheiro privado no País: “Acha-se melhor pagar cachês milionários para uma pessoa vender um pedaço de bife do que incentivar uma profissão, para se ter uma sociedade melhor.”

Segundo Victor, as faculdades de gastronomia, comprometidas com a melhoria do ensino, deveriam levar a mão ao bolso. “Se as universidades, que são muitas, se comprometessem com R$ 1.000 por mês, teríamos os custos cobertos sem ter que pedir esmola.” Para quem quiser apoiar a causa, o e-mail do comitê é contato@bocusedorbrasil.com.

Sem dinheiro para um treino decente, avaliam, dificilmente o competidor do Brasil pode bater um concorrente da Europa (onde os governos investem) ou dos Estados Unidos, que recebem aportes privados e no ano passado levaram o pódio pela primeira vez. Nos EUA, a Fundação Ment’Or, criada em 2008, recebe doações de cerca de 50 chefs e conta com patrocínios da monta de Mercedes Benz. “Lá, o cara sai do emprego para treinar e ainda recebe salário”, diz Renato Carioni.

Ao lado de Luiz Filipe, Vinícius e Renato, viajam ao México Giovanna, Victor e outros integrantes do comitê nacional, Andrews Valentim, Onildo Rocha e Guga Rocha. O comitê ainda é formado pelos chefs Thomas Troisgros (Olympe), Ivan Ralston (Tuju), Bel Coelho (Clandestino) e Geovane Carneiro (D.O.M.).

Parte do time. Luiz Filipe com o treinador Renato Carioni (à esq.), o cumim Vinícius Alves (atrás), a presidente do comitê, Giovanna Grossi, e seu vice, Victor Vasconcellos Foto: Alex Silva|Estadão
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